Tratando – se de execução fundada em título judicial, a defesa do
executado, por excelência, é a impugnação. Ela pode ser interposta no prazo de 15 dias, após o transcurso do prazo de 15 dias para pagamento voluntario independente de penhora ou nova intimação. Neste caso, a defesa poderia manejar a impugnação, fundando – a em alguma das hipóteses do parágrafo 1º, do artigo 525 do CPC/15. Como o processo de conhecimento correu a revelia, o executado poderia alegar a falta ou nulidade da citação (art. 525, §1º,I,CPC). O processo é um só e há uma única citação, realizada na fase de conhecimento, a falta ou nulidade dela, quando o réu permanecer revel acarretará a ineficácia da sentença ou do acórdão contra ele proferido, ou seja, do titulo executivo. Caso não seja acolhida esta defesa, o executado poderia manejar então, a exceção de pré – executividade, visto que este recurso é criação doutrinaria e não há texto normativo a regulando, não existindo prazo para ser interposto, podendo ser alegada matéria de ordem publica ou matéria que não precisa de dilação probatória e não pode ser conhecida de oficio pelo juiz. Este recurso poderia ser fundado no excesso de execução, assim como o fez a defesa no caso concreto, alegando que a cobrança de valores são maiores das que constam do titulo, segundo o memorial de calculo apresentado pelo exequente, que não seguem os parâmetros da condenação. Este fundamento também se encontra no rol do artigo 525, §1º e poderia ser manejado como impugnação, o que seria mais recomendado, pois haverá um conflito de memorial de calculo, o que ensejaria do magistrado o pedido de uma revisão deste memorial por um perito judicial, o que caracterizaria dilação probatória, não cumprindo assim o requisito da exceção de pré – executividade.