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TRATAMENTO TERCIÁRIO
TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO LITORAL NORTE
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RESUMO
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
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2.2 Objetivo Específico
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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Por outro lado, em geral, a filtração somente encontra aplicabilidade para o caso do
tratamento de efluentes secundários. Embora possa objetivar o polimento do efluente final
por meio da retenção dos sólidos suspensos e da remoção da turbidez, e
conseqüentemente, atender padrões mais restritivos para o reuso, a filtração
terciária,quando precedida por coagulação química, pode também promover a remoção
de fósforo.
4. Nitrogênio
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Tabela 1: Formas predominantes no Nitrogênio
Fonte: Adaptado de VON SPERLING (2005).
A remoção de amônia por arraste de ar, também conhecida pelo termo inglês
“ammonia stripping”, consiste na agitação e conseqüente exposição da mistura entre o
gás e água ao ar.
Em função do pH da solução, o nitrogênio amoniacal pode ocorrer na água como
íon amônio (NH4+) ou gás amônia (NH3-), conforme indica a reação:
NH3- + H2O → NH4+ + OH-
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A eficiência de remoção do nitrogênio amoniacal por arraste de ar é, portanto,
dependente do valor do pH da água, o qual determina a parcela que pode ser removida
por volatilização para a atmosfera. Isto significa que o nitrogênio amoniacal deve,
inicialmente, ser convertido ao gás amônia (pela elevação do pH para valores
compreendido sentre 10,5 e 11,5) para posterior transferência para a atmosfera por um
determinado fluxo de ar.
De acordo com a equação 1 e como indica a figura 6, a temperatura também
influencia a distribuição das diferentes formas de nitrogênio amoniacal (VON
SPERLING,2005). A redução da temperatura permite a maior solubilidade do gás amônia
na água e dificulta a sua volatilização.
Equação 1:
NH3/Nitrogênio Amoniacal Total (%) = 100/(1+(10 (0,09018 + (2729,92 / T + 273,20) – pH)))
Eficiências de remoção de N de até 90% a 20°C podem ser obtidas para uma
vazão de ar de 2,5 m3/L de afluente e taxa de aplicação superficial de 120L/m2.min. Se
elevada a vazão de ar para 7,5 m3/L de afluente, a eficiência de remoção pode ser
elevada para até 98% (NUNES, 1996).
Embora a concentração final de amônia no efluente possa alcançar valores da
ordem de 1 a 3 mgNH3-N/L, a tecnologia não encontra maior aplicabilidade para o caso
do esgoto sanitário, quando comparada aos processos biológicos de nitrificação e
desnitrificação.
Em função dos elevados custos operacionais e de manutenção associados, a
aplicabilidade desta tecnologia encontra-se limitada aos casos em que a elevação do pH
e também requerida por outras unidades e/ou etapas do tratamento — tal como a
precipitação química de P com emprego de cal (METCALF & EDDY, 1991). Das duas
únicas unidades construídas nos Estados Unidos para a remoção de amônia de esgoto
sanitário por arraste de ar, somente uma ainda encontra-se em operação (WERF, 1994).
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Alem da desinfecção, o cloro pode ser utilizado como agente oxidante para a
remoção de amônia. Os produtos clorados mais comumente utilizados são: o gás cloro
(Cl2);o hipoclorito de cálcio [Ca(OCl)2] (contendo cerca de 70% de cloro disponível); e o
hipoclorito de sódio (NaOCl) (normalmente disponível no mercado na forma liquida,
comercialmente conhecido como água sanitária).
Quando o cloro ativo é adicionado na água, seja na forma gasosa, solida ou liquida,
é convertido em ácido hipocloroso (HOCl), segundo as reações a seguir:
Substâncias facilmente oxidáveis (tais como o Fe2+, Mn2+, H2S) bem como a
matéria orgânica são capazes de prontamente reagir com o cloro, reduzindo-o a íon
cloreto.
A reação de oxidação seguinte envolve a conversão da amônia e a sucessiva
formação de cloraminas, da seguinte forma:
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efluentes secundários requereriam 250 mg.L-1 de Cl2 para a oxidação de 25mg.L-1 de
amônia.
O tempo de duração da reação de oxidação, para pH em torno de 7 e temperatura
de 20°C, é relativamente rápido, da ordem de 5 minutos — o que exige tanques de
contato relativamente pequenos (MANCUSO, SANTOS, 2004).
O processo requer que o ácido hipocloroso e demais ácidos formados na própria
reação de oxidação da amônia sejam neutralizados. Para 250 mg.L-1 de Cl2 são
necessários 260mg.L-1 de hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) ou 380 mg.L-1 de carbonato de
sódio (Na2CO3).
A combinação entre Cl2 e Ca(OH)2 eleva os teores de salinidade e dureza para
valores respectivamente correspondentes a 400 e 300 mg.L-1; valores que podem
comprometer os processos unitários subseqüentes (MANCUSO, SANTOS, 2004)
Da mesma forma que a tecnologia de arraste de ar, a remoção por cloração tende
a também não encontrar aplicabilidade para o caso do esgoto sanitário. Visando a
economicidade, é possível sua aplicação combinada a remoção previa de amônia por
arraste de ar. Observa-se que a tecnologia depende de dispositivos e procedimentos de
segurança, uma vez que a exposição de cloro é capaz de resultar em severa toxicidade
ao homem.
5. Fósforo
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água depende do pH, e incluem PO43-, HPO42-, H2PO4-, H3PO4. Em esgoto domestico
típico, a forma predominante e o HPO4-2.
Outra possível classificação do fósforo presente no esgoto e quanto a sua forma
como sólidos (IAWQ, 1995):
• Fósforo solúvel (predominantemente inorgânico) – principalmente polifosfatos e
ortofosfatos (fósforo inorgânico), acrescidos de uma pequena fração correspondente ao
fósforo ligado a matéria orgânica solúvel do esgoto
• Fósforo particulado (todo na forma orgânica) – ligado a matéria orgânica
particulada do esgoto
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Quanto à adsorção e neutralização de cargas, e necessário considerar que
algumas espécies químicas podem ser adsorvidas na superfície dos colóides, cuja
atração resulta de diferentes interações, tais como: ligações de hidrogênio, troca iônica,
ligações covalentes, etc. Os efeitos eletrostáticos destes fenômenos são superiores
aqueles obtidos pela compressão da camada difusa, requerendo assim dosagens
inferiores de coagulantes.
Todavia, diferentemente da coagulação por compressão da camada difusa ou por
varredura, a superdosagem de produto químico para neutralização da partícula pode
provocar uma reversão da sua carga, possibilitando a reestabilização da solução coloidal.
O aumento da eficiência deste mecanismo pode ser obtido pela adição de sais com
valências superiores e de carga oposta a dos colóides, e que sejam capazes de penetrar
na camada difusa. De acordo com estes conceitos, os sais trivalentes (Fe+++e Al+++) são
os mais utilizados em processos de coagulação.
Por varredura entende-se a utilização de sais de ferro e de alumínio que podem ser
combinados aos hidróxidos disponíveis no meio, de acordo com a dosagem de
coagulante e pH da mistura, formando precipitados insolúveis, de carga positiva e elevado
peso molecular. Não apenas isto, mas os colóides presentes na solução funcionam como
núcleos aglutinadores destes precipitados, seja por neutralização ou por aprisionamento,
favorecendo sua remoção por sedimentação, flotação ou filtração.
A este mecanismo da o nome de precipitação por varredura. Os flocos resultantes
deste processo são maiores e mais pesados do que aqueles obtidos pelo processo de
neutralização, todavia requerem maiores dosagens de coagulantes (DI BERNARDOetT al,
2002). Em sistemas de tratamento de efluentes, este e o mecanismo de coagulação
predominante.
Quanto à adsorção e formação de pontes de hidrogênio, considera-se que alguns
produtos naturais ou sintéticos, também conhecidos como polieletrólitos ou
polímeros,caracterizam-se por uma grande cadeia molecular, composta por grupos
carregados eletricamente. Estes produtos podem ser utilizados como eficientes auxiliares
a coagulantes, já que podem ser adsorvidos pela superfície dos colóides, promovendo
então a redução de carga e/ou entrelaçamento das partículas pelos polímeros. Neste
caso, os modelos de compressão da camada difusa e de neutralização não são
predominantes na coagulação, sendo a formação de pontes entre colóides aquele mais
preponderante (DI BERNARDO et al, 2002).
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5.2 Coagulantes e floculantes
5.3 Floculação
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sedimentação diferencial (partículas coloidais de características físicas distintas, sob a
ação da gravidade, tendem a sedimentar de acordo com diferentes velocidades, podendo
colidir umas com as outras).
Precedendo a sedimentação, para que sejam formados flocos de maior tamanho, a
floculação requer maior tempo de contato, e, para evitar a ruptura dos flocos, requer
menor gradiente de velocidade. Já para a separação por flotação, é requerida a formação
de maior quantidade de flocos de menor dimensão, que resulte em maior área superficial
em contato com as bolhas de ar e, neste caso, a floculação deve ocorrer com menor
tempo de contato e maior gradiente de velocidade.
No entanto, como dito anteriormente, unidades específicas de floculação não são
usualmente projetadas e construídas para o caso da precipitação química de P. Na
modalidade do tratamento primário avançado, como ilustra a Figura 4, é usualmente
utilizado caixas de areia aeradas para este fim. Quando a coagulação ocorre precedendo
o tanque de aeração do processo de lodos ativados, a formação de flocos é incentivada
pela própria agitação e mistura que esta unidade promove. Nos demais casos admite-se
que a formação dos flocos ocorra ao longo dos dispositivos de transporte e de interligação
entre as unidades.
5.4 Sedimentação
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sedimentação pode ser classificada de acordo com quatro diferentes tipos: discreta,
floculenta, zonal e por compressão.
Em linhas gerais, o processo depende da velocidade de sedimentação da partícula,
cuja intensidade sofre interferência do seu diâmetro e massa especifica, da massa
especificado liquido, e da força de atrito (JORDAO, PESSOA, 2005).
Quando a remoção físico-química de sólidos suspensos e precipitados de fósforo é
efetuada na decantação primaria ou terciária, o tipo de sedimentação que preponderá é a
floculenta. Por outro lado, em função da concomitância entre os processos biológicos e
físico-químicos, a sedimentação floculenta é zonal ocorrem, respectivamente, nas
parcelas superiores e inferiores da unidade de decantação secundária.
No caso da sedimentação floculenta, as partículas não conservam suas
propriedades físicas (forma, volume e peso) e se aglomeram devido a floculação. Em
função do continuo aumento do tamanho dos flocos, observa-se a elevação do peso e da
velocidade de sedimentação dos mesmos, o que contribui para a maior eficiência do
processo de clarificação.
Diferentemente da sedimentação discreta, na qual as partículas descrevem
trajetórias independentes umas das outras, a sedimentação floculenta torna-se mais
eficiente com o aumento da profundidade do decantador e do tempo de contato.
Uma vez que o comportamento do processo de floculação é influenciado por
diferentes variáveis, e sempre prudente recorrer a determinação experimental dos
parâmetros de projeto para a otimização da estrutura física da unidade de sedimentação e
das condições operacionais do processo de remoção físico-química (JORDAO, PESSOA,
2005).
Em linhas gerais, o dimensionamento da unidade de precipitação química segue a
determinação dos seguintes parâmetros: taxa de escoamento superficial, relacionada a
velocidade de sedimentação das partículas; tempo de retenção hidráulica; e profundidade
de sedimentação.
Os decantadores podem ser classificados como convencionais ou lamelares de alta
taxa. Os decantadores convencionais aplicados para a remoção físico-química são
usualmente circulares e podem ainda ser configurados para possuírem uma zona que se
destine a previa floculação antes que o processo de sedimentação efetivamente ocorra.
Neste caso, também denominados de clarificadores de contato, os decantadores são
dotados de floculadores mecânicos instalados na zona concêntrica da unidade, cuja
delimitação e dada por um defletor circular localizado no entorno da coluna de distribuição
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do afluente. A Figura 5 ilustra o desenho esquemático de um decantador convencional
dotado de zona interna de floculação.
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De acordo com valores que sugere o Projeto de Revisão da Norma Brasileira de
Projetos de ETE, a Tabela 2 indica parâmetros de projeto para o dimensionamento de
decantadores convencionais e lamelares.
A flotação é um processo que envolve três fases: sólida, líquida e gasosa. No caso
do esgoto, pode ser definida como um processo de separação entre as partículas sólida
em suspensão e a água, alcançado por meio do empuxo promovido pela adesão de
bolhas de gás a superfície das partículas e, conseqüentemente, da ascensão destas
partículas em direção a superfície, de onde são devidamente coletadas.
A flotação pode ser classificada em função da forma de geração e do gás utilizado
no processo. Na flotação eletrolítica ou eletroflotação, a obtenção das bolhas de H2 e O2 e
resultante da eletrólise da água. Na flotação por ar disperso ou por ar induzido, as bolhas
de ar possuem grandes diâmetros e são introduzidas na fase liquida através da agitação
desta fase a pressão atmosférica. Já a flotação por ar dissolvido (FAD) é a tecnologia
mais empregada para o tratamento de esgoto. Neste caso, no liquido contido em uma
câmara pressurizada e promovida a supersaturação de ar, de forma que ele libere
microbolhas quando posteriormente submetido a pressão atmosférica.
Estas bolhas, combinadas aos sólidos em suspensão, resultam em um agregado
com densidade menor do que a da água, permitindo o procedimento de empuxo e arraste
das partículas em suspensão para a superfície do liquido.
Um sistema FAD é composto por uma câmara de saturação de ar e por um tanque
de flotação. Como a solubilidade do ar na água decresce com o aumento da concentração
de sólidos, é comum, no tratamento do esgoto, o emprego do sistema com recirculação.
No caso, como ilustra a Figura 7, após a flotação, uma parcela do efluente tratado
retorna para a câmara de pressurização e de dissolução de ar, para que, em seguida,
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misturada ao afluente já submetido a coagulação e floculação, seja novamente
introduzida no tanque de flotação.
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Tabela 3: Parâmetros de projeto de sistemas FAD
Fonte: DICK (1972), RAMALHO (1977), EPA (1975) e METCALF & EDDY (1991)
5.6 Filtração
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Por outro lado, com previa coagulação, a filtração é capaz de promover a remoção
eficaz de fósforo solúvel remanescente do tratamento secundário, possibilitando a
obtenção de concentrações de efluentes inferiores ate 0,1mgP/L.
Observa-se que o emprego da filtração após o tratamento secundário consiste em
recomendação do Prosab (FLORENCIO, 2006) para o uso de esgoto sanitário tratado
para a irrigação agrícola irrestrita. A filtração oferece garantia sanitária quanto a limitação
de 1 ovos de helminto/L presente no efluente e, baseada na obtenção de valores
efluentes de turbidez inferiores a 5 NTU, também oferece garantia quanto a ausência de
(oo)cistos de protozoários.
Os mecanismos de transporte e de aderência envolvidos na filtração são: a
retenção mecânica, sedimentação, impacto inercial, interceptação, adesão e floculação.
Embora estes mecanismos ocorram concomitantemente, a retenção mecânica se
caracteriza como o principal deles. É responsável pela efetiva retenção de material
particulado ecoloidal cujas dimensões sejam maiores do que os espaços vazios do meio
filtrante.
Na unidade ocorrem as etapas de filtração, propriamente ditas, e de limpeza
(comumente denominada etapa de retrolavagem). Durante a etapa de filtração, o material
particulado é continuamente removido em função da percolação e passagem do esgoto
através do meio filtrante de material granular e por meio dos mecanismos de transporte e
aderência anteriormente descritos. O termino da etapa de filtração é determinado em
função da deterioração da qualidade do efluente filtrado e/ou do incremento da perda de
carga da unidade, sendo o tempo de duração decorrente denominado “corrida de
filtração”. Quando um ou ambos os estados operacionais são alcançados, a unidade e
submetida a etapa de limpeza para a remoção do material particulado retido e acumulado
no meio filtrante.
A filtração terciária é sujeita a muitas tipologias em função de variações das
características físicas e operacionais da unidade, e pode ser classificada de acordo com o
que estabelece a Tabela 4.
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Tabela 4: Classificação das unidades de filtração
Fonte: Adaptado de METCALF & EDDY (2003)
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intensa mistura entre aquelas de maior e de menor dimensão — possibilitando, desta
forma, a desestratificação da unidade. Neste caso, são bem menores as taxas de
retrolavagem recomendadas para camada única de areia, compreendidas entre 600 e
1.200 m3/m2.d, assim como para camada única de antracito, entre 400 e 900 m3/m2.d.
As características físicas e operacionais das unidades de filtração semi-continua e
de fluxo descendente podem ser diferenciadas em função dos tipos e da quantidade de
meio filtrante utilizado. O modelo de filtro terciário mais empregado e aquele que utiliza
uma única camada de areia ou de antracito, embora também possa combinar o uso de
camada dupla de antracito sobre a areia. Recomendada para redução da freqüência de
retrolavagem, a camada dupla permite a maior percolação e penetração dos sólidos e o
maior aproveitamento da capacidade de armazenamento disponível na unidade. O
desenho da Figura 8 apresenta uma ilustração convencional de uma unidade de filtração
rápida.
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Figura 9: Dispositivo de coleta do efluente e de entrada de ar e água de retrolavagem
Fonte: PROSAB 5 – Programa de pesquisa em Saneamento básico
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uniformemente segundo tamanhos que variam entre 20 e 140 µm (valor médio
compreendido entre 80 e 90 µm).
O diâmetro efetivo e o coeficiente de uniformidade são as principais características
consideradas para efeito da especificação do meio filtrante das unidades de filtração
terciária.
O diâmetro efetivo (d10) corresponde ao diâmetro da peneira que deixa passar
10% em peso de uma amostra, enquanto o coeficiente de uniformidade corresponde a
razão entre os diâmetros d60 e d10. Ambos os parâmetros são obtidos por ensaio
granulométrico.
O tamanho das partículas do meio filtrante afeta o comportamento da perda de
carga ao longo da etapa de filtração. Quanto menor o diâmetro das partículas, maior será
a carga hidráulica empreendida para sobrepor a resistência a filtração imposta pelo meio
filtrante. Quanto maior o diâmetro das partículas, maior a dificuldade de retenção de
sólidos suspensos presentes no afluente.
A taxa de filtração ou taxa de aplicação superficial constitui parâmetro diretamente
relacionado ao tamanho das unidades de filtração em função da estrutura do floco e do
diâmetro efetivo do meio filtrante. Flocos mais fracos são facilmente desestruturados pela
ação de elevadas taxas de filtração, as quais ainda causam forcosamente, a passagem
destes flocos pela camada de meio filtrante.
A Tabela 4 resume as características do meio filtrante e as taxas de filtração
recomendadas para unidades do tipo convencional, de fluxo descendente e de operação
semi-continua.
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capacidade de recebimento de 240 m3 por unidade, admitindo variação de volume no
reator de 1,2 metros para o ciclo definido na vazão máxima de projeto 27,7 L/s.
Nos meses de temporada no Litoral Norte, a população aumenta e o sistema
utilizado, não suporta a vazão de entrada, sendo necessário a utilização de um sistema
auxiliar.
A Estação de Tratamento de Esgoto compacta por Flotação foi adquirida para
auxiliar neste tratamento complementar.
O estudo realizado foi para medir a eficiência da ETE nos parâmetros DBO e
Fósforo sem o sistema de filtração e posteriormente filtrar o efluente e papel de filtro
simulando os filtros convencionais para utilização do efluente como água de reuso.
As coletas e análises foram realizadas no período de dezembro de 2012 a janeiro
de 2013, os resultados são apresentados na tabela abaixo:
7. Referencias bibliográficas
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26