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1 O PLANETA TERRA E SUAS ORIGENS Umberto G. Cordani Jmo material que compde os demais compos sccamente a formagio do Sol, dos demais planetas do Sistema Solar e de todas as estrelas a partir de nu- vvens de gis e pocieainterestelat: Porisso, na investigagio da origem e evolucao de nosso planeta, é necessirio recorrer a uma anélise do espaco exterior mais longin quo ¢, a0 mesmo tempo, 5s evidéncias que temos do passado mais remoto, Com base nas informagies decorrentes de diversos campos da Ciéncia (Fisica, Quimica, Astronomi bem como estudando a Asteofisica, Cosmogquimica), arureza do material terrestre (composi¢io quimica, fases minerais, et), j foram obtidas respostas pata algumas importantes questies que dlizem respeito & nossa existéncia + Com se formaram 1s elementos quimicos? + Como se formaram as esteelas? + Com se formasam os planetas do Sistema Solat? + Qual é a idade da Terra e dla Sisterna Solar? + Qual é a idade do Universo? *+ Qual € © futuro do Sistema Solas, ¢ do proprio Universo? Fig, 1.1 Agols nicleo den bio gigante de Andrémede (ino elitice) - mes prow ‘ebiihonte contende bilhoes de estrelas, Fonte: NASA, a4 Fotomontagem Tera e Luo, NASA, Pent e) Para as quatro primeiras perguntas jé existem evi- déncias suficientes pata estabelecer uma razoivel confianca nos pesquisadores em relagio as stas teori- as, baseadas no conhecimento cientifico, tanto teérico como pritico, observacional on experimental. A quinta a sexta talvez também possam vir a ser respondidas a contento com o progresso da Ciéncia Contudo, o que exista antes do Universo? Para esta, pergunta ainda nio temos esperanca de resposta no campo do conhecimento cientifico convencional, e tal questio permaneceré como objeto de consideragdes filoséficas e metafisicas - tema de imbito das diferen- tes religides, cujos dogmas implicam a presenca de um Criador, exercendo sua vontade superior. 1.1 Estrutura do Universo A Astronomia nos ensina que existem incontiveis estrelas no céu. Ao mesmo tempo, observamos que elas se dispdem de uma maneira ordenada, segundo hicrarquias. As estrclas agropam-se primeiramente em cujas dimensdes sio da ordem de 100.000 stincia percortida a velocidade da luz, 300 mil km/s, durante um ano). As figuras 1.1 ¢ 1.2 apre- sentam dois exemplos comuns de gabixias tipo eliptico ¢ tipo espiral. A estrutura interna das galéxias pode galixias ma do nosso Sistema Soler (2,4 milhées de ones-lun)—com say TCR ners Fig. 1.2 Exemplo de uma goléxo do tise espira Fonte: NASA. conter mais de 100 bilhdes de estrelas de todas as di- ss, com incontavcis particularidades. Por exemplo, entre as descobertas que vém sendo alvo de cestudos ridio-astronémicos estio os quatars, objetos peculiares com dimensio semelhante 4 do nosso $ tema Solar, mas contend imensa quantidade de energia e brilhando com extrema intensidade. ‘As galisias po- dem conter enormes espagos interestelases de baixa densidade, mas também segides de densidad extce ma. Os assim chamados buracos negros podem sugar qualquer matésia das prosimidades, em virtude de saa sigantesca energia gravitacional. Nem mesmo a luz consegue escapar dos buracos negros,¢ 0 scu estudo 6 um dos temas de fronteira da Astronomia A Via Lactea ¢ também uma galixia do tipo piral, sendo que o Sol — a estrcla central de nosso Siscema Solar ~ esta sieuado num de seus bragos peti féricos. A Via Léctea possui também um ntielco central, onde aparecem agrupamentos de estrelas jovens. ‘As galixias, por sua ver, se agrupam nos assim chamados aglomerados, que podem conter ence al: gumas dezenas a alguns milhares de galixias. A Via Lictea pertence ao chamado Grupo Local, que inclu também a galixia de Andromeda ¢ as Nuvens de Magalhics. Finalmente, © maior nivel hierirquico do Universo € o de superaglomerados, compostos de até dezenas de milliares de galaxias, ¢ com extensiies que atingem centenas cle milhies de anos-luy As observagdes astrondmicas nos conduzem a pelo menos duas reflexdes relevantes pasa os temas da ori gem do Universo ¢ da maréria acle concentrada: * uma visio retrospectiva, visto que a observacio das feigdes mais distantes nos leva 4 informagio de Epoeas assadas, quando os objetos obser mais jovens, Sio as observagdes das rogiées no limite do observivel, que refletem eventos veurrides hi vé- rigs bilhées de anos (Fig. 1.3) Fig. 1.3 imogem bide pelo tolescépio Hubble numo das por tes mais distanes do Sistema Solar. Os tes objetos com roios 60 exrelas, enquanto os de objetosvisives s80 gol 1s, cada uma dels cartendo muitos bilhOes de esteios. Os ‘bjolos menores e menos luminosos so galdxias cerce de 11 bilh Fonte: NASA,

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