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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO

PAULO.
CAMPUS BARRETOS
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DISCENTE: ANA JÚLIA RIBEIRO SOARES


DOCENTE: EVERALDO RODRIGO DE CASTRO
DISCIPLINA: ECOLOGIA DE COMUNIDADES E ECOSSISTEMAS

TRABALHO DE BIOMAS:

PANTANAL

BARRETOS/SP

2023
PANTANAL

ORIGEM GEOLÓGICA/FORMAÇÃO:

O Pantanal Mato-Grossense é reconhecido como a maior planície


alagada contínua do mundo, uma vasta área de sedimentação e inundação
originada do planalto que o envolve. Dividido em diversas sub-bacias
hidrográficas, considerando variações de sedimentos, tipos de solo, drenagem,
altimetria e vegetação.

Conforme destacado pelo renomado geógrafo Aziz Ab’Saber, o Pantanal


resulta de um processo geológico progressivo de afundamento, anteriormente
uma elevação impactada por falhamentos de blocos, culminando em uma
imensa movimentação tectônica (orogênese andina) há milhões de anos,
durante o período terciário. Posteriormente, passou por intensa dissecação em
condições climáticas mais úmidas, individualizando-se no Pleistoceno,
formando a depressão onde sedimentos continuam a ser depositados.

Devido ao constante assoreamento, a drenagem na depressão


sedimentar é lenta, resultando em alagamentos. Além disso, as águas
superficiais são retidas por um gargalo geológico chamado "Fecho dos Morros
do Sul", no Paraguai.

Apesar do nome, as áreas pantanosas na depressão são reduzidas. A


região é, na realidade, alagadiça, explicada pelas características mencionadas,
fazendo do Pantanal uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta.

Localizada no alto curso do Rio Paraguai, que integra a bacia do Prata, a


depressão recebe águas de diversas fontes, formando um complexo sistema
alimentado por vertentes dos planaltos a leste, da cordilheira andina a oeste e
do planalto amazônico ao norte. Esse "sistema invertido" banha cinco países,
formando a segunda maior bacia hídrica da América do Sul, responsável por
60% da geração de energia hidrelétrica no continente.

O Pantanal recebe influência direta de três importantes biomas:


Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Se não fosse pelo significativo fluxo de
água e pela formação de um vasto reservatório, o Pantanal seria tão seco
quanto a caatinga.

Todo um ecossistema se desenvolveu sobre a formação hidro-geológica,


dando origem ao Complexo do Pantanal. Este bioma abrange uma vasta área
de cerrado, onde a região alagada se caracteriza por uma vegetação rasteira,
formando uma "savana estépica" com 250 mil km² de extensão, situada entre
90 a 200 metros acima do nível do mar.

O Pantanal, com suas peculiaridades, assemelham-se a uma área


subtropical próxima ao mar, sendo considerado um "everglade" brasileiro no

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centro do continente. Devido a essas características únicas, o Pantanal abriga
animais semelhantes aos encontrados em ambientes oceânicos e costeiros.

Neste local, foram catalogadas aproximadamente 263 espécies de


peixes, 41 de anfíbios, 113 de répteis, 463 de aves e 132 de mamíferos,
incluindo duas espécies endêmicas. Além disso, quase duas mil espécies de
plantas foram identificadas, algumas com potencial medicinal.

A fauna local também inclui comunidades humanas, como as


tradicionais indígenas, quilombolas e pantaneiros, que contribuem para a
riqueza cultural da região.

Devido à sua excepcional biodiversidade, o Pantanal foi reconhecido


pela UNESCO como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. O
governo brasileiro estabeleceu o Parque Nacional do Pantanal na área.

No entanto, apenas 4,6% do Pantanal estão protegidos por unidades de


conservação, sendo 2,9% para proteção integral e 1,7% para uso sustentável,
segundo o Ministério do Meio Ambiente. A região abrange o oeste do Mato
Grosso e o noroeste do Mato Grosso do Sul, totalizando 140.000 km² no Brasil,
além do norte do Paraguai e leste da Bolívia, conhecidos como chaco nestes
países. Apesar das ações governamentais de preservação, a degradação
natural do bioma persiste agravada tanto pelas mudanças climáticas quanto
pelas atividades humanas, resultando em impactos crescentes e acelerados.

TIPOS DE SOLO PREDOMINANTES:

Grande parte da extensão do Pantanal é composta principalmente pelos


Planossolos, Espodossolos e Plintossolos, com os Vertissolos, Gleissolos,
Neossolos, Latossolos, Argissolos, Luvissolos e Nitossolos ocupando áreas
mais limitadas. Na região sul, os Planossolos predominam, apresentando
características eutróficas, alto valor de V% (>50%), e atividade de argila
indicativa de uma agricultura favorável. No entanto, a presença de elevada
salinidade, com teores de sódio Na++ entre 6% e 15%, torna impraticável seu
uso para outras finalidades, limitando-o à pastagem natural. Nas margens do
rio Taquari, outra área significativa de Planossolos exibe características
variadas, podendo indicar potencial agrícola, mas a presença do horizonte B
plânico, com alto teor de argila e mudança abrupta de textura, impõe desafios,
como permeabilidade lenta e estrutura colunar, dificultando o cultivo de certas
culturas de ciclo curto durante cheias e secas.

Spodossolos representam duas notáveis manchas em forma de leque


aberto nas margens esquerda e direita do Rio Taquari, estendendo-se até o
Rio Negro e rio Piquiri, próximo à divisa com o Mato Grosso. Anteriormente

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classificados como Podzol Hidromórfico, apresentam horizonte B espódico
escuro com acumulação iluvial de matéria orgânica e compostos de alumínio.

Plintossolos formam uma extensa mancha descontínua ao norte,


cercada por resíduos da Depressão do Guaporé, Província Serrana, Planalto
dos Guimarães e Depressão do Rio Paraguai, com uma complexa rede de
drenagem. Antigamente classificados como Laterita Hidromórfica, possuem
horizonte plíntico ou petroplíntico, com indivíduos álicos e distróficos.

Vertissolos são grandes manchas isoladas às margens dos rios


Aquidauana e Miranda, próximo à cidade de Corumbá, estendendo-se até a
margem direita do rio Paraguai. São solos com horizonte subsuperficial vértico,
caracterizados por feições pedológicas peculiares devido à presença de
slickensides, apresentando fendas durante o período seco.

Gleissolos abrangem áreas ao longo dos rios Paraguai, Taquari, Negro e


outros menores, predominando em áreas inundáveis. O rio Paraguai, de
planície não definida, tem extensa área inundável com Gleissolos, muitos dos
quais são Eutróficos e têm argila com alta capacidade de troca de cátions,
indicando uso para culturas de ciclo curto.

Neossolos são pequenas extensões isoladas de areias quartzosas e


areias quartzosas hidromórficas que ocorrem dentro das manchas de
Planossolos e Plintossolos.

Latossolos são pequenas extensões isoladas remanescentes de áreas


cuja formação geológica não está relacionada à Formação Pantanal,
pertencendo às Subordens dos Latossolos Vermelhos Amarelos e Vermelhos.

Argissolos, Luvissolos e Nitossolos são extensões inexpressivas e


isoladas, remanescentes de áreas cuja formação geológica não está
relacionada à Formação Pantanal.

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Mapas de solo do Pantanal no sistema de classificação antigo (lado esquerdo) e no atual (lado
direito)

Figura 1. Fonte: Solos da paisagem do Pantanal brasileiro -adequação para o atual


sistema de classificação.

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Principais rios do pantanal

Figura 2 Principais rios e formações no Pantanal. Fonte: Researchgate, (modificado de Souza,


1998).
Abrangendo aproximadamente 150.000 km² em solo brasileiro, o rio
Paraguai e seus afluentes, como São Lourenço (670 km) ao norte, Cuiabá (650
km), Miranda (490 km), Taquari (480 km), Coxim (280 km), e Aquidauana (565
km) ao sul, juntamente com rios menores como Nabileque, Apa e Negro,
constituem a intricada rede hidrográfica do complexo pantaneiro. Durante as

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cheias, o solo rapidamente se satura, incapaz de absorver a chuva, resultando
no enchimento de banhados, lagoas e transbordos nos leitos mais rasos dos
rios, formando cursos de água com volumes e localizações variáveis. Devido à
suave inclinação da planície no sentido norte-sul e leste-oeste, estima-se que
as águas provenientes da cabeceira do rio Paraguai levem até quatro meses
para percorrer todo o Pantanal. Esse padrão natural de aumento sazonal nas
águas do Pantanal, aliado à suave inclinação da planície e à dificuldade de
escoamento devido ao solo saturado, resulta em inundações nas áreas mais
baixas, conferindo à região a aparência de um vasto mar interior.Apenas as
áreas mais elevadas e morros isolados emergem como verdadeiras ilhas
vegetadas, servindo de refúgio para muitos animais durante o aumento do nível
das águas.

Paisagem do pantanal.

Figura 3 Fonte: Ambiente Brasil

A QUE BIOMA MUNDIAL ESTÁ ASSOCIADO?

A vegetação da Savana Estépica no Sul do Pantanal brasileiro


representa uma extensão do Chaco Sul Americano, também conhecido como
Gran Chaco. Embora não formalmente reconhecido no Brasil, este bioma
abrange a Argentina, Paraguai, Bolívia, além do território brasileiro. Assim
como no Cerrado brasileiro, a conversão da vegetação natural para atividades
como pecuária e agricultura é uma ocorrência constante. Neste capítulo,
abordam-se os aspectos biofísicos do Chaco dentro do Bioma Pantanal, com
foco na cobertura vegetal e suas diversas fisionomias. Em uma área estimada

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de 24.163,9 km2, constata-se que 82,9% da região mantém sua vegetação
natural, enquanto o desmatamento atinge 15,5%, predominantemente
convertido em pastagens para a pecuária. As principais fisionomias do Chaco
incluem Savana Estépica Arborizada, Savana Estépica Parque, Savana
Estépica Gramíneo-Lenhosa, bem como Savanas Mistas de Florestada +
Arborizada e Arborizada + Florestada, cobrindo 63,9% da região. Além dessas
características típicas do Chaco, a região apresenta Vegetação Ciliar (arbórea,
arbustiva e herbácea), Florestas Estacionais, Formações Pioneiras, Savana
(Cerrado) e diversos Contatos Florísticos.

CLASSIFICAÇÃO DOS PANTANAIS

Devido à marcante diversidade na hidrografia, tipos de vegetação e


variadas paisagens, o Pantanal pode ser classificado com base em diferentes
referências: a categorização do IBGE, a classificação do Professor Jorge
Adámoli e a classificação do Macrozoneamento Geoambiental do Mato Grosso
do Sul.

Pantanal de Uberaba-mandioré

Ao sul de Porto Três Bocas, o Rio Paraguai recebe o Cuiabá em sua


margem esquerda, apresentando alguns afluentes na margem direita que
deságuam no próprio rio alguns quilômetros mais ao sul. A Serra do Amolar
contribui para essas descargas. Uma vasta região entre Porto Três Bocas e
Ilha da Figueira permanece inundada quase o ano todo, formando uma espécie
de nível de base local. Os depósitos aluviais da margem esquerda do Rio
Cuiabá também influenciam nesse cenário.

Pantanal da Nhecolândia

Figura 4 Pantanal da Nhecolândia. Fonte: UFMS.

O mencionado Pantanal destaca-se no amplo conjunto do macroleque


aluvial do Rio Taquari, caracterizado por uma extensa área flúvio-lacustre,

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contendo baías, salinas, campos limpos, bosques e savanas. Sua
sedimentação está ligada aos cursos intermitentes e defluentes do Rio Taquari
durante as cheias, apresentando um padrão de drenagem multibasinal, com
solos predominantemente arenosos e textura fina. A região abriga numerosas
"baías" com características distintas: muitas são salinas, sem vegetação
aquática, enquanto outras são de água doce, com vegetação de aguapé. Essas
"baías" são cercadas por "cordilheiras", conectadas por "vazantes". Muitas
delas têm água salobra, dificultando o desenvolvimento da vegetação aquática.
Predominam os solos Podzólicos Hidromórficos na área.

Pantanal de Paiaguás

Uma das maiores regiões do Pantanal, abrange toda a porção nordeste do


macroleque aluvial do Rio Taquari, no interflúvio Piquiri-Taquari e na margem
esquerda deste, a nordeste do Pantanal de Nhecolândia. Estende-se até o
curso médio do Rio Negro, onde se destaca uma ampla faixa de espraiamentos
aluviais, caracterizados por uma inundação menos intensa. O Paiaguás
assemelha-se à Nhecolândia, mas com baías, lagoas e córregos menores,
apresentando um visual menos variado e com presença de vegetação de
savana e cerrado. A prática de agropecuária nas pastagens naturais é mais
comum nesta região devido à menor densidade de árvores, que não formam
matas fechadas. De acordo com Sanchez (1977), esta área corresponde a
derrames aluviais antigos, com alta e média densidade de canais e leitos
anastomosados de escoamento temporário. Os solos predominantes são
Podzólicos Hidromórficos em toda essa extensão.

Pantanal do Negro-Aquidauana

Figura 5 Pantanal do Negro-Aquidauana. Fonte: Portal de Aquidauana.

Corresponde a uma região sujeita a alagamentos temporários, exibindo


"baías" dispersas e, ocasionalmente, concentradas, sendo que a maioria delas

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seca durante certos períodos do ano. Albergando um Pantanal de cerrado,
também presente na área, esta região apresenta campos, savanas e bosques,
com elevações que restringem as inundações, facilitando a gestão do gado. O
solo arenoso recebe as águas calcárias da Bodoquena.

Pantanal do Negro-Miranda

Classificado como uma área sujeita a fortes inundações, este Pantanal


corresponde à planície de inundação do Rio Negro e de alguns afluentes de
seu curso superior. Durante as grandes cheias, recebe águas do Rio
Aquidauana através de "corixos" – canais que conectam baías, lagoas e áreas
alagadas com rios próximos. A margem esquerda do Rio Negro nesse Pantanal
é parte dessa planície, transformando-se em uma área brejosa por vários
meses do ano. Os solos predominantes são do tipo Vertissolo, com uma faixa
estreita de Areias Quartzosas Hidromórficas.

Pantanal do Baixo Taquari-Paraguai

O Rio Taquari deposita uma extensa faixa de depósitos aluviais que se


amplia a jusante como um delta e se estende para o norte, delineando uma
estreita faixa aluvial. Ao longo do trecho percorrido pelo Rio Taquari, este
Pantanal corresponde à planície de inundação do rio, com numerosos canais
de cheias contribuindo para a inundação da área. A faixa aluvial estreita ao
longo do Rio Paraguai representa espraiamentos aluviais antigos associados à
margem direita do Rio Taquari, permanecendo alagada por grande parte do
ano. Durante a estiagem, surgem ilhas coalescentes, com os solos
hidromórficos, Glei Pouco Húmicos, favorecendo o desenvolvimento de
gramíneas.

Pantanal do Aquidauana-Miranda

Localizado entre os Rios Paraguai e Nabileque (a oeste) e o Rio Taboco


(a leste), este Pantanal limita-se ao norte com o Pantanal do Negro-Miranda e
ao sul com a Depressão do Miranda e as Planícies Coluviais Pré-Pantanais. A
parte oriental experimenta alagamentos periódicos devido à junção das águas
dos Rios Negro, Taboco e Aquidauana. A conexão entre as "baías", durante a
estiagem, é estabelecida através da água subterrânea. Na parte central e
ocidental, as aluviões da margem direita do Rio Miranda e as aluviões da
margem esquerda do Rio Aquidauana expandem-se para a zona intermediária,
resultando na coalescência de sedimentos aluviais carregados pelos "corixos"
em direção ao rio principal. Esse Pantanal é caracterizado como uma área de

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transição, apresentando um alagamento moderado e uma rica variedade
botânica correspondente a diversos biomas.

Pantanal do Castelo-Mangabal

Situado ao sul do Pantanal de Paiaguás, recebe essa denominação


devido às vazantes Castelo e Mangabal que atravessam a área e deságuam no
Rio Negro. Apresenta um grande número de "baías" que recebem água apenas
em determinados períodos do ano, sugerindo uma associação a ambientes de
amplas vazantes e condicionando seu regime hídrico.

Pantanal do Corixão-Piúva-Viveirinho

Figura 6 Pantanal do Corixão-Piúva-Viveirinho. Fonte: Instituto Agwa.

Na margem direita do rio, adjacente ao "delta" do Rio Taquari (Pantanal


do Baixo Taquari-Paraguai), destaca-se uma região com alagamento
moderado, estendendo-se para o sudoeste e continuando para o norte até o
Pantanal de Uberaba-Mandioré. Este é o Pantanal do Corixão-Piúva-Viveirinho,
composto por espraiamentos aluviais antigos, atualmente cobertos por
sedimentos mais recentes, como areias, silte e argilas. A área exibe um grande
número de canais intermitentes, seguindo um padrão de drenagem
anastomosado, no qual o rio percorre vários canais e se junta posteriormente a
eles ou a outros canais, formando um complexo sistema fluvial variável, com
várias ilhas em seu curso. Além disso, contém numerosas "baías" que ficam
sem água durante a estiagem. Os solos predominantes são Planossolos
eutróficos, juntamente com solos Podzol Hidromórficos.

Pantanal da Baía Vermelha-Tuiuiú

Este Pantanal refere-se a duas áreas de espraiamentos aluviais do Rio


Paraguai, sujeitas a inundação por drenos intermitentes e precipitações locais.

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Esses espraiamentos aluviais geralmente funcionam como a planície de
inundação atual dos sistemas Paraguai-Baia Vermelha e Paraguai-Lagoa de
Cáceres. A porção setentrional faz fronteira com a Serra do Bonfim e apresenta
solos Hidromórficos Glei Pouco Húmicos. Na parte meridional, próxima ao
território boliviano, os Vertissolos incluem áreas de Savana/Savana Estépica,
marcando o limite setentrional dessa formação.

Pantanal do Apa-Amonguijá-Aquidabã

Este pantanal corresponde a espraiamentos aluviais com fraca


inundação, associados às cheias dos Rios Paraguai, Nabileque e seus
afluentes Apa, Amonguijá e Aquidabã. Os derrames aluviais nas áreas entre os
rios principais e seus afluentes se encontram com os derrames aluviais nas
planícies de inundação dos Rios Paraguai, Nabileque e Apa. O escoamento
nessas áreas interfluviais ocorre através de inúmeros canais e leitos
temporários.

Pantanal do Rio Verde

Corresponde a espraiamentos aluviais de diversas direções ligados aos


sistemas da Lagoa de Jacadigo-Rio Verde. É uma área propensa a
alagamentos temporários intermediários, apresentando vários canais de
entrada de água e sedimentos, intimamente ligados às morrarias circundantes.
O complexo padrão de entrada de água inclui chuvas locais, cheias do Rio
Verde, transbordamento da Lagoa de Jacadigo e contribuições de águas
provenientes das baixadas de algumas morrarias vizinhas.
Pantanal do Jacadigo-Nabileque

Figura 7 Pantanal do Jacadigo-Nabileque. Fonte: Avifauna do Pantanal de Nabileque.

Na porção oeste do estado, circundando o Maciço de Urucum e as áreas


pediplanadas ao seu redor, está situado o Pantanal do Nabileque-Jacadigo. A

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leve inclinação, resultante das altitudes pouco significativas, com cotas em
torno de 85 metros, propicia uma intensa saturação da área. Planícies fluviais e
espraiamentos aluviais dos rios Paraguai e Nabileque delineiam as
características dessa região.

TIPOS DE FORMAÇÕES VEGETAIS ASSOCIADAS AO BIOMA E SUA


CARACTERÍSTICA:

Formações de vegetação do Pantanal.

Figura 8 Fonte: Ambiente Brasil

A vegetação no Pantanal exibe um mosaico de matas, cerradões e


savanas, sendo influenciada diretamente por três importantes biomas
brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Dentre as espécies presentes,
como cambará-lixeira, canjiqueira e carandá, estas prosperam em campos
inundáveis, que incluem brejos e lagoas com plantas características, como
camalotes. Formações vegetais comuns no Pantanal incluem carandazais,
dominados pela palmeira carandá, buritizais, onde prevalece a palmeira buriti,
e paratudais, compostos por um tipo de ipê, o paratudo.

A flora pantaneira possui um elevado potencial econômico, servindo


como pastagem nativa devido à formação de pastos naturais no bioma, além
de desempenhar papéis essenciais em usos apícolas, alimentícios, taníferos e
medicinais

Ao longo das margens dos rios, encontra-se uma mata-de-galeria ou


mata ciliar, desempenhando um papel crucial na proteção do rio, na retenção
de sedimentos e na regulação dos ciclos hidrológicos. Espécies como tucum,
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jenipapo, cambará e pau-de-novato são perfeitamente adaptadas a ambientes
mais úmidos.

A flora pantaneira é composta por plantas migradas do Cerrado, da


Amazônia (por exemplo, camalote-da-meia-noite e vitória-régia), do Chaco e da
Mata Atlântica, com algumas espécies raras exclusivas (endêmicas) do
Pantanal. No entanto, os arranjos das espécies são distintivos da região.

Espécies da fauna do Pantanal.

Figura 1 Fonte: Ambiente Brasil.

Esse tesouro ecológico, lar de uma diversidade impressionante de


mamíferos, répteis, aves e peixes, se completa com uma vegetação
exuberante, expressa por um espetáculo de formas, cores e sons. A fauna é
notavelmente rica e variada, embora muitas espécies estejam ameaçadas de
extinção, incluindo o tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, lobinho e veado-
mateiro.

Com mais de 230 espécies de peixes, superando o número de


espécimes de todos os rios europeus juntos, destacam-se a piranha, pintado,
pacu, curimbatá e dourado. O jaú, um bagre gigante pesando até 120 kg e
chegando a 1,5 metros de comprimento, é o maior peixe do Pantanal, enquanto
o pirarucu, maior peixe do mundo, com até 3 metros de comprimento e 200 kg,
habita a Amazônia.

O jacaré-do-pantanal, quase inofensivo ao ser humano, atinge 2,5


metros de comprimento e alimenta-se de peixes, enquanto o jacaré-açu chega
a 6 metros, podendo mudar de cor para se camuflar e atacando apenas
quando ameaçado.

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A sucuri-amarela-do-pantanal, com até 4,5 metros, se alimenta de
peixes, aves e pequenos mamíferos, enquanto a sucuri amazônica, com até 10
metros, é capaz de engolir uma capivara adulta.

A região abriga cerca de 650 espécies de aves, incluindo o tuiuiú,


símbolo do Pantanal, com asas abertas ultrapassando 2 metros de
envergadura. O morcego-fantasma-grande, a maior espécie das Américas, com
mais de um metro de envergadura nas asas, também é encontrado no
Pantanal.

Apesar de sua importância ecológica, apenas 4,6% do bioma é protegido


por Unidades de Conservação, sendo seriamente afetado por queimadas e
atividades agropecuárias extensivas. Essa situação prejudica não apenas a
fauna e flora do Pantanal, mas também a dinâmica produtiva das comunidades
locais, destacando a necessidade de programas que preservem essa região
magnífica.

PRINCIPAIS PRESSÕES ANTRÓPICAS:

Figura 9 Fonte: SOS Pantanal.

Certamente, você deve ter ouvido falar sobre os incêndios no Pantanal


em 2020, que trouxeram à tona imagens tristes de animais queimados e vastas
áreas de mata nativa em chamas. Esse bioma, no coração do Brasil, conhecido
por suas secas e cheias, enfrenta diversas ameaças além do fogo. Aqui estão
as principais:

Seca Prolongada:

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O Pantanal, dependente da água, recebe grande parte de seus recursos
hídricos dos rios que nascem nos biomas circundantes, como Amazônia,
Cerrado e Mata Atlântica. Devido a mudanças climáticas e à degradação de
outros biomas, o Pantanal experimenta períodos de seca mais severos e
frequentes, podendo resultar em desertificação ao longo das décadas.

Jacaré queimado ao lado da Transpantaneira em setembro de 2020. Foto: Gustavo


Figueirôa

Figura 10 Fonte: SOS Pantanal.

Desmatamento no Planalto:

A modificação da paisagem no planalto, onde ocorre a substituição de


mata nativa por monoculturas e pastagens, impacta diretamente o Pantanal. O
desmatamento desenfreado, sem respeitar as Áreas de Proteção Permanente
(APP), leva ao assoreamento dos rios, causando danos ambientais como o
acúmulo de terra, lixo e matéria orgânica no leito dos rios.

Desmatamento às margens do Rio Taquari no planalto. Foto: Documenta Pantanal

Figura 11 Fonte: SOS Pantanal.

3. Fogo:

Incêndios florestais, impulsionados pela seca, acumulação de matéria


orgânica e ação humana, representam uma ameaça significativa. Mais de 95%
dos incêndios são causados por atividades humanas, intencionais ou não. Em

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2020, mais de 3,9 milhões de hectares foram consumidos, e a tendência de
anos mais quentes e secos aponta para um cenário potencialmente pior.

Fogo consumindo a região de Miranda – MS. Foto: Gustavo Figueiroa

Figura 12 Fonte: SOS Pantanal.

Barragens:

Pouco conhecido, o impacto das Pequenas Centrais Hidrelétricas


(PCHs) nos rios do Pantanal interfere no fluxo natural da água, reduzindo os
níveis dos rios ao longo do ano. Além disso, prejudicam a reprodução de
diversas espécies de peixes que dependem da subida dos rios para a desova.

Figura Represa que alimenta uma PCH. Foto: Internet

Figura 13 Fonte: SOS Pantanal.

Essas ameaças combinadas apresentam desafios significativos para a


preservação do Pantanal, cuja importância não se limita apenas ao meio
ambiente, mas também afeta comunidades locais e a economia regional.

ÁREA ORIGINAL E ATUAL:

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Mapa de uso e ocupação do solo do Pantanal, gerados a partir de dados do Corine, os
anos representados são organizados como: a) 2015, b)2016, c)2017, d)2018, e)2019

Figura 14 Fonte: Um olhar sobre a conservação do Pantanal

O Pantanal, situado no coração da América do Sul na bacia hidrográfica


do Alto Paraguai, representa uma das maiores extensões úmidas contínuas do
planeta. Com uma área total de 138.183 km², aproximadamente 65% dessa
vastidão encontra-se no estado de Mato Grosso do Sul, enquanto os restantes
35% pertencem ao Mato Grosso.

O bioma pantaneiro abrange predominantemente 9.171.100 hectares de


vegetação campestre, juntamente com outras coberturas naturais, como áreas
úmidas. Entre 2002 e 2018, conforme dados do IBGE, o Pantanal registrou a
menor perda de áreas naturais, preservando suas características originais em
comparação a outros biomas, como estradas, pastagens e lavouras. No final
desse período, as áreas naturais totalizavam 13.209.600 hectares, enquanto as
áreas antropizadas eram de 1.746.300 hectares.

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Um estudo da Embrapa na Bacia do Alto Paraguai prevê uma redução
de 50% na cobertura natural até 2022, afetando principalmente os 36 milhões
de hectares brasileiros da Bacia, parte da qual abrange a região pantaneira. A
projeção indica que até 2050, apenas 36% da cobertura natural permanecerá,
comparado aos 60% de 2008.

Essas mudanças impactam a fauna, a disponibilidade de chuvas, o fluxo


de água no solo e os rios, refletindo na atual seca do Rio Paraguai. Apesar dos
desafios, o Pantanal mantém a maior preservação nativa na Bacia.

Em 2019, o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil do MapBiomas


revelou que o Pantanal perdeu 16.521 hectares, com uma média diária de
desmatamento por alerta de 77 hectares, a mais alta entre os biomas. No
entanto, 99% dos alertas no Brasil não possuíam autorização para
desmatamento. De janeiro a agosto de 2020, a região perdeu uma área
equivalente a 14.336 campos de futebol, uma média de 59 campos devastados
por dia.

Apesar de ter sido um protagonista em discussões internacionais sobre


biodiversidade, o Brasil não assinou, em setembro deste ano, o Compromisso
dos Líderes pela Natureza, incluindo o acordo para reverter a perda da
biodiversidade até 2030.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EXISTENTES:

Figura 14 Antas (Tapirus terrestris) nadando no Pantanal / Foto: Leonardo Avelino Duarte –
Biofaces

Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT)

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O Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, estabelecido em 1981,
abrange aproximadamente 135.000 hectares na bacia dos rios Paraguai e
Cuiabá. Como uma unidade de conservação de proteção integral, tem o
propósito de preservar a biodiversidade e o ecossistema para pesquisas
científicas, visitação turística e atividades educativas. Destaca-se pela
variedade de espécies, incluindo a onça-pintada, ícone da conservação.

Atualmente, o acesso ao parque está restrito a pesquisadores e


funcionários do ICMBio, não sendo aberto para visitações turísticas.

Parque Estadual Encontro das Águas (MT)

Criado em 2004, o Parque Estadual Encontro das Águas, com cerca de


108.130 hectares, está localizado na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul, na bacia dos rios Cuiabá, Cassange, Alegre, Pirigara, Piquiri e Três
Irmãos. Recomenda-se visitar entre abril e setembro para uma melhor
observação da fauna. O parque abriga uma rica biodiversidade, incluindo
onças-pintadas, contribuindo para a preservação da região pantaneira.

Parque Estadual do Guirá e Estação Ecológica Taiamã (MT)

Localizados em Cáceres, Mato Grosso, o Parque Estadual do Guirá


(criado em 2002) e a Estação Ecológica Taiamã (criada em 1981) preservam
mais de 114.000 hectares. Essas unidades abrigam diversas espécies, como
onças, ariranhas, jabutis, bugios e outras. O turismo ecológico é expressivo na
região, destacando-se pela natureza exuberante e diversidade de aves,
mamíferos e répteis.

Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro (MS)

A maior área de proteção integral do Mato Grosso do Sul, o Parque


Estadual do Pantanal do Rio Negro, em Corumbá e Aquidauana, alaga
periodicamente e possui vegetação aquática, campos limpos e a maior planta
aquática do mundo, a vitória-régia. O local serve como refúgio para espécies
ameaçadas de extinção e é fundamental para a preservação da biodiversidade.

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Reserva Particular do Patrimônio Natural Acurizal (MS)

A Reserva Particular do Patrimônio Natural Acurizal, em Corumbá, Mato


Grosso do Sul, é uma área preservada por propriedades particulares, fundada
em 1997. Com o objetivo de proteger recursos hídricos e a beleza cênica do
Pantanal, recebe visitantes que contribuem para a sua manutenção e
divulgação da importância da conservação.

Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (MT)

A RPPN Sesc Pantanal, a maior reserva particular do Mato Grosso, foi


fundada em 1997 e abrange mais de 108.000 hectares. Considerada um
laboratório do Pantanal, é rica em vida, contando com mais de 630 espécies de
vertebrados, incluindo 12 ameaçadas de extinção. Essa reserva desempenha
papel vital na preservação e conservação do bioma, oferecendo serviços
ecossistêmicos essenciais para a sobrevivência humana e animal.

O QUE É ABORDADO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE O PANTAL?

O Direito Ambiental no Brasil evoluiu ao longo do tempo, destacando-se


marcos como a legislação do século passado, como as obras de Pedro Lessa e
Castro Nunes. Inicialmente, desde o Império de José Bonifácio de Andrada e
Silva, medidas foram adotadas para a preservação das florestas.

A década de 1930 trouxe ordenamentos para a proteção de recursos


naturais, seguidos pelo Código Florestal em 1965 e a Lei de Proteção à Fauna
em 1967. Contudo, a verdadeira Política Nacional do Meio Ambiente foi
estabelecida em 1981 pela Lei nº 6.938.

A Constituição de 1988, conhecida como "Constituição Verde", foi um


marco decisivo, atribuindo a todos, público e privado, a responsabilidade de
proteger o meio ambiente. Leis subsequentes, como a Lei nº 9.605/1998 e a
Lei nº 9.985/2000, ampliaram a proteção.

A criação do Ministério do Meio Ambiente em 1980 impulsionou a


legislação moderna. A luta pela conservação contou com o apoio de
instituições como o Ministério Público, a OAB, partidos políticos, universidades
e a comunidade científica.

A Constituição de 1988 estabeleceu institutos procedimentais para


preservar o meio ambiente, delineou competências e responsabilidades,
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tornando-se referência internacional. Vários doutrinadores, como José Afonso
da Silva e Paulo Affonso Leme Machado, desempenharam papéis significativos
na construção do Direito Ambiental brasileiro. Atualmente, o país conta com
diversos estudiosos nessa área.

-EXISTE ALGUM PROGRAMA RELACIONADO À CONSERVAÇÃO DESSE


BIOMA?

O Direito Ambiental no Brasil passou por uma evolução ao longo do


tempo, marcada por eventos significativos, como as contribuições de Pedro
Lessa e Castro Nunes no século passado. Desde o Império de José Bonifácio
de Andrada e Silva, medidas para preservar as florestas foram adotadas.

Na década de 1930, foram estabelecidos ordenamentos para a proteção


de recursos naturais, seguidos pelo Código Florestal em 1965 e a Lei de
Proteção à Fauna em 1967. A verdadeira Política Nacional do Meio Ambiente
foi instituída em 1981 pela Lei nº 6.938.

A Constituição de 1988, conhecida como "Constituição Verde", foi um


marco decisivo, atribuindo a todos, público e privado, a responsabilidade de
proteger o meio ambiente. Leis subsequentes, como a Lei nº 9.605/1998 e a
Lei nº 9.985/2000, ampliaram a proteção.

A criação do Ministério do Meio Ambiente em 1980 impulsionou a


legislação moderna, com apoio de instituições como o Ministério Público, a
OAB, partidos políticos, universidades e a comunidade científica. A
Constituição de 1988 estabeleceu institutos procedimentais para a preservação
ambiental, delineando competências e responsabilidades, tornando-se uma
referência internacional. Doutrinadores notáveis, como José Afonso da Silva e
Paulo Affonso Leme Machado, desempenharam papéis significativos na
construção do Direito Ambiental brasileiro, e atualmente, o país conta com
diversos estudiosos nessa área.

REFERÊNCIAS BIBILIOGRÀFICAS:

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Pantanal - Clima e Hidrografia. Disponível em:
<https://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/pantanal_-
_clima_e_hidrografia.html>.
‌PANTANAL: NASCIMENTO, VIDA E MORTE (PRÓXIMA?)…. Disponível em:
<https://www.ambientelegal.com.br/pantanal-nascimento-vida-e-morte-
proxima/#:~:text=Segundo%20o%20grande%20ge%C3%B3grafo%2C
%20professor>. Acesso em: 5 out. 2023.
‌SOARES, A. et al. Solos da paisagem do Pantanal brasileiro -adequação
para o atual sistema de classificação. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/9407/1/APSolosSoaresGeo
pantanal2006.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2023.
Solos da paisagem do Pantanal brasileiro - adequação para o atual
sistema de classificação. - Portal Embrapa. Disponível em:
<https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/9407/solos-da-
paisagem-do-pantanal-brasileiro---adequacao-para-o-atual-sistema-de-
classificacao#:~:text=As%20principais%20classes%20de%20solos>.
‌Características biofísicas do Chaco brasileiro. - Portal Embrapa.
Disponível em:
<https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1138084/
caracteristicas-biofisicas-do-chaco-brasileiro>. Acesso em: 12 nov. 2023.
‌ AMBIENTEBRASIL, R. Pantanal - Flora e Fauna. Disponível em:
<https://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/pantanal_-
_flora_e_fauna.html>.
FIGUEIROA, G. Conheça as 4 principais ameaças para o Pantanal.
Disponível em: <https://www.sospantanal.org.br/conheca-as-4-principais-
ameacas-para-o-pantanal/>.
Pantanal em chamas: riscos à biodiversidade. Disponível em:
<https://www.ufsm.br/midias/arco/pantanal-em-chamas-
riscos#:~:text=Desmatamento%20na%20maior%20plan%C3%ADcie%20inund
%C3%A1vel%20do%20mundo&text=Com%20base%20em%20dados%20do>.
Acesso em: 1 dez. 2023.
‌ADMIN. Conheça 7 unidades de conservação do Pantanal e toda sua
biodiversidade. Disponível em: <https://blog.biofaces.com/conheca-7-
unidades-de-conservacao-do-pantanal-e-toda-sua-biodiversidade/>. Acesso
em: 1 dez. 2023.
‌DOS, J. et al. Gestão ambiental no Pantanal como proteção jurídica ao
meio ambiente. [s.l: s.n.]. Disponível em:

23
<https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/229384/1/PL-Gestao-
Ambiental-Pantanal-2021.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2023.

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