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O devir buceta

Eu vi os inconscientes maquínicos

do gênero feminimo,

serem mortas e destruídas

através do poder penêscentrico.

histéricas, loucas nus, pretas escravizadas,

arrastando-se pelos manicômios mineiros,

comendo suas próprias placentas.

Olhos loucos, sendo encarcerados

pela fabricação da loucura,

pela fabricação do escravagismo,

pela fabricação do racismo,

que grandeza de corpos e farrapos

que a pobreza do poder que os condena.

Por seu útero,

o pênis esmurra

o poder de decisão à vida.

Quem eles são?

As mulheres que enlouqueceram

nas academias, nas artes,

nas tragédias da história,

chocam com o esquecimento


ao pó do silêncio.

Quem criou tantas algemas,

e práticas para suicidar?

Quem comeu a hóstia,

o sangue e corpo de Cristo,

para empoderar que o inferno existi,

para existir?

Quantas deixaram de gozar ,

por abrir ás pernas com medo?

Quem sentou-se na rua,

e não encontrou refúgio,

pois tudo era possível,

e não acreditar

que o sol acordaria pela manhã?

Quem rascunhou a noite,

em busca de cores?

Abandonadas na noite,

pelas vigílias de amor?

Quem jogou o relógio para a cabeça?

Já que o tempo foi de ninguém, mais

que seu?
Exausta de não viver em si,

cortaste o pulso,

fracassada,

foi morrer por trabalhar,

envelhecia e, todos lhe usará.

O tempo, as juras de maldição,

A vela que acende e apaga.

A lua e o sol.

Entra, enfia!

fundem.

Gemem?

O clitóris é mais em cima

do que embaixo.

A buceta engole o pau

Todo dia,

é dia santo com a buceta.

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