1) O documento descreve o Teste de Apercepção Temática (TAT), projetado por Henry Murray para investigar a personalidade através de histórias contadas sobre imagens ambíguas.
2) O TAT baseia-se na ideia de Freud de que percepções passadas influenciam percepções atuais, permitindo que projeções da personalidade sejam reveladas.
3) O teste utiliza 31 imagens para estimular a imaginação do examinando e obter insights sobre suas necessidades, conflitos e percepção do mundo.
1) O documento descreve o Teste de Apercepção Temática (TAT), projetado por Henry Murray para investigar a personalidade através de histórias contadas sobre imagens ambíguas.
2) O TAT baseia-se na ideia de Freud de que percepções passadas influenciam percepções atuais, permitindo que projeções da personalidade sejam reveladas.
3) O teste utiliza 31 imagens para estimular a imaginação do examinando e obter insights sobre suas necessidades, conflitos e percepção do mundo.
Direitos autorais:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
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1) O documento descreve o Teste de Apercepção Temática (TAT), projetado por Henry Murray para investigar a personalidade através de histórias contadas sobre imagens ambíguas.
2) O TAT baseia-se na ideia de Freud de que percepções passadas influenciam percepções atuais, permitindo que projeções da personalidade sejam reveladas.
3) O teste utiliza 31 imagens para estimular a imaginação do examinando e obter insights sobre suas necessidades, conflitos e percepção do mundo.
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Tcnicas do Exame Psicolgico - Prof. Dr. Lucas V. Dutra
TAT: Teste de Aperepo Temtica, de Henry Murray - PRIMEIRO RESUMO Apostila elaborada com fins didticos, para os alunos do 3 o ano.
Introduo
1. Dentro do campo da Psicologia Clnica, os testes projetivos so destinados investigao da personalidade e a maioria contm estmulos ambguos e pouco estruturados, permitindo aos examinandos apresentarem, em suas respostas, as projees de suas prprias necessidades e conflitos. O termo `projeo' ficou conhecido quando Freud, em 1894, escreveu `Neurose de Angstia e, em `As Neuropsicoses de Defesa (1896), foi que definiu mais explicitamente o conceito de projeo, como um processo defensivo que consiste em atribuir os prprios impulsos, sentimentos e afetos a outras pessoas ou ao mundo exterior, e isto nos permite ignorar estes fenmenos `indesejveis como pertencentes a ns mesmos.
2. Por outro lado, a projeo enquanto processo no caracterstica somente de mecanismos de defesa, mas ocorre tambm em situaes onde no existem conflitos. A projeo de percepes internas para o exterior um mecanismo mais primitivo, que acontece tambm com nossa percepes sensoriais, de modo que normalmente desempenha um papel principal na configurao de nosso mundo exterior. O pressuposto bsico de Freud que as lembranas de percepes j experienciadas influenciam as percepes de estmulos atuais. O TAT baseia-se nesta hiptese.
3. Assim, se as lembrana dos perceptos influenciam a percepo dos estmulos correntes - e podemos considerar que sejam todos com fins defensivos - a natureza das percepes e suas interaes mtuas constituem o campo da psicologia da Personalidade.
4. BELLAK define o termo `apercepo como uma interpretao (dinamicamente) significante que um examinando faz diante de uma percepo. Esta definio e o uso do termo apercepo pressupe a existncia de um processo hipottico de percepo no interpretado e que, portanto, toda interpretao subjetiva constitui uma distoro aperceptiva, dinamicamente significante pois, de outro lado, tambm pode se estabelecer, operacionalmente, uma condio de percepo `objetiva, cognitiva, quase pura, que maioria dos examinandos consensuam sobre a qualidade exata de um estmulo. A maioria dos examinandos concorda que a lmina 01 do TAT mostra um garoto junto a um violino. Portanto podemos estabelecer esta percepo como uma norma e dizer que todo aquele que, por ex., descreve esta lamina como um garoto junto a um lago, altera aperceptivamente a situao que serve de estmulo. Se todos os examinandos interpretam de maneira distinta a lmina (como um garoto triste, ambicioso, etc...) devemos estabelecer que a percepo puramente cognitiva continua sendo uma hiptese e que toda pessoa distorce aperceptivamente, sendo somente o grau a diferena entre uma distoro e outra. No uso clnico do TAT torna-se evidente que estamos diante de distores aperceptivas de grau distinto. Normalmente o examinando no tem conscincia de nenhuma significao subjetiva na histria que relata.
Histrico e Fundamentos Tericos
5. Henry MURRAY (1893-1988), aps seus estudos de Medicina em Harvard (onde foi posteriormente Diretor da Clinica Psicolgica daquela instituio), interessou-se pelas obras de Freud e Jung, dedicando-se ao estudo multidisciplinar da imaginao e da organizao da personalidade. Dedicou 40 anos observao e explanao dos fatos constitutivos da historia da vida do ser humano, elaborando a composio de um sistema compreensivo da personalidade humana.
6. Para criar o TAT, Murray partiu do princpio de que diferentes pessoas frente a uma mesma situao vital, experimentam-na cada um sua maneira, a partir da sua perspectiva pessoal. Este modo pessoal de elaborar uma experincia revela a atitude e a estrutura do indivduo frente realidade experimentada. 2 7. Se expusermos um sujeito a uma srie de situaes sociais tpicas, possibilitando-lhe que expresse seus sentimentos, imagens, idias e lembranas vivenciadas em cada confrontao, poderemos ter acesso personalidade subjacente. Este procedimento favorece a projeo do mundo interno do sujeito.
8. Assim, Murray e seus assistentes coletaram anncios, fotografias, pinturas e gravuras, que foram posteriormente redesenhadas para apresentarem um estilo uniforme. O resultado foram reprodues de situaes dramticas, com contornos imprecisos, impresses difusas e tema inexplcito. Examinando o material a pessoa, sem perceber, identifica-se com uma personagem por ele escolhida e, comunica, com total liberdade e por meio de uma histria completa,sua experincia perceptiva, mnmica, imaginativa e emocional. Deste modo pode-se conhecer quais situaes e relaes sugerem ao indivduo temor, desejos, dificuldades, bem como necessidades e presses fundamentais na dinmica subjacente da sua personalidade.
9. Murray considerou que a teoria freudiana das pulses inconscientes, sexuais e agressivas pecava por constituir uma certa simplificao da complexidade multifacetada da motivao humana. Apesar de admirar Freud e sua obra, Murray acreditava que sua primeira teoria libidinal era excessivamente restrita e limitada. Desenvolveu ento sua Personologia, uma teoria basicamente motivacional, onde os conceitos de necessidade e presso so centrais.
10. NECESSIDADE um constructo que representa uma fora, na regio cerebral, que organiza a percepo, a apercepo, a inteleco, a conao e a ao, de modo a transforma-la em uma determinada direo, ou seja, em uma situao insatisfatria existente. Em outros termos, a necessidade gera um estado de tenso que conduzir a ao no sentido de chegar satisfao que, por sua vez, reduzir a tenso inicial, restabelecendo o equilbrio. Esta necessidade, produzida por foras internas ou externas, sempre acompanhada por um sentimento ou emoo. A presena de uma necessidade pode ser identificada pelo comportamento envolvido, pelo efeito ou resultado final do comportamento, pela expresso de satisfao (ou desapontamento) frente ao resultado, pelas expresses de afeto ou emoo e ainda pela ateno e pelas respostas seletivas frente a uma determinada classe de objetos. Murray catalogou uma lista das principais necessidades.
11. PRESSES so os determinantes do meio externo que podem facilitar ou impedir a satisfao da necessidade, representando a forma como o sujeito v ou interpreta seu meio. Murray, no obstante considerar a personalidade como uma entidade formulada abstratamente, procurou defini-la como um compromisso entre os impulsos da pessoa e as demandas do ambiente: o agente organizador e administrador do indivduo, cuja funo integrar conflitos e presses, visando satisfao das necessidades. Trata-se de um enfoque dinmico, apesar de reconhecer elementos estveis (id, ego, superego, ideal de ego, etc.).
12. A Personologia procura considerar a pessoa naquilo que ela tem de mais prprio na sua relao consigo e com o mundo. A conduo da interpretao deve ser realizada a partir da identificao das necessidades e presses recebidas pelo sujeito e o mais importante descobrir num indivduo a direcionalidade de suas atividades, sejam elas mentais, verbais ou fsicas.
Mtodo 13. O TAT considerado uma tcnica projetiva que consiste em apresentar uma srie de pranchas selecionadas previamente pelo examinador ao sujeito, que dever contar uma histria sobre cada uma delas. As narrativas obtidas revelam freqentemente componentes importantes da personalidade, decorrentes de duas tendncias psicolgicas: a tendncia de interpretar uma situao humana ambgua baseando-se nas suas experincias passadas em seus anseios atuais, e a outra tendncia, a de utilizar o acervo de suas experincia pregressas expressar seus sentimentos e necessidades (conscientes e inconscientes).
14. MATERIAL: Constitui-se de 31 pranchas abrangendo situaes humanas correntes, habituais. Para cada pessoa devem ser apresentados 20 estmulos, redundando em 20 `estrias. O grau de realismo variado, sendo as 10 primeiras mais estruturadas e as demais menos estruturadas. Cada prancha apresenta impresso no verso apenas um nmero ou um nmero seguido de uma ou mais letras, indicando a ordem de apresentao, sexo ou idade. 3 15. Na edio brasileira, adotou-se a seguinte conveno:
Tipo de Estmulo
Conveno
Universal Apenas o nmero Para mulheres Nmero seguido de `F Para homens Nmero seguido de `H Para crianas do sexo feminino - meninas Nmero seguido de `M Para crianas do sexo masculino - rapazes Nmero seguido de `R
16. Sabe-se que o uso de figuras (a) eficaz para estimular a imaginao; (b) obriga o sujeito a lidar, maneira dele, com algumas situaes clssicas da vida humana e (c) permite obter vantagens, visto serem estmulos padronizados. A atual seleo de pranchas constitui-se na terceira reviso da obra original de 1936, publicada pela Clinica Psicolgica de Harvard.
17. O TAT no um instrumento adequado para crianas, substituindo-se pelo CAT - Childrens Apperception Test.
18. A prancha 3RH, embora destinada a indivduos do sexo masculino, tem se mostrado mais produtiva para pessoas do sexo feminino do que a correspondente 3MF, o que tambm a recomenda sua aplicao para elas.
19. Temas evocados pelos estmulos - ver p. 15 a 20 do Manual.
Administrao do Teste.
20. - PREPARAO DO SUJEITO: A maioria dos sujeitos no precisa de nenhum preparo, alm de algum motivo razovel para se submeter ao teste. Para aqueles limitados, pouco responsivos, resistentes ou desconfiados, ou aqueles que nunca passaram por provas escolares ou testes psicolgicos aconselha-se comear por uma tarefa menos exigente (pode ser outro tipo de teste psicolgico).
21. AMBIENTE: a situao de cordialidade, o aspecto do consultrio (inclusive o mobilirio) assim como o sexo, a idade, atitudes e personalidade do examinador podem afetar a liberdade, vivacidade e a direo da atividade imaginativa da pessoa que realizar o teste. Um ambiente acolhedor, receptivo importante para que o psiclogo consiga a maior quantidade de material e com a melhor qualidade possvel.
22. INSTRUES:
Primeira sesso: estando o sujeito sentado numa cadeira confortvel, ouvir uma instruo de realizao, conforme os modelos possveis abaixo.
FORMA "A" - para adolescentes e adultos de grau mdio de inteligncia e cultura: Este um teste de imaginao, que uma das formas da inteligncia. Vou mostrar-lhe algumas pranchas, uma de cada vez, e sua tarefa ser inventar, para cada uma delas, uma histria com o mximo de ao possvel. Conte-me o que levou ao fato mostrado na prancha, descreva o que est acontecendo no momento, o que os personagens esto sentindo e pensando. Conte depois como termina a histria. Procure expressar seus pensamentos conforme eles forem ocorrendo em sua mente. Voc compreendeu? Como voc tem 50 minutos para as dez pranchas, voc pode utilizar cerca de 5 minutos para cada histria. Aqui est a primeira prancha. 4 FORMA "B" - para crianas, adultos pouco inteligentes ou de pouca instruo e psicticos: Este um teste para contar histrias. Eu tenho aqui algumas pranchas que eu vou lhe mostrar. Quero que voc faa uma histria para cada uma delas. Conte o que aconteceu antes e o que est acontecendo agora. Fale o que as pessoas esto sentindo, pensando e como termina a histria. Voc pode fazer o tipo de histria que quiser, compreendeu? Bem, ento aqui est a primeira prancha. Voc tem 5 minutos para fazer uma histria. Faa o melhor que puder.
As palavras exatas destas instrues podem ser adaptadas conforme a idade, inteligncia, personalidade e condies peculiares de cada sujeito. No se deve dizer no incio "Esta uma oportunidade para voc usar livremente sua imaginao pois essa forma de instruo suscita por vezes no sujeito a suspeita de que o psiclogo pretende interpretar o contedo de suas associaes livres, como ocorre na psicanlise. Tal suspeita pode causar grave dano espontaneidade do pensamento do sujeito. Convm que o analisando acredite que o psiclogo est interessado somente em sua aptido criativa ou literria.
Terminada a primeira histria (e desde que haja base para isso) o sujeito deve ser discretamente elogiado. E, a menos que tenha seguido TODAS as instrues com preciso, ser preciso relembrar-lhe as mesmas, como por exemplo: "Certamente foi uma boa histria, mas voc esqueceu de dizer como o menino reagiu quando sua me o repreendeu, deixando a narrativa no ar... No houve um desfecho para ela; voc gastou nela 3 minutos e meio. As outras podem ser um pouco mais compridas. Procure fazer o melhor que puder com esta segunda prancha.
O psiclogo no dever dizer mais nada no restante do tempo, exceto (a) para informar o sujeito se ele est muito atrasado ou muito adiantado em relao ao previsto; (b) para estimula-lo com um discreto elogio de vez em quanto, e (c) se o sujeito omitir algum detalhe fundamental, as circunstancias antecedentes ou o desfecho, lembrar-lhe alguma breve observao como p. ex.: "O que levou a esta situao? De modo algum deve o psiclogo envolver-se em discusses com o sujeito.
O psiclogo deve interromper uma histria demasiado longa e inconsistente, perguntando "E como ela termina? podendo dizer ao sujeito que o que importa o enrdo e no uma grande quantidade de detalhes. Sujeitos que ficam intensamente absorvidos na descrio literal das pranchas devem ser educadamente alertados de que se constitui apenas um teste de imaginao.
Se o sujeito fizer perguntas sobre detalhes pouco claros, o psiclogo dir "Pode ser o que voc quiser. No deve ser permitido ao sujeito construir vrias narrativas para uma mesma prancha, se esta for a tendncia, deve ser dito que o sujeito deve aplicar seus esforos na criao de uma nica histria mais longa, e contendo em torno de 300 palavras (para sua informao, estes quatro ltimos pargrafos contm 297palavras) Deve-se escrever exatamente as palavras ditas pelo sujeito, usando abreviaes comuns ou pessoais. Recomenda-se gravar as histrias e depois transcrever cuidadosamente o material.
Ao ser marcada a data da prxima sesso (deve haver um intervalo de pelo menos um dia entre a primeira e a segunda sesso), convm que o sujeito no saiba ou que no seja levado a pensar que sero solicitadas novas histrias. Esta expectativa poder levar a pessoa a buscar enredos em livros e filmes assistidos, tornando o material mais impessoal do que quando obrigado a inventar histrias no impulso do momento.
Segunda sesso: de igual modo quando da primeira, estando o sujeito sentado numa cadeira confortvel, ouvir uma instruo de realizao, conforme os modelos possveis abaixo.
FORMA "A" - para adolescentes e adultos de grau mdio de inteligncia e cultura: Vamos fazer hoje o mesmo que da outra vez. S que agora voc pode dar toda a liberdade sua imaginao. Suas dez primeiras histrias estavam timas, mas voc se limitou demais aos fatos do dia-a-dia. Agora, eu gostaria de ver do que voc capaz quando deixa de lado as realidades comuns e pe sua imaginao para funcionar, como acontece num mito, nas histrias de fada ou numa alegoria. Aqui est a primeira prancha. 5 FORMA "B" - para crianas, adultos pouco inteligentes ou de pouca instruo e psicticos: "Hoje eu vou lhe mostrar mais algumas pranchas. Ser mais fcil porque as pranchas agora so bem melhores, mais interessantes. Voc me contou timas estrias outro dia. Agora quero ver voc fazer algumas outras. Se puder, faa-as mais emocionantes do que as outras - como acontece num sonho ou num conto de fadas. Aqui est a primeira prancha.
PRANCHA EM BRANCO: A prancha nmero 16 dada com uma instruo especial: "Veja o que voc pode ver nesta prancha em branco. Imagine alguma cena a e descreva-a em detalhe. Se o sujeito no conseguir, o examinador deve dizer "Feche os olhos e imagine alguma coisa.Depois que sujeito der uma descrio completa daquilo que imaginou, o psiclogo deve dizer "Agora me conte uma histria sobre isso.
23. ENTREVISTA SEGUINTE - Para interpretar til conhecer as fontes que deram origem s vrias histrias. Dependendo das circunstncias, este inqurito pode ser feito imediatamente ou aps alguns dias. O examinador pode justificar suas perguntas explicando que est investigando fatores que contriburam para a execuo dos enredos literrios ou, ento, elaborar outras afirmaes verossmeis para conseguir uma atitude de cooperao. Em todos os casos o sujeito solicitado a lembrar das fontes das suas idias, provenham elas de sua experincia pessoal, das de amigos e parentes ou ainda de livros e filmes. Pode-se voltar a lembrar o enredo das histrias significantes, estimulando-o a falar livre e abertamente. As histrias do TAT fornecem numerosas provocaes como pontos de partida para associaes livres.
BIBLIOGRAFIA MORGAN, W. G. (2003) Origin and history of the "Series B" and "Series C" TAT pictures. Journal of Personality Assessment, 81, p. 133-148. MORGAN, W. G. (2004) Gone but not forgotten: The origin and history of the TAT-II pictures. Paper presented at the 2004 Midwinter Meeting of the Society for Personality Assessment, March. Miami, Florida (USA). MURRAY, H. A. (2005) TAT: Teste de Aperepo Temtica. 3 a ed. adaptada e ampliada. So Paulo: Casa do Psiclogo.
TELLES, v. S. (2000) A desvinculao do TAT do conceito de 'projeo' e a ampliao de seu uso. Psicologia USP (So Paulo), Vol. 11, n. 01, p. 63-83.