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Morfologiae historia Paulo Companhia das Letras, 1989. BipLsogratsa. 1984 65-7164-098-6 Secielagla 306.4 Copyright © 1986 Giulio Einaudi editore s. p. a., Torino Titulo original: Miti emblemi spie: morfologia e storia Capa: Jogo Baptista da Costa Aguiar Sobre O bibliotecério, de Giuseppe Arcimboldo Tradugio das passagens em latim: Fernando Pio de Almeida Fleck Preparacao de originais: Mario Vilela Revisao: Denise Santos Genulino Santos 1989 Editora Schwarcz Lida Rua Tupi, 522 01233 — Sao Paulo — SP Fones: (O11) 825-5286 ¢ 66-4667 INDICE Prefécio 0... eee e cece eee eee eee e enone ene nent ees Feiticaria ¢ piedade popular: Notas sobre um processo mo- denense de 1519 De A. Warburg a E, H. Gombrich: Notas sobre um oe de MELOdS ..t:0eceiese coin eine tia) ediea atin vies tne etieaie a O alto ¢ © baixo: O tema do conhecimento proibido nos sé- culos XVI € XVID .6 eee eee eee teen t eee Ticiano, Ovidio ¢ os cédigos da figuragfo erdtica no século XVI we Sinais: Raizes de um paradigma indiciério ..-.....-.-+-+ Mitologia germanica e nazismo: Sobre um velho livro de Georges Dubie pesca reeul Sete tO Sloe he Freud, o homem dos lobos e os lobisomens ......... +--+ Nota ‘biblipentien oe sere ters eae us Sos sn sone INGEAS cos asia cinpienine ern Dan eeteese ese oie ses see Se 15 41 95 119 143 PREFACIO 1. Esta coletanea compreende textos publicados entre 1961 ¢ 1984; 0 ultimo é inédito. O subtitulo reflete preocupagées re- centes, enfrentadas de modo explicito nos dois tltimos ensaios. Hoje, a relacdo entre ‘“morfologia” e “histéria” parece-me o fio condutor (pelo menos parcial) de toda a série. Mas talvez o leitor ache que estes textos com temas tao diversos tenham muito pouco em comum. Gostaria de justificar os critérios da escolha, esclarecendo o contexto em que eles nasceram. Desculpo-me pelo carater parcial- mente autobiografico destas consideragées. 2. Por volta da metade dos anos 50, eu lia romances; nem me vcorria a idéia de me tornar historiador. Lia também Lukécs, impacientando-me com o modo como falava de Dostoiévski ¢ Kafka. Pensava que gostaria de me dedicar a textos literdrios, subtraindo-me a aridez do racionalismo e aos pantanos do irracio- nalismo. Hoje, tal projeto, é claro, parece-me ingenuamente ambi- cioso; mas nfo poderia renegé-lo: ainda estou enredado nele. (A contraposigao entre racionalismo e¢ irracionalismo reaparece no inicio de “Sinais”, ensaio que pode ser lido como uma tentativa de justificar em termos histéricos e gerais um modo de fazer pesquisas.) Uma continuidade igualmente forte liga-me, apesar de tudo, as primeiras escolhas intelectuais relativamente auténomas (isto é, 7

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