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O Romantismo nacionalista não foi um fenômeno brasileiro.

As sucessivas
revoluções de cunho burguês (como as Rev. Francesa) e outras (Rev. Haitiana), além das
guerras pela Independência e/ou acordos de emancipação (caso brasileiro); marcaram o
final do século XVIII e o início do século XIX enquanto o amanhecer das nações.
Os processos de Independência na América Latina despontaram a partir da
Revolução Haitiana (1791-1804), considerada a primeira revolução dirigida por pessoas
de ascendência africana em busca da independência em relação à França, imediatamente
após o contexto da Revolução Francesa. Com o declínio dos regimes absolutistas na
Europa e a ascensão do poder político e econômico da burguesia, os antigos “símbolos”
de pertencimento ao local haviam sido desgastados, ao mesmo tempo em que a tradição
greco-romana parecia generalizada demais para se chamar de “nossa”.
Assim, o amanhecer das nações inaugurou a necessidade de se buscar uma origem
própria, fonte de uma identidade nacional. Se o estatuto do homem, promulgado com a
Rev. Francesa, remetia a um ideal (liberdade, igualdade e fraternidade); seria preciso
traçar uma origem, montar uma genealogia que aterrasse os pés deste ser humano na terra
de sua pátria. Só a partir de uma tradição (mesmo que construída pelo discurso) enquanto
ponto de partida que o novo sujeito da modernidade poderia dirigir seu olhar para o futuro.
Então, essa busca por uma origem remete a um ideal de nação que se consolidou enquanto
unitário: uma língua, um povo, uma nação.

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