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- 2022
Yasmin Carvalho
Emanuella Araújo
Iulla de Paula
Bruna Sara
Pedro Lima
PALMAS – TO
2022
Sumário
1. O mercúrio e seus impactos
2. Garimpo e mercúrio
2.1 Garimpo e mercúrio: saúde humana
2.2 Garimpo e mercúrio: aspectos socioambientais
3. Conclusão
4. Bibliografia
1. O mercúrio e seus impactos
O mercúrio, substância emitida pela atividade garimpeira, é fonte de estudo
por todo o mundo, assim como no Brasil. No entanto, observa-se que os efeitos
colaterais provenientes da poluição mercurial são inúmeros, e se tornaram
presentes em diversas discussões sobre o garimpo no país.
A substância citada é altamente prejudicial à saúde humana, podendo causar
danos irreversíveis à nossa espécie. Nesse sentido, o objeto estudado ao entrar
em contato com o meio-ambiente, afeta o ecossistema, em primeira instância,
pela cadeia alimentar, gerando um ciclo de contaminação.
Portanto, o intuito do trabalho é entender os prejuízos da emissão do mercúrio
no meio ambiente e na saúde, e analisar como o cotidiano é lesado por esse, de
forma que solucionemos tal impasse com medidas eficientes.
2. Garimpo e mercúrio
A poluição mercurial é comum em áreas de garimpo, afetando grande número
de regiões. Na maioria das vezes, não existe nenhum controle tecnológico, bem
como a atividade citada geralmente não é realizada por instituições formais, e
sim por autônomos.
Os mineradores usam mercúrio para coletar ouro do concentrado em
combinação e resgatar o ouro metálico "queimando-o", permitindo que o
mercúrio volatilizado, seja levado pelo vento e precipite (SCARPELLI, 2003).
Dessa maneira, Scarpelli afirma que o ouro queimado, que é precipitado com as
chuvas, afeta todo o ecossistema, uma vez que ao entrar em contato com os
organismos, todo o ciclo alimentar, que varia das briófitas à espécie humana, é
drasticamente afetado. (SCARPELLI, 2003).
Esta situação, em que a extração mineral não é realizada com planejamento
prévio, se assemelha a fase inicial do garimpo. Meyer (2000) alega que no início,
essa mineração era desenvolvida sem conhecimento suficiente do jazimento, o
que obstruía a efetivação de um trabalho com metas demarcadas. Como por
exemplo, o Brasil colonial, em que se é possível observar que apenas os
senhores de engenho, com poder aquisitivo e força de trabalho, possuíam
acesso à informação, mesmo que os recursos tecnológicos disponíveis fossem
arcaicos, tinham mais conhecimento sobre os riscos da mineração que os
escravos africanos. Dessa maneira, observa-se um déficit informacional que
perdura até o hodierno, visto que mesmo vivendo em um mundo globalizado
ainda existem pessoas sem acesso à esse tipo de conteúdo.
3. Conclusão
Portanto, observa-se que a emissão de gás mercurial na atmosfera afeta não só
o meio-ambiente, mas todo o ecossistema. Dessa maneira, deve-se analisar
todos os aspectos que englobem as vítimas e os causadores do desequilíbrio
atmosférico.
Nesse viés, o escoamento em minas inativas e de minas em uso é considerado
poluição, e para evitar o impasse devem ser criadas medidas que evitem o
escoamento direto do mercúrio na água. A primeira medida a ser realizada é o
planejamento da atividade garimpeira e a vistoria de todo o processo para a
diminuição da quantidade de sedimentos emitidos. Essas medidas reduziriam o
volume de locais a serem tratados e dessa forma, os custos à recuperação
seriam menores, conforme USEPA (1987).
No entanto, se a quantidade de metais na água for muito alta ou se as taxas de
acidez forem excessivas, serão necessárias medidas drásticas. Segundo
USEPA (2005), os métodos de tratamento de resíduos que reduzem a acidez e
quantidade de metais pesados das águas afetadas são classificados em ativo e
passivo. O método ativo envolve a neutralização de águas ácidas pela adição de
substâncias alcalinas, permitindo que haja a diminuição ou a erradicação de
acidez na água. O método passivo parte do intuito da construção de um sistema
de tratamento simples, pois necessita de pouca manutenção. Esse utiliza
reações biológicas e químicas que ocorrem naturalmente na drenagem ácida de
minas (DAM). O tratamento mais utilizado na proteção do curso d’água é a
construção de barragens e a contenção de resíduos nas saídas dos garimpos.
Entretanto, a fiscalização deve ser mantida de maneira constante, para garantir
a segurança das populações que habitam os entornos, e para evitar desastres
socioambientais, como o caso de Brumadinho (MG) em Janeiro de 2019.
4. Bibliografia
• ARAUJO, Patricia Correia de et al. Avaliação dos teores de mercúrio na
atmosfera em áreas de mineração artesanal ou de pequena escala de ouro no
Brasil e riscos à saúde humana. 2017.
• Bonumá, Nadia Bernardi. "Avaliação da qualidade da água sob impacto das
atividades de implantação de garimpo no município de São Martinho da Serra."
(2006);
• BORLOTOTTO, Rafael. "Identificação de perigos e avaliação de riscos de
segurança e saúde ocupacional: estudo de caso: mineração de carvão." (2012);
• DE-PAULA, Victor Gomes; LAMAS-CORRÊA, Ronald; TUTUNJI, Valdi Lopes.
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• KUMARI, Anita et al. Status of atmospheric mercury research in South Asia: A
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• MEYER, Murilo Machado et al. Gestão ambiental no setor mineral: um estudo de
caso. 2000;
• MACHADO-DA-SILVA, Clóvis L.; FONSECA, Valéria Silva da; CRUBELLATE,
João Marcelo. Estrutura, agência e interpretação: elementos para uma
abordagem recursiva do processo de institucionalização. Revista de
Administração Contemporânea, v. 9, p. 9-39, 2005;
• SILVA, Rayanne Maria Galdino et al. Influência do enxofre elementar adicionado
em um resíduo da mineração visando à liberação de nutrientes no solo.
Engenharia Sanitaria e Ambiental, v. 26, p. 309-316, 2021;
• SKORUPA, Joseph P. Selenium poisoning of fish and wildlife in nature: lessons
from twelve real-world examples. Environmental chemistry of selenium, v. 64, p.
315-354, 1998.
• VEIGA, Marcello Mariz da, Alberto Rogério Benedito da Silva, and Jennifer J.
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sociais."(CETEM/MCT, 2002);