Durante a última década, o Brasil viveu um período especulativo do seu
mercado imobiliário, isso graças a políticas de juros baixos e crédito imobiliário. De
acordo com Alexandre Gribel, "entre 2007 e 2012 o imóvel virou um bom investimento financeiro, quando ele sempre foi um investimento patrimonial". A crise entre os anos de 2008 e 2010 que atingiu o mercado imobiliário de alguns países da Europa também os Estados Unidos fez com que o termo Bolha Imobiliária fosse altamente discutido entre os peritos da área. O conceito de Bolha Imobiliária está diretamente relacionado com a Lei da Oferta e Demanda. Quando o mercado imobiliário passa por um período de crescimento a procura por um imóvel passa a ser maior que a oferta. Assim, o preço do imóvel tende a aumentar. O imóvel começa ter um valor maior do que vale realmente, mas mesmo assim o negociante aceita pagar o preço ofertado, estimulado pelos bancos que oferecem linhas de crédito, gerando um ciclo especulativo. Quando o descumprimento com o pagamento chega a níveis não suportáveis ou quando há falência de algum dos envolvidos nesse processo de compra e venda do imóvel, dizemos que ocorreu o estouro da Bolha Imobiliária. Graças ao fenômeno da globalização, atualmente há uma interligação entre mercados do mundo inteiro, inclusive do mercado imobiliário. Se antes comprar um imóvel em outro país estava restrito à população mais abastada, não só pelos valores, mas também pela distância geográfica e burocracia jurídica e financeira, agora esse obstáculos são praticamente inexistentes, principalmente pela facilidade no transporte aéreo. Assim, como nos últimos dois anos o mercado imobiliário enfrenta um período de desaceleração, faz-se necessário avaliar bem o investimento a ser feito. Dessa forma, esse artigo visa auxiliar na análise dos mercados imobiliários de grandes cidades ao redor do mundo, compará-los e indicar o que oferece as melhores condições para investimento.