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CAPITULO QUATRO AS LEIS DA NATUREZA 1 apelimos 3 nogio de lei da natureza no capitulo dos. Bfetiv iente, 0 conhecimento dests leis permiti-nos-i superar o problema Ula indagio colocando 3 nosss disposito premissas suficientemente for- tes para poder concur, de modo dedutivo, pela exstncia de factos on tle acontecimentos que se stwam fora da nossa rea de experiencia. Con- tudo, tivemos de reconhecer que o conhecimento das leis da narureza ‘upd urna salugso preliminar do problema da indusio, pois © contd ‘dsts leis ulrapases necessriamente o conteido de qualquer experién- da fina OQUE E UMA LEI? Comecemos por uma caracterizagio proviséria e relativamente saga da nagio de lei, antes de cxaminar diferentes tentativas de ‘specifier. De acordo com uma primeira abordagem, uma lei dsm turers é uma relagio regular cujoaleance € universal entre diversos tipos de fendmenos, ou entre diferentes aspectos de um tipo de fené- meno, © enoneiado de sma lei da naturera afrma que, se estiverem Feunidas a8 condigées de um género F, entlo, independentemente do Conterto mais amplo da situagio em que Fé o cao, G € invariavel~ mente 0 cso; agi, Fe G podem representar a posse de uma pr priedade por um object, a existéncia de um facto ou a ocorréncia de o am Seas suites sho bons candida a sao de fe da *+ Um corpo em queda livre junto da superficie da Terra experi- ‘menta ina aceleragio uniforme independente da sun masse, 1 As eet ds planets so elias ds qua o Sol cca am dos focos + O seno do ingulo de incdéncia de um aio que ea numa super= Fcie plana, que delmita um eorpotransparente «ext em cons. tate relacio com o seno do ingulo do raio relractado © esta felagio € caracerisics da compo « ciadsctados erie les sere qo um eunciadoeopeme ate alee aa agzande nimero de enunciados de sno so verdadirs Io pole ps, ieatbon che eeceke eras ae ee {Lets prin 8.2. ac trots» un crc ii gue ex nunca frida cm 0 atest lars pmsl tc, ‘unc Node dpaina res qo date sre doenun gate ‘elem tics valerie queef ileree moon ees Onin gus as sn chunsaongedegamunel 70 Propaseram concebé-los como instruments ulizados no cielo de previ= ses experimentais, oa como construgbes destinadas a forjar ma repre Sentago cocrente esstemiticn dos resultados de expriencis multfor- ines. De acordo com os realists, peo contro, a diferenga que persist tnt osenunciados nomoligics e a reaidade€ apenas uma consequéncs ‘Genoss ignordncia, que, ais, pode ser reduzda gragas aos progresos da ‘Géncin, Pars o realists, ada nos impede de supor que ext leis res Tnstaeuidadosamenteevtarmos spor que ji as conkeceros prfetamente que io express directamente pelos nosso enunciados ae les», que, fu verde, slo hipotétcos. © Zito da ici justifies a dela de que esas Fipteses sto snd asim, boss aproximardes is leis eas. ‘na segunda difclade com que se depara aida de que as lis sto «6 contetido dos enunciados universais verdadeios é que os criterios de ‘onversalidade e de vera io sao suficientes, Ua razio paa isso é ‘que um enunciado univers condicional: x (F® > Gx) € srivialmente ‘erdadeito se todos os objectos forem G ou se nenhum deles for F ‘Una outa razio € que se pode dar a descriio de coincidéncasforvtas (Ge maior o menor escala) a mesa forma universal que a um enunciado ‘etdadeiramente nomoligieo, Nelson Goodman istia ito mesmo com 2 ajuda de um exemplo desde entio eélebre' 1) Teas moedas que, no momento, ceo no bolo so beans. £ dbvio que semelhanteensnsado no exprimiia uma lei da nats rexa mesmo ue foe etitamente verdaeito. A presente dificaa- Te poranc, independents do problema a verdad dos enaneadas tomeloycon Chann-sesyenetlzagesacidenaie a0 enancadas Nerdadeiton deforma uoieral que, tacoma 1), no sto nomola- esPentou-se entender & diferenca entre as generalizagies acidenta ss nomoldgias sbtinhando © fet de os prety, tas 3 sept ho, fuceén epiarmente serena determinate isn {e tempors ou penn particular Eta props tem oa foes Inepivel asm ctegorancomectmente o exempta 1) de Goodman venze us elntdencns fortes de aod com o és cotenon 20 1 Recent (1954 9) aba Reta Rasel mdr de eri rine # herrea dean CE Gotan 135) Verba cone de Goth node sn orl ee dhing tora na pi dos s Popper 95 ete 1315, Recah (187, p. 36% 1984, p32 segs Hempel (Oppent (98,9. 20) 7 Paral momento particular, ¢ ew faz referéncia i pessoa de Goodinen, te nina ars a orca exerdas se xs psn or adie nee . -homicidade peoposta nio é suficiente, A a meee igual od, exci ds less energie gosinaneee slevido a sua falta de verdadeira universaidade. A sua verseidade depende 19 olso de Goodaan, 1) 6 € verdad obo de Godman) dade porque e na medida im que 2) & 2) Apcimcra mn tenn bo nin an ‘ochre ina rae, ee 1 plc illness " indies dey ri caine times Kearnapee ees ‘vated cass inane e spa dh Cnet op hse Raper enunciado 1) nto 6 uma le porque osu conte & dein wo da conjngio fina 2), st creo parte revelr a ferengs crv enre suncns nomics eenuncndos qe exprimem generale n= Cera aedenas Der que a rgslardade expres por un enunciado {efor univers é somente acide & dir que apenas cascteriza © anu nana deminer Cae, tsa propo tem dos dfetr que eto Higdon 30 ou, Prieto, fo pole seri-nos de citro ara recoeer se uma dada general: {eto € nomologen ou no, Com eft, nem 4 forma enivenal nem 9 ‘eriade cmtem inicio eapeates 4 queso de saber seo enunciao Sins sea veri no eas de seem cers nova instinis Jo Sev anecedene 0 segundo defo a presente popongio€ que mais poree reformula a dicullde que ienees aro pela qual a leis ‘States mais que eros acidenes, O que € que ar com que generic 2asio') sous sj nomolgien eno gennizaglo 47> 3) Talbsospacem un enigucio(U) sm mole de menos devia 49, Toos os compos em ouro macio tm um volume de menos de 1k! [Nem 3) nen 4) fazem teferécia a wma enidade individual, mas 4) & cquivaente «un conjunlo fnita de enuneiados que remetem para to- ‘dor os abjectos reais, obsiamente em mimero fnit, em ouro matic Em contrapartida, 3) & realmente nomoligio devo a0 facto de aquan- tidade indicada do elemento radioactivo arin ser bastante superior & massa dita erties para alm da qual se deencadeia uma reaco nuclear ‘Spontnes. Conta, dizer que 8) & uma lei porque a sua verdade nose Feduz a uma verdad que se refere a um conjanto Fito de amostas ¢ ‘que 4 no € ua lei pooque a sun veracdade se reduz 3 uma verdade que Se refere a um conjunto fnito de amostras seria pir a carrog A frente thos brs: Muito pelo coneriro, ¢ porgue 3) & nomalgico que este end ‘ino nfo € equivalente a uma conjunsio ita e € porque 4) no é no- tmoligico que € equivalent «uma conjungio fit CONFIRMAGAO, EX PLICACAO, CONDICIONAIS CONT RAFACTUAIS arece inevitvel, pars caracerizar as lei, i mais além dos ent dos univers, Partindo da proposicio anterior, pode-se observar que ‘Ai de esp dee Reichenbach (958, 9.10, 7

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