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Eu queria começar esse texto com algo extremamente filósifco, mas bem, você odeia filosofia

e questionamentos vazios sem sentido — apesar de fazê-los quase sempre e


inconscientemente. Sendo assim, posso te comparar com uma pérola. Na verdade, eu faço
essa comparação com frequência.

Uma pérola é algo tão lindo e valioso, certo? Uma joia preciosa que chega a corromper nossos
olhos com gigantesca beleza, como você. Porém, seria superficial e hipócrita dizer que te
comparo com algo tão precioso só por causa da sua beleza externa.

Apesar de que ela é bem presente, até no jeitinho simples que você fala, molha os lábios com
a língua e dá um sorrisinho matreiro.

Mas, quando te digo que aos meus olhos, você é uma pérola, também é por seu processo de
criação. Diamantes são pedras brutas que são lapidadas com o tempo e esforço, rubis
precisam de forças externas para se tornarem bonitos, são superaquecidos para tomar uma
cor mais intensa e vívida... Já as pérolas podem ser explicadas por um proverbio japonês:

“uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."

Sabe aquelas pérolas lindas que falei no início do texto?

Elas são produtos da dor;

Resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como


um parasita ou grão de areia, qualquer molécula estranha que a invadiu. Algo que ela não
pediu. Que a machucou. Que a modificou ou prejudicou. Algo que está levando-a para um
caminho que, com certeza, ela desconhece e não o deseja.

Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um
grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia
com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.

Como resultado, uma linda pérola vai se formando.

Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida
cicatrizada. O mesmo pode acontecer conosco, comigo, e pelo jeito... Com você. Com a sua
força de vontade em completa escassez e todas as outras cooperando para que você fique
saturado e cansado da vida.

Sei o quanto é difícil se concentrar quando o ambiente externo faz de tudo para que você
procrastine, para que desista de seus principais objetivos e sonhos, até da sua índole e
aptidões para seguir algo banal guiado pela simples necessidade. E ainda reconheço que essa
equação só se complica mais quando os fatores incógnitos de “você-mesmo-está-se-
complicando” é adicionado a ela. E é aqui que começo o verdadeiro sentido desse texto:

Eu escutei diversas coisas quando entrei lá no TPARKING e todas as qualidades boas se


acercavam no nome de uma só pessoa: Rafael.

Brincadeiras à parte.
Era o seu nome.

Tudo bem, no começo era estupidamente irritante. Roger isso, Roger aquilo — me imagina
remendando isso com uma careta ridícula e destilando deboche como uma cascavel — e eu
tentando me lembrar de quem era o ser humano que estavam falando, já que eu tinha apenas
uma vaga ideia. Mas, depois que você apareceu, eu entendi o porquê de tantos elogios.

Ok.

Depois de bater palmas (e várias siriricas, só a título de informação mesmo) para a sua beleza,
né.

Todavia, editando essa parte. Era notável teu esforço e eu comecei realmente a confirmar o
porquê da palavra “competência” ser praticamente o seu sobrenome. Roger, você uma das
pessoas mais esforçadas que já tive o prazer de conhecer. Sempre disposto, sempre “na ativa”.
Uma força da natureza que simplesmente nem precisava abrir a boca para impor sua presença.

E inteligente pra caralho né? Assim, entendo que essas coisas são relativas. Mas, puta que
pariu, se a gente parar pra pensar, inteligência não é dom, é esforço e dedicação. É vontade.
Garanto que metade dos paranauê ninjas que você faz no computador e relacionados a
tecnologia não aprendeu por osmose, ou simplesmente, cheirando o chulé do sapato falso do
Steve Jobs que comprou pelo E-bay.

Somando esses fatos e atrelando a vários outros, eu te pergunto: como uma pessoa que é
capaz de fazer todas essas coisas, perder sua força de vontade? Sua motivação deve vir da
lembrança de todos os seus objetivos, de tudo que você quer cumprir até certo tempo, Roger.
Qual é o seu verdadeiro sonho? A sua aspiração? Responda para si mesmo.

Pronto.

É por isso que você deve lutar com unhas e dentes.

Cada gota de suor que vejo você despejando ao ir atrás das suas metas é edificante de
observar. Você sabe que nada vai cair simplesmente no seu colo que é bom ter sonhos. Mas é
melhor ainda, levantar a bunda da cadeira e suar a camisa para torna-los realidade. É essa
jornada que te faz ter um caráter tão belo. Tão raro. Se você enxergasse o quanto é
interessante, nem olharia nas faces alheias.

Porque tu é um homão da porra, sinceramente.

Eu realmente te admiro pra cacete, já deu para perceber.

Portanto, a única coisa que peço é: Lembre daquilo que te trouxe até “aqui”, um ponto de
alcance viável e vá atrás dele. E se no caminho algo te machucar, saiba que as melhores
pérolas são aquelas que levam mais tempo para serem abertas e reveladas pelas ostras.

Você merece o mundo, basta ir atrás dele.


Começa respirando fundo e se concentrando para estudar, lindo.
Bons estudos.
Evenny

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