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Conservacdo de energia na industria de fertilizantes Sao Paulo, 1985 Conselho Nacional do Petréleo - CNP Instituto de Pesquisas Tecnolégicas do Estado de Sdo Paulo - IPT APRESENTACAO © presente Manual de Recomendaces para a Conservacio de Energia na Inddstria de Fertili- Zzantes 6 fruto dos trabalhos desenvolvidos pelo IPT dentro do “Programa de Assisténcia & Indistria em Conservagio de Energia”, em seu segundo ano de stividades. Este Programa, que conta com recursos do Programa de Mobilizago Energética - PME, repas- sad0s pela FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, autorizados pela Comissio SEPLAN Energia - CSE, tem interveniéncia do Conselho Nacional do Petréleo - CNP, conta com a cole- boracio da Federacso das Industrias do Estado de So Paulo - FIESP e se estrutura em quatro Subprogramas, desenvolvides simultaneamente com linhas bésicas de atuardo diferenciadas. 0 Programa global tem duragio prevista de trés anos e meio e sua divisto & citada abaixo. © ‘Subprograma |: assisténcia e acompanhamento individuslizado para os 90 maiores consu: midores de leo combustivel do Estado de Sio Paulo, ‘© Subprograme II: suporte tecnolégico para a implantagSo de programas de conservacio de fenergia nas indistrias paulistas de pequeno e médio porte que consomem mais de 500 t/ano de 6leo combustvel '* Subprograma III: elaboraco de manuais setoriais de conservaco de energia, * ‘Subprograme IV: assisténcia ao treinamento de operadores de equipamentos consumidores de derivados de petréleo, com a participarso do Servico Nacional de Aprendizagem Indus- trial - SENAI. © Subprograme II! dé continuidade & atuag$o do IPT, iniciada em 1977, na elabora¢do de ‘manuals de conservacso de energia, jé desenvolvida anteriormente para os setores de Cimento, Celulose e Papel (1? edigdo), Cerémica, FundicSo, Téxtl e Vidro, publicando agora os manuals ara os Setores de Fertilizantes e de Celulose e Papel, que se destinam a orientar os técnicos das inddstrias na implantagS0 de sous préprios programas de conservagio de energia, tendo-se ‘mostrado Gtil também para as virias empresas de consultoria energética Este Manual busca atender leitores com diferentes objetivor © graus de conhecimento dos problemas e peculiaridades do setor, sejam técnicos de outras éreas que procuram obter conhe- cimento dos problemas energéticos do Setor Fertilizantes, sejam téenicos do préprio setor que necessitam de uma fonte de dados atualizados e um ferramental adequado para auxiliar suas ecisées na érea de conservagdo de energia. Desta forma, visou-se um ordenamento na compo- igo do seu texto de forma a atender, da melhor maneira possivel, 20s interesses dos leitores Que vierem a utiizé10, prineipalmente como fonte de informacSes para consultas sobre as- suntos espectticos. Tomando por base essa proposta, separcu-se os atsuntos em itens e sub-itens 1a forma de segments razoavelmente independentes e que contivessem 0 méximo possivel de informorées necessirias & sua compreensio, exceto nos casos onde havia relago com itens especiais, contidos nos Apéndices do Manual. SUMARIO APRESENTACAQ ‘i LISTA DE SIMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS Capitulo 1 INTRODUGAO. 1.1 Posicionamento da questéo: producto agricola, fertilizantes e energia . 1.2. Uso da energia na produgo agricola: a contribuigdo sgregada aos fertilizantes. . . ... 1.3 A energia no Setor Fertilizantes no Brasil: posi¢do atual de demanda; impacto da ele- vagdo de prego Referéncias bibliogréficas Lista de ilustragées Capitulo 2 INDUSTRIA DE FERTILIZANTES NO BRASIL, 2.1 Historico 2.2 Consumo e posiggo do Brasil no mercado mundial 2.3 Perfil do setor . 23.1. Produtos intermeditris - 23.2 Fertiizantes temple 2.3.3 Ferlizates compostos 234 Fertilizntes orginicor 24 Transporte de fertlizantes. Referéncias bibliogréticas utras obras consultadas Lista de ilustracées Capitulo 3 PROCESSOS DE FABRICAGAO DE PRODUTOS FERTILIZANTES. . 3.1. Processos de fabricago de amania 5 3.1.1 Producdo de amonia pelo process de reforme de hidracerbonetos com vapor due 131.2 Produdo de amdnie pelo proceso de oxidaro pari ce hidrocarbonator pesados . 313 Aspactos energaticoe 3.2. Processos de fabricardo de uréia 3.2.1 Proceso com recilo de soluedo de carbamato - Mitsui Tatu. 322 Prsso de spo spi’ com COpStnioxbon 32.3 Aspectos eneréticos reinniorebers £43 Prooetso de fbriapto de deo ntrico m xn 2 16 16 2 2 2 35 gee ates 31 2 Ee wim EBON ox conEERVACAODE ENERGIA ATERNAEA hoo rane ruziconscomeriesen asses LSTA DE SIMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS: aeser 37 aa|h capimutor INTRODUCAO 1.1 Pasckenaento da questo produce apis, feels © enerla 1.2 Used een precio spa contri sarees ‘es erates 1.3 ene Sir Frtantes Bras peso 2a de Impact selva Ge es orto fue eis de ¢ clo be Over nae | capiTuLo 2 INDUSTRIA DE FERTILIZANTES NO BRASIL 2. Hates — sonratreeaq Tetousaeq (2) (g) tenae op Snpoag @ “te/resoo 8% ger oTz028T98 () “east eave earzentaed (2) “oun/#¥yp 0o¢ s2unanp opsnpead se-cperanpyeeea (0) i “6261 op sopep op ayaied » eaqzenyaea ‘reuozsea Ter2sezed () g “eygan Goo soBeasoduoo op #vIp 96 sede voyenb o¥5ysoduoy () & eset cin ceeetnetec tee Taree eat araayy Sy e : = zs z SOPs ipte-o'r colo. | Ltonto Chtn g : Bec 2 i i : ‘ Gqyesana x : A 000-52 : att 90% sata sisi Chesnce lep/anajent % —ovorser ——o0orsey ” 000" c6r ote gt : ars ton op ovesed : : zes-oet 076-991 : = ofeeatt ote-stt ofs-oty —eucere wp oteies 3 oyster cotter ott-eez : = gttcottotz-stt ofs-e*9—=yopusae op otezes & eee S oosrees —ove-zts —ons"c6r or wpe ct oteasty gteretostenstz —onpotte Sp tases : : o09-06s"2 v9 tHyw oor cet site ests ean ND op ooseaed 8 - = )000"008 se-st 02-01 tTnet0 sa-z‘oBtonn40. ea uetse exs0dueg 8 - = Cyooo-ore A Z A a Repro . : = ova 19651 soto E set uate gett (quvees op obetee 3 TD 3 zR6T 1u6T oR6T eoyugsi0 epepyan oy Sota N oanposd viap30H (2) ceSze0du09 spepiuqquodsia soowytvo sauce erzviaavL, Aetrincinbigrcns (0) 0. cement aed eae thn, inait eas te nee evaligmiss sie nde cere et Tp unr obres consults ~ Mowe amie fied aL 8. eo tie, Moyet. a At 68 MAL YL. eo te ee nei nt Iwso. 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Process Ge abies esi ican, Ee in Yh re aie ite - eae emt tn tn t,t at Kt nr a HEIIE AE rasa So haha ats 3.15 Proceso de tease ce frat ioe ss ea te ag HELELEEES Camm Gece ep ey) alain ont sti tem 3 wep ant ee 4s ea ines das uidodes nti (Str Fata pn aero biosogaties tae tose CAPITULO F GERENCIAMENTO ENERGETICO 8 get enrtca intl? seeasteee tthe 55 Peo de cosenaco de ona ‘tans deg ns adlanss = EEO (rr ores consuitades in lca te cane earl dm [neriefe-gston ‘Sitges tenis vies ibs Ti pate eh ae | MEDIDAS DE CONSERVACAO DE ENERGIA E ALTERNATIVAS ENERGETICAS: {lo pongn eds estimate nt owe ‘efruy scr, @ mum tonne ane ice a ‘5:2 Meiaseeremes sos cess fabeaan ce ula nor 0b vate ne capesa ty aingeten,«parcete prepderante d uctncts se pester ple nr comes ote ma (6.3 Masi fern an rosie de aia; Seid ico SGN ogee ate eergtice spi, eu aeay gean ata tunic steno sc, gm 6 srximnents + cotiis on ee « ates _!__ ° 4«*- Avision ands plain ae vsitisan teint ae sack fetter aja ono iia aa proceso haDidst, tm un apn 166 asserts 2s proceso ce fica de erates ‘pontoon —— — Bi tigi ht yee ty BP YON Eo yr Eig se ae emetic te etn) Baye 5 beatae (8.09 70) ceo Bog 5,7 Henig hae 78) Send a tn stores 47,8 tly eit te pear nec cng at tee ‘anc re lela eyo be testo a pears re re rege rer) er reer ce |) ee Insc intesrgans Sn Jor be Spree deve ee Petree tog cas ‘dclgiat Saale. aun 3 ‘Weasel errs a ree ETE, mbna attiia aie ne ee a per np. "Rone open ins D800 Tupatadiges totem ican suse (69) 0, 35 ot aks Nig sane tor eatanny sores Vashiaton 0h, DAT atpe TSR TT Ter (ute ar Fin oboe - vr, gas stne datas e mas. selon Fiaiee sieges mentee 0. AIR maemo capiruLo7. | CASOS TIPICOS | ENERGIA E SUBST! | DERIVADOS DE PI Aacig Bh i Scotts a en Rae re tomes fait sg i Rh ae a Seer ee & fewer eee BSB nptnettartos ae Bae Reha thy bag SaRRA ama (eae sen Asa apart A= a te ba © 2,31 Mh ot 82 07 tapes 73 Suc de leo contustve prea en gre vapor sre de mosaces datneee = cao o ectcn o nuEAhoo& cows ee ‘tvo1ee 0 nore D¢ cALEULO DE RDAs DE CALOR Eu TUELLAGOES setvo1ce €-RorERO DE CALCULOPARAGRANINAKO Iotvoiee Fweauentes De mG {eNO ABkc05, TASKS CCOWEREAO DEUNIDADEE apENDICE A PROPRIEDADES DE MATERIAS PRIMAS, PRODUTOS. INTERMEDIARIOS E FERTILIZANTES SIMPLES eran 4 racket 2 hei etn ote) |A3 eid nica Saar Se Re aa oto. mere sass ama Moege: lebesseaensercacecessegazzaali! AA id sates : 3 i i i i i i AS Ua ae oe em ioenee eee eine AB satin geanini 10 Fact amo tae er! on Boe 19 Gis ata 1 Gi de efrae 15 Resi astatico cscohnicat pepsin of shnpbrs ai. (05) re Baeae: gaartiog sie swe and som fae adh uc nog Sentosa Ts pr sta de tusragses p= i, tii ti de 1a aptnoces é CONCEITOs BASICOS DE COMBUSTAO 3B. Estaometi ds eagbes de combust esr wuitsis say ea tes tin fn nett Pn te 18.2 Moc do combuto 4 4, Hee) tite Sscags yen trent 4 diode sito peter (cerca ke 00 drt ates elato Meret epyth © ae ae el raet estate alain tat eet deere sls Seses prion sre cdeeas ature. ent 18.3 Ange nas vies e presse com vss cansenasae deena Soin ie ab we conte + mete dy a a etre bogie nares ds sural pe dietlesire= ua de cenen unt seatic de retin ar oon Taroom Watton ster TE 1 (6) somes, A. flue coustionprceses twtr Turse sin ge cagiitieness st Fan (0 noses devs de nn. Sn nay oats SP, a ENDICE C ‘CALCULO DE EFIGIENCIA DE UTILIZACAO DE ‘COMBUSTIVEIS EM GERADORES DE VAPOR 1 cae define base PCS, poder alate super do ‘crv oni A smuniet 7) ©. eet alan «¥ o yee m8] em {mast de eigniocssrin phe combs Sada) (er Taeln BS = teers ae anes) oN ee mys Ma ys Cy ag Sen Te * Me Teta coward iets taerfet pS Bm ide ae tt cots Niet Nye tat my cee) oe Oe om verte ses ons Fy srertsemecitcnsucide Be perp GAD Be AI Man el oh a Say Fy am “foes aarp. ‘te = mse ae cats sen nim por nial de ated enero ‘nats eeSras wate seperstire Inlica mith Yorn geen Tae pode 2 caalo c eitcibae PC par caer infri do ‘mbuatl onto ee “tone hes stanenectesn nto dove Sec uies Sect AS le ieee caer ‘Mteincie cme obain Toy + tepestre do enon chm 0) cg, teRERLL BOL RO Pen Pea Pel igs ea op + erat Co anon og Ota? ee y= 188 irate ae = BP cttata) Neo a Fak Tall Hig ae fy 8 tae west sire tayo 19

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