Você está na página 1de 2

História do desmatamento no Brasil

O desmatamento no Brasil tem raízes históricas, pois iniciou-se com a colonização do país,
em 1500, pelos portugueses e a exploração de recursos naturais, principalmente a remoção de
árvores como o pau-brasil.

No Brasil Colônia, a Mata Atlântica foi o bioma mais afetado pelo desmatamento, principalmente
pela proximidade ao litoral. A chegada de outros povos europeus fez com que as buscas por
produtos das florestas afetassem outros biomas, como a Amazônia, que passou por um processo de
intensificação do desflorestamento.

A paisagem do país também foi mudando à medida que as atividades, como plantio de café e cana
eram difundidas no território. A revolução industrial ocorrida no século XVIII também fez com que
o desmatamento crescesse para dar lugar a outras atividades, como a mineração.

Além disso, o processo desordenado de ocupação fez com que houvesse a perda de vegetação
natural, principalmente para o surgimento de construções.

Causas do desmatamento

As principais causas de desmatamento estão relacionadas às atividades humanas. A retirada


da vegetação de um local para dar lugar à moradias, plantações ou para a utilização da madeira
retirada, por exemplo, para a produção de energia, não é um processo recente, ocorrendo em todo
mundo há séculos.
Com o aumento das atividades econômicas, áreas florestais são destruídas, dando lugar, por
exemplo, à agricultura.
No entanto, com o aumento das atividades econômicas, devido ao processo de globalização, e o
desenvolvimento de novas tecnologias, a cada dia esse processo tem aumentado de forma
descontrolada em algumas regiões, e as áreas antes ocupadas por regiões de florestas vão dando
lugar a áreas ocupadas pela agropecuária, pela mineração, pela exploração dos mais diversos
recursos, além da urbanização. Ainda, é importante destacar que a falta de políticas públicas que
garantam a preservação pode influenciar fortemente no processo de desmatamento.

Consequências do desmatamento

O desmatamento pode causar diversos impactos para o meio ambiente, afetando, assim,
todos os seres vivos. Dentre os impactos que surgem como consequência do desmatamento,
podemos citar:
Degradação de habitat: a retirada da vegetação destrói o habitat de várias espécies, o que pode,
inclusive, levá-las à extinção.

Erosão: a retirada da vegetação também deixa o solo mais exposto à ação do Sol, dos ventos e das
chuvas, o que pode desencadear o seu processo de degradação.

Perda da biodiversidade: a retirada da vegetação afeta toda a biodiversidade do local. Muitas


vezes o desmatamento acaba por retirar as espécies endêmicas (restritas a uma determinada área ou
região) de um lugar, levando-as à extinção. Como dito, a retirada da vegetação afeta também as
espécies de animais, pois destrói os seus habitat. Assim, o desmatamento afeta todo
o ecossistema do lugar.
Modificação do clima: o desmatamento pode contribuir para a intensificação do efeito estufa. Isso
ocorre pelo fato de as árvores serem uma das responsáveis pela absorção do CO 2, um dos gases que
intensificam o efeito estufa, além disso, as queimadas, um dos processos utilizados no
desmatamento, liberam CO2 na atmosfera. As árvores também contribuem com o aumento da
umidade do ar, controlando o regime de chuvas de determinadas regiões. Assim, a sua retirada
influencia no ciclo hidrológico.

Impactos sociais: diversos povos dependem das florestas tanto para obterem diretamente dela seu
alimento como para retirarem outros produtos, os quais garantem a sua subsistência, como como
fibras, resinas, frutos e produtos medicinais. A destruição desses ambientes afeta essas pessoas de
tal modo, aumentando a sua pobreza e obrigando-as, muitas vezes, a mudarem-se para outras
regiões, buscando uma forma de manter-se.

Desmatamento em terras indígenas

O desmatamento em terras indígenas (TIs) na Amazônia brasileira provocou a emissão de 96


milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) entre 2013 e 2021. Desse total, 59% foram
emitidos nos últimos três anos analisados (2019-2021), quando houve intensificação da devastação.
O desmatamento em terras indígenas (TIs) na Amazônia brasileira provocou a emissão de 96
milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) entre 2013 e 2021. Desse total, 59% foram
emitidos nos últimos três anos analisados (2019-2021), quando houve intensificação da devastação,
mostrou pesquisa liderada por brasileiros divulgada na revista Scientific Reports. Emissão fez
nessas áreas o papel de “sequestrador de carbono” da floresta.

Como as empresas podem reduzir o desmatamento

Para lidar com o desmatamento é possivel promover a produção integrada de lavouras,


pecuária e silvicultura, uma abordagem que tem se mostrado lucrativa e sustentável em toda a
América do Sul. Os sistemas integrados podem aumentar a renda dos produtores, impulsionar a
produtividade da terra e mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

Você também pode gostar