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Gestão do projeto “nas nuvens”

Daniela Bussolo Cunha – dbussolo@hotmail.com


MBA em Gestão de Projetos para Arquitetura e Engenharias
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
Florianópolis, abril de 2014

Resumo
Em um mercado dinâmico e competitivo, onde a qualidade, a confiabilidade e a velocidade na
troca de informações interferem diretamente no resultado final de um projeto, a busca contínua
por novas tecnologias e ferramentas de trabalho voltadas à construção civil é de extrema
importância. Neste sentido, o presente estudo buscará elencar as etapas de planejamento de
uma obra de pequeno porte, mais precisamente, de uma residência de classe média alta,
construída no litoral norte da Ilha de Santa Catarina, no ano de 2013, que teve como
ferramenta auxiliadora da gestão da obra o armazenamento dos arquivos do projeto “in
cloud”1.
Palavras-chave:
Gestão de projetos; Obra; Planejamento; In Cloud; Nas nuvens.

Introdução

São diferentes as formas adotadas para a organização do conjunto de informações e consequente


produção dos trabalhos que compõem um projeto, variando segundo os elementos envolvidos
no seu desenvolvimento e, também, segundo o responsável pela orientação e execução do
mesmo, a gestora ou gerente da obra, no caso a ser descrito neste artigo.
Para a implantação de boas práticas, num período em que tempo é dinheiro e reunir profissionais
multidisciplinares torna-se cada vez mais difícil, é quase que fundamental recorrer à
armazenagem online dos arquivos do projeto. Felizmente, para os usuários assíduos da Net, são
inúmeros os sites e provedores que dispõem desse serviço e, na maioria dos casos,
gratuitamente.
Segundo reportagem da Revista Veja Vida Digital, publicada em 20/05/2012, “Produtos da
Apple, Amazon, Google, Microsoft e o DropBox são boas alternativas para usuários que
querem acessar seus arquivos de qualquer lugar. ”

1
O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing), refere-se à utilização da memória e das
capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio
da Internet, seguindo o princípio da computação em rede. (Fonte: Wikipédia, a Enciclopédia Livre, “Computação
em nuvem.”)

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Figura 1: Exemplos de sistemas de armazenamento de arquivos in cloud. (Fonte: Imagens pesquisados no Google,
editadas pela autora)

Através desses sistemas de armazenamento in cloud ou “em nuvem”, se traduzido do inglês


literal, torna-se possível a edição online de arquivos do AutoCAD e documentos do Word,
Excel e Project, entre outros, permitindo ao cliente e demais membros da equipe, compartilhar
as informações e diretrizes do projeto, de forma imediata e eficaz.

A tecnologia cloud computing (computação em nuvem) começa a revolucionar a


construção civil. Algumas companhias já a testam em processos de gestão de obras,
dispensando softwares e hardwares – até então imprescindíveis. A vantagem é a
dinâmica que pode ser dada a determinadas etapas de um empreendimento. Como as
empreitadas costumeiramente ficam distantes das sedes administrativas das empresas,
a computação em nuvem permite que as áreas de suprimento, administração e comercial
se comuniquem em tempo real por tablets, smartphones, ipads, ipods ou iphones,
dispensando o deslocamento de volumosos equipamentos de informática para o
canteiro de obras. (Executivo Rodrigo Jorge Resegue, da Blue Service, em entrevista
ao Portal Itambé, falando sobre Novas Tecnologias: “Cloud computing é viável em
processos de gestão de obras. ”)

Essa dinâmica no compartilhamento das informações foi fundamental para a gestão da obra
sobre a qual se pretende discorrer neste artigo.

1. Objetivos

1.1. Objetivo Geral


O objetivo deste artigo é fornecer um roteiro logicamente organizado para o
desenvolvimento do programa do projeto com ênfase em execução de obra, cujas
informações, desde o termo de abertura ao encerramento do projeto, sejam facilmente
compartilhadas entre o cliente, projetistas e gerente da obra, permitindo-lhes discussões e
troca de informações de forma integrada, ágil e em tempo real.
Para tanto optou-se, entre tantos sistemas de armazenamento de arquivos online disponíveis,
o uso do OneDrive2 como ferramenta de auxílio ao planejamento e à gestão documental da
obra.

2
O OneDrive é um sistema de armazenamento de arquivos in cloud e uma das ferramentas do Microsoft
SharePoint, lançado em 2011, que é uma plataforma de aplicações Web da Microsoft, com utilização na criação
de portais e intranets empresariais, gestão de conteúdos, gestão documental, criação de portais colaborativos e
publicação de aplicações web. (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre: Microsoft SharePoint.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft_SharePoint)

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1.2. Objetivos Específicos

o Contextualizar o projeto no ambiente em que operou, através do gerenciamento on line


das atividades do dia-a-dia;
o Reunir os projetos arquitetônico e complementares em um único local, de forma
organizada e cronológica, a fim de realizar o controle integrado das possíveis mudanças
de escopo do projeto;
o Compartilhar as informações do projeto entre todos os envolvidos (Steakholders), desde
o cliente e proprietário, neste caso, à gerente da obra, projetistas, fornecedores de
materiais e equipe da obra, facilitando e agilizando a comunicação entre eles.

2. Justificativas

2.1. Redução de custos


A aquisição de servidores próprios exige a alocação de recursos por parte do usuário. Ao
mesmo tempo que tem que investir em servidores com capacidade suficiente para armazenar
dados durante um bom período de tempo, a tecnologia pode se tornar "ultrapassada",
fazendo com que sejam necessários novos investimentos.
Já os servidores de arquivos online, na maioria dos casos, oferecem um limite de capacidade
de armazenamento gratuito aos usuários, como o OneDrive, que disponibiliza 7GB aos
clientes Microsoft, possibilitando, ainda, a aquisição de mais memória, através de
pagamentos mensais.

Figura 2: Tela do OneDrive em computar desktop. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

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2.2. Maior disponibilidade e segurança
Provedores do sistema in cloud possuem monitoramento constante, o que permite
solucionar problemas de acesso rapidamente, na maioria dos casos, além de realizar backups
do conteúdo armazenado “nas nuvens”. Usuários ou empresas tradicionais, quando realizam
backups dos seus dados, acabam por gerar uma necessidade maior de equipamentos, locais
específicos e com infraestrutura especial para a instalação dos seus servidores, além de
espaço físico para armazenamento das mídias de conteúdo.

2.3. Riscos menores de problemas externos


Geralmente possuem backups em diferentes servidores, localizados em diferentes locais, ao
contrário dos servidores domésticos, que normalmente são instalados nos mesmos locais
dos equipamentos de acesso. E, no caso de problemas externos, como queda de energia, etc,
os arquivos permanecem acessíveis, não só por computadores desktop, como também, por
dispositivos móveis, como tablets e telefones celulares com acesso à Internet.

Figura 3: Telas do OneDrive em telefone celular: acesso rápido aos arquivos do projeto em qualquer lugar. (Fonte:
arquivos pessoais da autora)

2.4. Ambientalmente melhor


A utilização de serviços de armazenamento de arquivos in cloud acaba por reduzir o
consumo de energia elétrica, já que deixa de haver a necessidade de manter os servidores
permanentemente ligados, reduz o consumo de mídias para backups e, também, o descarte
de equipamentos obsoletos.

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2.5. Sincronização e compartilhamento da informação
Serviços de armazenamento de arquivos online, como o OneDrive, permitem aos usuários
de todo o mundo, o compartilhamento das informações contidas nos arquivos armazenados
de forma rápida e segura, através da criação de grupos específicos de acesso, como o grupo
“Residência Unifamiliar”, exemplificado nas imagens contidas neste artigo, cuja permissão
para a visualização ou edição das pastas e demais ficheiros, foi limitada através de senhas
personalizadas. Com efeito da sincronização, quando um arquivo é armazenado ou alterado
por um membro do grupo, como o cliente ou gerente da obra, por exemplo, o mesmo é
replicado para todos os dispositivos conectados aos servidores, automaticamente.

3. Metodologia
Conforme descrito anteriormente, a autora optou pelo uso da ferramenta OneDrive como forma
de organizar e divulgar, entre a equipe, os documentos do projeto em estudo.
Além desta, e da bibliografia disponível sobre os temas abordados, outras ferramentas
tecnológicas foram adotadas, como o AutoCAD, da Autodesk, para a concepção e
desenvolvimento do projeto arquitetônico, o Microsoft Office, para a criação dos documentos
do Projeto e, além destes, programas de edição de imagens e impressão.
Ao longo de todo o período em que transcorreu, houve reuniões de acompanhamento da obra,
realizadas quinzenalmente com o intuito de discutir e verificar as atividades desenvolvidas.
Nestas reuniões, para a garantia da qualidade da obra, foram discutidos conceitos e métodos de
execução, verificados possíveis desvios nas etapas, não só do projeto, propriamente dito, como
da obra e a forma como foram executadas.
Os desvios, falhas ou alterações identificadas foram registrados em documentos, armazenados
em pastas e disponibilizados, virtualmente, à equipe. O acompanhamento dessas falhas ou
alterações foi responsabilidade da gerente da obra que, tomando como base esses registros e
discussões com o cliente e demais membros, traçou planos de ações para a correção de cada
problema detectado. Como forma de identificação das possíveis causas das falhas e registro
destas para uso futuro, adotou-se o Benchmarking e foram criados alguns documentos de
análise, como o diagrama de causa e efeito, exemplificado a seguir:

Criação do calendário
Visita às obras com e implantação do
Análise de falhas e Reuniões e
situações similares plano de mudanças
verificação do discussões com o
processo ou modo cliente e profissional
Análise dos registros de envolvido no Atualização dos
de execução
experiências anteriores processo documentos do
Projeto

Figura 4: Diagrama de análise e acompanhamento das falhas do Projeto. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

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4. O Projeto

4.1. Definições
A palavra projeto vem da palavra latina projectum, do verbo em latim proicere, "antes de
uma ação". Por sua vez, o prefixo pró denota precedência, algo que antecede outra coisa no
tempo que é, neste caso, o composto grego πρό e iacere, ou seja, "fazer". Portanto, a palavra
"projeto" significava, originalmente, "antes de uma ação". (Fonte: Grande Dicionário
Houaiss da Língua Portuguesa: fonte histórica de 1980, projecto).
Na arquitetura e engenharias entendem-se como projeto um “plano geral para a construção
de qualquer obra ou objeto, com plantas, cálculos, descrições, orçamentos etc.” (Fonte:
Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa: fonte histórica de 1980, projecto).

Figura 5: Plantas dos pavimentos térreo e superior da residência construída. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

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Para o PMBOK3 projeto é definido como um esforço temporário empreendido para criar
um produto, serviço ou resultado exclusivo, cujas principais características são:
4.1.1. Cada projeto é único e temporário: possui características próprias, início e fim
definidos:
Neste caso, o Projeto teve como objetivo o planejamento e a construção de uma
residência unifamiliar com 02 pavimentos, construída no Balneário Daniela, norte da
Ilha de Santa Catarina, com área total de 290m², conforme o mapa a seguir:

Figura 6: Mapa de localização do imóvel. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

4.1.2. É realizado por pessoas e deve ser planejado, executado e controlado:


Desde o primeiro contato com o cliente a arquiteta e gerente da obra em questão vem
estudando soluções arquitetônicas que atendam às necessidades do contratante, além de
buscar parcerias profissionais para a concepção dos projetos complementares e a mão
de obra necessária para a execução da obra.

3
O guia Project Management Body of Knowledge, também conhecido como PMBOK é um livro que
apresenta um conjunto de práticas em gerenciamento de projetos publicado pelo Project
Management Institute e constitui a base do conhecimento em gerenciamento de projetos do PMI.
(Fonte: Wikipédia, a Enciclopédia Livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/PMBOK)

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Figura 7: Equipe do Projeto: Cliente, Gerentes, líderes e demais membros. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

4.1.3. Possui recursos limitados oriundos de um patrocinador ou cliente:


O cliente ou patrocinador, no caso específico deste projeto, é o proprietário da residência
que se pretendia edificar e, desde o início dos trabalhos, deixou claro à gerente da obra,
as limitações de capital. Diante dessa premissa, os recursos disponíveis foram estimados
e alocados de acordo com o orçamento físico financeiro da obra, um dos documentos
constantemente revisado e atualizado, disponibilizado a toda a equipe do Projeto no
OneDrive, como nos exemplos que seguem:

Tabela 1: A tabela acima ilustra, de forma simplificada, os gastos com mão de obra e materiais em cada etapa da
obra. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

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Gráfico 1: O gráfico demonstra os gastos com mão de obra e materiais para cada serviço de execução da obra.
(Fonte: arquivos pessoais da autora)

4.1.4. É desenvolvido em etapas e deve ser complementado de acordo com as


demandas que surgem:
Depois de aprovado o projeto arquitetônico executivo (escopo do projeto), os demais
projetos, como o estrutural, de instalações elétricas e hidro sanitárias, de
telecomunicações, de ar-condicionado, de alarme e paisagismo foram revisados,
compatibilizados e concluídos.
A partir de então e com a definição da equipe da obra deu-se início à limpeza do terreno,
incluindo a demolição de uma edícula existente para, posteriormente, executar a locação
da futura residência. Para tanto foi contratado um profissional da área de Agrimensura
que, com o auxílio de aparelhos específicos, executou o esquadrejamento da obra,
conforme especificações contidas no projeto arquitetônico.

Figura 8: À esquerda, o início dos trabalhos com a demolição da edícula existente e, à direita, a limpeza do terreno
para a locação do gabarito da obra. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

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Daí em diante, as demandas de materiais e mão de obra passaram a ser supervisionadas
pela gerente da obra.

Figura 9: Início da marcação do gabarito da obra. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

4.1.5. À medida que é executado ocorrem as entregas de produtos, serviços ou


resultados:
Uma vez iniciados os trabalhos in loco a comunicação entre a gerente da obra e o cliente
foi de suma importância. Além disso, a demanda da obra tende a aumentar a cada etapa
ou fase, exigindo cada vez mais organização e rapidez na troca de informações e na
execução dos trabalhos.

Figura 10: Modelo de comunicação adotado informando sobre o compartilhamento de arquivos no OneDrive. (Fonte:
arquivos pessoais da autora)

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Com o intuito de agilizar a comunicação entre os envolvidos nos processos de aquisição
de materiais, por exemplo, estabeleceram-se alguns critérios para viabilizar e legitimar
as autorizações de compra. Além de reuniões periódicas, adotou-se o envio de
mensagens eletrônicas e e-mails como forma de registrar as conversas entre o cliente e
a gerente da obra.

Figura 11: E-mail contendo pedido de compra de materiais, encaminhado ao cliente e ao fornecedor. (Fonte:
arquivos pessoais da autora)

Foram criados, também, formulários específicos para cada grupo de materiais e


juntamente com os orçamentos, as opções de insumos e demais informações relativas à
obra foram reunidas em pastas específicas do projeto, de acordo com cada fase de
construção e disponibilizados entre os envolvidos através do OneDrive.

4.1.6. O Projeto estará concluído quando as metas e objetivos forem cumpridos e será
bem-sucedido se atender ou exceder às expectativas do cliente:

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Figura 13: A perspectiva eletrônica ilustra o objetivo a ser alcançado: a finalização da obra como foi projetada.
(Fonte: arquivos pessoais da autora)

Figura 12: A obra finalizada. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

Portanto, neste caso, o encerramento do projeto culminará com a entrega da obra, tal
qual foi concebida, segundo às especificações dos projetos e necessidades reais do
cliente ou proprietário, que receberá o imóvel completo, pronto para morar, ou seja, com
todas as instalações e sistemas funcionando e em perfeitas condições de uso.

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5. Planejando a obra

O Planejamento tem um caráter dinâmico e é, normalmente, utilizado para adaptar o


Plano Mestre, quando de sua consolidação, às necessidades ou conveniências. Assim,
o planejamento se encerra somente ao final do empreendimento, pois até a última tarefa
deve ser planejada. (QUEIROZ, 2001)

Planejar é essencial para viabilizar qualquer tipo de controle. Ballard e Howell (1997) dizem
que o planejamento é uma das melhores coisas para melhorar a produtividade. Já Minttzberg
(1995) define que “planejar é especificar um resultado desejado e controle é avaliar se tal
resultado foi alcançado”.
Para Menezes (2009) inúmeros são os fatores que nos impulsionam a criar, desenvolver e
gerenciar projetos. Alguns desses fatores podem ser perceptíveis a olho nu, dada à voracidade
dos movimentos presentes no ambiente. Outros fatores são menos perceptíveis. Precisam da
observação cuidadosa do gestor para perceber qual tipo de sistema produtivo ele tem em suas
mãos para que faça uma escolha adequada da metodologia e das ferramentas a serem
empregadas em sua gestão. Identificar uma atividade inovadora, trabalha-la adequadamente são
atribuições que um gestor deve ter.
A elaboração do planejamento, no caso descrito neste artigo, impôs à gerente o estudo dos
projetos, a análise do método construtivo mais adequado, a identificação da linha de produção
a considerar no orçamento, a determinação do período trabalhável ou a vida útil de cada fase
da obra ou tipo de serviço, como o disposto a seguir:

Figura 14: O modelo acima demonstra a constante preocupação com os ajustes necessários no Projeto. O
acompanhamento das alterações do escopo e demais falhas ocasionais deve ser contínuo e paralelo à execução da obra.
(Fonte: arquivos pessoais da autora)

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5.1. Definição das etapas construtivas
De acordo com Queiroz (2001), é indispensável um conhecimento consistente das etapas
construtivas de uma obra e de seus serviços componentes para o bom desenvolvimento da
programação e do controle da mesma, pois, permite-nos trabalhar com mais fluência e
segurança as atividades, como orçamentação, elaboração de cronogramas etc. e no
acompanhamento de obras, tão importante para o controle dos resultados desejados.
Neste caso, estas foram as etapas que permearam o desenvolvimento dos trabalhos no
canteiro:

o Serviços preliminares e limpeza do terreno


o Instalação e locação da obra
o Infraestrutura ou fundações
o Superestrutura, supra estrutura ou estrutura
o Vedações em alvenaria de tijolos
o Impermeabilização
o Tratamentos termo acústicos
o Cobertura
o Instalações elétricas, de TV, telefonia e alarme
o Instalações hidro sanitárias
o Aparelhos e metais sanitários
o Esquadrias e vidros
o Ferragens
o Revestimentos de paredes
o Revestimentos de pisos e teto
o Pintura
o Paisagismo
o Instalações mecânicas e automações
o Testes e complementos
o Limpeza geral

O andamento da obra ocorreu dentro do previsto nos quatro primeiros meses, pois, o
entrosamento e o comprometimento da equipe, mestre de obras e seus subordinados, deram
maior fluidez aos trabalhos pesados. Desde os serviços preliminares à finalização das
concretagens, não houve problema com as entregas e o cronograma pode ser seguido à risca,
com as etapas concluídas nos tempos previstos. Já a partir da etapa “cobertura”, com o
atraso na entrega das telhas, buscou-se alternativas entre os fornecedores para que a obra
voltasse ao seu ritmo, conforme o planejado.

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5.2. Detecção de situações desfavoráveis ou riscos
A previsão oportuna de situações desfavoráveis e de indícios de desconformidade permitiu
à gerente da obra tomar providencias a tempo, adotar medidas preventivas e corretivas e
minimizar os impactos no custo e no prazo.
De acordo com Menezes (2009), os riscos podem ser tantos internos quanto externos ao
projeto. Se internos, estão sob a alçada do gestor, se externos, então, o gestor do projeto não
terá controle sobre eles. Por isso é importante identificar os riscos, mensurá-los, documenta-
los e, se for o caso, buscar soluções alternativas para o possível problema para o projeto.
No caso prático do nosso estudo, quando da escolha do revestimento natural para os painéis
das fachadas, optou-se por um tipo de pedra cujo prazo de entrega inviabilizaria sua
execução dentro do limite de tempo do cronograma da obra. Sendo assim, após a troca de
ideias e o aceite do proprietário, houve a substituição da pedra por outra similar à original,
porém, disponível entre os fornecedores da região. Fez-se necessária uma adequação no
projeto arquitetônico, através da nova paginação dos painéis e, finalmente, iniciou-se a
execução do revestimento.

5.3. Agilidade nas decisões e contratações certas


O planejamento e o controle permitiram uma visão real da obra, servindo de base confiável
para a tomada de decisões gerenciais, como alterações substanciais nos projetos
arquitetônico e complementares, o aprimoramento dos detalhes executivos, a antecipação
de serviços, alteração de métodos construtivos, substituição de materiais em função da
disponibilidade do mercado local, entre outros recursos.

Figura 15: À esquerda vemos um problema devido à falta de compatibilização entre o arquitetônico e o estrutural, inviabilizando
a porta de correr, projetada originalmente. Em tempo, o problema foi detectado e corrigido. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

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5.4. Relação entre orçamento e otimização de recursos
Ao usar as premissas prazo e recursos financeiros limitados, além de índices de
produtividade e dimensionamento da equipe da obra, a gerente, por meio da análise do
planejamento, pode tirar proveito das situações favoráveis e tomou decisões importantes,
como a redistribuição de recursos, antecipação ou cancelamento da locação de determinados
equipamentos, mobilização e desmobilização de equipes de trabalho.

Figura 16: Para que o cronograma da obra fosse mantido e as etapas fossem cumpridas nos devidos prazos optou-se pela
contratação de concreto usinado. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

5.5. Referência para acompanhamento e adoção de metas


O cronograma desenvolvido durante o planejamento foi uma ferramenta importante para o
acompanhamento da obra, pois, permitiu comparar o previsto com o realizado. Programas
de metas e a instituição de bônus para a mão de obra foram adotados porque, com o
planejamento, os referenciais foram pautados e as metas puderam ser definidas, como por
exemplo, o cumprimento dos prazos para a conclusão de determinadas etapas da obra.
Mas, para alcançar as metas foi preciso, em alguns casos, dar motivação à equipe da obra.
Baseado em Chiavenato (1982), para melhor compreendermos o comportamento humano é
fundamental que conheçamos aquilo ou o que motiva as pessoas. Para o mesmo autor
“motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma, isto é, tudo
aquilo que dá origem a alguma propensão a um comportamento específico”.
Já para Maximiniano (2006) a motivação pode ter origem interna, ou seja, fatores pessoais
que diferenciam o próprio trabalhador, que se sente motivado a fazer determinado trabalho
sem motivo aparente ou, ainda, motivos externos que, neste estudo, foram os tão esperados
churrascos de encerramento das fases de construção.

Motivos externos são estímulos ou incentivos que o ambiente oferece ou objetivos que
a pessoa persegue. Os motivos externos satisfazem necessidades, despertam
sentimentos de interesse ou representam recompensas desejadas. São motivos externos
os trabalhos que a pessoa faz, as recompensas, os padrões estabelecidos pelo grupo de
colegas e os valores do meio social, além de outros. (MAXIMINIANO, 2006)

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Figura 17: A cada etapa concluída no prazo, como o término das vedações ou a finalização do reboco, ilustrados nas figuras
à esquerda, adotou-se o churrasco como meio de descontrair e estimular a equipe da obra. (Fonte: arquivos pessoais da
autora)

5.6. Padronização
A introdução da informática e suas ferramentas na obra ofereceram uma possibilidade de
melhoria, no sentido de agilizar o fluxo de informações. A adoção de sistema de qualidade
e a adoção de padronizações, não só das técnicas construtivas, como também dos desenhos
dos projetos, oportunizou melhorias no processo de execução.
Para o exemplo estudado neste artigo, o planejamento disciplinou e unificou o entendimento
da equipe, tornando consensual o plano de ataque da obra e melhorando a comunicação
entre os envolvidos no projeto. Já a disponibilização dos arquivos nas nuvens possibilitou
a tomada de decisões em tempo real, imediatamente aos questionamentos e à medida que
estes surgiam. Por fim, a adoção de padrões de comunicação entre os membros da equipe,
bem como no detalhamento dos projetos executivos, melhorou o entendimento e contribuiu
para a automação dos processos da obra.

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Figura 18: Pranchas de detalhes, segundo os padrões adotados no Projeto. Nelas vê-se as paginações dos revestimentos de
paredes. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

5.7. Documentação, rastreabilidade e criação de dados históricos


Por gerar registros escritos e periódicos, o planejamento e o controle propiciaram a criação
de uma história da obra, útil para resolução de pendências, para o resgate de informações
em pleitos dos envolvidos em mediações de conflitos, entre outros, além de servir de base
para o desenvolvimento de cronogramas e planos de ataques para obras futuras.
A gestora da obra e o proprietário, neste caso, passaram a ter uma memória documentada
do empreendimento.

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Como forma de documentar e criar um banco de dados do projeto, além dos registros
fotográficos das etapas construtivas, as mensagens, e-mails e demais anotações pertinentes
foram armazenadas online para que todos da equipe possam usufruir da memória da obra
em seus projetos futuros.
O OneDrive permitiu à gestora da obra a criação de pastas específicas para os mais variados
registros, como o cotidiano da equipe da obra, as alterações dos projetos, as informações
trocadas entre o cliente e a equipe, além do registro fotográfico de todas as etapas de
construção, desde a limpeza do terreno à entrega da obra.

Figura 19: O modelo adotado para o armazenamento dos arquivos online, no OneDrive, possibilitou a criação de pastas e
documentos padronizados e, de acordo com as necessidades de cada profissional. Acima, a pasta "Diário da Obra", uma das
pastas do Projeto e o conteúdo personalizado. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

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6. Conclusão
O presente estudo conclui que a adoção de ferramentas on line para auxílio no planejamento e
gestão de projetos indica um claro e novo caminho, uma nova forma de pensar e coordenar o
fluxo de informações e documentação de um projeto.
No dia a dia da Construção Civil, a questão é que, em geral, tais instrumentos, ferramentas,
conceitos e métodos não são aproveitados, de fato, pelos profissionais que compõem a equipe
da obra, limitando-se aos projetistas, em seus escritórios. Essa é uma preocupação constante da
autora que, aproveita para ressalvar aqui, a importância da mudança de crenças, valores e
posturas nos processos produtivos de obras civis.
Neste sentido, cabe ressaltar um aspecto relevante, levantado e discutido no presente estudo,
que é a influência benéfica e importante de gestão on line que buscou, através do envolvimento
de toda a equipe do projeto, integrar cada etapa ao processo produtivo, pois o abastecimento
das pastas do projeto no OneDrive foi diário e contínuo, enquanto durou o projeto. Cada
profissional fez com que as especificações do projeto que estava sob sua concepção e
responsabilidade fossem disponibilizadas on line, contribuindo para o andamento do processo
como um todo.
A busca pela racionalização foi contínua em todas as etapas do processo produtivo, quer tenha
sido na fase projetual ou construtiva e por todos os profissionais envolvidos até o encerramento
do projeto, ou seja, a entrega formal da obra.
Já a força da padronização proporcionada pelas ferramentas tecnológicas de que dispunha o
OneDrive, como o emprego de gráficos de análises críticas, formulários de comunicação entre
os profissionais e o cliente, além da agenda on line, contribui de forma significativa para
implantação dessa filosofia, otimizando as atividades e fazendo com que os envolvidos
pudessem enxergar, de forma mais clara, as possíveis falhas e desperdícios.
Mas entre todos estes fatores, para manter o controle do que foi planejado a gestora utilizou
continuamente o cronograma, mantendo-o atualizado, verificou os serviços concluídos e
buscou, a todo o momento, as causas para as eventuais falhas ou atrasos das tarefas. Dessa
forma pode atuar de forma segura, já que dispunha de todas as informações necessárias para as
tomadas de decisões e para que o objetivo da sua gestão não fosse desvirtuado.
Dentro dos limites de tolerância do cronograma em, aproximadamente, 18 meses, contados a
partir da assinatura do contrato, deu-se por encerrado o projeto com a assinatura do Termo de
Recebimento pelo cliente e a formalização da entrega da obra.

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7. Bibliografia

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Ed. Pioneira. São Paulo, 2000.
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Sites
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pela Revista Veja Vida Digital (Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/os-
melhores-servicos-de-armazenamento-em-nuvem)
RESEGUE, Rodrigo Jorge em entrevista ao Portal Itambé “Novas Tecnologias”, em
24/08/2011. Cloud computing é viável em processos da construção civil.
(http://www.cimentoitambe.com.br/cloud-computing-e-viavel-em-processos-de-gestao-de-
obras)

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Apêndice

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Figura 1: Planta do pavimento térreo. (Fonte: arquivos da autora)

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Figura 2: Planta do pavimento superior. (Fonte: arquivos da autora)

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Figura 3: Fachadas frontal e lateral direita. (Fonte: arquivos da autora)

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Figura 4: Cronograma do projeto. (Fonte: arquivos da autora)
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Figura 5: Tela do OneDrive: pastas dos projetos. (Fonte: arquivos da autora)

Figura 6: Tela do OneDrive: Etapa "chapisco". (Fonte: arquivos da autora)

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Figura 8: Tela OneDrive: Etapa "revestimento paredes". (Fonte: arquivos da autora)

Figura 7: Tela OneDrive: Etapa "vistoria". (Fonte: arquivos da autora)

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Tabela 1: Comparativo de custos de louças sanitárias. (Fonte: arquivos da autora)

Tabela 2: Comparativo de custos de pedras naturais. (Fonte: arquivos pessoais da autora)

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