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implantação de uma
rede telemática
aberta e neutra
Catalogação na fonte feita por Dagmar Spring – CRB 09/1377
CDD 621.38
CDU 621.39
COPEL Telecomunicações S. A.
DIRETORIA
Rubens Ghilardi
Diretor Presidente
Antonio Rycheta Arten
Diretor de Administração
Paulo Roberto Trompczynski
Diretor de Finanças, Relações com Investidores e de Controle de Participações
Raul Munhoz Neto
Diretor de Telecomunicações
Zuudi Sakakihara
Diretor Jurídico
Moacir Mansur Boscardin
Diretor Adjunto
CONTEÚDO
APRESENTAÇÃO, 5
Carlos Eduardo Moscalewsky
INTRODUÇÃO, 9
Marcos de Lacerda Pessoa
3 Agregação, 33
Aloivo Bringel Guerra Junior
Jefferson Augusto Soletti
Julio Eduardo Martins
5 Dimensionamento do backbone, 43
Antonio Carlos Wulf Pereira de Melo
13 Smart Grid, 89
Jackson Antonio Lis
APRESENTAÇÃO
Estudos recentes efetuados pela Cisco, demonstram que, em qualidade da banda larga,
o Brasil está em 38º lugar em comparação a outros 42 países.
O Brasil tem um serviço de banda larga péssimo porque é um país subdesenvolvido que
tem uma distribuição de renda injusta ou é subdesenvolvido e socialmente injusto por
não ter uma banda larga adequada?
Os estudos realizados pelo Banco Mundial (Net Impact), demonstram que uma rede de
banda larga de alta capacidade pode contribuir significativamente para o aumento da
produtividade, da renda, do nível de emprego e reduzir as desigualdades entre ricos e
pobres mais rapidamente e que essas redes serão os pilares da nova sociedade.
A explicação para isso é que a rede é um monopólio natural e por isso as regras de
mercado não são suficientes para regular a sua oferta.
Além disso, precisa de conectividade em toda a sua rede elétrica para atender a
implantação das redes de energia inteligentes (smart grid).
Para isso, a COPEL está instalando redes de fibras óticas passivas, próprias para
atendimento em regiões centrais das cidades, com capacidade muito superior às redes
metálicas existentes, e utilizando um modelo de negócio que permite que estas redes
sejam compartilhadas por múltiplos serviços (voz, dados, TV, vídeo, segurança, etc), que
podem ser fornecidos por qualquer operador qualificado. A relação entre os provedores
de serviço e os clientes será operada pela COPEL através de uma plataforma de
software que já está sendo desenvolvida.
Os provedores poderão optar entre contratar serviços de rede (bit stream) ou compor
pacotes de serviço com a Internet da COPEL (plataform unbundling).
Esse é o projeto BEL, por meio do qual o cliente vai ganhar serviços mais eficientes, com
liberdade de escolha e preços justos. E o Paraná vai ganhar mais empregos,
produtividade e haverá aumento de renda, pois é isso que uma rede, como a
preconizada no BEL, proporciona. Adicionalmente, os fornecedores de serviço ganharão
a oportunidade de poder concorrer com os monopólios existentes.
Mas tudo isso não precisa ficar restrito somente ao Paraná. Aquilo que se disse sobre a
COPEL também é válido para outras distribuidoras de energia elétrica púbicas ou
privadas. Através de subsidiárias que detenham licença de Comunicação Multimídia, as
empresas distribuidoras de energia poderão ingressar em um novo negócio, promissor e
bastante sinérgico com a sua atividade original, para atender não só suas próprias
demandas, mas as de toda a sociedade.
O Paraná é o estado da Região Sul que mais avançou no número de pessoas com
acesso à Internet, entre 2005 e 2008. Em 2008, 40,2% – ou 3,6 milhões – dos
paranaenses acessavam a rede, ante 25,8% registrados em 2005.
Por meio do programa Paraná Digital, todas as mais de 2.100 escolas públicas estaduais
foram interligadas em banda larga, seja por meio de fibra óptica da COPEL, seja por
satélite.
No ranking de acesso à Internet, o Paraná divide com Santa Catarina o quarto lugar com
maior percentual de população incluída digitalmente. Quem lidera é o Distrito Federal,
com 56,1%, seguido por São Paulo (43,9%) e Rio de Janeiro (40,9%). Logo atrás estão
Mato Grosso do Sul (39,2%), Rio Grande do Sul (36,3%) e Roraima, que saltou de
13,6% em 2005 para 35,3% em 2008.
Além disso, a Internet já permite a chamada Computação em Nuvem, por meio da qual
os dados pertencentes a um determinado usuário são automaticamente sincronizados na
rede, que os disponibiliza a essa pessoa, a qualquer tempo e lugar. Na pré-história da
Internet, tudo devia estar instalado ou armazenado no computador. Hoje, com a nuvem,
tudo é acessado por meio da rede. “A cultura já está on-line. Qualquer mídia pode ser
digitalizada com vantagens econômicas para a indústria. O que vemos agora é a Internet
se tornando o principal suporte de acesso à cultura e ao entretenimento”, observa o
estudioso norte-americano Nicholas Carr, autor de A Grande Mudança (editora
Landscape), que defende que a nuvem está mudando a sociedade de forma tão
profunda quanto a energia elétrica nos últimos cem anos.
Apesar dessa evolução, segundo a NIC.br, 34% dos acessos residenciais à Internet na
região Sul do país ainda são feitos por linha discada; e 50% por meio de ADSL ou cabo
de TV, não havendo praticamente ligações residenciais em fibras ópticas. Além disso,
74% dos acessos residenciais ainda são realizados a taxas inferiores a 600Kbps, sendo
apenas 2% acima de 2Mpbs. Essa é uma situação de extrema inferioridade em relação a
países mais adiantados, considerando que a taxa média de acesso residencial é de
94Mbps no Japão e de 43Mbps na Coreia do Sul e na França.
Visão
Com o projeto BEL, cuja concepção inicial foi apresentada em 2009 no livro “Projeto
BEL: a COPEL Telecomunicações pensada estrategicamente, em equipe”, e que agora é
tratado de forma mais prática e objetiva na presente publicação, várias inovações serão
introduzidas, como por exemplo, as seguintes:
– o acesso, tanto por parte do público corporativo como residencial, à Internet em Banda
Extra Larga, de alta confiabilidade e com taxas compatíveis àquelas existentes nos
países mais avançados;
O presente livro possui uma série de capítulos, alguns mais técnicos e outros menos,
mas todos focando aspectos de grande relevância na implementação do BEL.
Boa leitura!
1 Introdução
Preços mais acessíveis, aumento da oferta com uma variedade de planos de serviços, opção pela
modalidade pré-paga, diferentes alternativas tecnológicas e Internet em banda larga, ainda que
estejam em evolução, já proporcionaram um grande impacto econômico-social.
Nas plataformas totalmente digitais, constata-se que um determinado conteúdo já pode ser
acessado a partir de diversos tipos de terminais, podendo-se, por exemplo, assistir a um mesmo
vídeo através da TV, do computador ou do aparelho celular.
Nesse cenário, o atual desafio das operadoras é promover a modelagem deste ambiente formado
por diferentes tipos de meios, serviços e conteúdos, de modo viabilizar a composição de pacotes
(one stop shopping), proporcionando ao cliente o conceito de “felicidade de uso”: boas
experiências obtidas pela convergência de meios, faturas, atendimento e suporte.
Os pacotes são formatados como um somatório de serviços e conteúdos, em geral incluindo voz
(telefonia fixa ou móvel), Internet e TV por assinatura.
No presente capítulo é apresentado um novo modelo de negócios, que está sendo implementado
na empresa COPEL Telecomunicações, cujo objetivo é prover pacotes customizados, criar novas
demandas, garantir maiores opções de escolha aos clientes e melhorar o atendimento, o que
deverá ser viabilizado por meio da integração de serviços providos por terceiros. Com isso,
pretende-se atingir novos mercados, como por exemplo, o residencial, ainda não atendido pela
empresa.
A COPEL atua no Paraná como prestadora de serviços de telecomunicações desde 1998, ano que
marca o início efetivo da competição na área das telecomunicações no Brasil.
Neste contexto, o Estado do Paraná ficou posicionado em condição privilegiada, haja vista que a
rede de fibras ópticas da COPEL passou a constituir um importante diferencial competitivo e um
significativo instrumento de estímulo à competição.
Posicionada com imparcialidade e como uma operadora focada não só na alavancagem de seus
negócios como no desenvolvimento do Estado, a COPEL, através de sua rede de fibras ópticas,
ajudou a instigar a competição e contribuiu, naquele momento, para o crescimento mais acelerado
dos novos “entrantes”, em especial, das operadoras de celulares que contrataram meios de rede
da COPEL para interligação de suas centrais e sites.
De modo a ampliar sua participação no mercado passou, então, a estender o seu portfólio para o
mercado corporativo, dando início à prestação de serviços diretamente ao cliente final, em
Durante os dois últimos anos, a fim de manter-se competitiva, suportada por uma plataforma IP
orientada ao provimento de multisserviços, a COPEL Telecomunicações vem realizando
adequações em suas ofertas de serviços com uma frequência cada vez maior. Todavia, a
propensão para passar a combinar serviços e aplicações acarreta agora um novo desafio, qual
seja, o rompimento de um modelo unicamente voltado ao fornecimento de conexão e Internet para
a disponibilização de plataformas que também possibilitem ao cliente montar seus planos e
pacotes de forma personalizada.
Com isso, a empresa poderá avançar com mais facilidade para outros nichos de mercado,
incluindo residências, aproveitando o conhecimento e a experiência, na área de varejo, da sua
“empresa mãe”, a COPEL - Companhia Paranaense de Energia.
Ao contrário do que pode parecer, o foco no cliente não afasta o ineditismo tecnológico. Tal
aproximação favorece o aprendizado, contribui para o desenvolvimento de soluções conjuntas e,
consequentemente, proporciona um ambiente muito mais orientado à customização e à inovação.
A empresa prestadora de serviços de telecomunicações que se mantiver alheia a isso, modelando
negócios focados unicamente na comercialização de conexão, ou que apostar exclusivamente em
novas tecnologias, pode colocar os seus negócios e o seu futuro em risco, em virtude da rápida
comoditização desses elementos e do gradativo afastamento que tal posicionamento trará ao
longo do tempo em relação às reais necessidades do cliente.
Embora a evolução do setor tenha sido significativa nos últimos anos, as diversas benesses
trazidas pelo ambiente competitivo confrontam-se com questões ainda não totalmente
solucionadas, em especial no campo do atendimento ao cliente e da universalização de serviços.
De maneira geral, a intervenção do Estado ou do regulador voltada à defesa dos clientes é sempre
positiva. Contudo, para o setor de telecomunicações, não se deve afastar a relevância primária da
regulação focada na competitividade e no estímulo à entrada de novos players.
Apesar da imagem negativa do setor no quesito atendimento, comprovada pelas estatísticas dos
órgãos de defesa do consumidor, os autores entendem que a generalização é injusta e inoportuna.
Empresas como a COPEL Telecomunicações, que atuam no segmento corporativo, ou mesmo
algumas empresas entrantes que comercializam no varejo, vêm ganhando a confiança de seus
clientes e o reconhecimento pelo seu bom atendimento.
98%
Por esse prisma, os autores entendem que “mercado” não deve ser um conceito abstrato, posto
ser constituído por pessoas, que são “únicas” nas suas características e nos seus desejos. E se o
cliente é “único”, torna-se natural – e essencial – que se lhe ofereçam serviços personalizados.
Se por um lado é necessária a soma de esforços para estabelecer uma estratégia diferenciada de
negócios e serviços para um mercado altamente competitivo e complexo, por outro, o verdadeiro
diferencial competitivo estará fundamentalmente ancorado na alta satisfação proporcionada aos
clientes, que realizarão o julgamento de qualidade e valor, por suas próprias percepções.
O enfoque ora sugerido é o de uma maior participação “no cliente” por considerar que versatilidade
e flexibilidade são os principais mecanismos de personalização do atendimento, de forma a
estabelecer as melhores condições para bem servir e fidelizar clientes numa visão estratégica de
ativo intangível e não copiável. Para isso é preciso aumentar a oferta de produtos e serviços para
cada cliente através da integração com ofertas oriundas de parceiros.
O unbunling, por ser matéria já regulada em vários países, vem sendo tratado em 4 variações:
Vale destacar que a ANATEL, através da Resolução n°516/ 2008, aprovou o Plano Geral de
Regulamentação, documento que define as matérias que serão tratadas pela Agência nos
próximos anos e, dos assuntos relacionados no curto prazo, apresenta-se o unbundling em suas 4
variações.
O conceito de valor ou de criação de valor social na rede está implícito na relação entre maximizar
os benefícios diretos ou indiretos para o cidadão, minimizando o seu tempo e esforço para obter os
resultados esperados. Como exemplo, atualmente a COPEL Telecomunicações já está
interligando em rede todos os órgãos da administração pública do Estado, sendo que já conectou
mais de 2.200 escolas estaduais, que já se beneficiam desta rede não somente pelo acesso à
Internet pela ótica da inclusão digital, mas também, como meio para a melhoria da gestão e de
processos educacionais de acordo com as diretrizes e exigências da Secretaria de Educação do
Paraná (SEED), otimizando custos e recursos para fomentar as melhores práticas e consequente
incremento da qualidade de ensino para os alunos.
Pelo prisma da rede como o alicerce fundamental para o acampamento de aplicativos, conteúdos e
serviços à luz da missão de desenvolvimento, certamente é possível beneficiar a cidadania pelas
vertentes essenciais da educação, saúde, segurança e transporte, por meio da sinergia entre
governos, academia, iniciativa privada e terceiro setor.
10 Considerações finais
A adoção de um modelo “aberto”, posicionando a empresa como uma integradora, gera maior
competitividade e oportunidades em comparação aos modelos comumente adotados pelas
prestadoras de telecomunicações, em que os terceiros são, exclusivamente, empresas
pertencentes ao mesmo grupo econômico.
Vale destacar que a sinergia procedente da atuação conjunta com terceiros e a maior aproximação
junto ao cliente final, assegurará à COPEL Telecomunicações um importante balizador à
ampliação da rede de transporte e de acesso, em complemento aos direcionamentos atualmente
imputados pelo governo do Estado e pela própria Companhia Paranaense de Energia.
Benefícios do modelo para o mercado:
• Soluções customizadas.
• Transparência e comodidade.
• Maior competitividade.
11 Conclusão
12 Referências
[1] Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, http://www.anatel.gov.br, acesso em setembro de
2009.
[2] PESSOA, Marcos de Lacerda et al. Projeto BEL: a COPEL Telecomunicações pensada
estrategicamente, em equipe. Curitiba: COPEL Telecomunicações, 2009. 207pp.
[3] SENGE, Peter. A Quinta Disciplina. Rio de Janeiro, Editora Best Seller, 2008.
1 Introdução
Assim sendo, essa plataforma é a base de criação de um canal de comunicação via Internet, entre
cliente e empresa, onde os elementos integradores serão compostos de requisitos que atendam
aos processos de negócios da COPEL Telecomunicações e de seus parceiros.
2 Objetivo
Neste estudo, pretende-se apresentar os pontos relevantes desta plataforma, bem como seus
objetivos e os recursos utilizados para alcançá-los.
3 Necessidade da plataforma
Segundo o Ibope Nielsen Online, em julho de 2009, nas áreas urbanas, 97% das empresas e
23,8% dos domicílios brasileiros estavam conectados à Internet [1].
No primeiro semestre de 2008, as compras on-line somaram R$ 3,8 bilhões (45% mais do que
igual período de 2007). O ano fechou em R$ 8,2 bilhões (crescimento de 30% na comparação com
2007). A previsão para o primeiro semestre de 2009 era de R$ 4,5 bilhões, mas, mesmo com crise,
o faturamento foi de R$ 4,8 bilhões, 27% a mais em relação ao mesmo período de 2008 [1].
A Internet tornou-se o terceiro veículo de maior alcance no Brasil, atrás apenas do rádio e TV. Com
isso, a publicidade on-line tornou-se um fator importante de faturamento para diversas empresas.
As empresas de comércio eletrônico aceleram os investimentos para reformular seus sítios e
torná-los mais acessíveis, para manter por maior tempo o consumidor e estimular as vendas.
A plataforma abordará dois pontos importantes: uma maior proximidade entre cliente e empresa,
permitindo que haja um canal de acesso à informação e aos serviços hoje disponibilizados e a
materialização de novos negócios através de parcerias, soluções e serviços diferenciados.
Visão
4 Arquitetura da plataforma
Um portal é uma estrutura na web para apresentar informações de diversas fontes, de uma
forma unificada. Portais oferecem uma maneira para que as empresas forneçam um canal de
comunicação com uma aparência consistente, com controle de acesso e procedimentos para
múltiplas aplicações e bases de dados.
O acesso pela plataforma à área de clientes será por este mecanismo, garantindo assim que
as operações realizadas são de inteira responsabilidade do cliente, salvo confirmada alguma
irregularidade por parte da empresa. Serão armazenados registros de todas as transações
efetuadas através do portal, data e hora, identificação IP, etc.
• Integração de Sistemas
• Legado
Os sistemas do legado serão utilizados até que sejam substituídos. Os dados disponíveis
nestes sistemas comporão o conjunto inicial de informações e serviços a serem apresentados
aos clientes, parceiros e funcionários.
A troca de dados entre a COPEL e seus parceiros num primeiro momento estará restringida a
informações de serviços / produtos comercializados pelo parceiro, suas campanhas
publicitárias e os registros de seu faturamento (co-billing). Estas informações serão sempre
submetidas e analisadas pela COPEL antes de estarem disponíveis no portal. A definição de
padrões que garantam a integridade e a negociação destas informações ocorrerá em
momento oportuno.
5 Estrutura do Portal
O portal apresentará conteúdo aos clientes de maneira clara e acessível. Este conteúdo será
constituído de publicidade, informações institucionais, produtos e serviços, área de acesso aos
clientes, contatos e outras necessidades complementares.
Para obtenção de qualidade e confiabilidade, os padrões estabelecidos pelo Consórcio World Wide
Web (W3C) para a construção de aplicações e páginas da web deverão ser seguidos [3].
A princípio, na área interna, os itens preparados para utilização serão: consultas de informações
cadastrais, serviços consumidos, faturamento, contratos, acordos, descontos, acompanhamento
de solicitações, respostas a registros efetuados, históricos, etc. Novas contratações, solicitações
de serviços, autoprovisionamento (quando o serviço permitir e através da integração com sistema
especialista) e outras situações ainda não detectadas também deverão ser permitidas por este
acesso.
O cliente que utilizar o portal terá a sua disposição a lista de todos os serviços / produtos
comercializados pela COPEL Telecomunicações e por seus parceiros. Nesta listagem aparecerão
também as promoções, pacotes (bundles / combos) e campanhas.
O controle de fluxo das atividades (workflow), bem como as ordens de serviços agendadas, o
faturamento, arrecadação e outros são de inteira responsabilidade dos sistemas de origem (CIS,
ERP, legado, etc), mas suas informações serão disponibilizadas para apresentação pelo portal
utilizando-se a plataforma como integradora. O portal deverá possibilitar a expansão conforme
necessidade da empresa.
5.4 Contratos
A contratação dos serviços na maioria dos casos será on-line. Os clientes terão disponíveis no
portal os documentos para serem lidos na íntegra e um termo de aceite. O sítio necessita ser
validado por uma Autoridade Certificadora (AC) da ICP-Brasil [2]. Para que o sítio tenha total
garantia das transações, e por questões legais, torna-se necessário o uso da certificação digital
que deverá ser adquirida pela COPEL Telecomunicações.
É importante informar que essa tecnologia confere a mesma validade jurídica ao documento
assinado digitalmente do equivalente em papel assinado de próprio punho [2].
O portal terá áreas definidas para a apresentação de publicidade e marketing. Estas áreas serão
utilizadas pela própria COPEL e oferecidas aos seus parceiros para a apresentação de campanhas
e / ou promoções relacionadas aos produtos comercializados em parceria. As áreas no sítio
deverão ter tamanhos diferenciados e estar numa quantidade em que não ocorra poluição visual,
degradação do acesso ou atrapalhe a ergonomia.
5.6 Pesquisas
6 Estrutura da integração
Esta será a estrutura que condensará a troca de informações entre os sistemas da COPEL
Telecomunicações e de seus parceiros. Os tópicos levados em consideração são: padrões,
documentos, procedimentos, estruturas de dados, protocolos de comunicação, serviços, softwares
de apoio, etc. As questões técnicas relevantes para que a integração funcione corretamente
dependerão do detalhamento de tais tópicos.
Parte desta definição dependerá de como estarão providas as soluções CIS e ERP que estão
sendo adquiridas. Geralmente estas ferramentas vem com softwares de integração que deverão
ser utilizados para compor a plataforma.
7 Infraestrutura da plataforma
Os itens a serem avaliados e organizados são: modelo de equipamento a ser utilizado, sistema
operacional, banco de dados da aplicação, servidor web, firewall e antivirus, licenças de uso,
localização física, segurança, backup e plano de contingência, manutenção e operação.
8 Conclusão
Em virtude destes cenários, se faz necessária a construção da plataforma BEL como uma ponte
para o novo modelo.
9 Referências
[1] Ibope Nielsen Online. Estatísticas, dados e projeções atuais sobre a Internet no Brasil.
http://http://www.tobeguarany.com/internet_no_brasil.php. Acesso em 18/10/2009.
[3] World Wide Web - W3C. Recomendações de padrões para a construção de sítios. (XHTML e CSS).
http://www.w3.org/TR/2002/REC-xhtml1-20020801. Acesso em 18/10/2009.
1 Introdução
Destacamos que é exatamente esta capacidade de tratar e aplicar políticas numa infraestrutura de
rede que influenciam diretamente o QoE (Quality of Experience) para cada assinante, onde a
implantação de uma solução de agregação, que seja integrada a atual e as novas infraestrururas
de transporte, cria na verdade alguns pontos de aplicação de políticas centralizadas, capacitando a
rede as expectativas dos assinantes com relação a sua banda ou aplicação. Este modelo baseado
em políticas é a semente para uma rede inteligente.
A COPEL pretende implantar o modelo de rede aberta, onde a rede poderá ser utilizada por
clientes e terceiros, sendo a sua infraesturtura totalmente aberta para que terceiros ofertem os
seus serviços. Para a concretização da oferta de uma rede aberta, onde cada fornecedor de
Agregação 33
serviço possui algumas características próprias na comercialização dos seus produtos, a rede
deve ser capaz de se moldar as necessidades das aplicações, bem como deve ter a capacidade
de identificar individualmente os fornecedores e os clientes destes fornecedores.
2 Aspectos de operação
A comunicação com a infraestutura de uma operadora é realizada através de políticas que podem
ser implantas de diferentes maneiras e dependem muito do fabricante da roteador de agregação,
das ferramentas de gerência e dos processos internos das empresas.
O projeto de uma solução de agregação possui alguns componentes indispensáveis para sucesso
de um projeto de banda larga, sendo importante para o leitor conhecer estes componentes.
Relacionam-se abaixo os principais componentes de um projeto de agregação:
Durante os últimos anos, a evolução das soluções de BRAS tem apresentado uma série de
inovações, motivadas pelo crescimento das redes de banda larga das operadoras de
telecomunicações, e dos serviços de banda larga fornecidos a partir das tecnologias DSL(Digital
Subscriber Line) e DSLAM (Digital Line Access Multiplexer).
A evolução do tráfego de vídeo, cada vez mais exigente tanto em qualidade como em largura de
banda, vem promovendo as últimas evoluções nas soluções de agregação, sendo o PPPoE (Point-
to-Point Ethernet) pela característica de centralização ponto a ponto, ineficiente para os tráfegos
de Multicast e para novas redes de distribuição de conteúdo CDN (Content Delivery Network).
Para solucionar este problema, o estado da arte nas soluções de agregação tem tratado da
evolução do DHCP, que vem incorporando funcionalidades denominadas de opções, são estas
opções que garantem a coexistência entre o tradicional mundo de banda larga com o os modernos
serviços de distribuição de vídeo.
Diversas das evoluções sintetizadas neste capítulo são apresentadas pelo fórum de banda larga
(broadband fórum) que já se encontra no seu broadbandsuite release 3.0 e merece uma consulta
por parte do leitor.
Agregação 35
metropolitana ou IP/MPLS, com todos os recursos e protocolos necessários para uma completa
integração.
Portanto, a flexibilidade de integração com as diversas arquiteturas de rede e também com relação
às tecnologias de acesso, sejam elas GPON ou PLC, são premissas básicas deste projeto na
COPEL.
O projeto de agregação deve garantir diversos recursos para que a COPEL possa implantar a rede
aberta BEL, que é o conceito de fornecimento de uma infraestrutura de rede flexível o suficiente
para ofertar a sua infraestutura como serviço para outras operadoras, de forma transparente.
8 Conclusão
9 Referências
[1] http://www.juniper.net/solutions/literature/white_papers/200187.pdf
[2] http://www.broadband-forum.org/technical/download/Release3.0.pdf
[3] http://www.zeugmasystems.com/Repository/Products/Smart%20Pipe%20(Q409).pdf
[4] http://whitepapers.silicon.com/0,39024759,60412212p,00.htm
Jun Kitagawa
1 Introdução
Não existe mágica, nem engenharia financeira na análise de projetos ou na formulação de preços.
Todos os parâmetros e premissas consideradas nos cálculos tem o objetivo único de prover com a
melhor precisão possível, uma taxa de retorno positiva para o empreendimento.
A confiança do resultado depende fortemente da qualidade dos dados e das premissas utilizadas
nestes estudos.
De uma forma empírica, o preço pode ser definido como o valor necessário para cobrir o custo de
produção e comercialização de uma mercadoria, produto ou serviço, em que estão contemplados
os custos fixos e variáveis, assim como todas as despesas inerentes ao processo e ao qual é
acrescentado um lucro adequado, desde que compatível com o contexto econômico do mercado
em questão.
Muitas pessoas pensam que preço é sinônimo de valor e vice-versa, entretanto, existe uma grande
diferença entre os dois. A frase de Warren Buffet "O preço é o que você paga. O valor é o que
você leva", exemplifica exatamente essa diferença.
A questão é que o valor é definido pelos clientes e não pelo que a empresa faz. A percepção dos
clientes sobre o produto é que agregará um determinado valor a ele, e isso irá depender de
diversas coisas, como o conceito transmitido pela publicidade e suas qualidades.
Por isso, o preço não pode ser definido somente pelo custo de produção, mas pelo valor que
aquele produto é percebido na mente do consumidor. Se a percepção dele for ruim o preço será
baixo, mas se para o cliente o produto tem algum significado e atende a seus desejos, o preço
certamente será mais caro.
Parâmetros que impactam no resultado de um modelo de análise de projeto (BEL) ou na precificação de serviços em telecom 37
O valor é o que você leva, porque independente do preço que o consumidor pague, ele leva não só
o produto em si, mas todo o conceito que está agregado a ele.
Tem como premissa principal a separação dos custos e investimentos já incorridos na prestação
dos serviços atuais, e dos novos custos e investimentos para a prestação de outros serviços ou
projetos.
Exemplo: Os custos dos cabos de fibras ópticas OPGW já instalados, não devem ser computados
nos modelos de análise de custos e precificação de novos projetos ou serviços, de forma que os
custos dos novos projetos sejam incrementais ao já existentes.
CUSTO
CUSTO INCREMENTAL
DO PROJETO A
CUSTOS JÁ
INCORRIDOS
PARA A
OFERTA DOS
SERVIÇOS
ATUAIS
VOLUME ATUAL
COMERCIALIZADO VOLUME DO PROJETO A
VOLUME
Uma das explicações de seu uso é evitar que ineficiências já incorridas no passado, influenciem
negativamente na decisão de implementação de novos projetos e/ou nos preços dos novos
serviços.
Como regra geral, para que o resultado obtido com o Novo Projeto venha a somar no desempenho
empresarial, a taxa de retorno do projeto deve ser sempre superior a taxa objetivada da empresa.
Qualquer que seja o modelo adotado, o que se busca com a análise, é prever com razoável
confiança o índice de retorno do investimento, considerando todos os dados que possam
influenciar neste resultado.
A confiança no resultado de qualquer modelo depende fortemente da qualidade dos dados e das
premissas utilizadas nestes estudos.
• Impostos e taxas.
A busca, com razoável precisão, da quantidade de clientes potenciais dentro de uma região
geográfica tem o objetivo de fornecer subsídios para uma estimativa correta dos investimentos
necessários para o atendimento destes clientes.
Dados mais detalhados destes clientes, segmentados por setor ou atividade, podem dar melhores
subsídios para a montagem de pacotes de serviços mais adequados.
Pressupondo que o mercado alvo de um projeto fosse em torno de 50% dos clientes potenciais de
uma determinada região, e o esforço de vendas resultasse numa efetiva contratação de 70%, isto
resultaria numa participação de 35% do mercado.
Os sistemas e equipamento devem ser instalados para atender aos 50% dos clientes alvo
estimados.
Parâmetros que impactam no resultado de um modelo de análise de projeto (BEL) ou na precificação de serviços em telecom 39
Este é um dos pontos críticos de sucesso, pois se a taxa de contratação de serviços para os
acessos instalados for menor que o estimado, então a taxa de retorno do projeto poderá ficar
abaixo do estabelecido como mínimo, inviabilizando todo o empreendimento.
Portanto, todo esforço de comercialização deve ser alocado para que esta contratação seja a
maior possível nos locais de oferta dos serviços.
Os valores previstos devem refletir o mais fielmente possível, os valores a serem dispendidos para
implementar o conjunto de equipamentos, cabos, materiais e mão de obra, para a oferta dos
serviços propostos para a quantidade de clientes estimados para o projeto.
O ponto crítico é a necessidade constante de redução dos custos destes investimentos, de forma a
estar sempre equiparado ou estar melhor que a concorrência.
Os equipamentos instalados devem ser operados e mantidos seja por mão de obra própria ou de
terceiros. Estes custos devem abranger também contratos de manutenção e assistência técnica do
fabricante e dos laboratórios.
Novos serviços para novos mercados, normalmente requerem equipes e sistemas diferentes de
comercialização e atendimento.
Deve-se estimar um mix de serviços x preços de mercado, objetivando atender ao segmento alvo,
de forma a projetar uma receita ao longo do tempo.
Como os preços de mercado são passíveis de alteração por reação dos concorrentes já
estabelecidos, podem ter como efeito:
• Outras contramedidas.
A principal característica do projeto BEL é ser um sistema aberto onde há a oferta de serviços por
empresas parceiras, mediante pagamento dos meios por compartilhamento de receita ou outra
forma de pagamento.
É necessário estabelecer os requisitos mínimos de qualidade para os serviços ofertados por estas
empresas.
5 Conclusão
O sucesso de qualquer projeto depende fortemente da execução de todas as etapas e por todas
as áreas envolvidas, de forma integrada e dentro das estratégias e premissas definidas e
discutidas previamente.
Parâmetros que impactam no resultado de um modelo de análise de projeto (BEL) ou na precificação de serviços em telecom 41
5 Dimensionamento do backbone
1 Introdução
A necessidade crescente por banda foi uma constante especialmente nos últimos anos. Isso é
verificado na COPEL tanto pelo aumento das vendas de tráfego de transmissão para as
operadoras-clientes bem como pela necessidade de transporte cada vez maior da rede IP própria.
Além disso, o tempo entre cada expansão do nosso sistema de transmissão fica cada vez menor.
Hoje, uma nova expansão do sistema de transmissão exigirá uma mudança de tecnologia. O
nosso velho conhecido sistema de transmissão em SDH já não é capaz de fazer frente a
necessidade incessante por banda. Muito embora saibamos que o SDH ainda será utilizado por
muitos anos, o backbone principal da nossa rede precisa de uma capacidade que é mais
econômica por intermédio de outra tecnologia.
Dimensionamento do backbone 43
Se o SDH permitia transmitir vários sinais agrupando-os em um único sinal maior, o DWDM
permite a transmissão destes vários sinais sem agrupá-los. Nisso reside sua maior capacidade. O
SDH torna-se eletronicamente mais complexo (e caro) quando atinge taxas muito elevadas, pois
por definição seu tempo de quadro é fixo e, portanto, precisa diminuir o tempo do bit para
aumentar sua taxa.
O DWDM permite, por assim dizer, transmitir vários sinais SDH simultaneamente. Além disso, se o
tráfego for de uma rede IP, não é preciso utilizar uma interface SDH no roteador para o seu
transporte. É possível transportar Ethernet diretamente pelo DWDM. A rede fica menos complexa.
Porém, não há escolha sem perda. A simples adoção do DWDM em detrimento do SDH tornaria a
rede menos flexível e protegida. Poucos se lembram, até porque a COPEL “pulou” esta etapa na
sua evolução tecnológica da rede de transmissão, que o SDH nasceu com o advento da fibra
óptica e substituiu uma outra tecnologia de transmissão conhecida como PDH, que, embora tenha
sido um marco nas telecomunicações modernas, tinha uma série de deficiências.
Acontece que o sistema DWDM é um sistema ponto a ponto como o PDH, não conhece as
relações de fase dos sinais individuais sendo transportados, possui gerenciamento de
equipamentos e de sinais, mas não de tráfego e nenhum mecanismo inerente de proteção.
Para que o DWDM fosse uma solução e não um problema, foi preciso dotá-lo de diversas
funcionalidades existentes no SDH. Isso foi feito através dos mecanismos previstos na
recomendação ITU-T G.709, mais conhecida como OTN.
O que a OTN prevê, também chamado de Digital Wrapping, é o encapsulamento dos sinais
transportados com estruturas onde diversas funcionalidades de monitoração, alarmes e proteção
são implementadas. O uso da OTN é chave para a existência de uma rede DWDM robusta, flexível
e confiável. Além disso, facilita a compatibilidade entre sinais provenientes de equipamentos
diferentes, por ser adequadamente padronizada.
Deixando de lado a OTN, uma olhada mais atenta sobre o DWDM nos traz de volta aos antigos
sistemas multiplexados da época da micro-ondas. Problemas como cross-talking, monitoração de
relação sinal-ruído, sintonização e nível de portadoras, só para citar algumas, voltam a estar na
rotina da operação. Quem disse que a tecnologia também não se repete?
O DWDM é, no momento, a escolha adequada, sem sombra de dúvida, para a próxima expansão
do sistema de transmissão. Já está tecnologicamente maduro, seu custo está competitivo e atende
as demandas de tráfego que advirão.
Tal expansão já está em curso. As especificações técnicas foram feitas, os fornecedores estão
sendo selecionados e sua aquisição se dará ainda este ano. Foram previstos treinamentos de
O&M de equipamentos para 60 pessoas, de O&M via gerência para 30 pessoas e de
administração do sistema de gerenciamento para 12 pessoas. Além disso, haverá treinamento de
aspectos específicos de engenharia para 10 pessoas e de uso de instrumental específico para
outras 12 pessoas.
Possui suporte e manutenção garantida, entre garantia e contrato, por 2 anos e meio a contar da
sua entrada em operação, valendo o mesmo em se tratando de aquisições para sua expansão.
Sua entrada em operação deve ocorrer entre março e abril.
Seu sistema de gerenciamento, similarmente ao que já se tem hoje, também terá redundância
geográfica e poderá contar com estações de monitoramento nos polos de manutenção. Possuirá
interfaces para integração de alarmes em sistema centralizado, contemplando também outras
gerências.
O sistema em aquisição prevê o atendimento inicial das localidades de Curitiba, Ponta Grossa,
Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçú com diversidade de rotas e estações. Permite fácil
expansão nas localidades de Cianorte, Umuarama, Toledo, Cornélio Procópio, Santo Antonio da
Platina, Guarapuava, Francisco Beltrão/Pato Branco, entre outras. Sua capacidade é de 40 canais
de 10Gbps cada, mas pode migrar para 80 canais bem como trafegar canais de 40 Gbps.
A quantidade de canais adquiridos de início não chega a 10, mas são utilizados de tal forma que,
comparando com o atual backbone em anel, aumenta em mais de 4 vezes a capacidade hoje
instalada. Para a rede IP multiplica a banda por mais de 10 vezes.
Possui equipamentos capazes de rotar canais opticamente e também de mudar seu comprimento
de onda a distância, o que permitirá no futuro mecanismos de proteção mais sofisticados, como o
ASON.
5 Conclusão
Embora seja uma tecnologia sofisticada, confia-se que o sistema de transmissão DWDM será,
como já ocorre com o sistema de transmissão atual, um sustentáculo real e seguro para o
desenvolvimento das telecomunicações da COPEL e do estado do Paraná.
Dimensionamento do backbone 45
6 Gerenciamento da rede no Centro de
Operação
1 Introdução
Num cenário em que as empresas estão se focando cada vez mais no núcleo de seus negócios, a
qualidade individual empregada em cada uma das atividades ao longo de todo o processo
produtivo fica cada vez mais implícito no resultado final, seja este um produto ou um serviço
prestado.
Qualidade tem a haver, primordialmente, com o processo pelo qual os produtos ou serviços são
materializados. Se o processo for bem realizado, um bom produto final advirá naturalmente. A
Qualidade reside no que se faz – aliás – em tudo o que se faz – e não apenas no que se tem como
consequência disso [1].
Na busca ao atendimento destes requisitos se faz necessário a adoção de não somente um, mas
utilizar os pontos fortes dos vários modelos de gerenciamento definidas por entidades e
organizações como TMForum (TeleManagement FORUM) , ITU (International Telecommunication
Union), ISO (Internation Organization for Standardization), ETSI (European Telecommunications
Standards Institute).
A complexidade para administrar e gerenciar uma rede é diretamente proporcional ao seu tamanho
e a complexidade aumenta significativamente quando outros fatores relevantes são levados em
conta: a heterogeneidade de tecnologias, utilização de ferramentas proprietárias, convivência entre
o sistema legado e o novo, a abrangência geográfica da rede gerenciada, quantidade de usuários
e clientes conectados e quantidade de serviços gerenciados.
Vemos um horizonte muito desafiador, motivado neste momento especialmente pelo BEL, no âmbito
de gerenciamento de redes visto que existem projetos em diversas frentes de trabalho que
demandarão, após a implantação, o trabalho do Centro de Operação, tanto na operação de novos
equipamentos de tecnologias não utilizadas atualmente na COPEL como GPON, Agregador BRAS,
todas as tecnologias Wireless, quanto nos novos sistemas e serviços e conceitos propostos como o
VoIP, videoconferência, virtualização de recursos (servidor, disco), CDN, “clube virtual”, além do
aumento da capacidade atual no Backbone SDH e IP.
Atualmente na COPEL Telecomunicações para os eventos gerados pela Rede MPLS, IP e Gigabit
Ethernet, utiliza-se uma ferramenta que concentra todos alarmes destas diferentes tecnologias em
uma única console de gerência, permitindo o tratamento de eventos vindos destas diferentes
tecnologias. O ganho obtido é a significativa diminuição de eventos, o enriquecimento destes
eventos com informações adicionais, o correlacionamento com outro fato externo, facilitando a
tomada de decisão, como acionar um plantão ou executar algum procedimento padrão.
Um dos fatores que aumentam a percepção da qualidade dos serviços prestados pelos clientes é a
diminuição de reincidência de falhas e a minimização dos incidentes.
Uma evolução desta prática está sendo proposta por um projeto de pesquisa e desenvolvimento
de um sistema de gerência integrada de alarme e diagnóstico de falhas em redes de
telecomunicações utilizando técnicas de Inteligência Artificial [5].
4 Unificação de procedimentos
Veem-se os benefícios desta prática desde o início do processo de ativação do serviço até o
suporte pós-venda, passando por todo o processo de gerenciamento e operação da rede. Os
sistemas utilizados atualmente geram a configuração padronizada dos equipamentos, diminuindo
consideravelmente a necessidade de digitação, minimizando os erros e aumentando a
produtividade.
7 Referências
[1] LOBOS, Júlio. Qualidade através das pessoas. São Paulo, J.Lobos,1991.p.14.
[3] TeleManagement FORUM. enhanced Telecom Operations Map (eTOM) The Business Process Framework
For the Information and Communications Services Industry, 2002.
[6] Telecommunications and Internet Converged Services and Protocols for Advanced Networking
(TISPAN);NGN Management;OSS Architecture Release 1 ETSI TS 188 001 V0.2.9 (2005-07).
[7] ITU-T M.3060 Principles for the Management of Next Generation Networks, 2006.
1 Introdução
No primeiro artigo [1] abordou-se sobre os principais elementos de uma rede óptica passiva,
propondo-se uma metodologia de planejamento de uma rede de telecomunicações. Agora pretende-
se relatar os avanços e as melhorias a serem implementadas dos principais pontos do planejamento
da rede de acesso para o projeto BEL, utilizando uma formatação do tipo check list.
Ressalta-se que a metodologia proposta tem como objetivo dar uma diretriz ao planejamento. O grau
de detalhamento de cada etapa depende das informações disponíveis, quanto mais informações a
serem analisadas, mais complexo é o processo de planejamento. Algumas etapas podem ser
omitidas ou agrupadas a outras etapas, podendo ou não comprometer o resultado final. Resumindo,
o planejamento não é uma ciência exata, e o bom senso é a melhor medida a ser adotada. Sua
finalidade é dar subsídio para a tomada de decisão: não é um fim, é um meio.
Modelagem e Otimização
Análise Econômica e de
Risco
Plano de Expansão
As principais premissas para o planejamento da rede de acesso para o projeto BEL, são:
i. Segmentos
• Residencial: classes A e B
• Empresarial
vi. A rede óptica deverá suportar circuitos ponto a ponto: o objetivo é atender alguns serviços
atuais que são providos por conexões ponto a ponto, com implicações, principalmente, no
dimensionamento na rede primária ou feeder.
É importante nesta etapa definir claramente quais os serviços serão suportados por esta rede. Os
principais pontos analisados são:
i. Quais serviços?
• Serviços de dados.
As características técnicas de cada categoria dos serviços acima impõem restrições técnicas que
devem ser suprimidas através da escolha de materiais e equipamentos apropriados, topologia e
construção adequada da rede. O reflexo destas restrições causam impacto em:
Esta etapa tem como finalidade dar subsídios ao dimensionamento da rede ou equipamento. Fornece
também informações primordiais para a etapa de análise econômica e de risco.
Figura 2: Tela do sistema GEO-TE com informações cadastrais dos segmentos almejados
5 Modelagem
Procuramos nesta etapa modelar tanto os aspectos técnicos quanto os principais processos
envolvidos, principalmente aqueles que podem influenciar na qualidade dos serviços ou retardar o
processo de instalação da rede de acesso.
iii. Definição dos cenários – influencia diretamente no tamanho das seções de serviços, e
consequentemente seu custo.
• Dimensionamento de equipes.
vi. Execução
• Padrões de instalação.
• Dimensionamento de equipe.
• Fiscalização.
• Cronograma.
• Medição.
• Testes de aceitação.
A rede para condomínios verticais tem características diferentes da rede externa. Os principais
pontos para sua modelagem são:
• Prédios até 5 andares: instalação do cabo óptico externo na base do prédio, e a conexão
dos clientes a este cabo é feito por cordões sem distribuidores intermediários.
iv. Planejamento
• Dimensionamento de equipes.
vi. Execução
• Padrões de instalação.
• Dimensionamento de equipe.
• Cronograma.
• Medição.
• Testes de aceitação.
i. Cenários
• Dimensionamento de equipe.
• Fiscalização.
• Cronograma.
• Medição.
• Testes de aceitação.
• OLT.
• ONT.
• UNU.
• Gerência
ii. Projeto
• Projeto executivo.
iii. Execução
• Cronograma.
• Fiscalização.
iv. Comissionamento
• Testes de aceitação.
• Gerência assistida.
v. Cadastro
• Rede óptica.
• Equipamentos.
iii. Treinamentos
iv. Instrumentais
i. Licitação
• Elaboração do edital.
• Homologação.
• Aceitação em fábrica.
i. Definir a contribuição do custo da rede de acesso para o custo total dos serviços.
7 Plano de expansão
8 Conclusões e recomendações
De acordo com o objetivo deste capítulo, procurou-se elencar os principais pontos envolvidos no
processo de planejamento de rede óptica passiva, seguindo uma metodologia proposta. Algumas
informações foram omitidas por serem menos relevantes ao processo, outras por terem um grau de
relevância estratégico, impossibilitando a sua divulgação. De modo geral, acredita-se que as
informações contidas neste capítulo possam dar ao leitor uma visão geral do processo de
ii. Elaborar uma análise mais criteriosa dos serviços a serem ofertados, principalmente em
relação à previsão de demanda ou expectativa de vendas.
9 Agradecimentos
Ao Ernesto Eiti Fujita, engenheiro da Furukawa, pela sua preciosa colaboração, dirimindo algumas
dúvidas e participando ativamente em um trial de rede em condomínios verticais.
10 Referências
[1] SCHWINGEL, Alceu Aroldo. Considerações sobre planejamento e projeto de redes ópticas passivas:
contribuições para o projeto BEL. Projeto BEL: a COPEL Telecomunicações pensada
estrategicamente em equipe / Companhia Paranaense de Energia, Curitiba, COPEL,2009.
1 Introdução
A COPEL Telecomunicações trabalha hoje com um prazo médio de 30 dias corridos ou 22 dias
úteis para a ativação de um novo serviço para um cliente interno ou externo à COPEL. É claro que,
como este prazo é médio, existem casos em que os serviços são ativos em menos de 30 dias
corridos: serviços que não requerem a construção de uma rede de acesso ou esta rede de acesso
a ser construída seja de curta distância, e casos em que os serviços são disponibilizados em mais
de 30 dias corridos: necessidade de instalação de equipamentos de maior capacidade, rede de
acesso a ser construída de longa distância, etc.
Dentro do novo modelo de negócios baseado no contexto da Banda Extra Larga – BEL, este prazo
atualmente utilizado não atende a qualidade que se quer estabelecer e nem a necessidade e
expectativa do cliente que se quer atingir. Um prazo arrojado de ativação de serviços deve estar
entre 2 a 5 dias úteis, ou seja, 4 a 11 vezes mais rápido em relação ao que é realizado atualmente.
Analisando o processo atual de ativação de serviços, sob um ponto de vista global, ou seja,
independente do produto que está sendo oferecido e do cliente que está sendo atendido (interno
ou externo), pode-se detalhá-lo em atividades ou etapas com os seus tempos médios de
realização (em dias úteis), conforme a seguir:
Esta é uma análise básica tomando-se como foco a construção da rede de acesso óptica, mas
vale ressaltar que existem outras etapas que acontecem em paralelo com as relatadas acima,
como por exemplo: Cadastro nos sistemas, Planejamento da ocupação das equipes terceirizadas,
etc.
Atualmente cada uma das etapas deste processo é gerenciada pelo Sistema PAS – Processo de
Ativação de Serviço, desenvolvido pela Área de Tecnologia da Informação da COPEL - STI.
Analisando o processo de ativação atual e trazendo para dentro do contexto BEL, onde o prazo
total deve ser 4 a 11 vezes menor, conforme já mencionado anteriormente, podemos facilmente
perceber que será preciso iniciar um processo de mudança. Para que esta mudança aconteça é
necessário trabalhar em duas frentes: Sistemas e Pessoas.
Dentro da frente Sistemas, pode-se focar no Processo fazendo uma análise crítica do processo
atual, conforme apresentado anteriormente. Se for feito um exercício reduzindo o prazo de cada
Fazendo agora outro exercício, poderia-se refletir em como reduzir ao máximo o tempo de ativação
de um serviço. Pode-se iniciar esta reflexão dividindo o processo de ativação atual nas seguintes
etapas:
• Gestão de obras.
• Projeto.
• Construção da rede óptica.
• Ativação do serviço.
O prazo de 1 dia estipulado para a etapa Gestão de obras poderia ser eliminado se o número da
obra, bem como todas as demais informações contábeis fossem geradas automaticamente junto
com a solicitação de ativação do serviço da Área Comercial.
Com um cadastro da rede de acesso bem atualizado, além da posse de todas as informações
necessárias do cliente: local de ativação do serviço, pessoa de contato, etc., poderiam ser
eliminadas as fases de pré-projeto e verificação em campo da etapa de Projeto, ganhando assim,
mais 4 dias no tempo de ativação total do serviço.
O prazo estipulado para a etapa de Construção da rede óptica poderia ser reduzido com a
construção antecipada e planejada de uma rede óptica primária ou rede GPON, pois a distância do
acesso diminuiria consideravelmente. No caso da rede GPON, por exemplo, não seria mais
necessária a intervenção nas caixas de emenda intermediárias para a disponibilização da fibra no
endereço do cliente. Uma outra melhoria que poderia ser realizada nesta etapa seria um melhor
planejamento das equipes terceirizadas ou, até mesmo, o aumento do número destas equipes.
Na etapa de Ativação do serviço o prazo de 2 dias poderia ser reduzido com um planejamento
antecipado dos POPs (Pontos de Presença), instalando antecipadamente os equipamentos nestes
locais e com uma mudança na forma de trabalho dos técnicos envolvidos através de uma melhor
otimização das viagens até o local da ativação do serviço. Outra ideia seria a terceirização da
ativação do serviço no cliente.
Considerando que todas as ações acima fossem implementadas, o novo processo de ativação no
contexto BEL teria o seguinte fluxo:
Esta mudança de processo pode ser implementada aos poucos. Por exemplo, com a definição de
um prazo diferenciado (por exemplo: 15 dias) para os serviços que necessitem da construção de
uma rede de acesso mais curta (por exemplo: até 500 metros).
Esta foi uma análise realizada com o foco nos Sistemas, mas temos que nos ater a outra frente
mencionada anteriormente que são as Pessoas. Nenhum processo de mudança acontece sem o
envolvimento das pessoas, portanto, esta frente não pode deixar de ser trabalhada de forma muito
bem planejada.
Toda mudança gera resistência, pois ela dói e em geral gostamos das coisas “mornas” e só nos
movemos quando as coisas “esquentam”. Assim, é necessário trabalhar com as pessoas,
principalmente no inconsciente delas, pois é aí que as mudanças realmente acontecem. Cada
pessoa envolvida neste processo de mudança deve perceber o benefício que lhe trará para poder,
na sequência, dispor-se ao sacrifício que a mudança exige.
3 Conclusão
Para que seja possível adequar este processo no contexto BEL é preciso desenvolver a
capacidade de planejamento e estar à disposição para tomar riscos e lidar com incertezas. Isto só
é possível se todas as pessoas envolvidas se colocarem como donos deste negócio, expondo
suas ideias. Cabe também aos líderes de cada área atuar junto às suas equipes para que estas
ideias sejam consideradas, analisadas e selecionadas a fim de que, as melhores, possam ser
colocadas em prática no menor prazo possível.
1 Introdução
A COPEL, observando o contexto supracitado, também vem buscando novas opções para se
diferenciar no mercado. Uma pesquisa conduzida pela Acision (www.acsion.com), encomendada
pela Teleco (www.teleco.com.br) apontou a “ascensão de serviços de valor adicionado como forma
para manter o ARPU”.
Paralelamente a esta linha, a COPEL vem percebendo que o crescimento das bandas oferecidas
aos usuários do mercado brasileiro tem sido feito de maneira desordenada sem a contrapartida
das aplicações que se fazem necessárias para o consumo de tal banda.
Segundo CIMCORP (2009), a grande maioria das empresas conta com recursos de TI para suprir
a necessidade de gerenciamento do negócio, para tanto, mantêm uma infraestrutura de
processamento, armazenamento e rede para garantir que esta matéria prima básica, a informação,
esteja disponível de forma rápida e segura.
Esta solução visa também retirar o ônus dos clientes em manter uma infraestrutura de
armazenamento, sendo possível focarem em atividades inerentes aos seus negócios, deixando
toda a responsabilidade de manutenção da infraestrutura para a operadora.
3.1 Cenários
Neste tópico, serão descritos alguns cenários onde a solução de Disco Virtual pode ser utilizada.
São eles:
Corporativo: Empresas que possuam a necessidade de armazenamento de dados inerentes ao
seu negócio não necessitariam adquirir toda a infraestrutura necessária para tal. A COPEL, através
dos seus serviços de rede já existentes no mercado, poderia fornecer uma conexão em fibra,
interligando a rede do cliente à solução de disco da COPEL. De maneira transparente, o cliente
poderia ter acesso a um espaço “virtualizado”, de acordo com a sua necessidade, para armazenar
seus dados, como se estivesse localmente em sua empresa.
Site Backup: Para empresas que necessitam de alta disponibilidade de seus dados e serviços e já
realizaram algum tipo de investimento em infraestrutura própria, podem optar por adquirir a
solução de Site Backup da COPEL, onde a empresa continua utilizando sua infraestrutura própria
como a principal e aluga a infraestrutura da COPEL para prover redundância em caso de falha ou
até mesmo para alguma necessidade pontual e imediata.
Residencial: Usuários residenciais normalmente possuem diversas aplicações e dados em seus
computadores. Estes dados normalmente não possuem uma proteção efetiva contra ataques de
vírus e malwares, fato este que pode ocasionar perdas. Para evitar tais constrangimentos, os
usuários residenciais poderiam adquirir a solução de backup e armazenamento da COPEL,
recebendo a oferta de um produto de armazenagem dos seus dados em um local seguro.
• Funcionalidades de DNS.
Neste tópico, vamos procurar identificar os tipos de clientes com interesse nas plataformas de
CDN.
Os potenciais clientes dos produtos resultantes deste projeto são classificados como produtores
independentes analógicos, distribuidores iniciantes e distribuidores experientes.
Produtores Independentes Analógicos: São empresas que possuem boa parte do seu conteúdo
ainda analógico e estão analisando como irão digitalizar e distribuir o seu conteúdo numa rede.
Nesta classe de clientes encontramos algumas instituições de ensino.
Distribuidores Iniciantes: São empresas que possuem boa parte do seu conteúdo em formato
digital, muitas vezes em alta definição e ainda estão avaliando as possibilidades de distribuição em
rede. É o caso, por exemplo, de algumas redes de televisão aberta.
Distribuidores Experientes: São empresas que já fazem uso de todos os recursos de mídia
digital, inclusive construíram CDNs com os recursos disponíveis, desenvolvendo aplicações de
O apelo de uma infraestrutura de serviços numa empresa de energia é único e sempre soa muito
bem junto aos seus clientes.
4.3 Cenários
Neste item descrevem-se os cenários possíveis para a solução de CDN. São eles:
Diversas empresas mostraram um grande interesse quando souberam que a COPEL está
conduzindo o projeto de CDN. Ao se visitar uma destas empresas, ela foi classificada como
Distribuidores Experientes, para avaliar o real interesse na infraestutura aberta e também para
entender quais são os componentes necessários na infraestrutura que está sendo planejada.
Como resultado desta visita, identificou-se que esta organização poderá ser um futuro cliente da
COPEL. A empresa manifestou o seu interesse na infraestrutura proposta e informou que
atualmente está contratando uma parte da sua CDN diretamente nos EUA e a outra está
distribuindo dentro das operadoras.
Este é um cliente que exige um nível de serviço de alta qualidade e já, de imediato, uma grande
infraestrutura como serviço.
5 Modelos de serviços
Até onde deve ir o investimento na infraestrutura de uma rede é uma decisão estratégica, como
negócio, sendo que a infraestrutura deve prover condições para que o uso da rede seja pleno.
Atualmente se está na era dos ZETTABYTES, onde o principal consumidor das infraestuturas de
armazenamento são os conteúdos de vídeo. A oferta de uma infraestutura completa com
armazenagem e empurrador de vídeo passa a ter influência na infraestutura de uma rede.
O atual projeto concentra-se principalmente no IaaS, que parece estar mais alinhado com a
vocação da COPEL em construir infraestruturas de rede abertas para terceiros.
6 IPTV ou Internet ?
Segundo Pedro Ripper, presidente da Cisco Brasil, o futuro das infraestruturas/redes de transporte
deverá ser conduzido pelo tráfego de vídeo visto que isto já está ocorrendo atualmente, onde o
tráfego de VoD já começa a superar o tráfego de P2P puro. Esta afirmação foi feita após uma
pesquisa promovida por sua empresa para identificar as tendências dos usuários e mercado. Ele
afirmou que a América Latina irá liderar o crescimento do tráfego de Internet até 2012 e que o
vídeo irá redefinir a arquitetura e o perfil de tráfego na Internet.
Dentre as contribuições que este projeto poderá fornecer para o desenvolvimento do BEL, uma
das principais é compor, junto com a rede aberta do BEL, uma opção atrativa para parceiros,
detentores de conteúdo de vídeo que irão valorizar o tráfego de Banda Extra Larga.
• Possível redução futura nos custos com a contratação do tráfego de trânsito na Internet.
A questão do futuro do tráfego e infraestruturas para suportar todas estas aplicações são
discussões muito estratégicas quanto à evolução dos serviços nas redes de dados de
telecomunicações.
O tráfego de Internet tem crescido muito nos últimos anos, somente na COPEL, apenas em 2009,
saiu-se de um tráfego de 200Mbps para 800Mbps. A Internet tem sido o verdadeiro meio de
transporte das mais populares aplicações. Apesar do custo da Internet estar em queda constante,
a oferta de banda verdadeiramente larga para os clientes finais deve ser suportada por uma
burocrática, imensa e dispendiosa contratação de transporte dos grandes players de Internet.
A COPEL, apoiada neste projeto, pode dar um grande salto para solucionar este problema,
principalmente para os futuros clientes do BEL.
Neste momento os próprios clientes da infraestrutura de Disco Virtual + CDN passam a forçar que
o tráfego das operadoras seja conectado o mais diretamente possível com a COPEL. Atualmente,
eles distribuem os seus servidores pelas operadoras, o que gera um alto CAPEX e OPEX para os
provedores de mídia.
A proposta poderá convergir para criação inicial de um PTT de 10Gbps com praticamente todas as
operadoras de telecom do país, para suportar os novos clientes ou parceiros da COPEL. De
maneira estratégica, este movimento irá posicionar a empresa para o futuro do transporte de
aplicações pela Internet em nosso país.
Existe, portanto uma lacuna de tempo, onde o tráfego dos clientes dentro do nosso estado estará,
ainda por algum tempo, ocorrendo maciçamente através dos acessos tradicionais de banda larga,
como ADSL e cable que são hoje ofertados por outras operadoras, sendo que muitas delas são
comercializadoras do tráfego de transporte e não possuem o interesse em conectar-se com a
COPEL.
Este cenário deverá ser modificado com a possibilidade de a COPL, através do projeto BEL,
posicionar-se como uma provedora de infraestrutura de rede aberta e neutra, em também à
medida que a COPEL passar a fornecer uma infraestrutura de CDN para os seus clientes e
parceiros de conteúdo, pois neste caso, as operadoras passam a ter uma necessidade em
melhorar a conexão com a COPEL, seja por redução de custos de transporte ou por melhoria da
qualidade.
Deve-se enfatizar que esta janela de oportunidade para a COPEL poderia ser fechada, na medida
em que os mais significativos conteúdos possam ser hospedados adequadamente num maior
número de operadoras, ou que alguma operadora tenha a mesma iniciativa que a COPEL. Mesmo
que o movimento de uma ou mais operadoras possa ser no sentido de prover esta infraestrutura,
atualmente não existe nenhuma operadora em nosso país com o conceito de fornecer serviços
dentro de uma infraestrutura aberta e este modelo poderá ser o grande diferencial para o sucesso
da COPEL neste segmento de telecomunicações.
9 Conclusão
Os autores entendem que este projeto é de extrema importância para o desenvolvimento pleno
dos direcionadores BEL e que existe uma janela de oportunidade que deve ser aproveitada,
garantindo assim o crescimento da COPEL Telecomunicações no estado e o provimento de mais e
melhores serviços à população.
10 Referências
[1] http://www.adrenaline.com.br/telecom/noticias/96/presidente-da-cisco-fala-sobre-o-futuro-da-internet.html
[2] http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=20431&sid=80
[3] http://www.cisco.com/en/US/solutions/ns341/ns525/ns537/ipodwdm_announcement.html
[4] http://pt.wikipedia.org/wiki/CDN
1 Introdução
Dentre as diversas melhorias do sistema BIT, são destacadas abaixo as principais, as quais
poderiam ser classificadas mais adequadamente como “evoluções do sistema”:
Após a entrada em produção do sistema no início do ano de 2006, a forma de inserção de dados
vindos da área comercial era manual. Com o passar do tempo, o volume de dados foi aumentando.
No segundo semestre do mesmo ano um outro colega, estagiário, Luiz Henrique Anjos Cardim,
implementou diversas melhorias na integração. Estas implementações possibilitaram o fim da
entrada manual de dados para novos serviços. Desde então, dados de clientes, endereços e
cadastro de serviços com suas respectivas velocidades alimentam o sistema BIT automaticamente
todos os dias.
No fim do ano de 2008 até meados do ano de 2009 foi implementada uma segunda versão de
integração, casada com uma nova facilidade de exportação de dados no sistema comercial, onde
os dados são exportados para um arquivo xml e este é lido pela nova versão de integração. Esta
facilidade veio em conjunto com o acréscimo no sistema dos dados da rede determinística, pois
até então somente os dados da rede estatística eram importados.
Outras iniciativas de integração também estão na lista das melhorias do sistema. Por exemplo,
integração com o sistema de gerenciamento de falhas HP Open View e com o sistema de
visualização de consumo Cacti.
Com a maturidade do sistema do ponto de vista de entrada de dados e tratativa individual dos seus
cadastros, foram levantadas necessidades de informações consolidadas para análise gerencial.
Assim, diversas informações foram sendo geradas a partir do sistema como indicadores,
quantidades, ocupação e disponibilidade de equipamentos, dentre muitas outras.
Um dos produtos mais amplamente divulgados pela área mantenedora do sistema é o relatório de
ocorrências. No início este era gerado e distribuído de forma manual. Em uma segunda fase
passou-se a ser gerado de forma semiautomática, com um click, salvando o resultado em um
arquivo no formato pdf e enviado manualmente por e-mail para diversos destinatários. Por fim, foi
implementado no sistema agentes que são executados através de agendamento em servidores, os
quais enviam por e-mail para destinatários previamente cadastrados, diariamente e
automaticamente, os avisos que os relatórios de ocorrências foram postados em um servidor que
disponibiliza a informação no formato web-xml. Atualmente este servidor é o PortalNet.
Dentre as melhorias implementadas no sistema BIT desde o seu nascimento, sem dúvida, a
geração de configuração de equipamentos através de scripts é a mais significativa, complexa e
geradora de uma economia absolutamente fantástica para a empresa.
Sistemas comerciais elaborados com este fim, normalmente possuem outras funcionalidades além
da geração de configuração, comumente chamada de provisionamento, a qual pode ser
considerada uma das mais importante do conjunto. Entre as funcionalidades estão o próprio
provisionamento, monitoração da rede, gerenciamento de configuração, atualização de software,
inventário, auditoria, recuperação em caso de desastres, dentre outras. As cifras deste tipo de
solução normalmente estão no calibre de sete dígitos ou mais.
Neste ponto é que se encontra o diferencial do sistema BIT. Ele procura cumprir com eficácia uma
parte do que um software comercial inchado de funcionalidades também se propõe: gerar a
configuração para qualquer equipamento de qualquer fabricante. Significa que o sistema BIT não
faz tudo que estes softwares de mercado fazem. Entretanto, ele cumpre com competência o seu
propósito. Outro ponto a favor do sistema é que ele foi concebido para atender especificamente a
necessidade da empresa, diferentemente das soluções comerciais em que normalmente os
processos e definições cadastrais necessitam de adaptação da empresa para a solução comercial.
O sistema atual utilizado em produção foi desenvolvido na linguagem Delphi 5 e com o banco de
dados MSAccess.
A plataforma escolhida para substituir o sistema atual foi java em ambiente web, utilizando a
tecnologia jsp e rich-faces, com banco de dados MySQL. Neste ponto é importante deixar claro
que o desenvolvimento da nova solução é independente do banco de dados. Significa que se
houver uma decisão técnica ou administrativa de troca de banco de dados, não há impedimento
por parte do desenvolvimento da nova solução. Bastam alguns pequenos ajustes para o correto
funcionamento do sistema.
4 Conclusão
A utilização do sistema BIT trouxe para as áreas usuárias ganhos que por diversas vezes são
difíceis de mensurar ou também muitas vezes passam despercebidos. O fato de existir uma
plataforma centralizada de dados da rede de telecomunicações possibilita a troca de informação
padronizada. É notável a proporcionalidade da exigência dos usuários em relação ao que o
sistema pode entregar. Na medida em que o sistema evolui, seus usuários evoluem também.
Lembrar do passado recente onde gastava-se muito tempo com procura e atualização de dados
em planilhas, e-mails e documentos, remete ao seguinte questionamento: “Será que precisamos
de mais e mais pessoas trabalhando nas diversas áreas da empresa ou precisamos de
ferramentas e processos melhores que tragam benefícios reais, reduzindo o tempo gasto com
atividades secundárias, direcionando esforços para as atividades realmente importantes para cada
profissional, área, enfim, para a nossa empresa?”
1 Introdução
Capacitação
Capacitar
V. t. d. e i.
1. Tornar capaz; habilitar: 2
2. Convencer, persuadir: &
V. p.
A definição, que traz uma explanação bem simplificada, remete à outra palavra pouco lembrada
quando tratamos sobre capacitação: a palavra habilitar.
2 O despertar da Operação
A primeira ferramenta que fez a área despertar para as lacunas que existiam com relação à
passagem de conhecimento foi a ISO9000:2000. Esta, que ao ser implementada na COPEL,
trouxe consigo também um aplicativo, desenvolvido pela área de TI, denominado Sorriso.
Outra ferramenta, que foi apresentada à área pela equipe de engenharia IP, que muito auxiliou na
aceleração do conhecimento, foi o Portalnet. O conceito de compartilhar conhecimento numa base
única e de fácil pesquisa, nos revelou ser bastante eficiente no momento mais crítico, quando os
profissionais, sob o regime de sobreaviso, necessitam de atuação na rede de telecomunicações.
Por fim, uma outra iniciativa da área que tem dado bons resultados, é promoção treinamento
ministrados pela própria área, ou ainda pela área de Engenharia IP.
2.2 O Portalnet
O Portalnet, ferramenta proposta e concebida pela área de engenharia IP, teve como fundamento
a mesma filosofia da Wikipedia, ou seja, uma ferramenta aberta, com conteúdo colaborativo e que
pudesse ser acessada por todos, utilizando uma interface simples de acesso e busca. Esta
Apesar do forte apelo que o Portalnet tem pela sua proposta, ainda há muitos desafios a serem
vencidos para que este torne-se uma referência, quase que exclusiva, para recuperar informações
operacionais. O controle sobre um procedimento vencido ou qualquer informação que já se tornou
obsoleta são alguns dos problemas deste portal. A repetição da informação ou até a validade dela
também é outro fator que preocupa. Isto porque, mesmo sendo baseado no conceito da Wikipedia,
o Portalnet difere desta porque ainda não tem gestores da informação, que teriam o papel de
validar a informação a ser armazenada. A falta desse gestor é que tem, de certa forma, mantido
ainda o Portalnet como uma referência secundária como alternativa de conhecimento
compartilhado.
Percebendo esta dificuldade, a Operação tem elaborado cursos com conteúdo direcionado e com
um ambiente voltado para a prática aplicada aos negócios da empresa. São cursos direcionados
visando um único público, o que torna a passagem de conhecimento mais produtiva e uniforme. O
próprio conceito do curso tem sido trabalhado, pois o entendimento de que o conhecimento
somente pode ser retransmitido com base em apostila e recursos audiovisuais está sendo
alterado. Repasse de conhecimentos, quase como um formato de palestra ou de uma pequena
reunião, tem se tornado mais comuns na área, visando um fim, já planejado e controlado, para
cada novo funcionário.
Contudo, ater-se somente às lacunas de conhecimento técnico apenas da equipe seria como
negar que a área não faz parte de um processo. Pensando assim, a iniciativa de estender os
cursos para as outras equipes da área de telecomunicações contribuiu para que a Operação
tivesse mais produtividade em certas atividades. Estes cursos promoveram, além de uma
responsabilidade cooperativa, uma maior integração entre as áreas, tornando as atividades
conjuntas mais ágeis.
3 Conclusão
4 Referências
[1] Dicionário Aurélio Eletrônico, versão 3.0. Acesso em 20/10/2009.
12 de conhecimentos para o
desenvolvimento do novo modelo
estratégico da COPEL Telecomunicações
1 Introdução
Missão
Visão
A necessidade de atualização permanente de conhecimentos para o desenvolvimento do novo modelo estratégico da COPEL Telecomunicações 81
comunicações e para a disponibilização destes serviços, tendo em conta a cobertura da sua rede
no estado, a COPEL Telecomunicações passa a adotar o modelo de integradora, de forma a
disponibilizar uma plataforma aberta e neutra para o provimento de múltiplos serviços com
múltiplos parceiros que passarão a complementar, de acordo com as demandas deste novo
mercado, os serviços de infraestrutura de Internet e comunicação em redes que a COPEL
Telecomunicações já oferece atualmente, proporcionando muito mais comodidade e conveniência
para os usuários. Como efeito deste novo posicionamento e, por conseguinte, do seu crescimento
em volume de usuários e de capilaridade de rede, a COPEL estimulará ainda mais a livre
concorrência, oportunizando a alavancagem de novos negócios, além de fomentar cada vez mais
o desenvolvimento socioeconômico do Paraná através das telecomunicações. Mas o que se pode
dizer do que virá a seguir? Ao certo, ainda não se sabe! O que se pode adiantar é que virá a Web
3.0, seguida pela Web 4.0 e assim por diante...E, se pelo menos isso é sabido, é preciso que se
inicie uma profunda reflexão estratégica com ações para adentrar e permanecer na futura e não
muito distante era x.0 da Web, concentrando esforços para se atualizar com o perfil e desafios
deste novo mercado, inserido em um modelo de gestão eficiente e de alta competitividade.
• Integração com redes que utilizam tecnologias distintas (óptica, wireless, PLC e outras).
Diante do novo cenário que a COPEL Telecomunicações está se inserindo, faz-se necessário a
realização de um amplo trabalho de atualização profissional, envolvendo a discussão da matéria
com os gestores e demais colaboradores das operações no que diz respeito ao desenvolvimento
das atividades correlacionadas à estratégia e das competências exigidas para o acompanhamento
do modelo adotado. Em outras palavras, é preciso sistematicamente renovar o acervo de
conhecimento para a execução consciente de ações alinhadas com os objetivos estratégicos da
organização.
A necessidade de atualização permanente de conhecimentos para o desenvolvimento do novo modelo estratégico da COPEL Telecomunicações 83
Arie de Geus, em seu livro A Empresa Viva, refere-se as organizações competitivas como
“organizações baseadas no conhecimento” ou como “organizações que aprendem”: organizações
inerentemente mais flexíveis, adaptáveis e mais capazes de continuamente “reinventarem-se”.
Tais organizações terão como base a crença de que, em um mundo de mudanças cada vez mais
aceleradas e crescente interdependência, “a fonte básica de toda vantagem competitiva está na
capacidade relativa da empresa de aprender mais rápido do que seus concorrentes, o que pode vir
a ser a única vantagem competitiva sustentável”. Por este prisma, vale lembrar Charles Darwin e a
teoria da evolução das espécies: "Não é o mais forte, nem o mais inteligente, é o mais adaptável
às mudanças que vai sobreviver". A teoria de Darwin também tem muita valia para as
organizações, visto que neste contexto, a sobrevivência se torna sinônimo de competitividade. De
maneira geral, estamos acostumados a associar competitividade com atributos mercadológicos,
que de fato são indispensáveis e fundamentais para sustentar a competitividade de uma
organização, mas não suficientes. Isto porque, adaptação, flexibilidade e agilidade são atributos
humanos. No entretanto, não podemos estabelecer um manual de procedimentos para formar
pessoas competentes, uma vez que estes talentos não podem ser adquiridos, mas sim,
desenvolvidos continuamente.
Para Kaplan & Norton, a causa fundamental para o sucesso de uma organização está relacionada
as pessoas, enfocadas na perspectiva de aprendizado e crescimento no modelo de gestão
baseado no Balanced Scorecard BSC das organizações, como o alicerce para gerar crescimento,
produtividade e melhoria a longo prazo. Para eles, “a inovação e a melhoria de produtos, serviços
e processos nascerão da reciclagem dos funcionários, pelo uso de tecnologias de informações e
de procedimentos organizacionais estrategicamente alinhados. Organizações bem sucedidas são
aquelas em que suas lideranças estão permanentemente envolvidas com o processo de
aprendizagem dos seus colaboradores como matéria-prima para a geração e ampliação do
conhecimento nas suas mais diversas áreas e na transformação destes em ações direcionadas
para o atingimento dos objetivos organizacionais. Esta compreensão e investimento em pessoas é
que determinarão ou não o sucesso de qualquer empreendimento. Esse é o princípio
fundamental!” De forma complementar, o aprendizado inserido no contexto educacional, deve ser
essencialmente percebido como a chave para o desenvolvimento sustentado das organizações e
de seus colaboradores no âmbito pessoal e profissional. De acordo com a etimologia da palavra
educação, o verbo educar deriva do grego duc (conduzir), e o e (reflexivo), o ato ou efeito de se
autoconduzir, o que, no sentido filosófico da palavra, significa ser o responsável direto sobre suas
ações, assumindo o comportamento adequado para liberar o espírito humano que torna possível a
iniciativa, a criatividade e o empreendorismo.”
FORMAS DE TRANSMIÇÃO DO
CONHECIMENTO
ÍNDICES DE RETENÇÃO
DO CONHECIMENTO
5% Assistir uma palestra
10% Leitura
FOCO DAS
ATIVIDADES
75% Praticando o conhecimento
A necessidade de atualização permanente de conhecimentos para o desenvolvimento do novo modelo estratégico da COPEL Telecomunicações 85
ilustrado, está notoriamente baixando ao longo do tempo. Esta percepção, pelo enfoque da
atualização de conhecimento, reforça o que Peter Drucker afirmou, ao final dos anos 80, quando
dizia que “20% das mudanças e transformações de maior impacto global ocorreriam nos últimos
vinte anos do século XX, e que 80% delas ocorreriam nos vinte primeiros anos do século XXI”.
Defasagem da
Atualização
Habilidade real
de Utilização
1980 Tempo
O uso do recurso de videoconferência tem sido uma constante na COPEL Telecomunicações para
a promoção de reuniões de rotina entre áreas fisicamente distantes e em reuniões gerenciais com
a participação dos gestores lotados nos polos de telecomunicações localizados no interior do
estado. Além disso, são promovidas encontros virtuais com fornecedores que detém sistemas
compatíveis de videoconferência ao utilizado na COPEL. Entendendo a necessidade de constante
atualização de conhecimentos para os profissionais da COPEL Telecomunicações, de acordo com
os conteúdos acima expostos para o desenvolvimento do modelo integrador, a utilização de
videoconferência estabelece a melhor relação custo-benefício para a promoção de eventos desta
natureza. A redução de custos, fortemente evidenciada na anulação de deslocamentos e
hospedagem, além da expressiva economia de tempo, gera comodidade, praticidade e escala de
participantes. Estudos comparativos de custos já realizados para a participação de uma pessoa em
um evento de atualização profissional, promovido em ambiente externo, na forma presencial, em
relação a possível utilização de videoconferência para a mesma finalidade, apontam para uma
proporção de no mínimo 1/10, ou seja, com o custo de participação de uma pessoa em um evento
externo, seria possível proporcionar a mesma oportunidade para, no mínimo, dez pessoas usando
o recurso de videoconferência. Cabe observar que estes custos, por sua vez, acabam se diluindo
cada vez mais a medida que se aumenta o número de participantes. Embora possamos utilizar o
recurso de videoconferência para a promoção de eventos de atualização, é necessário
4 Conclusão
5 Referências
[1] GEUS, Arie de. A Empresa Viva. 1ed. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1998.
[2] KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A. Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. 1ed. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1977.
[3] MAGALHÃES, Dulce. Mensageiro do Vento. 1 ed. Rio de Janeiro, Qualitymark, 2006.
A necessidade de atualização permanente de conhecimentos para o desenvolvimento do novo modelo estratégico da COPEL Telecomunicações 87
13
Jackson Antonio Lis
Smart Grid
O termo Smart Grid, que pode ser traduzido como Malha ou Rede Inteligente (de energia elétrica),
tem sido bastante comentado desde promulgação do “American Recovery and Reinvestment Act”
ou Ato de Reinvestimento e Recuperação pelo Presidente Barack Obama (EUA), logo após a sua
posse.
Smart Grid 89
• Melhorias nas operações da rede elétrica:
Alta recuperação no caso de falhas.
Menor tempo de indisponibilidade / menos indisponibilidades / decisões inteligentes.
Mas o que realmente significa Smart Grid para os americanos? Sobrepondo diversos depoimentos,
parece que para ele Smart Grid está sendo entendido como:
• Automação da Distribuição.
• Segurança Cibernética.
E para os brasileiros, o que está sendo entendido como Smart Grid? Apesar das opiniões ainda
divergirem, percebe-se já o entendimento abaixo:
• Pela ANEEL:
A redução das perdas, melhoria da qualidade da energia oferecida e possibilidade de
redução da tarifa.
No Brasil, num recente evento sobre Smart Grid abrangendo a América Latina, alguns gestores de
grandes empresas e de grupos de empresas, comentaram sobre suas expectativas:
Grupo 1: Aumento da lucratividade.
Grupo 2: Uma cesta de motivos que compreende redução de custos e perdas, melhoria
da qualidade, do meio ambiente, da lucratividade e oferta de novos serviços como por
exemplo energia pré paga.
Um dos principais elementos, compreendido pelo Smart Grid, são os medidores eletrônicos,
conectados bidirecionalmente. Dessa forma se terá não somente a Telemedição, mas também
mais um ponto de sensoriamento da rede de distribuição.
Na COPEL Distribuição a telemedição já é utilizada em alguns locais, porém os planos futuros são
bastante arrojados.
Smart Grid 91
1ª Momento – Telemedição de consumidores do Grupo A:
Fibra óptica
Tunelamento
VPN TELEMEDIÇÃO
Medidor IP
Figura 1
A partir dos clientes conectados em Fibra óptica abrem-se mais oportunidades para a COPEL
Distribuição com a transformação desses locais em pontos de atendimento para outras conexões,
como por exemplo soluções especializadas de Rádio Frequência ou mesmo WiFi, possibilitando a
telemedição de outros clientes nas proximidades, incluindo clientes do grupo B e também o
monitoramento de pontos da Rede de Distribuição nas proximidades.
Figura2
Por outro lado, a conectividade desses clientes em fibra abre oportunidades para a
comercialização de serviços de telecomunicações, desde Internet pela COPEL Telecomunicações
até serviços de terceiros como Telefonia IP, através do modelo BEL de rede aberta.
Smart Grid 93
Telefonia IP
IP TV
fastTV
...
X TV IP TV
... opção
opção Telefone IP
Fibra óptica
Tunelamento Internet
VPN TELEMEDIÇÃO
Internet
Medidor IP
Figura 3
A conexão desses clientes do Grupo B, que na maioria são residências e apartamentos, pode ser
através de fibra óptica.
Figura 4
No entanto, a data de início ainda não está definida. Fala-se que isso acontecerá a partir de 2011.
No momento a ANEEL está consolidando os requisitos desse medidor eletrônico, sendo que as
características, ainda não oficiais, divulgadas pela ANEEL, compreendem:
• Tensão.
• Corrente.
• Fator de potência.
• Frequência.
• Dados bidirecionais.
Smart Grid 95
(i) Conectividade óptica:
Medidor eletrônico
Dessa forma o medidor estaria pronto para a conectividade óptica oferecida pela COPEL
Telecomunicações.
Telefone
IP
Internet IP TV
Medidor eletrônico
Com o micro switch seria a possível a COPEL Telecomunicações ofertar serviços próprios e de
terceiros aos consumidores.
Telefone
IP
Medidor eletrônico
Internet IP TV
Fibra Óptica
O switch óptico possibilitaria à COPEL Telecomunicações entrar de forma óptica e passiva dentro
da residência, através da mesma tubulação dos cabos de energia sem oferecer ou sofrer
interferências elétricas ou de rádio frequência.
O fabricante de medidores eletrônicos, com quem se conversou, deixou claro que todas as
alternativas acima são possíveis de serem fabricadas, ressaltando que a terceira seria a mais
adequada devido à passividade elétrica da conexão, protegendo o medidor de fatores elétricos
externos incluindo oxidação de contatos.
Telefone
IP
Medidor eletrônico
Internet IP TV
Cabos Elétricos
e
Fibra Óptica
Juntos
Figura 8
A partir da terceira alternativa surgem mais oportunidades de melhoria na conexão da fibra óptica
ao cliente com a utilização de cabos elétrico já com a fibra óptica fundida ou então de cabos
elétrico com tubos apropriados para a inserção de fibras óptica.
Smart Grid 97
Existem também outras forma de conexão além da fibra óptica, vale comentar sobre os testes com
a tecnologia BPL (Broad Band Powerline) que a COPEL está fazendo na cidade de Santo Antonio
da Platina.
Os testes têm mostrado a dificuldade que é a transmissão de dados pela rede elétrica,
notadamente dentro das residências devido aos ruídos espúrios gerados por diversas fontes,
desde aparelhos eletrodomésticos, reatores elétricos de lâmpadas, fontes chaveadas e
carregadores de baterias de diversos equipamentos tais como telefones celulares, MP3s,
máquinas fotográficas etc, e até uma geladeira velha que além de desperdiçar energia ainda é
eletricamente ruidosa.
Outra constatação nos testes empreendidos em Santo da Platina foi que em alguns clientes onde a
conectividade BPL dentro da residência não foi possível devido justamente aos ruídos, mesmo o
sinal BPL estando satisfatório no medidor, o próprio consumidor fez uma conexão elétrica direta a
partir do medidor até o local dentro da residência onde desejava ter o sinal BPL e obteve sucesso.
FILTRO
SINA Internet
L BPL RUÍDO
Fibra Óptica
Modem BPL
Figura 9
Ainda é prematuro concluir sobre a total aplicabilidade da tecnologia BPL, porém talvez com BPL,
exista a chance de uma outra alternativa de conectividade para a telemedição de energia elétrica e
também a possibilidade de uma alternativa de conectividade Internet aos consumidores, talvez não
tão confiável como em fibra óptica, mas que eventualmente possa ser a única opção para muitos
consumidores humildes e distantes. Dessa forma, sempre lembrando que ainda estão sendo
realizados os testes, a tecnologia BPL poderá vir a ser mais uma alternativa de conexão aos
medidores eletrônicos e também uma alternativa de conectividade Internet a clientes residenciais,
onde a COPEL Telecomunicações poderia ter um produto de Internet disponível na rede elétrica
(dentro da rede elétrica), com a garantia de presença do sinal BPL até o medidor, cabendo ao
consumidor providenciar a conectividade até o ponto desejado dentro da residência, onde o
consumidor acessaria a Internet mediante um mecanismo de validação de usuário (Nome de
usuário e senha) e pagaria somente pela quantidade de Internet efetivamente consumida. Porém
lembrando, os testes ainda estão em andamento.
CAPA
Breno Afonso Soares Magalhães
Fernanda Lianna Will