Na obra “Manifesto Comunista”, Marx e Engels dedicam o primeiro capítulo,
intitulado “1-Burgueses e Proletariado”, à explicar de qual forma a sociedade burguesa surgiu e como o proletariado vêm junto com ela, apontando que as lutas de classes são os produtores da história até aqui e este movimento vem se repetindo desde sempre. Portanto, uma revolução proletária torna-se inevitável para a retirada dos exploradores burgueses, assim como a revolução burguesa foi inevitável para o fim do sistema feudal. O segundo capitulo, “2-Proletários e comunistas”, os autores apresentam, através de contrapontos com os valores burgueses, os valores do próprio partido comunista. Assim, para os autores, do mesmo modo que o sistema feudal tornou-se insustentável conforme os modos de produção e intercâmbio se desenvolveram, dando origem a burguesia, as crises comerciais da sociedade burguesa foram o primeiro indício da incapacidade dos burgueses em administrar a revolução dos modos de produção. Ainda, com o avanço do sistema capitalista, o proletário é cada vez mais explorado e cada vez mais começa a sentir sinais dessa exploração, incentivando, então, a união da classe que viria a retirar os burgueses do poder. Ainda, tomando a concepção de que o poder político para Marx é “o poder organizado de uma classe para a opressão de uma outra”, fica claro a utilização da generalização dos ideais do Estado Burguês para toda a sociedade, como uma forma de dominação e exploração. Então, o partido comunista entra em cena como principal figura da união do proletariado, sem discriminações de qualquer tipo, tendo como objetivo pôr fim a propriedade privada e os meios de apropriação do capital.