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3. Quais os meios de defesa cabíveis?

Tratando – se de execução fundada em título judicial, a defesa do


executado, por excelência, é a impugnação. Ela pode ser interposta no prazo
de 15 dias, após o transcurso do prazo de 15 dias para pagamento voluntario
independente de penhora ou nova intimação.
Neste caso, a defesa poderia manejar a impugnação, fundando – a
em alguma das hipóteses do parágrafo 1º, do artigo 525 do CPC/15.
Como o processo de conhecimento correu a revelia, o executado
poderia alegar a falta ou nulidade da citação (art. 525, §1º,I,CPC). O processo
é um só e há uma única citação, realizada na fase de conhecimento, a falta ou
nulidade dela, quando o réu permanecer revel acarretará a ineficácia da
sentença ou do acórdão contra ele proferido, ou seja, do titulo executivo.
Caso não seja acolhida esta defesa, o executado poderia manejar
então, a exceção de pré – executividade, visto que este recurso é criação
doutrinaria e não há texto normativo a regulando, não existindo prazo para ser
interposto, podendo ser alegada matéria de ordem publica ou matéria que não
precisa de dilação probatória e não pode ser conhecida de oficio pelo juiz.
Este recurso poderia ser fundado no excesso de execução, assim
como o fez a defesa no caso concreto, alegando que a cobrança de valores
são maiores das que constam do titulo, segundo o memorial de calculo
apresentado pelo exequente, que não seguem os parâmetros da condenação.
Este fundamento também se encontra no rol do artigo 525, §1º e
poderia ser manejado como impugnação, o que seria mais recomendado, pois
haverá um conflito de memorial de calculo, o que ensejaria do magistrado o
pedido de uma revisão deste memorial por um perito judicial, o que
caracterizaria dilação probatória, não cumprindo assim o requisito da exceção
de pré – executividade.

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