Você está na página 1de 14
jamento participativo, relagdes ensino-apren- jento natural dos eixos anteriormente apresenta- réncia que traduz uma 60 projeto politico-peda- Os autores 1 PROJETO POLITICO-PEDAGOGICO DA ESCOLA: UMA CONSTRUGAO COLETIVA Tima Passos Alencastro Veiga’ Introducdo © projeto politico-pedagdgico tem sido objeto de estudos para professores, pesquisadores e instituigdes educacionais em nivel nacio- nal, estadual e municipal, em busca da melhoria da qualidade do ensino. O presente estudo tem a intengio de refletir acerca da construgio do projeto politico-pedagégico, éntendido como a propria organizacao do trabalho pedagogico da escola como um todo.) ‘A escola € 0 lugar de concepeio, realizagio ¢ avaliagio de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedag6- ico com base em seus alunos. Nessa perspectiva, é fundamental que ela + Pesguisadoraasocadasénior da Faculdade de Eaucagio da UnB. assumma suas responsabiliiades, sem esperar que as esferas administra ‘vas superiores tomem esss iva, mas que The déem as condigdes necessérias para leva te, Para importante que se fortale- gam as relagGes entre escola e sistema de ensino. Para isso, comecaremos, na primeira parte, conceituando projeto -pedagdgico. Em seguida, na segunda parte, trataremos de trazer nossas reflexdes para a anilise dos principios norteadores. Finalizare- ‘mos discutindo os elementos basicos, da organizagio do trabalho peda- ‘g6gico, necessétios & construcio do projeto politico-pedagégico. Conceituando o projeto politico-pedagdgico O que é projeto politico-pedagégico No sentido etimol6gico, o termo projeto vem do latim projects, ificagao (Ferreira 1975, p. 1.144). Ao constrairmos os projetos de nossas oe anejamos o que a diante, com base ces a um futuro diferente do ss promessas foram visives os campos de agio posstvel, comprometendo seus atores autores, (1994, p. $79) Nessa perspectiva, o projeto politico-pedagégico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O 12 projeto nao € algo que € construido e em seguida arquivado ou encami- nhado as autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocréticas (Ele € construfdo e vivenciado em todos os momen- 0s, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. ) icon ee tna freefeerietiyresda populeessa onenANEpol no sentido de compromisso com a formagio do cidadio para um tipo de jedade. “A dimensao politica se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto pratica especificamente pedagégica” (Saviani 1983, p. 93). Na dimensao pedagégica reside a possibilidade da efetivacio da intencionalidade da escola, que € a formacdo do cidadio participativo, responsivel, compromissado, critico e criativel Pedagégico, no sentido de definir as acbes educativas e as caracteristicas necessitias s escolas de cumprirem seus propésitos e sua intencionalidade. se de uma relagio reciproca entre a dimensio politica ¢ a dimensio pedagégica da escola, tir em processo de~ a forma de organi projeto politico-pedagégico, a0 se cor wocritico de decisoes, preocupa-se em instaurar zagio do trabalho pedagégico que supere os conflitos, buscando elimni- nar as relag6es competitivas, corporativas ¢ autoritarias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia B jor da escola, diminuindo os efeitos fragmentarios da ho que reforca as diferencas e hierarquiza os poderes de necessdrias & organizacio do trabalho pedag6gi- tho do professor na dinimica interna da sala de aula, nova organizacio para a escola constitu uma ousadia , pais, alunos e funcionitios, larmos essa ousadia, necessitamos de um referencial referencial temos que tecorrer para a compreensio dagégica. Nesse sentido, temos que nos alicercar nos. vel, que parta da jucionar os problemas da 1m, 0 domifiio das bases teGrico-metodolégicas i das concepgSes assumidas coletivamen- rina Freitas que: ‘As novas formas t€m que ser pe correlagies de foiga — 3s ver ‘Tero que nascerno proprio hi ‘cam apoio dos professo- 1086 pesquisadores. Nao poderéo fas por alguém, longe da cexcola eda luta da escola. (gritos do autor) (Freitas 1991, p. 23) Isso significa uma enorme mudanga na concepgio do projeto politico-pedagégico e na propria postura da administragao central. Se a escola nutre-se da vivéncia cotidiana de cada um de seus membros, co-participantes de sua organizacao do trabalho pedagégico a adminis- tragio central, seja o Ministétio da Educagio, a Secretaria de Educagio Estadual ou Municipal, ndo compete a eles definir um modelo pronto e acabado, mas sim estimular inovagdes e coordenar as agoes pedagdgicas plangjadas e organizadas pela propria escola. Em outras palavras, as cescolas necessitam receber assisténcia técnica e financeira decidida em Conjunto com as instincias superiores do sistema de ensino. Isso pode exigir, também, mudangas na propria logica de organi- zagiio das instincias superiores, implicando uma mudanca substancial na sua pritica. Para que a construcio do projeto poltico-pedag6gico seja possi- ‘yel nio é necessério convencer os professores, a equipe escolar © os funcionérios a trabalhar mais, ou mobilizé-los de forma espontinea, mas propiciar situacdes que Ihes permitam aprender a pensar e a realizar fazer pedagégico de forma coerente. ponto que nos interessa reforcar € que a escola néo tem mais, possibilidade de ser dirigida de cima para baixo e na ética do poder centralizador que dita as normas e exerce 0 controle técnico burocratico. ‘Aluta da escola € para a descentralizagfo em busca de sua autonomia & qualidade. Doexposto, o projeto -pedagégico nao visa simplesmente um rearranjo formal da es ‘a uma qualidade em todo 0 pprocesso vivido, Vale acrescentar, ainda, que a organizagio do trabalho i, mas 15

Você também pode gostar