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Manual do Formador
Nutrição, Dietética e Preparação
de Alimentos
Esta Publicação é propriedade do GICEA - Gabinete de
Gestão de Iniciativas Comunitárias do Emprego e
ADAPT/EQUAL.
Equivalências
Nutricionais
Conselhos
Dietéticos
Reconhecer os microorganismos Noções básicas de Participativo e Videogramas
como agentes contaminantes microbiologia expositivo
II dos alimentos alimentar Revistas
PARTE I
I.ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
1. Alimentação em Geral 1
1.1. Introdução 1
2. A Nutrição 3
2.1. O que é a Nutrição 3
2.2. Os Nutrimentos 4
3. Princípios de uma Alimentação Racional 12
3.1. Introdução 12
3.2. A Roda dos Alimentos 12
3.3. A Pirâmide Mediterrânica dos Alimentos 13
3.4. As 4 Leis da Alimentação Racional 16
3.5. Um Padrão Alimentar Saudável e um Padrão Alimentar
«Doente» 16
3.5.1. Dieta mediterrânica 17
3.5.2. O Padrão Alimentar Ocidental 18
4. Alguns conselhos dietéticos 19
1. Introdução 32
2. A Microbiologia e a Segurança dos Alimentos 33
2.1. Condições que favorecem o desenvolvimento de
microrganismos 33
2.2. Como São Contaminados os Alimentos? 34
2.3. Como Evitar a Contaminação dos Alimentos 34
2.3.1. A Conservação dos Alimentos 35
2.3.1.1. Refrigeração - Arrumar o nosso
Frigorífico 36
2.3.1.2. Congelação 38
2.3.1.3. Ainda a Despensa 39
2.3.2. Cuidados a ter no manuseamento e preparação de
alimentos 40
2.3.3. Na confecção dos alimentos - usar o calor 42
2.3.4. A contaminação dos alimentos pelos materiais dos
utensílios 42
2.4. Doenças provocadas por alimentos contaminados por
microrganismos 43
3. A Escolha e Compra de Alimentos 49
3.1. A Importância dos Rótulos 49
3.1.1. Aditivos 50
3.2. Critérios de Compra dos Alimentos 52
4. Novas preocupações em relação aos Alimentos 54
4.1. Alimentos Transgénicos 55
4.1.1. Que riscos apresentam estes alimentos para a nossa
saúde? 55
4.1.2. Que riscos apresentam estes alimentos para o
ambiente? 56
4.2. BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina) 57
4.3. Engordar à velocidade da "química" 58
4.3.1. Hormonas 58
4.3.2. Beta-agonistas 58
4.3.3. Antibióticos 59
1. Introdução 69
2. Elaboração e Preparação de Ementas Saudáveis 70
3. Saladas 82
4. Sobremesas 83
PARTE II
2. Fritar 87
2.1 Fritar peixe 87
2.2 Fritar batatas 88
2.3 Fritar carne 88
3. Refogar 88
4. Grelhar 88
5. Panar 89
6. Alourar 89
7. Assar 89
8. Guisar 89
9. Estufar 89
10. Albardar 90
11. Gratinar 90
12. Saltear 90
13. Escalfar 90
15. Escabeche 91
16. Amanhar 91
17. Lardear 91
18. Engrossar 91
19. Marinar 91
20. Macerar 92
21. Temperar peixes, carnes ou saladas 92
22. Atar 92
23. Arrepiar 92
24. Branquear 92
25. Refrescar 93
26. Chamuscar 93
27. Trinchar 93
29. Rechear 93
30. Sopas 93
30.1. Sopa de legumes 94
30.2. Caldo verde 94
30.3. Canja 94
30.4. Sopa de feijão 94
31 . Molhos 95
31.1. Maionese 95
31.2 Bechamel 95
31.3 Molho à espanhola 95
31.4 Molho de manteiga 95
I. ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO
Objectivos específicos:
1 Alimentação em Geral
1.1 Introdução
1
De facto, a alimentação extravasa os domínios do fisiológico
e do biológico. Como se referiu anteriormente, possui
também um importante papel social. O aproveitar do
momento das refeições para se criarem e desenvolverem
relações interpessoais, remete-nos para os primórdios da
humanidade. A partilha de alimentos não é uma
característica exclusivamente humana. Não é, portanto, difícil
compreender, que os primeiros humanídeos partilhassem já
os seus alimentos.
1
Como prova da importância das refeições tranquilizantes e familiares,
muitos autores questionam, actualmente, o valor da família, atribuindo-lhe
uma crise, cuja sintomatologia passa, por exemplo, pela ausência da hora da
refeição familiar partilhada.
2
Não será a última ceia de Cristo, o expoente máximo do valor atribuído
pela religião cristã, ao momento da refeição?
2
2 A Nutrição
2.2 Os Nutrimentos
3
Carbono), os Lípidos (ou Gorduras), as Vitaminas, os
Minerais, as Fibras e a Água.
Prótidos
3
Dados recentes (Science & Vie de Setembro de 1999) referem que 1 grama
de Glúcidos fornece 5 kcal em vez das 4 kcal que têm sido até agora
apontadas.
4
Quimicamente são substâncias formadas por moléculas
enormes, constituídas por cadeias complexas de ácidos
aminados e outras moléculas aglomeradas.
Lípidos ou Gorduras
4
Embora quimicamente as celuloses se incluam na família dos glúcidos,
devido às suas funções e características, elas são consideradas como
pertencentes à família das fibras alimentares.
5
insaponificáveis). É mais simples evocar as três grandes
classes de lípidos: colesterol, fosfolipídos e ácidos gordos.
Vitaminas
Minerais
Água
6
A água intervém, ainda, na regulação térmica, na eliminação
de resíduos, na reparação dos tecidos na elaboração das
secreções digestivas, e não fornece calorias.
Fibra
7
Quadro I - Carta de Nutrientes
EXEMPLOS DE FONTES DE
NUTRIENTES FUNÇÕES DOS NUTRIENTES
NUTRIENTES
Constituintes dos músculos, do
sangue e dos ossos.
Proteínas Carne, aves, peixe, leite,
iogurte, feijão, grão, ervilhas Essenciais ao crescimento e
secas, lentilhas, nozes, pão, necessárias à produção de
flocos de cereais enzimas, algumas hormonas e
anticorpos que aumentam a
resistência às infecções.
Pão, batatas, flocos de cereais,
massas, arroz, cevada, aveia,
Hidratos de feijão, grão, ervilhas, lentilhas, São a fonte mais importante de
Carbono vegetais, frutos, leite, iogurte, energia.
açúcar (e açúcar em alimentos
e bebidas)
Fonte de energia muito
Óleos vegetais, margarina, concentrada. Fornece ácidos
Gordura banha, toucinho, maionese, gordos essenciais e vitaminas
manteiga, natas, queijo, carnes lipossolúveis (A,D,E,K).
gordas, gema de ovo, nozes,
sementes Só são necessárias pequenas
quantidades na alimentação.
É componente essencial de
todos os líquidos corporais.
Água Ao “natural”; em bebidas; em Necessária à manutenção da
alimentos (exemplos: leite, temperatura do corpo. Actua
fruta, etc.) como lubrificante nas
articulações. Importante nos
processos de excreção.
Necessárias em pequenas
Vitaminas quantidades para a saúde e
crescimento normais.
Exemplos:
Vitamina A Frutos e vegetais de coloração Conserva a pele com as
laranja e verde – cenouras, membranas mucosas fortes e
mangas, espinafres, damascos, resistentes às infecções.
brócolos; fígado, rins, Necessária à visão na
manteiga, queijo, leite, ovos, penumbra.
margarina
8
Vitamina B2 Leite, queijo, iogurte, levedura, Essencial para a renovação de
gérmen de trigo, cereais, novos tecidos celulares, pele
vegetais saudável e olhos. Ajuda à
utilização de proteína.
(1) Niacina
hidrossolúvel Peixe, carne, fígado, aves, Ajuda à utilização de energia
levedura, amendoins, feijões, pelo corpo. Promove a saúde
ervilhas, lentilhas, cereais da pele, nervos e tracto
completos intestinal.
Minerais
Exemplos:
Fibra – Não sendo considerada um nutriente, pois não fornece energia nem
materiais para a construção, reconstrução ou funções bioquímicas é indispensável
para o funcionamento normal de parte do intestino delgado e de todo o intestino
grosso, favorecendo a absorção regular da água e dos constituintes dos alimentos e
a sua passagem para o sangue.
9
comum com o leite em espécie. Actualmente há leites
enriquecidos em vitaminas, em minerais, com fibra, etc.
10
Grupo V – Produtos hortícolas, frutos
Grupo VI – Bebidas
11
3 Princípios de uma Alimentação Racional
3.1 Introdução
12
aves, órgãos e vísceras desses mesmos animais, ovos e
todos os produtos processados pela indústria a partir
daqueles alimentos naturais.
13
Pirâmide Alimentar Mediterrânica
14
2. Legumes das cores verde escuro, amarelo ou laranja.
Exemplo: salsa, espinafre, agrião, brócolos, cenouras,
tomate, laranja, damasco, ameixa (para vitamina A)
V – GORDURAS ou óleos
É necessária pequena quantidade.
VI – BEBIDAS
A bebida a que se deve dar predilecção é a água. Deve
ingerir-se pelo menos 1 litro e meio de água por dia.
15
3.4 As 4 Leis da Alimentação Racional
16
de má-nutrição multiplicam-se, quer sejam por
sobrenutrição, por desequilíbrios ou por ingestão de tóxicos.
4 a 5 refeições diárias;
O número de refeições varia consoante o número de horas
de sono, mas nunca se situa num valor inferior a 4 refeições
diárias. Este número, embora não sendo o ideal, permite que
o conteúdo de cada refeição não seja excessivo, não
desenvolvendo a «sonolência pós prandial» típica dos
grandes banquetes.
Refeição tranquilizante;
As refeições são momentos repousantes e também
momentos onde a partilha de opiniões e o convívio fazem
parte do quotidiano. As refeições são o momento eleito para
a família, os amigos e a comunidade sentarem-se à volta de
uma mesa e partilharem as suas alegrias e as suas
preocupações.
17
Consumo moderado de ovos
pescado
carne de criação;
Os alimentos fornecedores de proteínas de origem animal
são essencialmente o pescado (incluindo todas as espécies
animais marítimas e fluviais comestíveis), os ovos e as
carnes de criação (aves e mamíferos). De qualquer modo, o
consumo destes produtos é moderado e variável das regiões
litorais para as regiões mais interiores.
18
Baixa tendencial do consumo de «farináceos». Abandono
progressivo das leguminosas e do pão de mistura;
19
sertã (são as únicas gorduras que não se alteram nem
formam produtos carcinogéneos a temperaturas elevadas, da
ordem dos 180º C., valores atingidos numa fritadeira);
20
tempo de privação leva a que o nosso organismo funcione
como um «aspirados» absorvendo rapidamente tudo aquilo
que ingerirmos, com as consequências que apontei no ponto
anterior;
Almoço sopa
2º prato
s/ pão
1 fruta ou não (1 hora depois)
Lanche 1 iogurte
2 ou 3 bolachas Maria ou torrada
Jantar sopa
2º prato
s/ pão
1 fruta ou não (1 hora depois)
21
PROPOSTA PARA EXERCÍCIOS PRÁTICOS
22
Uma Alimentação Equilibrada e Saudável
Objectivo:
Conhecer as características, constituição e
funções dos nutrientes
Reconhecer importância da ingestão diária de alimentos de
cada um dos grupos da roda dos alimentos.
Identificar erros alimentares
Proposta 1
Palavras cruzadas
23
Proposta 2
Come sopa
Come doces
Pão
Fruta
Gorduras
Legumes
Açúcar
Leguminosas secas
diminuir as gorduras
diminuir o açúcar
praticar mais exercício físico
comer mais manteiga
comer frequentemente fritos
não fumar
24
Qual é o nutriente desses alimentos que pode ser prejudicial
à saúde se consumido em grande quantidade?
proteínas
hidratos de carbono
gorduras
ferro
vitamina A
cálcio
25
Proposta 3
Proposta 4
Proposta 5
Discutir os resultados.
26
Proposta 6
Data__/__/____
Nome________________________
Idade____ Peso______
Ontem Comi
Pequeno almoço ___h.___m
Almoço ___h.___m
Jantar ___h.___m
27
Proposta 7
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
28
Outubro
Novembro
Dezembro
Proposta 8
29
Grelha de Análise da Publicidade
a Produtos Alimentares
10
30
Se responder correctamente a estas questões, compreendeu
a importância de praticarmos uma alimentação saudável
O que é um nutriente?
Que nutrientes conhece?
Descreva as funções de cada um dos nutrientes?
Dê dois exemplos de fontes de cada um dos nutrientes?
Identifique os grupos de alimentos
Descreva os alimentos que constituem o 2º sector da roda
dos alimentos?
Com base na Pirâmide alimentar mediterrânica diga quais
devem ser os alimentos base da alimentação? E quais devem
ser consumidos em quantidades mais reduzidas?
Qual deve ser a quantidade de carne ingerida numa refeição?
Dê um alimento seu equivalente em termos de proteínas
vegetais?
Como podemos descrever os hábitos alimentares dos países
mais desenvolvidos, nestes últimos anos
Qual é a melhor gordura para fritar e para temperar?
que é uma alimentação saudável e equilibrada?
31
II. HIGIENE E SEGURANÇA
ALIMENTAR
1. Introdução
32
2. A Microbiologia e a Segurança dos Alimentos
Objectivos específicos:
A Temperatura
A descida de temperatura
Impede o desenvolvimento microbiano.
Abaixo dos 4ºC (frigorífico) a multiplicação é muito lenta ou
quase nula, mas não morrem, mesmo que abaixo dos zero
graus.
33
A elevação das temperaturas
Com o aumento das temperaturas a 100ºC (ebulição da
água) são destruídos.
A humidade
Através do Homem
Ao falar, ao tossir ou espirrar, eliminamos gotículas de saliva
e secreções do nariz e da garganta, que estão carregadas de
microrganismos; ao tocar nos alimentos com as mãos ou
unhas mal lavadas, ou com o vestuário sujo, estamos
igualmente a contaminar os alimentos.
Através de insectos
Principalmente as moscas, que podem transportar nos pêlos
das suas patas micróbios de quando pousaram no lixo ou nas
fezes.
Através da água
Se não for de boa qualidade, pode contaminar os alimentos
que lavamos ou os instrumentos que lavamos e utilizamos na
cozinha.
34
II. manuseamento dos alimentos – aplicando as regras de
higiene pessoal e da cozinha;
* atmosfera controlada
35
3. Métodos químicos:* conservantes (não modificam características
organolépticas dos alimentos)
*salga
* fumagem
36
Conservar congelados durante:
Prateleiras do frigorífico:
Zona menos fria
Pratos cozinhados, iogurte, queijos,
compotas e maionese
Zona fria
Frango, peixe cru, charcutaria,
conservas abertas e bolos
com creme
37
2.3.1.2. Congelação
38
Quadro 2 - Tempos de congelação de alguns
alimentos
Tempo de
Alimento Conservação no
Congelador
Base para pizzas, massa folhada e bolos 1 mês
Leite pasteurizado e UHT e pão 1 mês
Queijo magro e gambas cozidas 2 meses
Caranguejos, lagosta e gelados 3 meses
Peixes gordos (cavala, arenque, salmão,...) 4 meses
Carne de porco picada e pasta de fígado 4 meses
Queijo, ostras, mexilhões, gambas frescas, fiambre, toucinho e pato 6 meses
Produtos de charcutaria (chouriço, presunto,...) 6 meses
Peru, ganso, pastéis e bolachas 6 meses
Bifes de porco, peixes magros (pescada, carapau, linguado) e manteiga 8 meses
Novilho confeccionado e queijo fresco 9 meses
Gema de ovo, cordeiro e ovelha 9 meses
Carne de vaca picada, frango, lebre e coelho 10 meses
Ovos, bananas e uvas 10 meses
Bifes de vaca e de cavalo 12 meses
Legumes e fruta (citrinos, cerejas, morangos, melão, pêssegos, maçãs,...) 12 meses
39
a batata, tomate, beringela e o pimento, contêm estas
substâncias – os chamados alcalóides.
40
todos os utensílios devem estar bem lavados (as esponjas de
lavagem devem ser mudadas frequentemente)
os panos mudados frequentemente, fervidos ou colocados
em lixívia.
nunca se deve usar a mesma faca para cortar alimentos
cozinhados e alimentos crus. Deve-se sempre lavar bem a
faca de forma a evitar a contaminação cruzada dos alimentos
(não transportar microrganismos dos alimentos crus, quando
mal lavados, para os alimentos cozinhados).
Outros alimentos
41
2.3.3. Na confecção dos alimentos – usar o calor
42
líquidos ácidos, como sejam os sumos e bebidas e os
alimentos ácidos como os picles, correm grande risco de
contaminação se forem guardados nestes recipientes.
infecções alimentares
intoxicações alimentares.
43
Bactérias toxigénicas
44
sumo, etc.) correctos de forma a evitar o contacto directo
com produtos não preparados
na preparação de conservas usar recipientes limpos e
escaldados para a sua preparação e apresentação
verificar a integridade dos enlatados (rejeitar todas as latas
opadas, a verter ou com qualquer outro defeito que ponha
em causa o conteúdo)
lavar e desinfectar todos os vegetais crus que entram nas
saladas
não manter pratos pré-cozinhados durante mais de 2 horas
às temperaturas de 40-65ºC
manter os produtos que não sofrem tratamentos térmicos
(pastas para barrar e saladas) a temperaturas inferiores a
3ºC para evitar todo o risco de produção de toxinas.
Medidas preventivas:
impedir contaminação dos alimentos pelo homem e animais
domésticos,
vigiar o estado de saúde e os hábitos de trabalho dos
manipuladores,
45
manter alimentos fora da zona de temperaturas perigosas
(10-65ºC).
Bactérias patogénicas
Medidas preventivas:
46
Medidas preventivas:
higiene do pessoal,
arrefecimento rápido dos alimentos,
combate a insectos e roedores.
Medidas preventivas:
observar regras elementares de higiene pessoal,
arrefecer rapidamente os alimentos cozinhados,
conservar alimentos cozinhados refrigerados a temperaturas
inferiores a 6.5ºC,
manter pratos cozinhados quentes a uma temperatura
superior a 65ºC quando necessário e por tempos curtos.
47
rapidamente à
temperatura ambiente.
Higiene geral.
Medidas específicas de
higiene nos sanitários e
Alimentos: leite, aves,
Shigella Homem infectado. na limpeza individual.
molhos, saladas...
Refrigeração rápida e
adequada dos
alimentos.
Produção cuidada das
conservas. Recusar
Clostridium Encontram-se Alimentos: conservas de
conservas com
botulinum espalhadas no meio vegetais, de carne e de
embalagem defeituosa
(toxina) ambiente. peixe.
ou “bombeada” ou com
conteúdo alterado.
Higiene geral.
Carnes, aves e
Aquecimento
derivados.
Clostridium Ampla difusão no meio adequado.
Multiplicam-se
perfringens ambiente. Refrigeração rápida e
rapidamente à
adequada dos
temperatura ambiente.
alimentos.
48
3. A Escolha e Compra de Alimentos
Objectivos específicos:
49
Quantidade líquida ou quantidade de produto contido na
embalagem, expresso em volume (litro) ou em massa
(quilograma).
3.1.1. Aditivos
50
Emulsionantes, estabilizadores, espessantes, gelificantes e
outros (E400-E499).
51
Os agentes branqueadores colaboram na maturação e
branqueamento das farinhas.
Carne
52
Peixe
Cereais
Fruta e legumes
Doces e enchidos
53
nitritos conjugam-se com as aminas da carne produzindo as
nitrosaminas que são cancerígenas.
Enlatados
Objectivos específicos:
54
4.1. Alimentos Transgénicos
Pequena História
O que é um OGM
55
dois genes associados dentro das células estas são cultivadas
na presença do antibiótico e apenas sobrevivem as
resistentes. Ou seja aquelas em que a inclusão teve
sucesso..
56
Proibição do uso de antibióticos no processo de produção (em
que surgem genes resistentes aos antibióticos).
Garantia da manutenção das culturas tradicionais de modo a
que o consumidor possa continuar a poder escolher.
Pequena História
Em 1986 foi identificado no Reino Unido uma doença no gado
bovino – a BSE que ficou conhecida pela “Doença das Vacas
Loucas”.
57
Neste momento é já proibido a utilização de farinha de carne
e ossos nas rações dos bovinos. Mas as associações de
consumidores têm vindo a exigir a sua proibição em todas as
rações para animais, já que se provou que a BSE é
transmissível e outras espécies.
4.3.1 Hormonas
4.3.2. Beta-agonistas
Atenção:
58
Desconfie da carne com aspecto muito cor-de-rosa, sem
nervos nem gorduras e que depois de cozinhada reduz muito
porque perdeu água.
Grupos de risco
Consideram-se populações de risco os grupos que
apresentam níveis baixos de hormonas: adolescentes,
mulheres grávidas e em período de menopausa.
4.3.3. Antibióticos
59
PROPOSTAS PARA EXERCÍCIOS PRÁTICOS
60
A Contaminação dos Alimentos
Proposta 1
Objectivo:
Identificar fontes de contaminação dos alimentos na cozinha.
Conhecer os cuidados que se deve ter na manipulação dos
alimentos.
Exercício:
A partir da imagem
61
Proposta 2.
Infecção Cruzada
Objectivo:
Identificar formas de contaminação dos alimentos
Evitar a contaminação cruzada dos alimentos
Observação da imagem:
62
Proposta 3.
A limpeza da cozinha
Objectivos:
Conhecer as regras básicas de higiene na
cozinha
63
Conservação dos Alimentos
Proposta 1.
Exercício
64
Critérios de escolha dos alimentos
Objectivo:
Proposta 1
65
Proposta 2
66
Proposta 3.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
67
Se responder correctamente a estas questões, compreendeu
a importância de praticarmos uma alimentação saudável.
68
III. ELABORAÇÃO E
PREPARAÇÃO DE EMENTAS
Objectivos específicos:
1. Introdução
ALMOÇO
Sopa:
15 g de feijão (antes de demolhar)
ou 15 g de grão (antes de demolhar)
ou 70 g de ervilhas frescas
ou 70 g de favas frescas
ou 40 g de batatas
50 g de produtos hortícolas de folha (hortaliça)
50 g de outros produtos hortícolas
3 g de azeite
2º prato:
90 g de carne (peso limpo)
ou 110 g de peixe ou moluscos (peso limpo)
80 g de massa (4 colheres de sopa)
ou 80 g de arroz ( 4 c.s.)
ou 120 g de feijão (antes de demolhar) (6 c.s)
69
ou 120 g de grão (antes de demolhar) (6 c.s)
ou 360 g de ervilhas (8 c.s)
ou 360 g de favas (8 c.s)
ou 320 g de batatas (3 batatas médias)
50 g de quaisquer hortaliças
50 g de salada
25 g de pão
1 peça de fruta
Ementa 1
Sopa: Nabiça
Prato: Empadão de pescada e salada de cenoura
Sopa de nabiça:
400 g de batatas; 1 cebola média; 350 g de nabiças; 200g
de tomate;1 dl de azeite; sal.
70
pinta-se com a gema de ovo e leva-se ao forno a cozer e a
alourar.
Serve-se com a cenoura ralada.
Ementa 2
Sopa: Canja
Prato: Frango de fricassé com arroz branco e esparregado
Canja:
Meio frango; 30 g de chouriço de carne; 60 g de arroz;
limão; sal e pimenta.
71
um pouco. Juntam-se as nabiças e envolvem-se na gordura.
Polvilha-se com farinha, mexe-se e deixa-se cozer.
Ementa 3
Sopa: Creme de feijão com couve lombarda
Prato: Arroz de bacalhau com salada de alface
Ementa 4
Sopa: Creme de ervilhas
Prato: Empadão de carne com salada de tomate
Creme de ervilhas:
280 g de ervilhas; 2 batatas; 1 colher de sopa de azeite; 2
fatias de pão seco; 1 colher de sopa de manteiga; 1 litro de
água; sal e pimenta
72
Aquece-se o azeite numa caçarola. Introduzem-se as ervilhas
e rega-se com 1 litro de água quente. Juntam-se as batatas
descascadas e cortadas e as fatias de pão seco. Tempera-se
com sal e pimenta. Deixa-se cozer durante meia hora, passa-
se (com o auxílio de uma varinha mágica, copo liquifactor ou
passe-vite) e leva-se novamente ao lume mais 5 minutos. O
lume deve ser brando. Não se deve deixar de mexer. Retira-
se e junta-se a manteiga.
Ementa 5
Sopa: Nabo
Prato: Arroz de polvo com salada de cenoura
Sopa de nabo:
2 cenouras; 2 nabos; 4 batatas; 0,5 dl de azeite.
73
Acrescenta-se a água necessária para cozer o arroz.
Tempera-se com sal e pimenta e deixa-se cozer cerca de 10
minutos. Para o arroz ficar tipo “malandrinho” acrescenta-se
o equivalente a uma chávena de café de água fria, logo após
ser retirado do lume. Sirva-se logo que possível,
acompanhado de salada de cenoura ralada.
Ementa 6
Sopa: Caldo verde
Prato: Esparguete à bolonhesa e salada de alface
Caldo verde:
1/2 couve galega; 1,5 dl de azeite; 1 cebola; 1 dente de
alho; 200 g. de batatas; 4 rodelas de chouriço de carne; sal
Ementa 7
Sopa: Juliana
Prato: Caldeirada de peixe com batata e legumes variados
74
Sopa Juliana:
200 g. de batatas; 100 g de cenouras; 0,5 nabo;1/2 couve
galega; 1 cebola; 1 dente de alho; 1,5 dl de azeite; sal e
pimenta; salsa
Ementa 8
Sopa: Creme de grão
Prato: Cebolada de bifes de peru com esparguete e hortaliça
estufada
Creme de grão:
75
80 g de grão; 2 batatas; 1 colher de sopa de azeite; 1 colher
de sopa de manteiga; 1 litro de água; sal e pimenta
Ementa 9
Sopa: Alho francês
Prato: Salada de peixe com macedónia
76
300 g de pescada limpa; 300 g de batata; 200 g de cenoura;
200 g de ervilhas; 2 ovos; sal e pimenta; 1 dl de azeite.
Ementa 10
Sopa: Feijão verde
Prato: Carne assada com batata assada, legumes estufados e
salada de tomate
77
Carne assada com batata assada, legumes estufados e
salada de tomate:
0,5 kg de carne (alcatra, lombo ou rosbife); 400 g de
batatas; 2 cebolas médias; 100 g de manteiga; 2 dl de vinho
branco; 1 dente de alho; salsa; sal e pimenta; 400 de
legumes variados; 400 g de tomate.
Ementa 11
Sopa: Creme de abóbora
Prato: Cebolada de peixe com puré de batata e salada de
cenoura
Creme de abóbora:
240 g de abóboras; 1 colher de sopa de manteiga; 300 g de
batatas; sal
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Adiciona-se a manteiga, bate-se vigorosamente e, quando a
manteiga estiver completamente absorvida, adiciona-se aos
poucos o leite a ferver. Tempera-se com sal, pimenta e noz-
moscada. (Para se obter um puré de batata liso e sem
grumos, a batata não pode arrefecer entre as várias
operações da preparação do puré).
Ementa 12
Sopa: Espinafres
Prato: Ervilhas com ovo escalfado e salada de alface
Sopa de espinafres:
400 g de batatas; 1 cebola média; 400 g de espinafres (em
folha); 1 dl de azeite; sal.
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Faz-se quatro covas nas ervilhas e abre-se um ovo para
dentro de cada cova.
Ementa 13
Sopa: Coentros
Prato: Peixe cozido com batatas e legumes ou hortaliça
Sopa de coentros:
1 molho de coentros; 2 ovos; 4 fatias finas de pão; 1 dl de
azeite; 1 dente de alhos; sal.
Ementa 14
Sopa: Agrião
Prato: Frango cerejado com esparguete e legumes estufados
Sopa de agrião:
400 g de batatas; 1 cebola média; 400 g de agrião;1 dl de
azeite; sal.
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Após retirar do lume tempera-se com azeite.
Ementa 15
Sopa: Creme de cenouras
Prato: Peixe assado no forno com batatas assadas, legumes
estufados e salada de alface
Creme de cenouras:
300 g de cenouras; 1 colher de sopa de manteiga; 300 g de
batatas; sal; 0,5 dl de azeite.
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branco. A meio da assadura introduz-se na assadeira as
batatas cortadas em quadradinhos. Deixa-se assar.
Ementa 16
Sopa: Creme de favas
Prato: Almôndegas de carne com esparguete e hortaliça
estufada
Creme de favas:
280 g de favas; 2 batatas; 1 colher de sopa de azeite; 1
colher de sopa de manteiga; 1 litro de água; sal e pimenta
3. Saladas
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À base de um produto ou da combinação de vários,
enriquecem extraordinariamente as ementas. Além disso,
dão um colorido muito salutar a qualquer prato. Temperadas
com azeite cru ou com uma mistura de azeite com um óleo
pouco refinado (de uma oleaginosa - girassol, soja ou milho),
na mesma proporção, perfumadas com cheiros e
complementadas com ervas e uma pitada de sal
(dispensável), tornam-se apetecíveis, refrescantes e
desenjoativas.
4. Sobremesas
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Devido aos riscos de contracção de fasciolíase, deve sempre evitar-se o consumo
de agriões em cru.
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De vez em quando, poder-se-á recorrer a outras sobremesas
como sejam os soretes, as gelatinas e os pudins e cremes à
base de leite. Estas sobremesas podem servir para adoçar a
refeição sem se tornarem excessivamente perigosas.
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PARTE II - TÉCNICAS DE
CONFECÇÃO E PREPARAÇÃO
DE ALIMENTOS
1. Cozer
Cozer é modificar pelo calor o estado dos alimentos,
tornando-os macios e digeríveis. Para isso mergulham-se em
líquido abundantes, que pode ser água, vinho ou gordura e
levam-se ao lume até atingirem a textura desejada.
85
1.4 Cozer legumes
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espetar um objecto cortante e o seu deslizar seja fácil e a
carne não liberte sangue.
2. Fritar
Cozer um alimento em gordura e a uma temperatura
elevada. Utiliza-se um recipiente largo e baixo (frigideira).
Pode-se fritar em óleo, azeite, manteiga, ou banha. Com óleo
podem-se fritar batatas, peixe e carne. A banha antigamente
era utilizada para fritar. Hoje, com a generalização do uso do
óleo deixou de ter tanto essa função. Embora ainda hoje se
utilize para fritar carnes (acrescentando um pouco de vinho
branco ou água para cortar o travo à gordura).
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que deve ficar dourado. O melhor óleo para fritar o peixe é o
vegetal.
3. Refogar
É cozer cebola em rodelas meias luas ou picada, em gordura
até ficar primeiro transparente e depois poderá ir até ao
castanho. Esta diferença de cores distingue dois tipos de
refogado: um mais simples, que serve só para branquear a
cebola e, um outro, que é mais “puxado”, ou seja, que atinge
uma cor mais acastanhada, ficando com um sabor mais forte
(ou mais apurado). Se for muito apurado chama-se “puxar o
refogado”. Por vezes, ao “refogar” chama-se “esturgir”. Esta
técnica é a base por exemplo, para um guisado, para arroz
ou massa, etc. É uma das bases da cozinha portuguesa.
4. Grelhar
É confeccionar um alimento sobre as brasas numa grelha ou
numa chapa a alta temperatura. Devem ser manuseados
com um garfo comprido de pontas ou com uma pinça e
nunca com os dedos para evitar que as pessoas se queimem.
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As chapas ou grelhas devem estar muito quentes para que os
alimentos ganhem côr por fora mas não percam o seu suco
interior. Se a chapa ou a grelha não estiverem nestas
condições os alimentos podem ficar agarrados ou só cozerem
sem que grelhem. O tempero essencial é o sal.
5. Panar
É envolver um alimento em pão ralado antes de o fritar.
Podendo-se fazer um polme com ovo. Qualquer peça de
carne ou peixe pode ser panada. Para panar, o óleo não pode
estar muito quente para que o pão ralado por fora não fique
queimado sem que os alimentos fiquem cozidos por dentro.
6. Alourar
É dar a um alimento (carne ou peixe) a cor dourada. Faz-se
num tacho ou frigideira em gordura bem quente e lume
forte. Pode-se, por exemplo, alourar o rosbife, e deve-se
fazê-lo previamente para os bifes em cebolada antes de
serem colocados na tomatada.
7. Assar
É cozer alimentos (carne ou peixe) no forno, normalmente
sem líquido e apenas com gordura. Geralmente, quando a
parte exterior dos alimentos começa a tostar e a largar a
própria gordura (ou molho no caso do peixe que já foi
previamente temperado com água e vinho branco) pode-se
regar com vinho branco e ir picando com um garfo para que
toda a humidade seja libertada. E é assim que se vê se os
alimentos se encontram assados. O líquido não deve ser
colocado no início porque se não cozem-se os alimentos em
vez de os assar. A carne leva mais tempo a assar que o peixe
(praticamente, o dobro).
8. Guisar
Cozinhar um alimento num refogado, juntando água ou caldo
de legumes, peixe ou carne, dependendo do alimento que se
quiser guisar. Os guisados mais usuais da cozinha
portuguesa são os de carne (ex: carne à jardineira).
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9. Estufar
É cozinhar um alimento em peça (carnes), em lume brando
no seu próprio suco, no suco dos vegetais que lhe são
adicionados e em gordura. O recipiente deverá estar tapado
enquanto os alimentos estufam. O estufar distingue-se do
guisar porque não é precedido de refogado. Os alimentos
colocam-se em cru e ficam lentamente a cozinhar.
10. Albardar
É passar os alimentos – carnes, peixes ou legumes — por
farinha e ovo batido antes de os fritar.
11. Gratinar
É levar ao forno, com vista a obter uma crosta dourada um
alimento – carnes, peixes ou legumes (ex: couve-flor) -
confeccionado com molho e polvilhado com queijo ou pão
ralado.
12. Saltear
É aquecer e corar rapidamente um alimento que já está
previamente cozinhado em gordura e alho, podendo levar um
fio de vinagre no caso dos legumes, agitando o recipiente
para que não agarre. Por exemplo, as batatas para serem
salteadas têm que estar previamente cozidas e se forem
grandes devem ser partidas em cubos.
13. Escalfar
É uma cozedura rápida dos ovos num líquido a alta
temperatura. Deve-se juntar um jorro de vinagre à agua a
ferver, antes de se juntarem os ovos. Os ovos escalfados
podem servir para acompanhar ervilhas, açorda de bacalhau,
sopa de tomate, etc.
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ferver. Poderá servir para aquecer alimentos que não podem
sê-lo directamente no lume (arroz ou massa já cozinhados)
ou para derreter e cozer alimentos, por exemplo, para doces,
como o chocolate ou o leite condensado.
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15. Escabeche
É um molho feito com parte do óleo da fritura (no caso do
peixe) ao qual se junta azeite cebola às rodelas, alho, louro,
vinagre e colorau. Vai ao lume a ferver e deita-se sobre o
peixe frito.
16. Amanhar
É limpar o peixe de escamas, barbatanas guelras e interiores,
preparando-o para ser cozinhado. Com uma faca ou navalha,
no sentido contrário ou das escamas esfrega-se o peixe para
removê-las. Pode-se utilizar uma escamadeira que é um
utensílio de madeira com pregos específico para essa função.
17. Lardear
Consiste em introduzir pequenos pedaços de toucinho,
bacon, ou presunto com a ajuda de uma agulha ou faca fina
numa peça de carne a fim de lhe transmitir sabor. O primeiro
golpe pode ser com uma faca e depois com um fuzil (ou
outro objecto redondo, como a peça que utilizamos para afiar
as facas) enfia-se a gordura – toucinho ou chouriço – que se
quer introduzir na peça de carne.
18. Engrossar
É tornar mais espesso um molho com ajuda de farinha.
19. Marinar
É temperar um alimento com vinho ou vinagre, além de
outras especiarias (alho, louro, colorau, cebola picada,
tomilho, alecrim, entre outras a gosto) deve ficar algum
tempo no tempero, a fim de o tornar mais saboroso. Uma
marinada é por exemplo uma “vinha de alhos”.
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20. Macerar
É introduzir um alimento (carnes de caça – veado, lebre,
javali que têm um sabor muito activo) num líquido ácido
(vinho branco, vinagre ou limão) a fim de o tornar mais
tenro e saboroso. É semelhante ao marinar, mas aplica-se
essencialmente às carnes de caça.
22. Atar
É prender com “fio de norte” (que é geralmente usado pelos
sapateiros e que se compra nas drogarias) as patas e as asas
de uma ave para lhe manter a forma durante a cozedura.
Ata-se também a carne pela mesma razão. Para se atar uma
peça de carne começa-se por uma extremidade e vai-se
enrolando toda à volta.
23. Arrepiar
É esfregar o peixe com sal grosso no sentido inverso ao das
escamas a fim de o enrijar e temperar. Pode-se arrepiar, por
exemplo, a pescada porque é um peixe mole, tornando-a
mais saborosa.
24. Branquear
É mergulhar um alimento – por exemplo, legumes — durante
alguns minutos em água a ferver temperada com sal.
Destina-se a tornar os alimentos mais tenros ou prepará-los
para congelar. Precede sempre outra cozedura mais
prolongada.
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25. Refrescar
É regar com vinho um assado no forno ou passar por água
fria um alimento emergido de um líquido a ferver, por
exemplo, esparguete ou arroz para travar a cozedura.
26. Chamuscar
É passar uma ave por uma chama para lhe queimar a
penugem. Ou no caso da orelha ou chispe do porco para lhes
queimar os pêlos.
27. Trinchar
É separar os diferentes pedaços de uma peça de carne, ave
ou peixe antes de a servir. São utilizadas uma faca grande e
um garfo ou uma tesoura de trinchar.
29. Rechear
É encher com um picado bem temperado de modo a
aumentar o sabor dos alimentos. Podem-se rechear lulas,
peru, perdizes, etc.. As lulas são recheadas uma a uma com
um refogado puxado com os seus próprios tentáculos,
toucinho, chouriço ou bacon. Um perú pode ser recheado,
por exemplo, com azeitonas ou castanhas, que são os
recheios mais vulgares, misturados com fígado de porco e
toucinho.
30. Sopas
Fazer sopas é cozer legumes em água temperada com sal e
azeite. Pode ou não reduzir-se a puré. O puré de legumes
pode ser servido simples ou acompanhado com ovo cozido e
picado, quadradinhos de pão frito, um fio de nata, etc. Pode
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ainda juntar-se legumes cortados aos bocadinhos e deixar
cozer.
30.3. Canja
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31 . Molhos
31.1. Maionese
31.2 Bechamel
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Participaram neste trabalho os formadores abaixo referidos
que cederam os respectivos direitos de propriedade e
autoria:
Fernanda Santos
Sofia Mendonça
Alberto Lima
Carlos Capote
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