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BIOMA – MATA ATLÂNTICA

Nunca é demais recordar que este é o único bioma brasileiro protegido por uma lei especial, a Lei da
Mata Atlântica, e o primeiro a ser monitorado por imagens de satélite desde o lançamento do Atlas
dos Remanescentes Florestais. Pela importância da Mata Atlântica, devemos garantir a proteção e o
desmatamento zero das florestas nativas e incentivar a sua conexão com a restauração da mata.

A recuperação de áreas florestais é fundamental para o bioma e para mitigarmos as mudanças


climáticas. Iniciativas internacionais já apontam a Mata Atlântica como uma das prioridades mundiais
para restauração florestal, combinando sequestro de carbono e proteção da biodiversidade e da água.
Assim, também em consonância com a Década de Restauração dos Ecossistemas da ONU, a Fundação
SOS Mata Atlântica promove uma série de esforços e iniciativas que visam recuperar a floresta, em
parceria com empresas engajadas e comprometidas.

Ref.: https://www.sosma.org.br/iniciativas/atlas-da-mata-atlantica/

DESMATAMENTO AINDA É UMA AMEAÇA À MATA ATLÂNTICA

Nova edição do Atlas da Mata Atlântica aponta a derrubada de mais de 20 mil hectares de floresta
em um ano

Considerada patrimônio nacional pela Constituição e protegida por uma lei especial, a Mata Atlântica
segue ameaçada pelo desmatamento. Entre os meses de outubro de 2021 e de 2022, a Fundação SOS
Mata Atlântica e o INPE observaram o desflorestamento de 20.075 hectares (ha) do bioma, o
correspondente a mais de 20 mil campos de futebol de futebol em um ano ou um Parque Ibirapuera
(SP) desmatados a cada três dias. Como resultado, foram lançados 9,6 milhões de toneladas de CO2
equivalente na atmosfera.

Embora esse número represente uma redução de 7% em relação ao detectado em 2020-2021 (21.642
hectares), a área desmatada é a segunda maior dos últimos 6 anos e está 76% acima do valor mais
baixo já registrado na série histórica – de 11.399 hectares, entre 2017 e 2018.

As informações são do Atlas da Mata Atlântica, estudo realizado desde 1989 pela Fundação SOS Mata
Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e apoio técnico da Arcplan,
cuja nova edição, lançada na semana do Dia Nacional da Mata Atlântica, 27 de maio, conta com
patrocínio do Bradesco e da Fundação Hempel.

“Temos um quadro de desmatamento estável, porém inaceitável para um bioma fortemente ameaçado
e fundamental para garantir serviços ecossistêmicos, entre eles a conservação da água, e evitar grandes
tragédias, como a que tivemos recentemente no litoral norte de São Paulo”, aponta Luís Fernando
Guedes Pinto, diretor executivo da SOS Mata Atlântica e coordenador do Atlas. O bioma é lar de quase
70% da população e responde por cerca de 80% da economia do Brasil, além de produzir 50% dos
alimentos consumidos no país. “Se por um momento pareceu que havíamos virado o jogo, agora o
desmatamento está novamente vencendo. E o mundo inteiro sai perdendo”, completa.

Desmatamento nos estados e municípios

Cinco estados acumulam 91% do desflorestamento: Minas Gerais (7.456 ha), Bahia (5.719 ha), Paraná
(2.883 ha), Mato Grosso do Sul (1.115 ha) e Santa Catarina (1.041 ha). Enquanto oito registraram
aumento (Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul e Sergipe), nove mostraram redução (Ceará, Goiânia, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio
Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo).

Ref.: https://www.sosma.org.br/noticias/desmatamento-ainda-e-uma-ameaca-a-mata-atlantica/
Em Pernambuco, as Unidades de Conservação que mais costumam receber visitantes são:

Parque Estadual de Dois Irmãos, no Recife. Com 384 hectares, abriga o zoológico da capital
pernambucana. O zoo é lar para dezenas animais, entre aves, répteis e mamíferos. Destaca-se por ser
um polo de educação ambiental e cuidados com a fauna do Norte e Nordeste.

Reserva de Floresta Urbana Mata do Passarinho, em Olinda. Unidade de Uso Sustentável, a reserva
conta com 13 hectares e tem a sua posse compartilhada entre a prefeitura de Olinda e iniciativa
privada. É o maior remanescente de mata atlântica no município.

Estação Ecológica Caetés, em Paulista. Quase se tornou um aterro sanitário na década de 1980. Tem
uma forte pegada de educação ambiental conservacionista e de investigação científica.

Refúgio da Vida Silvestre de Gurjaú, no Cabo de Santo Agostinho. Conta com uma área de quase 1100
hectares espalhados por três municípios da Região Metropolitana do Recife: Cabo de Santo Agostinho,
com 744 hectares; Moreno, com 175; e Jaboatão dos Guararapes, com 157. Nessa área, estão presentes
mais de 200 nascentes, que integram uma proteção de mananciais. O Refúgio está presente no Atlas
da Biodiversidade de Pernambuco como área prioritária para estudos acerca da biodiversidade do
local.

Ref.: https://semas.pe.gov.br/em-alusao-ao-dia-da-mata-atlantica-conheca-as-unidades-de-
conservacao-do-bioma-em-pernambuco/
MANGUE

A relação do recifense com o manguezal da cidade Depois de destruí-lo ao longo de séculos para se
desenvolver, a cidade se volta de novo a esse ecossistema para reverenciá-lo como o grande pulmão
e berço de vida

O Recife cresceu em uma planície costeira na qual o solo predominante era de manguezal.

O Recife cresceu em uma planície costeira na qual o solo predominante era de manguezal. Foto: Peu
Ricardo/DP.

Sob os pés de todo recifense escorre um pouco de lama. A capital pernambucana cresceu em uma
planície costeira na qual o solo predominante era de manguezal. Foi sobre terrenos alagadiços que a
cidade fincou suas torres de concreto e construiu parte de sua identidade. Hoje, dos 220 quilômetros
quadrados de território do Recife, 5,34 são de área de mangue. Isto é, apenas 2,4% da superfície do
centro urbano. Depois de destruí-lo ao longo de séculos para se desenvolver, o município se volta de
novo a esse ecossistema para reverenciá-lo como o grande pulmão e berço de vida. A relação dos
moradores com o manguezal retorna a ser íntima. O que era apenas sinônimo de sujeira e degradação
é, agora, lugar também de contemplação, respeito e cuidado.
Dos 220 quilômetros quadrados do Recife, 5,34 são ocupados por manguezais. Foto: Shilton
Araújo/Esp. DP.
Desafios

Projeto na Ilha de Deus faz plantio de mangue. Foto: Peu Ricardo/DP.

O grande desafio para a preservação do manguezal é o enfrentamento à degradação provocada pelo


descarte de resíduos sólidos nos mananciais e a construção de moradias irregulares em áreas
aterradas. Um mapeamento encabeçado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente do Recife irá atualizar a cobertura de mangue existente na cidade. No Brasil, um
levantamento inédito realizado por 18 instituições brasileiras, lançado em abril deste ano, mostrou que
os manguezais perderam 20% de sua área nos últimos 15 anos, principalmente por causa da expansão
urbana.
Carlos Alberto aprendeu a respeitar o mangue e rema para fazer limpeza no rio. Foto: Peu
Ricardo/DP.

Enquanto o poder público não chega, outras iniciativas cidadãs tomam fôlego e criam uma nova
geração com consciência ambiental. “Aprendi a remar perto do mangue, a fazer replantio e ajudo
também não jogando lixo nos rios”, diz Carlos Alberto Cunha, 11 anos, morador do bairro do Pina,
atendido pelo projeto Remangue.

Ref.: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2017/07/a-relacao-do-recifense-
com-o-manguezal-da-cidade.html

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