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Impactos ambientais em biomas brasileiros

AMAZONIA
Atualmente, o desmatamento é o principal responsável pela avançada destruição desse bioma, onde as
queimadas preparam os terrenos para os grandes projetos agropecuários. Dados recentes da WWF salientam que
15% da Amazônia foi destruída. E o que é mais grave: o novo Código Florestal Brasileiro pode acelerar essa
destruição, pois prevê que áreas maiores de mata possam ser desmatadas na Amazônia.
Desde a década de 1940, a região tem sido alvo de projetos agropecuários incentivados pelo governo. Na
década de 1970, houve uma intensificação desses projetos. Queimadas e desmatamentos foram os métodos
utilizados para a abertura de pastos.
Outros fatores também foram responsáveis pela degradação da região: Construção de usinas hidrelétricas
(Tucuraí, Balbina, Samuel e outras); Extração de madeira para exportação para o Japão e a Europa; Crescimento
demográfico; Garimpos de ouro; Extrativismo mineral; Construção de rodovias e ferrovias.

CERRADO
Atingido pela construção de Brasília e das rodovias que passaram a integrar a nova capital ao resto do país,
esse bioma vem rapidamente sendo degradado por causa do crescimento da agropecuária, notadamente nos últimos
anos. Segundo o WWF, o cerrado perdeu 80% de sua vegetação original. A pecuária, que ocupa 60% do cerrado, e o
cultivo da soja, que representa 45,3% do total plantado no país, causaram vários impactos ambientais nesse bioma,
como: o assoreamento do leito dos rios; a poluição em algumas nascentes de rios das bacias Amazônica e do São
Francisco causada pelos agrotóxicos utilizados nas plantações; e a destruição de grandes áreas de vegetação original,
em razão do aumento das rodovias e do grande crescimento populacional.

MATA ATLÂNTICA
Desde a extração do pau-brasil até o vertiginoso crescimento urbano-industrial brasileiro, não temos muito o
que comemorar: estatísticas atuais dão conta que 90% da floresta, que se estendia no Rio Grande do Sul, já foi
destruída.Alem disso, os pontos remanescentes estão localizados em locais de difícil acesso. As cidades e a
necessidades de terras para o cultivo de cana-de-açúcar, cacau e café causaram a derrubada da mata original. Os
principais impactos ambientais decorrentes dessa destruição foram: poluição das águas fluviais e subterrâneas,
contaminação e erosão do solo e poluição do ar atmosférico. Além das cidades e regiões metropolitanas, o espaço
ocupado antigamente pela mata Atlântica abriga hoje as grandes regiões industriais, os complexos petrolíferos e os
maiores portos do país.
Suas maiores áreas preservadas estão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo,
nas serras do Mar e da Mantiqueira, em virtude do relevo acidentado que torna difícil a ocupação humana.
Quanto à mata da Araucária, a retirada da madeira – para a produção de móveis e de papel de jornal – e a
agropecuária são os principais fatores de sua devastação acentuada. Da década de 1930 até hoje 100 mil pinheiros
foram derrubados.
CAATINGA
A ocupação do Sertão nordestino foi feita no período denominado ciclo do gado, assim chamado por ter na
pecuária sua principal atividade econômica.
A atividade pecuária foi complementar à grande riqueza da época – a cana – de – açúcar – e desenvolveu-se
ao longo do rio São Francisco (rio dos Currais) durante os séculos XVI, XVII E XVIII.
A forma extensiva com que foi realizada, sem maiores cuidados com os solos utilizados, tornou a pecuária
não só a responsável pelo povoamento do sertão, mas uma das principais causas da devastação da caatinga, bioma
característico dessa área.
A maior parte da caatinga já desapareceu, e 68% sofreram profundas alterações causadas pelo homem. Do
que restou, cerca de 3% recebe algum tipo de proteção ambiental.
Os grandes latifundiários são os grandes responsáveis por essa degradação, pois alem de desmatar a
vegetação original, monopolizam o uso dos açudes, provocando seu assoreamento. As águas do São Francisco, o
único rio perene da região, são usadas para a irrigação, provocando a salinização do solo. Aos pequenos
proprietários, resta viver em extrema miséria ou migrar para as capitais nordestinas e outras regiões brasileiras.
Outro problema ambiental refere-se ao processo de desertificação de grandes áreas da caatinga, provocado
pelo desmatamento da vegetação nativa (agropecuária e lenha) e pela degradação do solo. Alem disso, vários tipos
de indústria utilizam espécies arbóreas nativas para a produção de energia.
PAMPA
A criação de gado deteriora os solos e seu uso prolongado causa a erosão e a arenização. A agropecuária,
através do uso excessivo, prolongado e inadequado do solo, provoca o seu empobrecimento, dificultando o
surgimento de uma nova vegetação. Está aberto o caminho para o processo de arenização.
O cultivo da soja e do trigo na Campanha Gaúcha também provoca o desgaste do solo e sua erosão. Muitas vezes, as
queimadas antecipam o cultivo agrícola, diminuindo ainda mais a matéria orgânica dos solos e as áreas ocupadas
pelos campos.

PANTANAL
O crescimento desorganizado do turismo no Pantanal tem sido uma agravante da degradação ambiental nos
ecossistemas da região, uma vez que traz problemas até então desconhecidos, com: o lixo produzido pelos turistas,
que é jogado nos rios e que pode contaminar e até matar a fauna e a flora local; a construção de pousadas e hotéis,
rodovias, hidrovias e aeroportos, que ocupam áreas de vegetação nativa; e esgotos não tratados, que são lançados
nos cursos de água.
Além do ecoturismo desordenado, outras atividades tradicionais na região, como a agricultura e a pecuária
extensiva alteram o meio ambiente ao provocar desmatamento do leito dos rios. Garimpos e a pesca predatória nos
rios do Pantanal agravam ainda mais a destruição da natureza no bioma.

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