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[XXXXX]
A Carta Magna dispõe ainda, em seu artigo 206, inciso I, que o ensino será
ministrado com base, entre outros, nos seguintes princípios: I – igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola; (...)
Contrapondo-se o teor das disposições contidas nos artigos 6º a 8º da Resolução
Normativa [XXX] aos dispositivos constitucionais acima transcritos, nítida se mostra a
ofensa ao direito líquido e certo do impetrante de concorrer em igualdade de condições
com todos os demais candidatos, a uma das 40 vagas do curso de DESIGN DE
ANIMAÇÃO oferecido pela [XXX].
Desse modo, não existe qualquer critério objetivo e científico, que permita
identificar alguém como “negro”, muito menos uma auto-declaração pode servir
para atribuição de tal qualidade, haja vista, que o diagnóstico fundado na morfologia
e constituindo corporal sabidamente não autoriza a identificação da raça.
,Nem mesmo a Comissão Institucional prevista na referida Resolução Normativa
(art 8º par. 2º) para “validar a auto-declaração”, tem condições técnicas e científicas
para aferir tal qualidade de forma precisa.
Todavia, ainda que fosse possível a identificação de tal qualidade a uma
determinada pessoa, o fato de alguém ser considerado “negro”, “branco” ou
“amarelo”, não importaria em critério de erradicação das desigualdades sociais, visto
que o fato de alguém ser considerado um ou outro não caracteriza motivo
determinante de inferioridade ou superioridade intelectual ou social.
Portanto, o critério de acesso às vagas, delimitada pelo programa de “ações
afirmativas”, em especial às vagas destinadas aos “negros” (artigo 6º, I da mencionada
Resolução Normativa), afronta o principio constitucional da igualdade,
especificamente, o de igualdade de condições ao acesso e permanência à escola, sem
dizer que impõe uma injustificada discriminação aos demais candidatos, entre os
quais se insere o impetrante.
III- DO PEDIDO:
Constando a palpável arbitrariedade e ilegalidade do ato praticado e os danos
que dele sobrevieram ao Impetrante, REQUER-SE:
1 – A notificação dos impetrados para prestarem informações no prazo legal,
sob as penas da lei;
2 – Que seja concedida a segurança, declarando a
ilegalidade/inconstitucionalidade de forma incidental dos artigos 2º, incisos I e II, artigo
6º, incisos I e II, 7º e 8º, caput e parágrafos e 14 da Resolução normativa XXX],
determinando que a instituição de ensino proceda com o impetrante o mesmo
procedimento adotado para os aprovados no vestibular da [XXX], uma vez ter
alcançado a [XXX]ª posição das 100 disponíveis ao curso de [XXX], sem que se leve
em conta os óbices das ações afirmativas relativas às vagas destinadas a “negros” e
“alunos provenientes do ensino público”;
3- Leve-se ainda em consideração o perigo na demora, bem como seja dada
tramitação prioritária ao feito tendo em vista que as matrículas deverão ser realizadas
em data próxima.
4- A intimação do Ministério Público Federal para apresentar suas
considerações acerca do caso em tela;
Dá-se a causa o valor de R$ 100,00 (cem reais) para efeitos meramente fiscais.
Nestes Termos,
Espera Deferimento.
Local e data
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF XXX
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL
CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE – PARAÍBA
SINOPSE FÁTICA
DO DIREITO
Nesse sentido, o direito do Autor não está limitado apenas aos arts. 186, 187 e
927, do CC, mas também, deve ser observada a Lei 8.078/90. Em vista disso, a Lei
consumerista em seus incisos VI e VIII, art. 6º, é cristalina não deixando margens para
dúvidas, aquele relativo ao dano moral, este a inversão do ônus da prova, verbis:
Neste desiderato, pela inversão do ônus da prova deverá – qualquer que seja o
juízo – observar, aquele dispositivo, visto que o fato alegado se mostra verossímil, logo
determinando as Rés, seu dever de provar o contrário.
Também, no que concerne ao tipo de responsabilidade que têm as empresas rés,
neste caso, o CDC ao informar seu caráter objetivo, devendo as empresas responder
mesmo que não agisse com culpa (art. 14, do CDC). Ressalte-se, também o fato de que
a pratica adotada pela empresa é abusiva (art. 39, VII, IX).
Além, disso, o próprio Código de Defesa do Consumidor, prescreve que, no
fornecimento de serviços respondem pelos vícios de qualidade que os tornem
impróprios ao consumo (art. 20, caput, CDC). Se o serviço fornecido pelo banco foi
defeituoso e se a Credicard é quem credenciou o banco para prestar tal serviço o que
dizer da responsabilidade destas empresas.
Assim, o direito do autor se mostra cristalino restando a ré o dever de indenizar.
DO PEDIDO
Diante dos fatos articulados e fundamentados no direito, pela privacidade
vilipendiada e moral espancada, é que se requer o seguinte:
A citação das Rés, pelo correio, na pessoa de sue representante legal, no
endereço contido em sua qualificação, para contestar, querendo, sob pena de revelia e
serem tidos como verdadeiros os fatos alegados.
A condenação das Rés ao pagamento de uma indenização a título de danos
morais em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência e em danos materiais no valor ao
prejuízo sofrido pelo réu ao pagar os juros e demais encargos financeiros.
Requer-se, ainda, que seja observada a inversão do ônus da prova, por ser
verossímil a prova do Autor.
Por derradeiro, seja a Ré condenada nos honorários de sucumbência, no
percentual de 20 % (vinte por cento) do valor da condenação.
Desde já protesta por todas as provas que o direito permite, principalmente, o
depoimento pessoal das Rés e a oitiva de testemunhas que irão independentes de
intimação.
Dá-se a causa, para efeitos fiscais o valor de R$ 100,00 (cem reais) para efeitos
meramente fiscais.
DOS FATOS
DO DIREITO
- Unânime.
DO PEDIDO
Termos em que,
Pede deferimento.
Rol de Testemunhas: