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Pantanal 

ou Complexo do Pantanal é o menor bioma brasileiro e a maior


planície de inundação do mundo com 250 mil km² de extensão.
Considerado pela UNESCO "Patrimônio Natural Mundial" e "Reserva da
Biosfera", essa região possui grande biodiversidade.
Contudo, muitos animais deste bioma estão ameaçados de extinção, por
exemplo: onça-pintada, onça-parda, cervo-do-pantanal, arara azul, dentre
outros.

O Pantanal está dividido em duas regiões:

 Pantanal Norte ou Pantanal Amazônico


 Pantanal Sul ou Pantanal Maior

Esse bioma está localizado na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai e


abrange os estados brasileiros do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; e
ainda, uma pequena parte dos países Bolívia e Paraguai, onde é chamado
de Chaco.

Principais Cidades do Pantanal


As principais cidades brasileiras do Pantanal, localizadas em Mato Grosso
do Sul são:

 Corumbá
 Aquidauana
 Miranda
Principais Rios do Pantanal
Os principais rios da região pantaneira, todos pertencentes à Bacia do Rio
Paraguai, são:
 Cuiabá
 Aquidauana
 Apa
 Miranda
O clima do Pantanal é predominantemente Tropical Continental marcado
pelas altas temperaturas e grande índice pluviométrico, um verão quente e
chuvoso e um inverno frio e seco. Dessa maneira, na época das chuvas, ou
seja, no verão, o Pantanal fica praticamente intransitável por terra.
Enquanto no período da seca, no inverno, os rios secam e sobra o barro,
daí seu nome "Pantanal".
Assim, o solo que se forma é utilizado como áreas de pastagens para o
gado. A vegetação pantaneira, dependendo da altitude, envolve as
gramíneas, árvores de médio porte, plantas rasteiras e arbustos

Provavelmente a fauna mais rica do planeta, o Pantanal é composto por


diversas espécies de peixes, mamíferos, répteis, aves.
Segundo pesquisas, o bioma possui aproximadamente 1.000 espécies de
borboletas, 650 de aves, 120 de mamíferos, 260 de peixes e o 90 de répteis.
Na fauna do ecossistema pantaneiro destacam-se:

 Aves: tuiuiús (a ave símbolo do Pantanal), arara-azul, tucanos, periquitos,


garças-brancas, jaburus, beija-flores, jaçanãs, emas, seriemas, papagaios,
colhereiros, gaviões, carcarás, curicacas.
 Répteis: jacarés (jacaré-do-pantanal e jacaré-de-coroa), lagartos (camaleão,
calango-verde), cobras (sucuri, jiboia, cobras-d’água) e quelônios (jabuti e
cágado).
 Mamíferos: capivaras, ariranhas, porco do mato, tamanduá, cachorro-do-
mato, anta, preguiça, onça-pintada, veado-campeiro, veado
catingueiro, lobo-guará, macaco-prego, cervo do pantanal, bugio, quati,
tatu.
 Peixes: piranha, pacu, pintado, cachara, curimbatá, dourado, jaú e piau.

Queimadas no Pantanal
Nos últimos anos foi possível observar um crescimento no número de focos
de incêndio no Pantanal, o menor bioma em extensão territorial no Brasil,
localizado no Centro-Oeste do país e dividido entre os estados do Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul. Vale lembrar que a planície pantaneira ainda
se estende aos países Bolívia e Paraguai.

O ano de 2020 alcançou recordes de queimadas e é considerado o pior ano


para o bioma, que registrou 22.116 focos de incêndio, número maior que a
soma dos três últimos anos e superior ao que já foi contabilizado desde o
início do monitoramento, em 1998, segundo dados do Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais).

Setembro foi o mês que o Pantanal apresentou o maior número de


queimadas e até novembro cerca de 40 mil km2 havia sido devastado, o que
corresponde a cerca de 30% do bioma.

Como consequência, observa-se um grande impacto ambiental


principalmente para a biodiversidade da maior planície alagável do planeta,
que até 2018 foi considerado o bioma mais preservado do Brasil.

Segundo a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a


Ciência e a Cultura), o Pantanal é Patrimônio Natural Mundial e Reserva da
Biosfera.

Causas das queimadas no Pantanal


As queimadas no Pantanal estão relacionadas com a ação humana e
potencializadas por questões naturais, como a seca. Confira detalhes a
seguir.
Ações antrópicas
O desmatamento e o agronegócio são as principais causas para o intenso
número de queimadas na região.

O Pantanal é um bioma que tem sofrido com o desmatamento,


principalmente para o desenvolvimento da agropecuária, como a criação e
renovação de pastos e áreas para cultivo de grãos, muitas vezes de forma
ilegal.

A principal técnica para remover a cobertura vegetal de uma região é


utilizando fogo e grande parte dos focos de incêndio no pantanal foram em
propriedades privadas. A ocupação humana e o aumento de atividades na
região são também causas da expansão de incêndios florestais.

Causas naturais
As condições meteorológicas

e as mudanças climáticas estão entre as principais causas para o


favorecimento e expansão do fogo no Pantanal.

O bioma tem dois períodos anuais bem divididos: um verão quente e


chuvoso e um inverno frio e seco. Como houve pouca precipitação na
estação úmida e chuvas mal distribuídas, em 2020 o principal rio da região,
o rio Paraguai, chegou ao nível mais baixo em 50 anos.

A seca histórica foi um potencializador da propagação do fogo e aumento


dos danos causados. Sendo assim, o intenso período seco, caracterizado
por temperaturas elevadas, restos vegetais secos, baixa umidade do ar,
chuva escassa e ventos intensos são fatores naturais que podem ter
iniciado incêndios e contribuído para que o fogo se espalhasse
rapidamente.

Acredita-se que as mudanças climáticas em biomas vizinhos, como


Amazônia e Cerrado, também tenham influenciado na dinâmica do clima na
região. Por exemplo, observa-se o crescente desmatamento da Amazônia e
a diminuição do período de chuvas ao longo dos anos.

Saiba mais sobre o bioma Pantanal.

Consequências das queimadas no Pantanal


Os efeitos produzidos pelas queimadas no Pantanal foram vistos
imediatamente, mas também afetarão o bioma a longo prazo causando
impactos e problemas ambientais.
O mais afetado nas queimadas no pantanal sem dúvida é a biodiversidade,
pois é uma região rica em espécies e que podem estar ameaçados pelas
mudanças no habitat e escassez de alimento.

De imediato, viu-se o sofrimento dos animais que sofreram queimaduras e


intoxicação por não conseguirem fugir do fogo, além do que muitos foram
mortos e a vegetação se converteu em cinza e fumaça.

Ademais, o empobrecimento do solo pela perda de nutrientes, o


desequilíbrio nos ecossistemas e o aumento da emissão de gases do efeito
estufa na atmosfera, como dióxido de carbono, estão entre as principais
consequências.

Entretanto, não apenas se observa consequências ambientais, os seres


humanos também são afetados. A saúde é prejudicada, principalmente
pela poluição do ar, a qualidade da água afeta a pesca na região e a
mudança na paisagem compromete o turismo ambiental e a economia
local.

Pantanal
Pantanal é um dos menores biomas brasileiros, presente no Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul. É conhecido como a maior planície
alagada do mundo.

"Pantanal é um dos menores biomas existentes no Brasil. Sua localização está na região
Centro-Oeste, nos estados do Mato Grosso (no sul do estado) e do Mato Grosso do Sul (no
noroeste do estado), além de poder ser encontrado no Paraguai e na Bolívia.

É um bioma extremamente rico quando o assunto é fauna brasileira, pois abriga grande parte
dos animais existentes no Brasil. Sua preservação ambiental é alta, sendo considerado o bioma
mais preservado do país de acordo com os órgãos governamentais, como o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística.

Leia também: Regiões do Brasil – agrupamentos de estados com características semelhantes

Tópicos deste artigo

1 - Características do Pantanal

2 - Aspectos econômicos do Pantanal

3 - Impactos ambientais no Pantanal


4 - Curiosidades do Pantanal

Características do Pantanal

O Pantanal apresenta grande integração de outros biomas, podendo ter áreas de ocorrência
com o Cerrado, a Caatinga, e florestas tropicais. Entretanto, a principal característica desse
bioma é sua planície inundada, sua marca registrada no Brasil.

Localização do Pantanal

Esse bioma pode ser encontrado em 22 cidades brasileiras, nos estados do Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul. Sua área de ocorrência limita-se ao oeste desses estados, nas fronteiras
com o Paraguai e a Bolívia. Com isso, o Pantanal também pode ser encontrado nesses dois
países.

Área de ocorrência do Pantanal.

A área que abrange esse bioma chega a 220 mil km², sendo 120 mil km² em solo brasileiro. No
Brasil, a área pantaneira ocupa, aproximadamente, 2% do território do país. É o menor bioma
brasileiro.

Solo do Pantanal

Grande parte dos solos pantaneiros é de planície inundável, característica natural da região.
Isso é uma dádiva, mas, ao mesmo tempo, é prejudicial do ponto de vista agrícola, pois, com
essa inundação, muitas áreas possuem baixa fertilidade, o que leva ao uso de agrotóxicos e
insumos químicos, os agroquímicos, para o cultivo de soja e afins.

A inundação faz com que a matéria orgânica decomponha-se de forma lenta, por isso é um
solo pouco fértil. Esse solo é oriundo de processos erosivos das terras mais altas, os planaltos
do Pantanal, comuns nas áreas mais ao leste do bioma. Nessas áreas, o terreno é arenoso e
ácido, também com baixa fertilidade.

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Vegetação do Pantanal

Por ser um bioma com ligações próximas à Floresta Amazônica e ao Cerrado, a paisagem
pantaneira é bem diversificada, com árvores de médio e grande porte, típicas da Amazônia,
mas também conta com a presença de árvores tortuosas de baixo e médio porte, muito
comuns no Cerrado.
Nas matas ciliares, próximas dos rios, é comum encontrarmos jenipapos de 20 metros de
altura, árvore amazônica. Nessa área, a vegetação é densa e exuberante, com figueiras,
ingazeiros, e outras árvores altas.

As planícies inundadas do Pantanal possuem uma vegetação típica dessa localidade, como os
vegetais aquáticos: aguapé, erva-de-santa-luzia, utriculária e cabomba, muitos deles utilizados
para fins medicinais.

Nas áreas não tão alagadas, a presença de árvores do Cerrado é frequente, como os ipês e
buritis.

Clima do Pantanal

O Pantanal está localizado em uma área de ocorrência do clima tropical, com duas estações
bem definidas: o verão chuvoso e o inverno seco. Esse fato é essencial para a atividade
turística da região, uma das grandes impulsionadoras da economia.

As chuvas concentram-se de outubro a março, período em que o turismo é limitado e a pesca


é proibida entre novembro e fevereiro, pois coincide com a reprodução dos peixes. Nessa
época, a temperatura ultrapassa os 30 ºC.

Entre abril e setembro, a ausência de chuvas é marcada por belíssimas paisagens que atraem
turistas de todos os cantos, tanto brasileiros quanto estrangeiros. A temperatura amena, entre
os 20 ºC e 25 ºC, contribui para as atividades econômicas locais, como passeio de barco,
comércio e práticas agropecuárias.

Leia também: Qual a diferença entre tempo e clima?

Relevo do Pantanal

O Pantanal está situado em uma área circundada por planaltos que atingem, em média, 700
metros de altitude. Essa elevação ao redor do bioma é a responsável pelas nascentes dos
vários rios pantaneiros. Entretanto, o Pantanal propriamente dito possui altitudes que não
ultrapassam 120 metros. Com isso, mais de 80% do bioma ficam alagados no verão, época de
intensas chuvas.

Com o relevo plano, áreas alagadas são comuns no Pantanal.


Dos planaltos ao redor, o mais famoso é o maciço Urucum, no Mato Grosso do Sul, com um
pico culminante de 1065 metros de altitude. Nessa unidade de relevo, encontramos uma das
maiores reservas de manganês do Brasil, mineral bastante utilizado em indústrias siderúrgicas.

Hidrografia do Pantanal

A água no Pantanal é um fator decisivo no equilíbrio da fauna e da flora. Durante as cheias no


verão, estima-se que 180 milhões de litros d’água atinjam a planície do bioma.

Toda essa água acumula-se na planície, formando as áreas inundadas: pântanos, brejos, lagoas
e baías que se interligam aos rios. O relevo contribui para essa ligação devido a sua baixa
declividade.

Dentre os inúmeros rios da região, podemos destacar o rio Cuiabá, rio Taquari, rio Itiquira, rio
Aquidauana, além do rio Paraguai, um dos maiores da localidade.

Fauna do Pantanal

A fauna presente no Pantanal é riquíssima, concentrando quase todos os animais que vivem
no Brasil. Esse fato ocorre porque tal bioma sofre uma influência direta de três grandes biomas
brasileiros: Floresta Amazônica, Cerrado e Mata Atlântica, além de ter algumas áreas com
resquícios da Caatinga.

De acordo com a Agência de Notícias do IBGE, o Pantanal contém:

132 espécies de mamíferos: anta, capivara, veado, onça-pintada, morcego;

85 espécies de répteis, sendo os jacarés com a maior variedade;

463 espécies de aves: tucano, arara, tuiuiú, carão;

35 espécies de anfíbios, como a rã verde;

263 espécies de peixes: pacu, pintado, bagre, traíra, dourado, piau, jaú (o maior da região).
Tuiuiú, ave símbolo do Pantanal.

Com toda essa riqueza, o Pantanal sofre com a caça e a pesca que ocorrem de forma ilegal. Um
dos grandes alvos dos caçadores é o jacaré, animal bastante comum nessa região. Além disso,
o peixe-dourado também está na lista de animais ameaçados pelos pescadores, o que levou à
proibição da sua pesca. No entanto, mesmo com o rigor da lei, falta fiscalização, levando a
ataques ilegais constantes.

Acesse também: Consequências das ações antrópicas no meio ambiente

Aspectos econômicos do Pantanal

A economia pantaneira gira em torno das atividades pesqueiras e do turismo. Entretanto,


recentemente foi incluída nas atividades da região a pecuária bovina, principalmente no
estado do Mato Grosso.

Nas cidades de Cáceres (MT) e Corumbá (MS), existem pousadas que abrigam turistas durante
a alta temporada, que vai de junho a setembro. Essas pousadas são chamadas de barcos-
hotéis, pois muitos moradores da região transformam seus barcos em hotéis e viram guias
para pescadores de todos os cantos do Brasil e também de outros países. Durante os meses de
novembro a fevereiro, a pesca nas áreas pantaneiras é proibida, pois é o período da piracema,
época em que os peixes migram e reproduzem-se.

A pecuária atrai muitos fazendeiros mato-grossenses que utilizam as áreas planas da região
para criar seus gados. Além disso, a boa umidade do local garante bastante comida para os
animais. Para atravessar as áreas alagadas, grande parte dos criadores de gado causa
ferimento em um boi. Este, ao sangrar, atrai as piranhas, bastante comuns em alguns rios. Com
isso, a atenção desses peixes volta-se para esse boi, fazendo com que o restante do rebanho
atravesse em segurança.

A criação de gado consegue desenvolver-se de forma sustentável, gerando emprego e renda.


Entretanto, nas últimas décadas, o cultivo da soja no Mato Grosso adentrou o Pantanal, o que
pode ser um ato perigoso, pois esse cultivo usa uma quantidade expressiva de agrotóxicos,
gerando problemas para todo o ecossistema pantaneiro.

No turismo, é bastante comum o passeio de chalana, uma grande embarcação de fundo plano,
típica dessa região e usada para transporte de pessoas pelos rios do Pantanal.

Impactos ambientais no Pantanal


Na região pantaneira, e em quase todo o estado do Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, as
atividades agropecuárias são extremamente importantes para a economia. Entretanto, quando
essas atividades são feitas de maneira exagerada quanto ao uso do solo e de adubos químicos,
graves impactos surgem no meio ambiente, e em alguns casos são irreversíveis.

Em relação ao Pantanal, a agricultura com o cultivo da soja tem causado preocupação para a
população local e regional, pois os impactos ambientais não são restritos a sua área de
ocorrência.

Um dos casos que mais preocupam a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
é a contaminação da bacia hidrográfica do rio Taquari, com graves ameaças à fauna e à flora
local.

O rio Taquari nasce no extremo sul de Mato Grosso e corre no sentido leste–oeste, em direção
ao Mato Grosso do Sul, sendo um dos afluentes do rio Paraguai, um dos principais rios da bacia
Platina.

Esse rio pantaneiro sofre com um grave problema de assoreamento causado pela retirada de
parte da mata na sua parte alta para a inserção de pastagens e lavouras de soja. Além disso, a
monocultura da soja utiliza agroquímicos e pesticidas que contaminam o solo e prejudicam
todo o ecossistema regional, causando sérios problemas para o bioma.

Quando acontece a remoção da vegetação natural para práticas agropecuárias, o processo


erosivo é acentuado, gerando o assoreamento tão preocupante entre as entidades ambientais.

Outro fator que preocupa a preservação do Pantanal está associado às práticas ilegais de caça
e pesca na região. Devido a sua grande área inundada, o bioma tem uma rica fauna aquática,
mas alguns peixes são proibidos, como o dourado. A caça aos jacarés de determinadas
espécies também é proibida, mas isso não impede que pescadores e caçadores aventurem-se
no Pantanal em busca desses animais. Entretanto essa busca prejudica a cadeia alimentar da
região, gerando um desequilíbrio ecológico, que, com o passar do tempo, agrava a reprodução
de espécies e a preservação dos recursos naturais.

Nos planaltos do Pantanal, a Embrapa investiga a exploração da mineração de ouro e


diamantes feita de maneira não sustentável, contaminando rios e solos com mercúrio, o que
acarreta na contaminação direta dos animais que ali vivem.
Tais problemas mostram que falta um grande projeto ambiental que possa garantir o uso
sustentável do Pantanal, com planejamento e sustentabilidade, garantindo a continuidade e o
status de ser o bioma mais preservado do país.

Leia também: Impactos ambientais causados pela mineração

Curiosidades do Pantanal

Um bioma tão rico possui também várias curiosidades, desde geográficas até as relacionadas à
fauna presente nele. Vejamos algumas.

65% do Pantanal brasileiro estão no estado do Mato Grosso do Sul, e o restante (35%), no
Mato Grosso.

Na Bolívia e no Paraguai, o Pantanal recebe o nome de Chaco.

A ave símbolo do Pantanal é o Tuiuiú.

Na época da cheia, até 80% da planície pantaneira fica inundada. É a maior planície inundada
do mundo.

É bem comum no Pantanal a presença da segunda maior cobra do mundo, a sucuri, que pode
medir até nove metros de comprimento.

Os jacarés são comuns no Pantanal, mas só agridem humanos se forem ameaçados.

Jacaré-caiman, animal comum no Pantanal.

A Unesco considera o Pantanal como Patrimônio Natural e Reserva da Biosfera Mundial.

O dia 12 de novembro é considerado o Dia do Pantanal, em memória ao ambientalista


Francisco Anselmo de Barros, ícone importante para as questões ambientais pantaneiras.

Há mais peixes no Pantanal do que em todos os rios europeus juntos.


Por Átila Matias

Professor de Geografia

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

MATIAS, Átila. "Pantanal"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-pantanal.htm. Acesso em 06 de maio de 2022.

O Bioma Pantanal é considerado patrimônio nacional, ainda assim, sofreu em


2020 os maiores ataques da sua história, com queimadas criminosas a perder de
vista, feitas para liberar pasto para pecuária extensiva.
Desse modo, dados do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios
Florestais (Prevfogo) apontaram que, em 2020, 15% do Pantanal foi perdido, o que
equivale a uma área de cerca de 2,2 milhões de hectares, uma proporção do
tamanho do território de Israel.

A principal característica do Pantanal é ser uma enorme planície alagada,


localizada bem no centro da América do Sul.
A maior parte da sua extensão está localizada no Brasil, ocupando cerca de
2% do território brasileiro, no entanto, há partes do Pantanal no Paraguai e
na Bolívia.
Neste artigo você vai se aprofundar nas principais características do bioma,
compreendendo seu clima, solo, vegetação, fauna e impactos ambientais.

As principais características do bioma Pantanal


são:
 Ser a maior planície alagável do mundo;
 Relevo formado por serras e chapadas;
 Possuir grande biodiversidade (segunda maior do Brasil);
 Clima Tropical;
 Chuvas muito bem distribuídas;
 Possuir sistema de cheias e secas;
 Solo fértil, arenoso, argiloso;
 Vegetação rasteira, vegetação aquática, matas fechadas, matas ciliares e
matas de galeria.
Bioma Pantanal: características, clima,
solo, vegetação e fauna
Dados do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos
Incêndios Florestais (Prevfogo) apontaram que, em 2020,
15% do Pantanal foi perdido, o que equivale a uma área
de cerca de 2,2 milhões de hectares, uma proporção do
tamanho do território de Israel.

Publicado em 15/10/2021 às 11:10, escrito por Talita, Redação Aulática | Tempo de


leitura: 12 minutos

O Bioma Pantanal é considerado patrimônio nacional, ainda assim,


sofreu em 2020 os maiores ataques da sua história, com queimadas
criminosas a perder de vista, feitas para liberar pasto para pecuária
extensiva.
Desse modo, dados do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos
Incêndios Florestais (Prevfogo) apontaram que, em 2020, 15% do Pantanal
foi perdido, o que equivale a uma área de cerca de 2,2 milhões de hectares,
uma proporção do tamanho do território de Israel.

A principal característica do Pantanal é ser uma enorme planície alagada,


localizada bem no centro da América do Sul.
A maior parte da sua extensão está localizada no Brasil, ocupando
cerca de 2% do território brasileiro, no entanto, há partes do Pantanal
no Paraguai e na Bolívia.
Neste artigo você vai se aprofundar nas principais características do bioma,
compreendendo seu clima, solo, vegetação, fauna e impactos ambientais.

As principais características do bioma


Pantanal são:
 Ser a maior planície alagável do mundo;
 Relevo formado por serras e chapadas;
 Possuir grande biodiversidade (segunda maior do Brasil);
 Clima Tropical;
 Chuvas muito bem distribuídas;
 Possuir sistema de cheias e secas;
 Solo fértil, arenoso, argiloso;
 Vegetação rasteira, vegetação aquática, matas fechadas, matas ciliares e
matas de galeria.

Extensão do Pantanal na América.

O que é um bioma?
Um bioma é um grande espaço geográfico natural onde existe
uniformidade do clima, do solo e da vegetação, com identidade regional e
características únicas, definidas pelo tipo de solo e clima.

Cada bioma é constituído por várias espécies vegetais; via de regra há uma
vegetação principal. Também, por isso, a fauna está adaptada às condições
ambientais do bioma.
Por que o Pantanal é alagado?
Um dos principais motivos do porquê o Pantanal é alagado é pelo seu relevo, já
que a região onde fica o Pantanal também é formada por serras e chapadas, que
ficam em torno, fazendo com que as águas das chuvas desçam e se concentrem
num único ponto: a enorme planície do centro.
Além de ser a maior planície inundável do planeta, o Pantanal também é um
dos biomas com maior biodiversidade do mundo, ou seja, uma enorme variedade
de espécies de plantas, animais, fungos, bactérias e tudo mais que tem vida!

O clima do bioma Pantanal


Temperatura média anual: 20º C.
Índice pluviométrico médio anual: entre 1000 e 1500 mm/ano.
Estação chuvosa: de novembro até março, acompanhando a primavera e o verão.
Estação seca: de abril a setembro, acompanhando o outono e o inverno.
O clima que predomina no Pantanal é o clima Tropical, ou seja, tudo por lá é
quente e úmido.
Desse modo, as altas temperaturas e a umidade do ar são responsáveis pelo tipo
de vegetação do bioma.

A principal característica do clima pantaneiro são as estações de chuva e de seca,


muito bem definidas. Dessa forma, permitem o vai e vem da água.

O solo do bioma Pantanal


O solo do Pantanal é extremamente fértil. Sem dúvida, é um dos motivos para a
abundância de espécies de plantas existentes por lá.

No Pantanal o solo é arenoso e os sedimentos não ficam tão unidos. Ele também
é pouco permeável, de forma que a água tem dificuldade de infiltrar à terra,
proporcionando os alagamentos.
Também há áreas onde os sedimentos estão mais unidos e o solo é mais argiloso,
geralmente nas áreas não alagadas.
As cheias e as secas são muito importantes para a continuidade do
Pantanal, porque os rios carregam muitos sedimentos, repletos de nutrientes,
como, por exemplo, fósforo, magnésio, enxofre, e que são fundamentais para o
desenvolvimento da vegetação.

Foto: Mint Images – Frans Lanting/Getty Images/Mint Images RM

Pantanal: você quis dizer… “sistema de cheias e


secas”
Na época das cheias, as inundações carregam os nutrientes para além do
perímetro dos rios e, quando a água abaixa, os sedimentos nutritivos ficam
depositados sobre o solo.
Dessa forma, as cheias também carregam matéria orgânica em decomposição, e
que auxilia na nutrição do solo, como uma espécie de adubo, ou seja, há muita
presença de húmus.

Pantanal.
Reprodução Wikipédia. | Foto: Filipe Frazão.
A vegetação do bioma Pantanal
O Pantanal é rico e se conecta com todos os biomas brasileiros, pela fauna e flora
presentes nele, no entanto, o Cerrado é o que mais o influencia.
A vegetação do Pantanal, por exemplo, lembra bastante os tipos de vegetação de
todos os outros biomas, a depender do ponto geográfico: de matas fechadas à
arvores mais tortuosas e espaçadas, plantas aquáticas e árvores centenárias.
O tipo de vegetação que mais define o Pantanal são as grandes lagoas cobertas
por vegetação rasteira, com muitas 
O tipo de vegetação que mais define o Pantanal são as grandes lagoas cobertas
por vegetação rasteira, com muitas aves ao redor: a típica paisagem pantaneira!
O Pantanal, certamente, é referência em plantas aquáticas, com muitas (muitas)
espécies diferentes, e elas ficam nas áreas permanentemente alagadas, também
seguindo o fluxo das águas.
Mas há, também, formação vegetação aquática em áreas que inundam apenas na
estação chuvosa.

Também existem formações vegetais na beira dos rios, as Matas de Galeria, que
são matas que se fecham sobre o rio.

Nas regiões mais altas, há formação de plantas de grande porte, com grandes
árvores e muitas paisagens homotípicas, isto é, apenas uma espécie de vegetal.


A fauna do bioma Pantanal
A elevada quantidade de plantas, e de espécies delas, são fonte de alimento e
abrigo para os animais.
Este é um dos fatores que proporciona que o Pantanal seja um dos locais
com maior biodiversidade do planeta, junto com a Amazônia, por exemplo.
Existe uma enorme variabilidade e quantidade de peixes: Dourado, Pacu, Lambari,
Piranha e Pintado são algumas das espécies mais famosas.
Todavia, os anfíbios não possuem biodiversidade tão alta. Isso porque as secas
prejudicam o desenvolvimento deles. No entanto, as espécies existentes no
Pantanal estão adaptadas para os momentos sem água.
Ainda assim, apesar de haver pouca diversidade, há um número alto de
população, justamente pela boa adaptação. Os sapos, rãs e pererecas são os mais
comuns.
Quando se trata dos répteis, o jacaré é o rei do pedaço! Mas há mais animais da
mesma classe, como tartarugas e muitas espécies de cobras; a Sucuri é a mais
famosa de todas por lá.
Falar de Pantanal é falar de aves! Tem de todos os tipos: muitas espécies e em
imensa quantidade. O símbolo do Pantanal, por exemplo, é o Tuiuiú!
O Pantanal também dá abrigo provisório às aves migratórias, que vêm do sul da
América do Sul, todos os anos, em busca de calor. Morada dos tucanos, araras-
azuis, garças, gaviões e muitos outros.
A onça pintada é a mais conhecida entre os mamíferos, mas existem muitas outras
espécies, como a anta, a ariranha, macacos, tamanduá, veado, capivara e outros
mais.

Impactos ambientais no bioma Pantanal
Sem dúvida, o desmatamento para criação de bovinos é o principal impacto
ambiental que atinge o Pantanal.

Além disso, o desmatamento para pecuária, em sua grande maioria ilegal, tem
feito da criação de gado e da plantação de soja pesadelos para preservação
ambiental pantaneira.

O que sobra das queimadas é levado para dentro dos rios com as cheias,
causando, então, assoreamento dos rios (acúmulo de sedimentos e detritos
levados para dentro do rio pela água das chuvas). Isso compromete o sistema de
cheias e secas.
A construção de estradas também causa impacto, porque funciona como barreira
geográfica, isolando populações que não vão conseguir mais trocar material
genético, baixando a variabilidade genética do bioma. Além disso, há muitos
atropelamentos todos os anos.

Bovino no Pantanal.

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