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saqucles que se interessarem pelo ponto de vista a ser desenvol- vido neste livro considerardo ser de grande relevincia as suas tiscussdes, Ainda assim, embora nossos dois livros partilhem lum bor nimero de premissas importantes, eles desenvolvem temas bastante diferentes elevam o argumento para reas anda mais distntas Sou grato ao Hutchinson Publishing Group Led pela permis- ‘so de utilizar um diagrama da p13 dolivzo de Z, P, Dieness, The Power of Mathematics (1964). Devo ainda registrar © meu apreso 20s historiadores da ciéncia cuja erudicio foi espoliada para ‘que eu me servisse de seus exemplos e ilustragdes. Devo com Frequéncia usar seu trabalho de um mode que no aprovariam, CAPITULO 1 © programa forte na sociologia do conhecimento {A sociologia da citncia pode investiga e explicar 0 contet- do ea natureza do conhecimentocientfico? Muitos socilogos, facreditam que ndo,Elesdizem que oconhecimento enquanto tal, listinto das cicunstancias ao redor de sua produgio, estalémde seu alcance. Voluntariamente,limitam oalcance de suas proprias investigagSes. Argumentarei que isso constitul uma traigao 20 onto de vista de sua disiplina, Todo conlecimento, ainda que se encontre nas cigncias empiricas ou mesmo na matemétca deve ser tratado, de modo exaustivo, como material para ain ‘vestigagdo. As limitagBes que ocorrem 20s socidlogos consistem fem entrega algum material aciéacias fins, como a psicologia, ‘ou em depender das pesquisas realizadas por especialstas em ‘outrasdisciplinas, Nioexister limitagBes que repousem sobre 6 catiter absoluto ou transcendente do proprio conhecimento, fu sobre a natureza especial da racionalidade, da validade, da verdade ou da objetividade. Seria de esperar que a tendéncia natural de uma dsciptina ‘como a sociologia do conhecimento fosse a de expandir-se © Dovid oor eneraizarse: passar de estudos sobre as cosmologias primit ‘as aos da nossa prépria cultura. Esse é,precisamente, o passo ‘que os sociélogostém se mostrado relutantes em dar. Ademais, 4 sociologia do conhecimento poderia ter insistido mais em fixar-se na drea ocupada hoje por filésofos, aos quai se admite fomarem para sia tarefa de defini a natureza do conhecimento. (0s socislogos foram, na verdade, muito vidos em limitar suas Preocupagées com aciéncia ao quadro institucional aos fatores ‘externos relacionados ao ritmo ou a diego de seu crescimenta !ssodeixa intocada a natureza de um conhecimento assim criado (f Ben-David, 1971; DeGré, 1967; Merton, 1964; Stark, 1958). (Qual seria causa dessa hesitacio e pessimismo? Seriam as {enormes dificuldades inceletuaisepriticas que acompankariem lum programa como esse? Elas com certeza no devem ser s- bestimadas. Pode-se avaliar tal grandeza com base em esforgos sespendidos em trabathos menos ambiciosos. Todavia, essas iio sio a raz6es efetivamente aventadas, Estria 6 soct6logo esprovido de teotias e mécodos para lidar com o conhecimento cienifico? certo que ndo. A prdpria dscipina Ihe proporciona estudos exemplares sobre o conhecimento de outras culeuras ‘que poderiam ser usados como modelos e fonts de inspiragi0. 0 estudo clissico de Durkheim, The Elementary Forms ofthe Religious Life [As formas elementares da vida religiosa], mostra como um socidlogo ¢capaz de adentrar as profundezas de uma forma de conhecimento. Mais que isso: Durkheim deixou virias suges- {Ges sobre como suas descobertas poderiam ser relacionadas a0

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