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Consumidor 1ed PDF
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Além dela, este volume apresenta os dispositivos da Constituição e do Código Penal relativos
ao tema, e algumas relevantes normas correlatas, como a Lei no 12.414/2011, que disciplina
a formação e a consulta a bancos de dados, e a Resolução da Anatel no 632/2014, que
aprova o Regulamento Geral dos Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações.
Consumidor
Consumidor
CDC e normas correlatas
SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Magno Malta
Senador Jayme Campos
Senador João Durval
Senador Casildo Maldaner
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas
Consumidor
CDC E NORMAS CORRELATAS
Brasília – 2014
Edição do Senado Federal
Diretor-Geral: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho
Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho
ISBN: 978-85-7018-563-1
CDDir 342.5
Normas correlatas
32 Lei no 8.137/1990
36 Lei no 9.656/1998
52 Lei no 9.870/1999
55 Lei no 10.962/2004
56 Lei no 12.291/2010
57 Lei no 12.414/2011
61 Lei no 12.741/2012
63 Decreto no 1.306/1994
66 Decreto no 2.181/1997
79 Decreto no 4.680/2003
81 Decreto no 5.903/2006
84 Decreto no 6.523/2008
87 Decreto no 7.963/2013
91 Resolução da Anatel no 632/2014
Dispositivos constitucionais
pertinentes
Constituição
da República Federativa do Brasil
8
Dispositivos penais pertinentes
Decreto-Lei no 2.848/1940
Código Penal.
1
Leis nos 5.474/1968 e 8.137/1990.
10
Código de Proteção
e Defesa do Consumidor
Lei no 8.078/1990
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
de culpa, pela reparação dos danos causados § 1o O serviço é defeituoso quando não
aos consumidores por defeitos decorrentes de fornece a segurança que o consumidor dele
projeto, fabricação, construção, montagem, pode esperar, levando-se em consideração as
fórmulas, manipulação, apresentação ou acon- circunstâncias relevantes, entre as quais:
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I – o modo de seu fornecimento; § 2 o Poderão as partes convencionar a
II – o resultado e os riscos que razoavelmente redução ou ampliação do prazo previsto no
dele se esperam; parágrafo anterior, não podendo ser inferior a
III – a época em que foi fornecido. sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos
§ 2o O serviço não é considerado defeituoso contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá
pela adoção de novas técnicas. ser convencionada em separado, por meio de
§ 3o O fornecedor de serviços só não será manifestação expressa do consumidor.
responsabilizado quando provar: § 3 o O consumidor poderá fazer uso
I – que, tendo prestado o serviço, o defeito imediato das alternativas do § 1o deste artigo
inexiste; sempre que, em razão da extensão do vício, a
II – a culpa exclusiva do consumidor ou de substituição das partes viciadas puder com-
terceiro. prometer a qualidade ou características do
§ 4o A responsabilidade pessoal dos pro- produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de
fissionais liberais será apurada mediante a produto essencial.
verificação de culpa. § 4o Tendo o consumidor optado pela al-
ternativa do inciso I do § 1o deste artigo, e não
Art. 15. (Vetado) sendo possível a substituição do bem, poderá
haver substituição por outro de espécie, marca
Art. 16. (Vetado) ou modelo diversos, mediante complementação
ou restituição de eventual diferença de preço,
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equipa- sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do
ram-se aos consumidores todas as vítimas do § 1o deste artigo.
evento. § 5o No caso de fornecimento de produtos
in natura, será responsável perante o consu-
midor o fornecedor imediato, exceto quando
SEÇÃO III – Da Responsabilidade por Vício identificado claramente seu produtor.
do Produto e do Serviço § 6o São impróprios ao uso e consumo:
I – os produtos cujos prazos de validade
Art. 18. Os fornecedores de produtos de estejam vencidos;
consumo duráveis ou não duráveis respon- II – os produtos deteriorados, alterados,
dem solidariamente pelos vícios de qualidade adulterados, avariados, falsificados, corrom-
ou quantidade que os tornem impróprios ou pidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde,
inadequados ao consumo a que se destinam ou perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo
lhes diminuam o valor, assim como por aqueles com as normas regulamentares de fabricação,
decorrentes da disparidade, com as indicações distribuição ou apresentação;
constantes do recipiente, da embalagem, rotu- III – os produtos que, por qualquer mo-
lagem ou mensagem publicitária, respeitadas as tivo, se revelem inadequados ao fim a que se Código de Proteção e Defesa do Consumidor
variações decorrentes de sua natureza, podendo destinam.
o consumidor exigir a substituição das partes
viciadas. Art. 19. Os fornecedores respondem soli-
§ 1o Não sendo o vício sanado no prazo má- dariamente pelos vícios de quantidade do
ximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, produto sempre que, respeitadas as variações
alternativamente e à sua escolha: decorrentes de sua natureza, seu conteúdo
I – a substituição do produto por outro da líquido for inferior às indicações constantes
mesma espécie, em perfeitas condições de uso; do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de
II – a restituição imediata da quantia paga, mensagem publicitária, podendo o consumidor
monetariamente atualizada, sem prejuízo de exigir, alternativamente e à sua escolha:
eventuais perdas e danos; I – o abatimento proporcional do preço;
III – o abatimento proporcional do preço. II – complementação do peso ou medida;
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III – a substituição do produto por outro Parágrafo único. Nos casos de descumpri-
da mesma espécie, marca ou modelo, sem os mento, total ou parcial, das obrigações referidas
aludidos vícios; neste artigo, serão as pessoas jurídicas compeli-
IV – a restituição imediata da quantia paga, das a cumpri-las e a reparar os danos causados,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de na forma prevista neste Código.
eventuais perdas e danos.
§ 1o Aplica-se a este artigo o disposto no Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre
§ 4o do artigo anterior. os vícios de qualidade por inadequação dos
§ 2o O fornecedor imediato será responsável produtos e serviços não o exime de respon-
quando fizer a pesagem ou a medição e o ins- sabilidade.
trumento utilizado não estiver aferido segundo
os padrões oficiais. Art. 24. A garantia legal de adequação do pro-
duto ou serviço independe de termo expresso,
Art. 20. O fornecedor de serviços responde vedada a exoneração contratual do fornecedor.
pelos vícios de qualidade que os tornem im-
próprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, Art. 25. É vedada a estipulação contratual de
assim como por aqueles decorrentes da dispari- cláusula que impossibilite, exonere ou atenue
dade com as indicações constantes da oferta ou a obrigação de indenizar prevista nesta e nas
mensagem publicitária, podendo o consumidor Seções anteriores.
exigir, alternativamente e à sua escolha: § 1o Havendo mais de um responsável pela
I – a reexecução dos serviços, sem custo causação do dano, todos responderão solida-
adicional e quando cabível; riamente pela reparação prevista nesta e nas
II – a restituição imediata da quantia paga, Seções anteriores.
monetariamente atualizada, sem prejuízo de § 2o Sendo o dano causado por componente
eventuais perdas e danos; ou peça incorporada ao produto ou serviço,
III – o abatimento proporcional do preço. são responsáveis solidários seu fabricante,
§ 1o A reexecução dos serviços poderá ser construtor ou importador e o que realizou a
confiada a terceiros devidamente capacitados, incorporação.
por conta e risco do fornecedor.
§ 2 o São impróprios os serviços que se
mostrem inadequados para os fins que razoa- SEÇÃO IV – Da Decadência e da Prescrição
velmente deles se esperam, bem como aqueles
que não atendam as normas regulamentares de Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios
prestabilidade. aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I – trinta dias, tratando-se de fornecimento
Art. 21. No fornecimento de serviços que de serviço e de produto não duráveis;
tenham por objetivo a reparação de qualquer II – noventa dias, tratando-se de forneci-
produto considerar-se-á implícita a obrigação mento de serviço e de produto duráveis.
do fornecedor de empregar componentes de § 1o Inicia-se a contagem do prazo decaden-
reposição originais adequados e novos, ou que cial a partir da entrega efetiva do produto ou do
mantenham as especificações técnicas do fabri- término da execução dos serviços.
cante, salvo, quanto a estes últimos, autorização § 2o Obstam a decadência:
em contrário do consumidor. I – a reclamação comprovadamente formu-
lada pelo consumidor perante o fornecedor
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas de produtos e serviços até a resposta negativa
Consumidor
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vícios de quantidade ou de qualidade por inade- tos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes
quação ou insegurança do produto ou serviço. ou publicidade:
Pena – Detenção de seis meses a dois anos
Art. 59. As penas de cassação de alvará de e multa.
licença, de interdição e de suspensão tempo- § 1o Incorrerá nas mesmas penas quem
rária da atividade, bem como a de intervenção deixar de alertar, mediante recomendações
administrativa serão aplicadas mediante proce- escritas ostensivas, sobre a periculosidade do
dimento administrativo, assegurada ampla de- serviço a ser prestado.
fesa, quando o fornecedor reincidir na prática § 2o Se o crime é culposo:
das infrações de maior gravidade previstas neste Pena – Detenção de um a seis meses ou
Código e na legislação de consumo. multa.
§ 1o A pena de cassação da concessão será
aplicada à concessionária de serviço público, Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade
quando violar obrigação legal ou contratual. competente e aos consumidores a nocividade
§ 2o A pena de intervenção administrativa ou periculosidade de produtos cujo conhe-
será aplicada sempre que as circunstâncias de cimento seja posterior à sua colocação no
fato desaconselharem a cassação de licença, a mercado:
interdição ou suspensão da atividade. Pena – Detenção de seis meses a dois anos
§ 3o Pendendo ação judicial na qual se e multa.
discuta a imposição de penalidade administra- Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas pe-
tiva, não haverá reincidência até o trânsito em nas quem deixar de retirar do mercado, imedia-
julgado da sentença. tamente quando determinado pela autoridade
competente, os produtos nocivos ou perigosos,
Art. 60. A imposição de contrapropaganda na forma deste artigo.
será cominada quando o fornecedor incorrer
na prática de publicidade enganosa ou abusiva, Art. 65. Executar serviço de alto grau de pe-
nos termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre riculosidade, contrariando determinação de
às expensas do infrator. autoridade competente:
§ 1o A contrapropaganda será divulgada Pena – Detenção de seis meses a dois anos
pelo responsável da mesma forma, frequência e multa.
e dimensão e, preferencialmente no mesmo Parágrafo único. As penas deste artigo são
veículo, local, espaço e horário, de forma capaz aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
de desfazer o malefício da publicidade enganosa lesão corporal e à morte.
ou abusiva.
§ 2o (Vetado) Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa,
§ 3o (Vetado) ou omitir informação relevante sobre a na-
tureza, característica, qualidade, quantidade, Código de Proteção e Defesa do Consumidor
segurança, desempenho, durabilidade, preço
TÍTULO II – Das Infrações Penais ou garantia de produtos ou serviços:
Pena – Detenção de três meses a um ano
Art. 61. Constituem crimes contra as relações e multa.
de consumo previstas neste Código, sem prejuí- § 1o Incorrerá nas mesmas penas quem
zo do disposto no Código Penal e leis especiais, patrocinar a oferta.
as condutas tipificadas nos artigos seguintes. § 2o Se o crime é culposo;
Pena – Detenção de um a seis meses ou
Art. 62. (Vetado) multa.
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos Art. 67. Fazer ou promover publicidade que
sobre a nocividade ou periculosidade de produ- sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:
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Pena – Detenção de três meses a um ano Pena – Detenção de um a seis meses ou
e multa. multa.
Parágrafo único. (Vetado)
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que para os crimes referidos neste Código, incide
sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o nas penas a esses cominadas na medida de sua
consumidor a se comportar de forma preju- culpabilidade, bem como o diretor, adminis-
dicial ou perigosa a sua saúde ou segurança: trador ou gerente da pessoa jurídica que pro-
Pena – Detenção de seis meses a dois anos mover, permitir ou por qualquer modo aprovar
e multa: o fornecimento, oferta, exposição à venda ou
Parágrafo único. (Vetado) manutenção em depósito de produtos ou a
oferta e prestação de serviços nas condições
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, téc- por ele proibidas.
nicos e científicos que dão base à publicidade:
Pena – Detenção de um a seis meses ou Art. 76. São circunstâncias agravantes dos
multa. crimes tipificados neste Código:
I – serem cometidos em época de grave
Art. 70. Empregar, na reparação de produtos, crise econômica ou por ocasião de calamidade;
peça ou componentes de reposição usados, sem II – ocasionarem grave dano individual ou
autorização do consumidor: coletivo;
Pena – Detenção de três meses a um ano III – dissimular-se a natureza ilícita do
e multa. procedimento;
IV – quando cometidos:
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de a) por servidor público, ou por pessoa cuja
ameaça, coação, constrangimento físico ou condição econômico-social seja manifesta-
moral, afirmações falsas, incorretas ou enga- mente superior à da vítima;
nosas ou de qualquer outro procedimento que b) em detrimento de operário ou rurícola;
exponha o consumidor, injustificadamente, a de menor de dezoito ou maior de sessenta
ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso anos ou de pessoas portadoras de deficiência
ou lazer: mental, interditadas ou não;
Pena – Detenção de três meses a um ano V – serem praticados em operações que en-
e multa. volvam alimentos, medicamentos ou quaisquer
outros produtos ou serviços essenciais.
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do con-
sumidor às informações que sobre ele constem Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Se-
em cadastros, banco de dados, fichas e registros: ção será fixada em dias-multa, correspondente
Pena – Detenção de seis meses a um ano ao mínimo e ao máximo de dias de duração
ou multa. da pena privativa da liberdade cominada ao
crime. Na individualização desta multa, o
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente juiz observará o disposto no art. 60, § 1o do
informação sobre consumidor constante de Código Penal.
cadastro, banco de dados, fichas ou registros
que sabe ou deveria saber ser inexata: Art. 78. Além das penas privativas de liberda-
Pena – Detenção de um a seis meses ou de e de multa, podem ser impostas, cumulativa
multa. ou alternadamente, observado o disposto nos
Consumidor
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo úni-
que trata este Código, será fixado pelo juiz, ou co, são legitimados concorrentemente:11
pela autoridade que presidir o inquérito, entre I – o Ministério Público,
cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus do II – a União, os Estados, os Municípios e o
Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente Distrito Federal;
que venha a substituí-lo. III – as entidades e órgãos da Administração
Parágrafo único. Se assim recomendar a Pública, direta ou indireta, ainda que sem per-
situação econômica do indiciado ou réu, a sonalidade jurídica, especificamente destinados
fiança poderá ser: à defesa dos interesses e direitos protegidos por
a) reduzida até a metade do seu valor este Código;
mínimo; IV – as associações legalmente constituídas
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. há pelo menos um ano e que incluam entre
seus fins institucionais a defesa dos interesses e
Art. 80. No processo penal atinente aos direitos protegidos por este Código, dispensada
crimes previstos neste Código, bem como a a autorização assemblear.
outros crimes e contravenções que envolvam § 1o O requisito da pré-constituição pode
relações de consumo, poderão intervir, como ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas
assistentes do Ministério Público, os legitima- nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto
dos indicados no art. 82, inciso III e IV, aos interesse social evidenciado pela dimensão ou
quais também é facultado propor ação penal característica do dano, ou pela relevância do
subsidiária, se a denúncia não for oferecida bem jurídico a ser protegido.
no prazo legal. § 2o (Vetado)
§ 3o (Vetado)
TÍTULO III – Da Defesa do Consumidor Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses
em Juízo protegidos por este Código são admissíveis
CAPÍTULO I – Disposições Gerais todas as espécies de ações capazes de propiciar
sua adequada e efetiva tutela.
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos Parágrafo único. (Vetado)
dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título Art. 84. Na ação que tenha por objeto o
coletivo. cumprimento da obrigação de fazer ou não
Parágrafo único. A defesa coletiva será fazer, o juiz concederá a tutela específica da Código de Proteção e Defesa do Consumidor
exercida quando se tratar de: obrigação ou determinará providências que
I – interesses ou direitos difusos, assim assegurem o resultado prático equivalente ao
entendidos, para efeitos deste Código, os do adimplemento.
transindividuais, de natureza indivisível, de § 1o A conversão da obrigação em perdas e
que sejam titulares pessoas indeterminadas e danos somente será admissível se por elas optar
ligadas por circunstâncias de fato; o autor ou se impossível a tutela específica ou a
II – interesses ou direitos coletivos, assim obtenção do resultado prático correspondente.
entendidos, para efeitos deste Código, os tran- § 2o A indenização por perdas e danos se
sindividuais de natureza indivisível de que seja fará sem prejuízo da multa (art. 287, do Código
titular grupo, categoria ou classe de pessoas de Processo Civil).
ligadas entre si ou com a parte contrária por
uma relação jurídica base; Lei no 9.008/1995.
11
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§ 3 o Sendo relevante o fundamento da CAPÍTULO II – Das Ações Coletivas para a
demanda e havendo justificado receio de Defesa de Interesses Individuais Homogêneos
ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz
conceder a tutela liminarmente ou após justi- Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82
ficação prévia, citado o réu. poderão propor, em nome próprio e no inte-
§ 4o O juiz poderá, na hipótese do § 3o ou na resse das vítimas ou seus sucessores, ação civil
sentença, impor multa diária ao réu, indepen- coletiva de responsabilidade pelos danos indi-
dentemente de pedido do autor, se for suficiente vidualmente sofridos, de acordo com o disposto
ou compatível com a obrigação, fixando prazo nos artigos seguintes.12
razoável para o cumprimento do preceito.
§ 5o Para a tutela específica ou para a obten- Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a
ção do resultado prático equivalente, poderá ação, atuará sempre como fiscal da lei.
o juiz determinar as medidas necessárias, tais Parágrafo único. (Vetado)
como busca e apreensão, remoção de coisas e
pessoas, desfazimento de obra, impedimento Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça
de atividade nociva, além de requisição de Federal, é competente para a causa a justiça
força policial. local:
I – no foro do lugar onde ocorreu ou deva
Art. 85. (Vetado) ocorrer o dano, quando de âmbito local;
II – no foro da Capital do Estado ou no
Art. 86. (Vetado) do Distrito Federal, para os danos de âmbito
nacional ou regional, aplicando-se as regras do
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este Código de Processo Civil aos casos de compe-
Código não haverá adiantamento de custas, tência concorrente.
emolumentos, honorários periciais e quais-
quer outras despesas, nem condenação da Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital
associação autora, salvo comprovada má-fé, no órgão oficial, a fim de que os interessados
em honorários de advogados, custas e despesas possam intervir no processo como litisconsor-
processuais. tes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos
Parágrafo único. Em caso de litigância meios de comunicação social por parte dos
de má-fé, a associação autora e os diretores órgãos de defesa do consumidor.
responsáveis pela propositura da ação serão
solidariamente condenados em honorários Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a
advocatícios e ao décuplo das custas, sem pre- condenação será genérica, fixando a responsa-
juízo da responsabilidade por perdas e danos. bilidade do réu pelos danos causados.
Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo
Consumidor
Título as normas do Código de Processo Civil e promovida pelos legitimados de que trata o
da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive art. 82, abrangendo as vítimas cujas indeni-
no que respeita ao inquérito civil, naquilo que
não contrariar suas disposições. Lei no 9.008/1995.
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zações já tiverem sido fixadas em sentença de I – a ação pode ser proposta no domicílio
liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de do autor;
outras execuções.13 II – o réu que houver contratado seguro de
§ 1o A execução coletiva far-se-á com base responsabilidade poderá chamar ao processo o
em certidão das sentenças de liquidação, da segurador, vedada a integração do contraditório
qual deverá constar a ocorrência ou não do pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta
trânsito em julgado. hipótese, a sentença que julgar procedente o
§ 2o É competente para a execução o juízo: pedido condenará o réu nos termos do art. 80
I – da liquidação da sentença ou da ação do Código de Processo Civil. Se o réu houver
condenatória, no caso de execução individual; sido declarado falido, o síndico será intimado
II – da ação condenatória, quando coletiva a informar a existência de seguro de responsa-
a execução. bilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o
ajuizamento de ação de indenização diretamen-
Art. 99. Em caso de concurso de créditos te contra o segurador, vedada a denunciação da
decorrentes de condenação prevista na Lei lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e dis-
no 7.347, de 24 de julho de 1985, e de indeniza- pensado o litisconsórcio obrigatório com este.
ções pelos prejuízos individuais resultantes do
mesmo evento danoso, estas terão preferência Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste
no pagamento. Código poderão propor ação visando compelir
Parágrafo único. Para efeito do disposto o Poder Público competente a proibir, em todo
neste artigo, a destinação da importância re- o território nacional, a produção, divulgação,
colhida ao fundo criado pela Lei no 7.347, de distribuição ou venda, ou a determinar a alte-
24 de julho de 1985, ficará sustada enquanto ração na composição, estrutura, fórmula ou
pendentes de decisão de segundo grau as ações acondicionamento de produto, cujo uso ou
de indenização pelos danos individuais, salvo consumo regular se revele nocivo ou perigoso
na hipótese de o patrimônio do devedor ser à saúde pública e à incolumidade pessoal.
manifestamente suficiente para responder pela § 1o (Vetado)
integralidade das dívidas. § 2o (Vetado)
30
Normas correlatas
Lei no 8.137/1990
Define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras
providências.
33
VIII – destruir, inutilizar ou danificar crimes definidos nesta Lei, incide nas penas a es-
matéria-prima ou mercadoria, com o fim de tes cominadas, na medida de sua culpabilidade.
provocar alta de preço, em proveito próprio ou Parágrafo único. Quando a venda ao con-
de terceiros; sumidor for efetuada por sistema de entrega
IX – vender, ter em depósito para vender ou ao consumo ou por intermédio de outro em
expor à venda ou, de qualquer forma, entregar que o preço ao consumidor é estabelecido ou
matéria-prima ou mercadoria, em condições sugerido pelo fabricante ou concedente, o ato
impróprias ao consumo; por este praticado não alcança o distribuidor
Pena – detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou revendedor.
ou multa.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos Art. 12. São circunstâncias que podem agravar
II, III e IX pune-se a modalidade culposa, de 1/3 (um terço) até a metade as penas previs-
reduzindo-se a pena e a detenção de 1/3 (um tas nos arts. 1o, 2o e 4o a 7o:
terço) ou a de multa à quinta parte. I – ocasionar grave dano à coletividade;
II – ser o crime cometido por servidor pú-
blico no exercício de suas funções;
CAPÍTULO III – Das Multas III – ser o crime praticado em relação à
prestação de serviços ou ao comércio de bens
Art. 8o Nos crimes definidos nos arts. 1o a 3o essenciais à vida ou à saúde.
desta Lei, a pena de multa será fixada entre 10
(dez) e 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, Art. 13. (Vetado)
conforme seja necessário e suficiente para re-
provação e prevenção do crime. Art. 14. (Revogado)18
Parágrafo único. O dia-multa será fixado
pelo juiz em valor não inferior a 14 (quatorze) Art. 15. Os crimes previstos nesta Lei são de
nem superior a 200 (duzentos) Bônus do Tesou- ação penal pública, aplicando-se-lhes o dispos-
ro Nacional BTN. to no art. 100 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal.
Art. 9o A pena de detenção ou reclusão poderá
ser convertida em multa de valor equivalente a: Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar
I – 200.000 (duzentos mil) até 5.000.000 a iniciativa do Ministério Público nos crimes
(cinco milhões) de BTN, nos crimes definidos descritos nesta Lei, fornecendo-lhe por escrito
no art. 4o; informações sobre o fato e a autoria, bem como
II – 5.000 (cinco mil) até 200.000 (duzentos indicando o tempo, o lugar e os elementos de
mil) BTN, nos crimes definidos nos arts. 5o e 6o; convicção.19
III – 50.000 (cinquenta mil) até 1.000.000 Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta
(um milhão de BTN), nos crimes definidos no Lei, cometidos em quadrilha ou coautoria, o
art. 7o. coautor ou partícipe que através de confissão
espontânea revelar à autoridade policial ou
Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilí- judicial toda a trama delituosa terá a sua pena
cito e a situação econômica do réu, verifique a reduzida de um a dois terços.
insuficiência ou excessiva onerosidade das penas
pecuniárias previstas nesta Lei, poderá diminuí- Art. 17. Compete ao Departamento Nacio-
-las até a décima parte ou elevá-las ao décuplo. nal de Abastecimento e Preços, quando e se
necessário, providenciar a desapropriação de
Consumidor
Normas correlatas
Lei no 8.176/1991.
20
35
Lei no 9.656/1998
Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde.
36 21
Medida Provisória n 2.177-44/2001.
o
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
23
I – registro nos Conselhos Regionais de d) informação prévia à ANS, aos benefici-
Medicina e Odontologia, conforme o caso, ários e aos prestadores de serviço contratados,
em cumprimento ao disposto no art. 1o da Lei credenciados ou referenciados, na forma e nos
no 6.839, de 30 de outubro de 1980; prazos a serem definidos pela ANS.
II – descrição pormenorizada dos serviços
de saúde próprios oferecidos e daqueles a serem Art. 9o Após decorridos cento e vinte dias de
prestados por terceiros; vigência desta Lei, para as operadoras, e duzen-
III – descrição de suas instalações e equi- tos e quarenta dias, para as administradoras de
pamentos destinados a prestação de serviços; planos de assistência à saúde, e até que sejam
IV – especificação dos recursos humanos definidas pela ANS, as normas gerais de regis-
qualificados e habilitados, com responsabili- tro, as pessoas jurídicas que operam os produtos
dade técnica de acordo com as leis que regem de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta
a matéria; Lei, e observado o que dispõe o art. 19, só po-
V – demonstração da capacidade de atendi- derão comercializar estes produtos se:24
mento em razão dos serviços a serem prestados; I – as operadoras e administradoras estive-
VI – demonstração da viabilidade econômi- rem provisoriamente cadastradas na ANS; e
co-financeira dos planos privados de assistência II – os produtos a serem comercializados
à saúde oferecidos, respeitadas as peculiarida- estiverem registrados na ANS.
des operacionais de cada uma das respectivas § 1o O descumprimento das formalidades
operadoras; previstas neste artigo, além de configurar
VII – especificação da área geográfica co- infração, constitui agravante na aplicação de
berta pelo plano privado de assistência à saúde. penalidades por infração das demais normas
§ 1o São dispensadas do cumprimento das previstas nesta Lei.
condições estabelecidas nos incisos VI e VII § 2o A ANS poderá solicitar informações,
deste artigo as entidades ou empresas que determinar alterações e promover a suspensão
mantêm sistemas de assistência privada à saúde do todo ou de parte das condições dos planos
na modalidade de autogestão, citadas no § 2o apresentados.
do art. 1o. § 3o A autorização de comercialização será
§ 2o A autorização de funcionamento será cancelada caso a operadora não comercialize os
cancelada caso a operadora não comercialize planos ou os produtos de que tratam o inciso I
os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o e o § 1o do art. 1o desta Lei, no prazo máximo
do art. 1o desta Lei, no prazo máximo de cento de cento e oitenta dias a contar do seu registro
e oitenta dias a contar do seu registro na ANS. na ANS.
§ 3o As operadoras privadas de assistência § 4o A ANS poderá determinar a suspensão
à saúde poderão voluntariamente requerer temporária da comercialização de plano ou
autorização para encerramento de suas ati- produto caso identifique qualquer irregula-
vidades, observando os seguintes requisitos, ridade contratual, econômico-financeira ou
independentemente de outros que venham a assistencial.
ser determinados pela ANS:
a) comprovação da transferência da car- Art. 10. É instituído o plano-referência de
teira sem prejuízo para o consumidor, ou a assistência à saúde, com cobertura assistencial
inexistência de beneficiários sob sua respon- médico-ambulatorial e hospitalar, compreen-
sabilidade; dendo partos e tratamentos, realizados exclusi-
b) garantia da continuidade da prestação vamente no Brasil, com padrão de enfermaria,
Normas correlatas
DOU de 13/11/2013. 27
Lei no 10.223/2001.
26
NE: vide ADI no 1.931-8, de 21/8/2003, publicada 28
Lei no 12.738/2012.
no DJ de 3/9/2003. 29
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
38
trata o art. 10, segundo as seguintes exigências geográfica previstos no contrato, em território
mínimas:30 brasileiro; e
I – quando incluir atendimento ambula- f) cobertura de despesas de acompanhante,
torial: no caso de pacientes menores de dezoito anos;
a) cobertura de consultas médicas, em g) cobertura para tratamentos antineoplá-
número ilimitado, em clínicas básicas e espe- sicos ambulatoriais e domiciliares de uso oral,
cializadas, reconhecidas pelo Conselho Federal procedimentos radioterápicos para tratamento
de Medicina; de câncer e hemoterapia, na qualidade de pro-
b) cobertura de serviços de apoio diagnós- cedimentos cuja necessidade esteja relacionada
tico, tratamentos e demais procedimentos am- à continuidade da assistência prestada em
bulatoriais, solicitados pelo médico assistente; âmbito de internação hospitalar;
c) cobertura de tratamentos antineoplásicos III – quando incluir atendimento obstétrico:
domiciliares de uso oral, incluindo medica- a) cobertura assistencial ao recém-nascido,
mentos para o controle de efeitos adversos filho natural ou adotivo do consumidor, ou de
relacionados ao tratamento e adjuvantes; seu dependente, durante os primeiros trinta
II – quando incluir internação hospitalar: dias após o parto;
a) cobertura de internações hospitalares, b) inscrição assegurada ao recém-nascido,
vedada a limitação de prazo, valor máximo filho natural ou adotivo do consumidor, como
e quantidade, em clínicas básicas e especia- dependente, isento do cumprimento dos perí-
lizadas, reconhecidas pelo Conselho Federal odos de carência, desde que a inscrição ocorra
de Medicina, admitindo-se a exclusão dos no prazo máximo de trinta dias do nascimento
procedimentos obstétricos; ou da adoção;
b) cobertura de internações hospitalares em IV – quando incluir atendimento odonto-
centro de terapia intensiva, ou similar, vedada a lógico:
limitação de prazo, valor máximo e quantidade, a) cobertura de consultas e exames au-
a critério do médico assistente; xiliares ou complementares, solicitados pelo
c) cobertura de despesas referentes a hono- odontólogo assistente;
rários médicos, serviços gerais de enfermagem b) cobertura de procedimentos preventivos,
e alimentação; de dentística e endodontia;
d) cobertura de exames complementares c) cobertura de cirurgias orais menores,
indispensáveis para o controle da evolução da assim consideradas as realizadas em ambiente
doença e elucidação diagnóstica, fornecimento ambulatorial e sem anestesia geral;
de medicamentos, anestésicos, gases medici- V – quando fixar períodos de carência:
nais, transfusões e sessões de quimioterapia e a) prazo máximo de trezentos dias para
radioterapia, conforme prescrição do médico partos a termo;
assistente, realizados ou ministrados durante b) prazo máximo de cento e oitenta dias
o período de internação hospitalar; para os demais casos;
e) cobertura de toda e qualquer taxa, c) prazo máximo de vinte e quatro horas
incluindo materiais utilizados, assim como para a cobertura dos casos de urgência e
da remoção do paciente, comprovadamente emergência;
necessária, para outro estabelecimento hos- VI – reembolso, em todos os tipos de
pitalar, dentro dos limites de abrangência produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do
art. 1o desta Lei, nos limites das obrigações
contratuais, das despesas efetuadas pelo be-
Normas correlatas
44/2001. NE: as alíneas “c” e “g” do inciso II, bem neficiário com assistência à saúde, em casos
como os §§ 4o e 5o, entraram em vigor após 180 dias de urgência ou emergência, quando não for
da publicação da Lei no 12.880/2013, conforme DOU possível a utilização dos serviços próprios,
de 13/11/2013. contratados, credenciados ou referenciados
39
pelas operadoras, de acordo com a relação Parágrafo único. Os produtos de que trata
de preços de serviços médicos e hospitalares o caput, contratados individualmente, terão
praticados pelo respectivo produto, pagáveis vigência mínima de um ano, sendo vedadas:
no prazo máximo de trinta dias após a entrega I – a recontagem de carências;
da documentação adequada; II – a suspensão ou a rescisão unilateral do
VII – inscrição de filho adotivo, menor de contrato, salvo por fraude ou não pagamento
doze anos de idade, aproveitando os períodos da mensalidade por período superior a sessen-
de carência já cumpridos pelo consumidor ta dias, consecutivos ou não, nos últimos doze
adotante. meses de vigência do contrato, desde que o
§ 1o Após cento e vinte dias da vigência consumidor seja comprovadamente notificado
desta Lei, fica proibido o oferecimento de até o quinquagésimo dia de inadimplência; e
produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do III – a suspensão ou a rescisão unilateral
art. 1o desta Lei fora das segmentações de que do contrato, em qualquer hipótese, durante a
trata este artigo, observadas suas respectivas ocorrência de internação do titular.
condições de abrangência e contratação.
§ 2o A partir de 3 de dezembro de 1999, da Art. 14. Em razão da idade do consumi-
documentação relativa à contratação de pro- dor, ou da condição de pessoa portadora de
dutos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o deficiência, ninguém pode ser impedido de
desta Lei, nas segmentações de que trata este participar de planos privados de assistência
artigo, deverá constar declaração em separado à saúde.32
do consumidor, de que tem conhecimento da
existência e disponibilidade do plano referên- Art. 15. A variação das contraprestações
cia, e de que este lhe foi oferecido. pecuniárias estabelecidas nos contratos de
§ 3o (Revogado) produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do
§ 4 o As coberturas a que se referem as art. 1o desta Lei, em razão da idade do consu-
alíneas “c” do inciso I e “g” do inciso II deste midor, somente poderá ocorrer caso estejam
artigo serão objeto de protocolos clínicos e previstas no contrato inicial as faixas etárias
diretrizes terapêuticas, revisados periodi- e os percentuais de reajustes incidentes em
camente, ouvidas as sociedades médicas de cada uma delas, conforme normas expedidas
especialistas da área, publicados pela ANS. pela ANS, ressalvado o disposto no art. 35-E.33
§ 5o O fornecimento previsto nas alíneas Parágrafo único. É vedada a variação a que
“c” do inciso I e “g” do inciso II deste artigo alude o caput para consumidores com mais
dar-se-á, por meio de rede própria, credencia- de sessenta anos de idade, que participarem
da, contratada ou referenciada, diretamente dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o
ao paciente ou ao seu representante legal, do art. 1o, ou sucessores, há mais de dez anos.
podendo ser realizado de maneira fracionada
por ciclo, observadas as normas estabelecidas Art. 16. Dos contratos, regulamentos ou
pelos órgãos reguladores e de acordo com condições gerais dos produtos de que tratam o
prescrição médica. inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei devem cons-
tar dispositivos que indiquem com clareza:34
Art. 13. Os contratos de produtos de que tra- I – as condições de admissão;
tam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei têm II – o início da vigência;
renovação automática a partir do vencimento III – os períodos de carência para consultas,
do prazo inicial de vigência, não cabendo a internações, procedimentos e exames;
cobrança de taxas ou qualquer outro valor no
Consumidor
ato da renovação.31 32
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
33
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
31 34
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
40
IV – as faixas etárias e os percentuais a que prazo mínimo os casos decorrentes de rescisão
alude o caput do art. 15; por fraude ou infração das normas sanitárias
V – as condições de perda da qualidade de e fiscais em vigor.
beneficiário; § 2o Na hipótese de a substituição do esta-
VI – os eventos cobertos e excluídos; belecimento hospitalar a que se refere o § 1o
VII – o regime, ou tipo de contratação: ocorrer por vontade da operadora durante
a) individual ou familiar; período de internação do consumidor, o esta-
b) coletivo empresarial; ou belecimento obriga-se a manter a internação
c) coletivo por adesão; e a operadora, a pagar as despesas até a alta
VIII – a franquia, os limites financeiros ou hospitalar, a critério médico, na forma do
o percentual de coparticipação do consumidor contrato.
ou beneficiário, contratualmente previstos nas § 3o Excetuam-se do previsto no § 2o os
despesas com assistência médica, hospitalar e casos de substituição do estabelecimento hos-
odontológica; pitalar por infração às normas sanitárias em
IX – os bônus, os descontos ou os agrava- vigor, durante período de internação, quando a
mentos da contraprestação pecuniária; operadora arcará com a responsabilidade pela
X – a área geográfica de abrangência; transferência imediata para outro estabeleci-
XI – os critérios de reajuste e revisão das mento equivalente, garantindo a continuação
contraprestações pecuniárias; da assistência, sem ônus adicional para o
XII – número de registro na ANS. consumidor.
Parágrafo único. A todo consumidor titular § 4o Em caso de redimensionamento da
de plano individual ou familiar será obrigato- rede hospitalar por redução, as empresas
riamente entregue, quando de sua inscrição, deverão solicitar à ANS autorização expressa
cópia do contrato, do regulamento ou das para tanto, informando:
condições gerais dos produtos de que tratam I – nome da entidade a ser excluída;
o inciso I e o § 1o do art. 1o, além de material II – capacidade operacional a ser reduzida
explicativo que descreva, em linguagem sim- com a exclusão;
ples e precisa, todas as suas características, III – impacto sobre a massa assistida, a
direitos e obrigações. partir de parâmetros definidos pela ANS,
correlacionando a necessidade de leitos e a
Art. 17. A inclusão de qualquer prestador de capacidade operacional restante; e
serviço de saúde como contratado, referencia- IV – justificativa para a decisão, observando
do ou credenciado dos produtos de que tratam a obrigatoriedade de manter cobertura com
o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei implica padrões de qualidade equivalente e sem ônus
compromisso com os consumidores quanto adicional para o consumidor.
à sua manutenção ao longo da vigência dos
contratos, permitindo-se sua substituição, Art. 17-A. As condições de prestação de ser-
desde que seja por outro prestador equivalente viços de atenção à saúde no âmbito dos planos
e mediante comunicação aos consumidores privados de assistência à saúde por pessoas
com 30 (trinta) dias de antecedência.35 físicas ou jurídicas, independentemente de sua
§ 1o É facultada a substituição de entidade qualificação como contratadas, referenciadas
hospitalar, a que se refere o caput deste artigo, ou credenciadas, serão reguladas por contrato
desde que por outro equivalente e mediante escrito, estipulado entre a operadora do plano
comunicação aos consumidores e à ANS com e o prestador de serviço.36
Normas correlatas
trinta dias de antecedência, ressalvados desse § 1o São alcançados pelas disposições do
caput os profissionais de saúde em prática
Lei no 13.003/2014 e Medida Provisória no 2.177-
35
41
liberal privada, na qualidade de pessoa física, art. 1o desta Lei implica as seguintes obrigações
e os estabelecimentos de saúde, na qualidade e direitos:37
de pessoa jurídica, que prestem ou venham a I – o consumidor de determinada operadora,
prestar os serviços de assistência à saúde a que em nenhuma hipótese e sob nenhum pretexto
aludem os arts. 1o e 35-F desta Lei, no âmbito ou alegação, pode ser discriminado ou atendi-
de planos privados de assistência à saúde. do de forma distinta daquela dispensada aos
§ 2o O contrato de que trata o caput deve clientes vinculados a outra operadora ou plano;
estabelecer com clareza as condições para a II – a marcação de consultas, exames e
sua execução, expressas em cláusulas que de- quaisquer outros procedimentos deve ser feita
finam direitos, obrigações e responsabilidades de forma a atender às necessidades dos consu-
das partes, incluídas, obrigatoriamente, as que midores, privilegiando os casos de emergência
determinem: ou urgência, assim como as pessoas com mais
I – o objeto e a natureza do contrato, com de sessenta e cinco anos de idade, as gestantes,
descrição de todos os serviços contratados; lactantes, lactentes e crianças até cinco anos;
II – a definição dos valores dos serviços III – a manutenção de relacionamento de
contratados, dos critérios, da forma e da contratação, credenciamento ou referencia-
periodicidade do seu reajuste e dos prazos e mento com número ilimitado de operadoras,
procedimentos para faturamento e pagamento sendo expressamente vedado às operadoras,
dos serviços prestados; independente de sua natureza jurídica consti-
III – a identificação dos atos, eventos e tutiva, impor contratos de exclusividade ou de
procedimentos médico-assistenciais que restrição à atividade profissional.
necessitem de autorização administrativa da Parágrafo único. A partir de 3 de dezem-
operadora; bro de 1999, os prestadores de serviço ou
IV – a vigência do contrato e os critérios e profissionais de saúde não poderão manter
procedimentos para prorrogação, renovação contrato, credenciamento ou referenciamento
e rescisão; com operadoras que não tiverem registros para
V – as penalidades pelo não cumprimento funcionamento e comercialização conforme
das obrigações estabelecidas. previsto nesta Lei, sob pena de responsabilidade
§ 3o A periodicidade do reajuste de que por atividade irregular.
trata o inciso II do § 2o deste artigo será anual
e realizada no prazo improrrogável de 90 Art. 19. Para requerer a autorização definitiva
(noventa) dias, contado do início de cada ano- de funcionamento, as pessoas jurídicas que já
-calendário. atuavam como operadoras ou administradoras
§ 4o Na hipótese de vencido o prazo previsto dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do
no § 3o deste artigo, a Agência Nacional de art. 1o desta Lei, terão prazo de cento e oitenta
Saúde Suplementar – ANS, quando for o caso, dias, a partir da publicação da regulamentação
definirá o índice de reajuste. específica pela ANS.38
§ 5o A ANS poderá constituir, na forma da § 1o Até que sejam expedidas as normas de
legislação vigente, câmara técnica com repre- registro, serão mantidos registros provisórios
sentação proporcional das partes envolvidas das pessoas jurídicas e dos produtos na ANS,
para o adequado cumprimento desta Lei. com a finalidade de autorizar a comercialização
§ 6o A ANS publicará normas regulamen- ou operação dos produtos a que alude o caput,
tares sobre o disposto neste artigo. a partir de 2 de janeiro de 1999.
§ 2o Para o registro provisório, as opera-
Art. 18. A aceitação, por parte de qualquer doras ou administradoras dos produtos a que
Consumidor
43
Art. 22. As operadoras de planos privados das hipóteses previstas nos incisos I, II e II do
de assistência à saúde submeterão suas contas § 1o deste artigo, a ANS poderá autorizá-lo
a auditores independentes, registrados no res- a requerer a falência ou insolvência civil da
pectivo Conselho Regional de Contabilidade e operadora.
na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, § 4o A distribuição do requerimento produ-
publicando, anualmente, o parecer respectivo, zirá imediatamente os seguintes efeitos:
juntamente com as demonstrações financeiras I – a manutenção da suspensão dos prazos
determinadas pela Lei no 6.404, de 15 de de- judiciais em relação à massa liquidanda;
zembro de 1976.41 II – a suspensão dos procedimentos admi-
§ 1o A auditoria independente também po- nistrativos de liquidação extrajudicial, salvo
derá ser exigida quanto aos cálculos atuariais, os relativos à guarda e à proteção dos bens e
elaborados segundo diretrizes gerais definidas imóveis da massa;
pelo CONSU. III – a manutenção da indisponibilidade dos
§ 2o As operadoras com número de benefi- bens dos administradores, gerentes, conselhei-
ciários inferior a vinte mil usuários ficam dis- ros e assemelhados, até posterior determinação
pensadas da publicação do parecer do auditor judicial; e
e das demonstrações financeiras, devendo, a IV – prevenção do juízo que emitir o primei-
ANS, dar-lhes publicidade. ro despacho em relação ao pedido de conversão
do regime.
Art. 23. As operadoras de planos privados § 5o A ANS, no caso previsto no inciso II do
de assistência à saúde não podem requerer § 1o deste artigo, poderá, no período compre-
concordata e não estão sujeitas a falência ou endido entre a distribuição do requerimento
insolvência civil, mas tão somente ao regime e a decretação da falência ou insolvência civil,
de liquidação extrajudicial.42 apoiar a proteção dos bens móveis e imóveis
§ 1o As operadoras sujeitar-se-ão ao regime da massa liquidanda.
de falência ou insolvência civil quando, no cur- § 6o O liquidante enviará ao juízo prevento
so da liquidação extrajudicial, forem verificadas o rol das ações judiciais em curso cujo anda-
uma das seguintes hipóteses: mento ficará suspenso até que o juiz compe-
I – o ativo da massa liquidanda não for tente nomeie o síndico da massa falida ou o
suficiente para o pagamento de pelo menos a liquidante da massa insolvente.
metade dos créditos quirografários;
II – o ativo realizável da massa liquidanda Art. 24. Sempre que detectadas nas operado-
não for suficiente, sequer, para o pagamento ras sujeitas à disciplina desta Lei insuficiência
das despesas administrativas e operacionais das garantias do equilíbrio financeiro, anor-
inerentes ao regular processamento da liqui- malidades econômico-financeiras ou admi-
dação extrajudicial; ou nistrativas graves que coloquem em risco a
III – nas hipóteses de fundados indícios continuidade ou a qualidade do atendimento à
de condutas previstas nos arts. 186 a 189 do saúde, a ANS poderá determinar a alienação da
Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de 1945. carteira, o regime de direção fiscal ou técnica,
§ 2o Para efeito desta Lei, define-se ativo por prazo não superior a trezentos e sessenta
realizável como sendo todo ativo que possa ser e cinco dias, ou a liquidação extrajudicial,
convertido em moeda corrente em prazo com- conforme a gravidade do caso.43
patível para o pagamento das despesas admi- § 1o O descumprimento das determinações
nistrativas e operacionais da massa liquidanda. do diretor-fiscal ou técnico, e do liquidante, por
§ 3o À vista do relatório do liquidante ex- dirigentes, administradores, conselheiros ou
Consumidor
44
afastamento do infrator, por decisão da ANS, dos administradores, por deliberação expressa
sem prejuízo das sanções penais cabíveis, da Diretoria Colegiada da ANS.
assegurado o direito ao contraditório, sem § 3o A ANS, ex officio ou por recomendação
que isto implique efeito suspensivo da decisão do diretor fiscal ou do liquidante, poderá esten-
administrativa que determinou o afastamento. der a indisponibilidade prevista neste artigo:
§ 2o A ANS, ex officio ou por recomendação I – aos bens de gerentes, conselheiros e aos
do diretor técnico ou fiscal ou do liquidante, de todos aqueles que tenham concorrido, no
poderá, em ato administrativo devidamente período previsto no § 1o, para a decretação da
motivado, determinar o afastamento dos di- direção fiscal ou da liquidação extrajudicial;
retores, administradores, gerentes e membros II – aos bens adquiridos, a qualquer título,
do conselho fiscal da operadora sob regime de por terceiros, no período previsto no § 1o, das
direção ou em liquidação. pessoas referidas no inciso I, desde que confi-
§ 3o No prazo que lhe for designado, o gurada fraude na transferência.
diretor-fiscal ou técnico procederá à análise § 4o Não se incluem nas disposições deste
da organização administrativa e da situação artigo os bens considerados inalienáveis ou
econômico-financeira da operadora, bem impenhoráveis pela legislação em vigor.
assim da qualidade do atendimento aos consu- § 5o A indisponibilidade também não al-
midores, e proporá à ANS as medidas cabíveis. cança os bens objeto de contrato de alienação,
§ 4 o O diretor-fiscal ou técnico poderá de promessa de compra e venda, de cessão ou
propor a transformação do regime de direção promessa de cessão de direitos, desde que os
em liquidação extrajudicial. respectivos instrumentos tenham sido levados
§ 5o A ANS promoverá, no prazo máximo ao competente registro público, anteriormente
de noventa dias, a alienação da carteira das à data da decretação da direção fiscal ou da
operadoras de planos privados de assistência à liquidação extrajudicial.
saúde, no caso de não surtirem efeito as medi- § 6o Os administradores das operadoras de
das por ela determinadas para sanar as irregu- planos privados de assistência à saúde respon-
laridades ou nas situações que impliquem risco dem solidariamente pelas obrigações por eles
para os consumidores participantes da carteira. assumidas durante sua gestão até o montante
dos prejuízos causados, independentemente do
Art. 24-A. Os administradores das operado- nexo de causalidade.
ras de planos privados de assistência à saúde
em regime de direção fiscal ou liquidação Art. 24-B. A Diretoria Colegiada definirá as
extrajudicial, independentemente da natureza atribuições e competências do diretor técnico,
jurídica da operadora, ficarão com todos os diretor fiscal e do responsável pela alienação de
seus bens indisponíveis, não podendo, por carteira, podendo ampliá-las, se necessário.45
qualquer forma, direta ou indireta, aliená-los
ou onerá-los, até apuração e liquidação final de Art. 24-C. Os créditos decorrentes da presta-
suas responsabilidades.44 ção de serviços de assistência privada à saúde
§ 1 o A indisponibilidade prevista neste preferem a todos os demais, exceto os de na-
artigo decorre do ato que decretar a direção tureza trabalhista e tributários.46
fiscal ou a liquidação extrajudicial e atinge a
todos aqueles que tenham estado no exercício Art. 24-D. Aplica-se à liquidação extraju-
das funções nos doze meses anteriores ao dicial das operadoras de planos privados de
mesmo ato. assistência à saúde e ao disposto nos arts. 24-A
Normas correlatas
§ 2o Na hipótese de regime de direção fiscal, e 35-I, no que couber com os preceitos desta
a indisponibilidade de bens a que se refere o Lei, o disposto na Lei no 6.024, de 13 de março
caput deste artigo poderá não alcançar os bens
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
45
45
de 1974, no Decreto-Lei no 7.661, de 21 de Art. 27. A multa de que trata o art. 25 será
junho de 1945, no Decreto-Lei no 41, de 18 fixada e aplicada pela ANS no âmbito de
de novembro de 1966, e no Decreto-Lei no 73, suas atribuições, com valor não inferior a
de 21 de novembro de 1966, conforme o que R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e não superior a
dispuser a ANS.47 R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) de acor-
do com o porte econômico da operadora ou
Art. 25. As infrações dos dispositivos desta prestadora de serviço e a gravidade da infração,
Lei e de seus regulamentos, bem como aos ressalvado o disposto no § 6o do art. 19.50
dispositivos dos contratos firmados, a qualquer Parágrafo único. (Revogado)
tempo, entre operadoras e usuários de planos
privados de assistência à saúde, sujeitam a ope- Art. 28. (Revogado)51
radora dos produtos de que tratam o inciso I e
o § 1o do art. 1o desta Lei, seus administradores, Art. 29. As infrações serão apuradas mediante
membros de conselhos administrativos, delibe- processo administrativo que tenha por base o
rativos, consultivos, fiscais e assemelhados às auto de infração, a representação ou a denúncia
seguintes penalidades, sem prejuízo de outras positiva dos fatos irregulares, cabendo à ANS
estabelecidas na legislação vigente:48 dispor sobre normas para instauração, recursos
I – advertência; e seus efeitos, instâncias e prazos.52
II – multa pecuniária; § 1o O processo administrativo, antes de
III – suspensão do exercício do cargo; aplicada a penalidade, poderá, a título excep-
IV – inabilitação temporária para exercício cional, ser suspenso, pela ANS, se a operadora
de cargos em operadoras de planos de assis- ou prestadora de serviço assinar termo de
tência à saúde; compromisso de ajuste de conduta, perante a
V – inabilitação permanente para exercício diretoria colegiada, que terá eficácia de título
de cargos de direção ou em conselhos das ope- executivo extrajudicial, obrigando-se a:
radoras a que se refere esta Lei, bem como em I – cessar a prática de atividades ou atos
entidades de previdência privada, sociedades objetos da apuração; e
seguradoras, corretoras de seguros e institui- II – corrigir as irregularidades, inclusive
ções financeiras; indenizando os prejuízos delas decorrentes.
VI – cancelamento da autorização de funcio- § 2o O termo de compromisso de ajuste de
namento e alienação da carteira da operadora. conduta conterá, necessariamente, as seguintes
cláusulas:
Art. 26. Os administradores e membros dos I – obrigações do compromissário de fazer
conselhos administrativos, deliberativos, con- cessar a prática objeto da apuração, no prazo
sultivos, fiscais e assemelhados das operadoras estabelecido;
de que trata esta Lei respondem solidariamente II – valor da multa a ser imposta no
pelos prejuízos causados a terceiros, inclusive caso de descumprimento, não inferior a
aos acionistas, cotistas, cooperados e consu- R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e não superior a
midores de planos privados de assistência à R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) de acordo
saúde, conforme o caso, em consequência do com o porte econômico da operadora ou da
descumprimento de leis, normas e instruções prestadora de serviço.
referentes às operações previstas na legislação § 3o A assinatura do termo de compromisso
e, em especial, pela falta de constituição e co- de ajuste de conduta não importa confissão
bertura das garantias obrigatórias.49 do compromissário quanto à matéria de fato,
Consumidor
47
Medida Provisória no 2.177-44/2001. 50
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
48
Medida Provisória no 2.177-44/2001. 51
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
49
Medida Provisória no 2.177-44/2001. 52
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
46
nem reconhecimento de ilicitude da conduta ção do contrato de trabalho sem justa causa, é
em apuração. assegurado o direito de manter sua condição
§ 4o O descumprimento do termo de com- de beneficiário, nas mesmas condições de
promisso de ajuste de conduta, sem prejuízo cobertura assistencial de que gozava quando
da aplicação da multa a que se refere o inciso da vigência do contrato de trabalho, desde que
II do § 2o, acarreta a revogação da suspensão assuma o seu pagamento integral.54
do processo. § 1o O período de manutenção da condição
§ 5o Cumpridas as obrigações assumidas no de beneficiário a que se refere o caput será de
termo de compromisso de ajuste de conduta, um terço do tempo de permanência nos produ-
será extinto o processo. tos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o, ou
§ 6o Suspende-se a prescrição durante a sucessores, com um mínimo assegurado de seis
vigência do termo de compromisso de ajuste meses e um máximo de vinte e quatro meses.
de conduta. § 2o A manutenção de que trata este artigo
§ 7o Não poderá ser firmado termo de com- é extensiva, obrigatoriamente, a todo o grupo
promisso de ajuste de conduta quando tiver familiar inscrito quando da vigência do con-
havido descumprimento de outro termo de trato de trabalho.
compromisso de ajuste de conduta nos termos § 3o Em caso de morte do titular, o direito
desta Lei, dentro do prazo de dois anos. de permanência é assegurado aos dependentes
§ 8o O termo de compromisso de ajuste de cobertos pelo plano ou seguro privado coletivo
conduta deverá ser publicado no Diário Oficial de assistência à saúde, nos termos do disposto
da União. neste artigo.
§ 9o A ANS regulamentará a aplicação do § 4o O direito assegurado neste artigo não
disposto nos §§ 1o a 7o deste artigo. exclui vantagens obtidas pelos empregados de-
correntes de negociações coletivas de trabalho.
Art. 29-A. ANS poderá celebrar com as ope- § 5o A condição prevista no caput deste ar-
radoras termo de compromisso, quando houver tigo deixará de existir quando da admissão do
interesse na implementação de práticas que consumidor titular em novo emprego.
consistam em vantagens para os consumido- § 6o Nos planos coletivos custeados inte-
res, com vistas a assegurar a manutenção da gralmente pela empresa, não é considerada
qualidade dos serviços de assistência à saúde.53 contribuição a coparticipação do consumidor,
§ 1o O termo de compromisso referido no única e exclusivamente, em procedimentos,
caput não poderá implicar restrição de direitos como fator de moderação, na utilização dos
do usuário. serviços de assistência médica ou hospitalar.
§ 2o Na definição do termo de que trata
este artigo serão considerados os critérios de Art. 31. Ao aposentado que contribuir para
aferição e controle da qualidade dos serviços a produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do
serem oferecidos pelas operadoras. art. 1o desta Lei, em decorrência de vínculo
§ 3o O descumprimento injustificado do empregatício, pelo prazo mínimo de dez anos,
termo de compromisso poderá importar na é assegurado o direito de manutenção como be-
aplicação da penalidade de multa a que se refere neficiário, nas mesmas condições de cobertura
o inciso II, § 2o, do art. 29 desta Lei. assistencial de que gozava quando da vigência
do contrato de trabalho, desde que assuma o
Art. 30. Ao consumidor que contribuir para seu pagamento integral.55
produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do § 1o Ao aposentado que contribuir para
Normas correlatas
art. 1o desta Lei, em decorrência de vínculo planos coletivos de assistência à saúde por
empregatício, no caso de rescisão ou exonera-
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
54
47
período inferior ao estabelecido no caput é caminhados, conforme previsto no § 2o deste
assegurado o direito de manutenção como be- artigo, cabendo-lhe, inclusive, estabelecer
neficiário, à razão de um ano para cada ano de procedimentos para cobrança dos valores a
contribuição, desde que assuma o pagamento serem ressarcidos.
integral do mesmo. § 8o Os valores a serem ressarcidos não
§ 2o Para gozo do direito assegurado neste serão inferiores aos praticados pelo SUS e nem
artigo, observar-se-ão as mesmas condições superiores aos praticados pelas operadoras de
estabelecidas nos §§ 2o, 3o, 4o, 5o e 6o do art. 30. produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do
art. 1o desta Lei.
Art. 32. Serão ressarcidos pelas operadoras § 9o Os valores a que se referem os §§ 3o e
dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do 6 deste artigo não serão computados para fins
o
art. 1o desta Lei, de acordo com normas a serem de aplicação dos recursos mínimos nas ações
definidas pela ANS, os serviços de atendimento e serviços públicos de saúde nos termos da
à saúde previstos nos respectivos contratos, Constituição Federal.
prestados a seus consumidores e respectivos
dependentes, em instituições públicas ou pri- Art. 33. Havendo indisponibilidade de leito
vadas, conveniadas ou contratadas, integrantes hospitalar nos estabelecimentos próprios
do Sistema Único de Saúde – SUS.56 ou credenciados pelo plano, é garantido ao
§ 1o O ressarcimento será efetuado pelas consumidor o acesso à acomodação, em nível
operadoras ao SUS com base em regra de valo- superior, sem ônus adicional.
ração aprovada e divulgada pela ANS, mediante
crédito ao Fundo Nacional de Saúde – FNS. Art. 34. As pessoas jurídicas que executam
§ 2o Para a efetivação do ressarcimento, a outras atividades além das abrangidas por esta
ANS disponibilizará às operadoras a discrimi- Lei deverão, na forma e no prazo definidos pela
nação dos procedimentos realizados para cada ANS, constituir pessoas jurídicas independen-
consumidor. tes, com ou sem fins lucrativos, especificamente
§ 3o A operadora efetuará o ressarcimen- para operar planos privados de assistência à
to até o 15o (décimo quinto) dia da data de saúde, na forma da legislação em vigor e em
recebimento da notificação de cobrança feita especial desta Lei e de seus regulamentos.57
pela ANS.
§ 4o O ressarcimento não efetuado no prazo Art. 35. Aplicam-se as disposições desta Lei
previsto no § 3o será cobrado com os seguintes a todos os contratos celebrados a partir de sua
acréscimos: vigência, assegurada aos consumidores com
I – juros de mora contados do mês seguinte contratos anteriores, bem como àqueles com
ao do vencimento, à razão de um por cento ao contratos celebrados entre 2 de setembro de
mês ou fração; 1998 e 1o de janeiro de 1999, a possibilidade
II – multa de mora de dez por cento. de optar pela adaptação ao sistema previsto
§ 5o Os valores não recolhidos no prazo nesta Lei.58
previsto no § 3o serão inscritos em dívida ativa § 1o Sem prejuízo do disposto no art. 35-E,
da ANS, a qual compete a cobrança judicial dos a adaptação dos contratos de que trata este ar-
respectivos créditos. tigo deverá ser formalizada em termo próprio,
§ 6o O produto da arrecadação dos juros e assinado pelos contratantes, de acordo com as
da multa de mora serão revertidos ao Fundo normas a serem definidas pela ANS.
Nacional de Saúde. § 2o Quando a adaptação dos contratos in-
§ 7 o A ANS disciplinará o processo de cluir aumento de contraprestação pecuniária, a
Consumidor
glosa ou impugnação dos procedimentos en- composição da base de cálculo deverá ficar res-
48
trita aos itens correspondentes ao aumento de IV – fixar diretrizes gerais para implementa-
cobertura, e ficará disponível para verificação ção no setor de saúde suplementar sobre:
pela ANS, que poderá determinar sua alteração a) aspectos econômico-financeiros;
quando o novo valor não estiver devidamente b) normas de contabilidade, atuariais e
justificado. estatísticas;
§ 3o A adaptação dos contratos não implica c) parâmetros quanto ao capital e ao patri-
nova contagem dos períodos de carência e dos mônio líquido mínimos, bem assim quanto às
prazos de aquisição dos benefícios previstos formas de sua subscrição e realização quando
nos arts. 30 e 31 desta Lei, observados, quanto se tratar de sociedade anônima;
aos últimos, os limites de cobertura previstos d) critérios de constituição de garantias de
no contrato original. manutenção do equilíbrio econômico-finan-
§ 4o Nenhum contrato poderá ser adaptado ceiro, consistentes em bens, móveis ou imóveis,
por decisão unilateral da empresa operadora. ou fundos especiais ou seguros garantidores;
§ 5o A manutenção dos contratos originais e) criação de fundo, contratação de seguro
pelos consumidores não optantes tem caráter garantidor ou outros instrumentos que julgar
personalíssimo, devendo ser garantida somente adequados, com o objetivo de proteger o consu-
ao titular e a seus dependentes já inscritos, per- midor de planos privados de assistência à saúde
mitida inclusão apenas de novo cônjuge e filhos, em caso de insolvência de empresas operadoras;
e vedada a transferência da sua titularidade, sob V – deliberar sobre a criação de câmaras
qualquer pretexto, a terceiros. técnicas, de caráter consultivo, de forma a
§ 6o Os produtos de que tratam o inciso I subsidiar suas decisões.
e o § 1o do art. 1o desta Lei, contratados até 1o Parágrafo único. A ANS fixará as normas
de janeiro de 1999, deverão permanecer em sobre as matérias previstas no inciso IV deste
operação, por tempo indeterminado, apenas artigo, devendo adequá-las, se necessário,
para os consumidores que não optarem pela quando houver diretrizes gerais estabelecidas
adaptação às novas regras, sendo considerados pelo CONSU.
extintos para fim de comercialização.
§ 7o Às pessoas jurídicas contratantes de Art. 35-B. O CONSU será integrado pelos
planos coletivos, não optantes pela adaptação seguintes Ministros de Estado:60
prevista neste artigo, fica assegurada a manu- I – Chefe da Casa Civil da Presidência da
tenção dos contratos originais, nas coberturas República, na qualidade de Presidente;
assistenciais neles pactuadas. II – da Saúde;
§ 8o A ANS definirá em norma própria III – da Fazenda;
os procedimentos formais que deverão ser IV – da Justiça; e
adotados pelas empresas para a adaptação dos V – do Planejamento, Orçamento e Gestão.
contratos de que trata este artigo. § 1o O Conselho deliberará mediante re-
soluções, por maioria de votos, cabendo ao
Art. 35-A. Fica criado o Conselho de Saúde Presidente a prerrogativa de deliberar nos casos
Suplementar – CONSU, órgão colegiado inte- de urgência e relevante interesse, ad referendum
grante da estrutura regimental do Ministério dos demais membros.
da Saúde, com competência para:59 § 2o Quando deliberar ad referendum do
I – estabelecer e supervisionar a execução Conselho, o Presidente submeterá a decisão ao
de políticas e diretrizes gerais do setor de saúde Colegiado na primeira reunião que se seguir
suplementar; àquela deliberação.
Normas correlatas
49
cipar das reuniões, não lhes sendo permitido III – é vedada a suspensão ou a rescisão
o direito de voto. unilateral do contrato individual ou familiar
§ 5 o O regimento interno do CONSU de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do
será aprovado por decreto do Presidente da art. 1o desta Lei por parte da operadora, salvo
República. o disposto no inciso II do parágrafo único do
§ 6o As atividades de apoio administrativo art. 13 desta Lei;
ao CONSU serão prestadas pela ANS. IV – é vedada a interrupção de internação
§ 7 o O Presidente da ANS participará, hospitalar em leito clínico, cirúrgico ou em
na qualidade de Secretário, das reuniões do centro de terapia intensiva ou similar, salvo a
CONSU. critério do médico assistente.
§ 1o Os contratos anteriores à vigência desta
Art. 35-C. É obrigatória a cobertura do aten- Lei, que estabeleçam reajuste por mudança de
dimento nos casos:61 faixa etária com idade inicial em sessenta anos
I – de emergência, como tal definidos os que ou mais, deverão ser adaptados, até 31 de ou-
implicarem risco imediato de vida ou de lesões tubro de 1999, para repactuação da cláusula de
irreparáveis para o paciente, caracterizado em reajuste, observadas as seguintes disposições:
declaração do médico assistente; I – a repactuação será garantida aos con-
II – de urgência, assim entendidos os resul- sumidores de que trata o parágrafo único do
tantes de acidentes pessoais ou de complica- art. 15, para as mudanças de faixa etária ocor-
ções no processo gestacional; ridas após a vigência desta Lei, e limitar-se-á à
III – de planejamento familiar. diluição da aplicação do reajuste anteriormente
Parágrafo único. A ANS fará publicar previsto, em reajustes parciais anuais, com ado-
normas regulamentares para o disposto neste ção de percentual fixo que, aplicado a cada ano,
artigo, observados os termos de adaptação permita atingir o reajuste integral no início do
previstos no art. 35. último ano da faixa etária considerada;
II – para aplicação da fórmula de diluição,
Art. 35-D. As multas a serem aplicadas pela consideram-se de dez anos as faixas etárias que
ANS em decorrência da competência fiscali- tenham sido estipuladas sem limite superior;
zadora e normativa estabelecida nesta Lei e em III – a nova cláusula, contendo a fórmula de
seus regulamentos serão recolhidas à conta da- aplicação do reajuste, deverá ser encaminhada
quela Agência, até o limite de R$ 1.000.000,00 aos consumidores, juntamente com o boleto
(um milhão de reais) por infração, ressalvado ou título de cobrança, com a demonstração
o disposto no § 6o do art. 19 desta Lei.62 do valor originalmente contratado, do valor
repactuado e do percentual de reajuste anual
Art. 35-E. A partir de 5 de junho de 1998, fica fixo, esclarecendo, ainda, que o seu pagamento
estabelecido para os contratos celebrados an- formalizará esta repactuação;
teriormente à data de vigência desta Lei que:63 IV – a cláusula original de reajuste deverá
I – qualquer variação na contraprestação ter sido previamente submetida à ANS;
pecuniária para consumidores com mais de V – na falta de aprovação prévia, a opera-
sessenta anos de idade estará sujeita à autori- dora, para que possa aplicar reajuste por faixa
zação prévia da ANS; etária a consumidores com sessenta anos ou
II – a alegação de doença ou lesão preexis- mais de idade e dez anos ou mais de contrato,
tente estará sujeita à prévia regulamentação da deverá submeter à ANS as condições contra-
matéria pela ANS; tuais acompanhadas de nota técnica, para,
uma vez aprovada a cláusula e o percentual
Consumidor
61
Lei no 11.935/2009 e Medida Provisória no 2.177- de reajuste, adotar a diluição prevista neste
44/2001. parágrafo.
62
Medida Provisória no 2.177-44/2001. § 2o Nos contratos individuais de produ-
63
Medida Provisória no 2.177-44/2001. tos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o
50
desta Lei, independentemente da data de sua acesso em razão do exercício do encargo, sob
celebração, a aplicação de cláusula de reajuste pena de incorrer em improbidade administra-
das contraprestações pecuniárias dependerá de tiva, sem prejuízo das responsabilidades civis
prévia aprovação da ANS. e penais.68
§ 3o O disposto no art. 35 desta Lei aplica-
-se sem prejuízo do estabelecido neste artigo. Art. 35-L. Os bens garantidores das provisões
técnicas, fundos e provisões deverão ser regis-
Art. 35-F. A assistência a que alude o art. 1o trados na ANS e não poderão ser alienados,
desta Lei compreende todas as ações necessárias prometidos a alienar ou, de qualquer forma,
à prevenção da doença e à recuperação, manu- gravados sem prévia e expressa autorização,
tenção e reabilitação da saúde, observados os sendo nulas, de pleno direito, as alienações
termos desta Lei e do contrato firmado entre realizadas ou os gravames constituídos com
as partes.64 violação deste artigo.69
Parágrafo único. Quando a garantia recair
Art. 35-G. Aplicam-se subsidiariamente em bem imóvel, será obrigatoriamente inscrita
aos contratos entre usuários e operadoras de no competente Cartório do Registro Geral de
produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do Imóveis, mediante requerimento firmado pela
art. 1o desta Lei as disposições da Lei no 8.078, operadora de plano de assistência à saúde e
de 1990.65 pela ANS.
Art. 35-H. Os expedientes que até esta data fo- Art. 35-M. As operadoras de produtos de
ram protocolizados na SUSEP pelas operadoras que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta
de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do Lei poderão celebrar contratos de resseguro
art. 1o desta Lei e que forem encaminhados à junto às empresas devidamente autorizadas a
ANS em consequência desta Lei, deverão estar operar em tal atividade, conforme estabelecido
acompanhados de parecer conclusivo daquela na Lei no 9.932, de 20 de dezembro de 1999, e
Autarquia.66 regulamentações posteriores.70
Art. 35-I. Responderão subsidiariamente Art. 36. Esta Lei entra em vigor noventa dias
pelos direitos contratuais e legais dos consu- após a data de sua publicação.
midores, prestadores de serviço e fornecedores,
além dos débitos fiscais e trabalhistas, os bens Brasília, 3 de junho de 1998; 177o da Indepen-
pessoais dos diretores, administradores, geren- dência e 110o da República.
tes e membros de conselhos da operadora de
plano privado de assistência à saúde, indepen- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO –
dentemente da sua natureza jurídica.67 Renan Calheiros – Pedro Malan – Waldeck
Ornélas – José Serra
Art. 35-J. O diretor técnico ou fiscal ou o li-
quidante são obrigados a manter sigilo relativo Promulgada em 3/6/1998 e publicada no DOU de
às informações da operadora às quais tiverem 4/6/1998.
Normas correlatas
64
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
65
Medida Provisória no 2.177-44/2001. 68
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
66
Medida Provisória no 2.177-44/2001. 69
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
67
Medida Provisória no 2.177-44/2001. 70
Medida Provisória no 2.177-44/2001.
51
Lei no 9.870/1999
Dispõe sobre o valor total das anuidades escolares e dá outras providências.
Art. 7o São legitimados à propositura das ações os documentos que comprovem a origem de
previstas na Lei no 8.078, de 1990, para a defesa suas receitas e a efetivação de suas despesas,
dos direitos assegurados por esta Lei e pela legis- bem como a realização de quaisquer outros
atos ou operações que venham a modificar
Medida Provisória no 2.173-24/2001.
72
sua situação patrimonial;
53
IV – submeter-se, a qualquer tempo, a audi- Art. 7o-D. As entidades mantenedoras de
toria pelo Poder Público; instituições de ensino superior, com finali-
V – destinar seu patrimônio a outra institui- dade lucrativa, ainda que de natureza civil,
ção congênere ou ao Poder Público, no caso deverão elaborar, em cada exercício social,
de encerramento de suas atividades, promo- demonstrações financeiras atestadas por
vendo, se necessário, a alteração estatutária profissionais competentes.”
correspondente;
VI – comprovar, sempre que solicitada pelo Art. 10. Continuam a produzir efeitos os atos
órgão competente: praticados com base na Medida Provisória
a) a aplicação dos seus excedentes finan- no 1.890-66, de 24 de setembro de 1999, e nas
ceiros para os fins da instituição de ensino; suas antecessoras.
b) a não remuneração ou concessão de van-
tagens ou benefícios, por qualquer forma ou Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de
título, a seus instituidores, dirigentes, sócios, sua publicação.
conselheiros ou equivalentes.
Parágrafo único. A comprovação do dis- Art. 12. Revogam-se a Lei no 8.170, de 17 de
posto neste artigo é indispensável, para fins janeiro de 1991; o art. 14 da Lei no 8.178, de
de credenciamento e recredenciamento da 1o de março de 1991; e a Lei no 8.747, de 9 de
instituição de ensino superior. dezembro de 1993.
Art. 7o-C. As entidades mantenedoras de
instituições privadas de ensino superior co- Brasília, 23 de novembro de 1999; 178o da In-
munitárias, confessionais e filantrópicas ou dependência e 111o da República.
constituídas como fundações não poderão
ter finalidade lucrativa e deverão adotar os FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – José
preceitos do art. 14 do Código Tributário Carlos Dias – Pedro Malan – Paulo Renato Souza
Nacional e do art. 55 da Lei no 8.212, de 24 de
julho de 1991, além de atender ao disposto Promulgada em 23/11/1999 e publicada no DOU
no art. 7o-B. de 24/11/1999.
Consumidor
54
Lei no 10.962/2004
Dispõe sobre a oferta e as formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor.
55
Lei no 12.291/2010
Torna obrigatória a manutenção de exemplar do Código de Defesa do Consumidor nos estabelecimentos
comerciais e de prestação de serviços.
56
Lei no 12.414/2011
Disciplina a formação e consulta a bancos de dados com informações de adimplemento, de pessoas
naturais ou de pessoas jurídicas, para formação de histórico de crédito.
60
Lei no 12.741/2012
Dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor, de que trata o § 5o do artigo 150 da
Constituição Federal; altera o inciso III do art. 6o e o inciso IV do art. 106 da Lei no 8.078, de 11 de
setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor.
§ 5o Os tributos que deverão ser computa- § 8o Em relação aos serviços de natureza
dos são os seguintes: financeira, quando não seja legalmente prevista
I – Imposto sobre Operações relativas a a emissão de documento fiscal, as informações
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de que trata este artigo deverão ser feitas em ta-
de Serviços de Transporte Interestadual e Inter- belas afixadas nos respectivos estabelecimentos.
municipal e de Comunicação (ICMS); § 9o (Vetado) 61
§ 10. A indicação relativa ao IOF (prevista ���������������������������������������������������������������������������
no inciso IV do § 5o) restringe-se aos produtos III – a informação adequada e clara sobre os
financeiros sobre os quais incida diretamente diferentes produtos e serviços, com especifi-
aquele tributo. cação correta de quantidade, características,
§ 11. A indicação relativa ao PIS e à Cofins composição, qualidade, tributos incidentes
(incisos VII e VIII do § 5o), limitar-se-á à tri- e preço, bem como sobre os riscos que
butação incidente sobre a operação de venda apresentem;
ao consumidor. �������������������������������������������������������������������������”
§ 12. Sempre que o pagamento de pessoal
constituir item de custo direto do serviço ou Art. 4o (Vetado)
produto fornecido ao consumidor, deve ser
divulgada, ainda, a contribuição previdenciária Art. 5o A fiscalização, no que se refere à infor-
dos empregados e dos empregadores incidente, mação relativa à carga tributária objeto desta
alocada ao serviço ou produto. Lei, será exclusivamente orientadora até 31 de
dezembro de 2014.73
Art. 2o Os valores aproximados de que trata
o art. 1o serão apurados sobre cada operação, e Art. 6o Esta Lei entra em vigor 6 (seis) meses
poderão, a critério das empresas vendedoras, após a data de sua publicação.
ser calculados e fornecidos, semestralmente,
por instituição de âmbito nacional reconhe- Brasília, 8 de dezembro de 2012; 191o da Inde-
cidamente idônea, voltada primordialmente à pendência e 124o da República.
apuração e análise de dados econômicos.
DILMA ROUSSEFF – José Eduardo Cardozo –
Art. 3o O inciso III do art. 6o da Lei no 8.078, Guido Mantega
de 11 de setembro de 1990, passa a vigorar com
a seguinte redação: Promulgada em 8/12/2012 e publicada no DOU de
“Art. 6o ����������������������������������������������������������� 10/12/2012.
Consumidor
62 649/2014.
Decreto no 1.306/1994
Regulamenta o Fundo de Defesa de Direitos Difusos, de que tratam os arts. 13 e 20 da Lei no 7.347,
de 24 de julho de 1985, seu Conselho Gestor e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das Art. 3o O FDD será gerido pelo Conselho
atribuições que lhe confere o art. 84, incisos Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos
IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o Difusos (CFDD), órgão colegiado integrante
disposto nos arts. 13 e 20, da Lei no 7.347, de da estrutura organizacional do Ministério da
24 de julho de 1985, Justiça, com sede em Brasília, e composto pelos
seguintes membros:74
DECRETA: I – um representante da Secretaria Nacional
do Consumidor do Ministério da Justiça, que
Art. 1o O Fundo de Defesa de Direitos Difusos o presidirá;
(FDD), criado pela Lei no 7.347, de 24 de julho II – um representante do Ministério do Meio
de 1985, tem por finalidade a reparação dos Ambiente e da Amazônia Legal;
danos causados ao meio ambiente, ao consumi- III – um representante do Ministério da
dor, a bens e direitos de valor artístico, estético, Cultura;
histórico, turístico, paisagístico, por infração à IV – um representante do Ministério da
ordem econômica e a outros interesses difusos Saúde vinculado à área de vigilância sanitária;
e coletivos. V – um representante do Ministério da
Fazenda;
Art. 2o Constituem recursos do FDD o pro- VI – um representante do Conselho Admi-
duto da arrecadação: nistrativo de Defesa Econômica – CADE;
I – das condenações judiciais de que tratam VII – um representante do Ministério Pú-
os arts. 11 e 13, da Lei no 7.347, de 24 de julho blico Federal;
de 1985; VIII – três representantes de entidades civis
II – das multas e indenizações decorrentes que atendam aos pressupostos dos incisos I e
da aplicação da Lei no 7.853, de 24 de outubro II, do art. 5o, da Lei no 7.347, de 24 de julho
de 1989, desde que não destinadas à reparação de 1985.
de danos a interesses individuais; § 1o Cada representante de que trata este
III – dos valores destinados à União em vir- artigo terá um suplente, que o substituirá nos
tude da aplicação da multa prevista no art. 57 seus afastamentos e impedimentos legais.
e seu parágrafo único e do produto de indeni- § 2o É vedada a remuneração, a qualquer
zação prevista no art. 100, parágrafo único, da título, pela participação no CFDD, sendo a ati-
Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990; vidade considerada serviço público relevante.
IV – das condenações judiciais de que trata
o parágrafo 2o, do art. 2o, da Lei no 7.913, de 7 Art. 4o Os representantes e seus respectivos
de dezembro de 1989; suplentes serão designados pelo Ministro da
V – das multas referidas no art. 84, da Lei Justiça; os dos incisos I a V dentre os servidores
no 8.884, de 11 de junho de 1994; dos respectivos Ministérios, indicados pelo
Normas correlatas
VI – dos rendimentos auferidos com a apli- seu titular; o do inciso VI dentre os servidores
cação dos recursos do Fundo; ou Conselheiros, indicado pelo Presidente
VII – de outras receitas que vierem a ser da Autarquia; o do inciso VII indicado pelo
destinadas ao Fundo;
VIII – de doações de pessoas físicas ou jurí- Decreto no 7.738/2012. NE: o inciso II foi retifi-
74
Normas correlatas
65
Decreto no 2.181/1997
Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor – SNDC, estabelece as
normas gerais de aplicação das sanções administrativas previstas na Lei no 8.078, de 11 de setembro
de 1990, revoga o Decreto no 861, de 9 julho de 1993, e dá outras providências.
68
c) em desacordo com as indicações constan- correção retificada em tempo hábil ou exclusi-
tes do recipiente, da embalagem, da rotulagem vamente atribuível ao veículo de comunicação,
ou mensagem publicitária, respeitadas as varia- sem prejuízo, inclusive nessas duas hipóteses,
ções decorrentes de sua natureza; do cumprimento forçado do anunciado ou do
d) impróprio ou inadequado ao consumo ressarcimento de perdas e danos sofridos pelo
a que se destina ou que lhe diminua o valor; consumidor, assegurado o direito de regresso
X – deixar de reexecutar os serviços, quando do anunciante contra seu segurador ou res-
cabível, sem custo adicional; ponsável direto;
XI – deixar de estipular prazo para o cum- VII – omitir, nas ofertas ou vendas eletrôni-
primento de sua obrigação ou deixar a fixação cas, por telefone ou reembolso postal, o nome
ou variação de seu termo inicial a seu exclusivo e endereço do fabricante ou do importador na
critério. embalagem, na publicidade e nos impressos
utilizados na transação comercial;
Art. 13. Serão consideradas, ainda, práticas VIII – deixar de cumprir, no caso de forne-
infrativas, na forma dos dispositivos da Lei cimento de produtos e serviços, o regime de
no 8.078, de 1990: preços tabelados, congelados, administrados,
I – ofertar produtos ou serviços sem as in- fixados ou controlados pelo Poder Público;
formações corretas, claras, precisas e ostensivas, IX – submeter o consumidor inadimplente a
em língua portuguesa, sobre suas característi- ridículo ou a qualquer tipo de constrangimento
cas, qualidade, quantidade, composição, preço, ou ameaça;
condições de pagamento, juros, encargos, X – impedir ou dificultar o acesso gratuito
garantia, prazos de validade e origem, entre do consumidor às informações existentes em
outros dados relevantes; cadastros, fichas, registros de dados pessoais e
II – deixar de comunicar à autoridade de consumo, arquivados sobre ele, bem como
competente a periculosidade do produto ou sobre as respectivas fontes;
serviço, quando do lançamento dos mesmos no XI – elaborar cadastros de consumo com
mercado de consumo, ou quando da verificação dados irreais ou imprecisos;
posterior da existência do risco; XII – manter cadastros e dados de consumi-
III – deixar de comunicar aos consumi- dores com informações negativas, divergentes
dores, por meio de anúncios publicitários, a da proteção legal;
periculosidade do produto ou serviço, quando XIIII – deixar de comunicar, por escrito, ao
do lançamento dos mesmos no mercado de consumidor a abertura de cadastro, ficha, re-
consumo, ou quando da verificação posterior gistro de dados pessoais e de consumo, quando
da existência do risco; não solicitada por ele;
IV – deixar de reparar os danos causados XIV – deixar de corrigir, imediata e gratui-
aos consumidores por defeitos decorrentes de tamente, a inexatidão de dados e cadastros,
projetos, fabricação, construção, montagem, quando solicitado pelo consumidor;
manipulação, apresentação ou acondiciona- XV – deixar de comunicar ao consumidor,
mento de seus produtos ou serviços, ou por no prazo de cinco dias úteis, as correções ca-
informações insuficientes ou inadequadas sobre dastrais por ele solicitadas;
a sua utilização e risco; XVI – impedir, dificultar ou negar, sem
V – deixar de empregar componentes de justa causa, o cumprimento das declarações
reposição originais, adequados e novos, ou que constantes de escritos particulares, recibos
mantenham as especificações técnicas do fabri- e pré-contratos concernentes às relações de
Normas correlatas
69
a contar da assinatura do contrato ou do ato de tário inteira ou parcialmente falsa, ou, por qual-
recebimento do produto ou serviço, sempre que quer outro modo, mesmo por omissão, capaz
a contratação ocorrer fora do estabelecimento de induzir a erro o consumidor a respeito da
comercial, especialmente por telefone ou a natureza, características, qualidade, quantida-
domicílio; de, propriedade, origem, preço e de quaisquer
XVIII – impedir, dificultar ou negar a devo- outros dados sobre produtos ou serviços.
lução dos valores pagos, monetariamente atu- § 1o É enganosa, por omissão, a publicidade
alizados, durante o prazo de reflexão, em caso que deixar de informar sobre dado essencial do
de desistência do contrato pelo consumidor; produto ou serviço a ser colocado à disposição
XIX – deixar de entregar o termo de garantia, dos consumidores.
devidamente preenchido com as informações § 2o É abusiva, entre outras, a publicidade
previstas no parágrafo único do art. 50 da Lei discriminatória de qualquer natureza, que inci-
no 8.078, de 1990; te à violência, explore o medo ou a superstição,
XX – deixar, em contratos que envolvam se aproveite da deficiência de julgamento e da
vendas a prazo ou com cartão de crédito, de inexperiência da criança, desrespeite valores
informar por escrito ao consumidor, prévia e ambientais, seja capaz de induzir o consumi-
adequadamente, inclusive nas comunicações dor a se comportar de forma prejudicial ou
publicitárias, o preço do produto ou do serviço perigosa à sua saúde ou segurança, ou que viole
em moeda corrente nacional, o montante dos normas legais ou regulamentares de controle
juros de mora e da taxa efetiva anual de juros, da publicidade.
os acréscimos legal e contratualmente previstos, § 3o O ônus da prova da veracidade (não
o número e a periodicidade das prestações e, enganosidade) e da correção (não abusividade)
com igual destaque, a soma total a pagar, com da informação ou comunicação publicitária
ou sem financiamento; cabe a quem as patrocina.
XXI – deixar de assegurar a oferta de com-
ponentes e peças de reposição, enquanto não Art. 15. Estando a mesma empresa sendo
cessar a fabricação ou importação do produto, acionada em mais de um Estado federado
e, caso cessadas, de manter a oferta de com- pelo mesmo fato gerador de prática infrativa, a
ponentes e peças de reposição por período autoridade máxima do sistema estadual poderá
razoável de tempo, nunca inferior à vida útil remeter o processo ao órgão coordenador do
do produto ou serviço; SNDC, que apurará o fato e aplicará as sanções
XXII – propor ou aplicar índices ou formas respectivas.
de reajuste alternativos, bem como fazê-lo em
desacordo com aquele que seja legal ou contra- Art. 16. Nos casos de processos administra-
tualmente permitido; tivos em trâmite em mais de um Estado, que
XXIII – recusar a venda de produto ou a envolvam interesses difusos ou coletivos, a
prestação de serviços, publicamente ofertados, Secretaria Nacional do Consumidor pode-
diretamente a quem se dispõe a adquiri-los rá avocá-los, ouvida a Comissão Nacional
mediante pronto pagamento, ressalvados os Permanente de Defesa do Consumidor, e as
casos regulados em leis especiais; autoridades máximas dos sistemas estaduais.81
XXIV – deixar de trocar o produto impróprio,
inadequado, ou de valor diminuído, por outro da Art. 17. As práticas infrativas classificam-se
mesma espécie, em perfeitas condições de uso, em:
ou de restituir imediatamente a quantia paga, I – leves: aquelas em que forem verificadas
devidamente corrigida, ou fazer abatimento somente circunstâncias atenuantes;
Consumidor
70
SEÇÃO III – Das Penalidades sem prejuízo da competência de outros órgãos
Administrativas administrativos.
Parágrafo único. Incide também nas penas
Art. 18. A inobservância das normas contidas deste artigo o fornecedor que:
na Lei no 8.078, de 1990, e das demais normas a) deixar de organizar ou negar aos legíti-
de defesa do consumidor constituirá prática mos interessados os dados fáticos, técnicos e
infrativa e sujeitará o fornecedor às seguintes científicos que dão sustentação à mensagem
penalidades, que poderão ser aplicadas isolada publicitária;
ou cumulativamente, inclusive de forma cau- b) veicular publicidade de forma que o
telar, antecedente ou incidente no processo consumidor não possa, fácil e imediatamente,
administrativo, sem prejuízo das de natureza identificá-la como tal.
cível, penal e das definidas em normas espe-
cíficas: Art. 20. Sujeitam-se à pena de multa os órgãos
I – multa; públicos que, por si ou suas empresas conces-
II – apreensão do produto; sionárias, permissionárias ou sob qualquer
III – inutilização do produto; outra forma de empreendimento, deixarem de
IV – cassação do registro do produto junto fornecer serviços adequados, eficientes, seguros
ao órgão competente; e, quanto aos essenciais, contínuos.
V – proibição de fabricação do produto;
VI – suspensão de fornecimento de produ- Art. 21. A aplicação da sanção prevista no
tos ou serviços; inciso II do art. 18 terá lugar quando os pro-
VII – suspensão temporária de atividade; dutos forem comercializados em desacordo
VIII – revogação de concessão ou permissão com as especificações técnicas estabelecidas
de uso; em legislação própria, na Lei no 8.078, de 1990,
IX – cassação de licença do estabelecimento e neste Decreto.
ou de atividade; § 1o Os bens apreendidos, a critério da
X – interdição, total ou parcial, de estabele- autoridade, poderão ficar sob a guarda do pro-
cimento, de obra ou de atividade; prietário, responsável, preposto ou empregado
XI – intervenção administrativa; que responda pelo gerenciamento do negócio,
XII – imposição de contrapropaganda. nomeado fiel depositário, mediante termo pró-
§ 1 o Responderá pela prática infrativa, prio, proibida a venda, utilização, substituição,
sujeitando-se às sanções administrativas pre- subtração ou remoção, total ou parcial, dos
vistas neste Decreto, quem por ação ou omissão referidos bens.
lhe der causa, concorrer para sua prática ou § 2o A retirada de produto por parte da
dela se beneficiar. autoridade fiscalizadora não poderá incidir
§ 2o As penalidades previstas neste artigo sobre quantidade superior àquela necessária à
serão aplicadas pelos órgãos oficiais integran- realização da análise pericial.
tes do SNDC, sem prejuízo das atribuições do
órgão normativo ou regulador da atividade, na Art. 22. Será aplicada multa ao fornecedor
forma da legislação vigente. de produtos ou serviços que, direta ou indire-
§ 3o As penalidades previstas nos incisos III tamente, inserir, fizer circular ou utilizar-se de
a XI deste artigo sujeitam-se a posterior con- cláusula abusiva, qualquer que seja a modali-
firmação pelo órgão normativo ou regulador dade do contrato de consumo, inclusive nas
da atividade, nos limites de sua competência. operações securitárias, bancárias, de crédito
Normas correlatas
72
Art. 23. Os serviços prestados e os produtos normas de defesa do consumidor, punida por
remetidos ou entregues ao consumidor, na decisão administrativa irrecorrível.
hipótese prevista no inciso IV do art. 12 deste Parágrafo único. Para efeito de reincidência,
Decreto, equiparam-se às amostras grátis, ine- não prevalece a sanção anterior, se entre a data
xistindo obrigação de pagamento. da decisão administrativa definitiva e aquela da
prática posterior houver decorrido período de
Art. 24. Para a imposição da pena e sua gra- tempo superior a cinco anos.
dação, serão considerados:
I – as circunstâncias atenuantes e agravantes; Art. 28. Observado o disposto no art. 24
II – os antecedentes do infrator, nos termos deste Decreto pela autoridade competente, a
do art. 28 deste Decreto. pena de multa será fixada considerando-se a
gravidade da prática infrativa, a extensão do
Art. 25. Consideram-se circunstâncias ate- dano causado aos consumidores, a vantagem
nuantes: auferida com o ato infrativo e a condição eco-
I – a ação do infrator não ter sido fundamen- nômica do infrator, respeitados os parâmetros
tal para a consecução do fato; estabelecidos no parágrafo único do art. 57 da
II – ser o infrator primário; Lei no 8.078, de 1990.
III – ter o infrator adotado as providências
pertinentes para minimizar ou de imediato
reparar os efeitos do ato lesivo. CAPÍTULO IV – Da Destinação da Multa e
da Administração dos Recursos
Art. 26. Consideram-se circunstâncias agra-
vantes: Art. 29. A multa de que trata o inciso I do
I – ser o infrator reincidente; art. 56 e caput do art. 57 da Lei no 8.078, de
II – ter o infrator, comprovadamente, co- 1990, reverterá para o Fundo pertinente à pes-
metido a prática infrativa para obter vantagens soa jurídica de direito público que impuser a
indevidas; sanção, gerido pelo respectivo Conselho Gestor.
III – trazer a prática infrativa consequências Parágrafo único. As multas arrecadadas
danosas à saúde ou à segurança do consumidor; pela União e órgãos federais reverterão para
IV – deixar o infrator, tendo conhecimento o Fundo de Direitos Difusos de que tratam a
do ato lesivo, de tomar as providências para Lei no 7.347, de 1985, e Lei no 9.008, de 21 de
evitar ou mitigar suas consequências; março de 1995, gerido pelo Conselho Federal
V – ter o infrator agido com dolo; Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difu-
VI – ocasionar a prática infrativa dano cole- sos – CFDD.
tivo ou ter caráter repetitivo;
VII – ter a prática infrativa ocorrido em detri- Art. 30. As multas arrecadadas serão destina-
mento de menor de dezoito ou maior de sessenta das ao financiamento de projetos relacionados
anos ou de pessoas portadoras de deficiência com os objetivos da Política Nacional de Re-
física, mental ou sensorial, interditadas ou não; lações de Consumo, com a defesa dos direitos
VIII – dissimular-se a natureza ilícita do ato básicos do consumidor e com a modernização
ou atividade; administrativa dos órgãos públicos de defesa
IX – ser a conduta infrativa praticada apro- do consumidor, após aprovação pelo respectivo
veitando-se o infrator de grave crise econômica Conselho Gestor, em cada unidade federativa.
ou da condição cultural, social ou econômica da
Normas correlatas
vítima, ou, ainda, por ocasião de calamidade. Art. 31. Na ausência de Fundos municipais,
os recursos serão depositados no Fundo do
Art. 27. Considera-se reincidência a repetição respectivo Estado e, faltando este, no Fundo
de prática infrativa, de qualquer natureza, às federal.
73
Parágrafo único. O Conselho Federal Gestor SEÇÃO III – Dos Autos de Infração, de
do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos poderá Apreensão e do Termo de Depósito
apreciar e autorizar recursos para projetos espe-
ciais de órgãos e entidades federais, estaduais e Art. 35. Os Autos de infração, de Apreensão
municipais de defesa do consumidor. e o Termo de Depósito deverão ser impressos,
numerados em série e preenchidos de forma
Art. 32. Na hipótese de multa aplicada pelo ór- clara e precisa, sem entrelinhas, rasuras ou
gão coordenador do SNDC nos casos previstos emendas, mencionando:
pelo art. 15 deste Decreto, o Conselho Federal I – o Auto de Infração:
Gestor do FDD restituirá aos fundos dos Esta- a) o local, a data e a hora da lavratura;
dos envolvidos o percentual de até oitenta por b) o nome, o endereço e a qualificação do
cento do valor arrecadado. autuado;
c) a descrição do fato ou do ato constitutivo
da infração;
CAPÍTULO V – Do Processo Administrativo d) o dispositivo legal infringido;
SEÇÃO I – Das Disposições Gerais e) a determinação da exigência e a intima-
ção para cumpri-la ou impugná-la no prazo
Art. 33. As práticas infrativas às normas de de dez dias;
proteção e defesa do consumidor serão apura- f) a identificação do agente autuante, sua
das em processo administrativo, que terá início assinatura, a indicação do seu cargo ou função
mediante: e o número de sua matrícula;
I – ato, por escrito, da autoridade competente; g) a designação do órgão julgador e o res-
I – lavratura de auto de infração; pectivo endereço;
III – reclamação. h) a assinatura do autuado;
§ 1o Antecedendo à instauração do processo II – o Auto de Apreensão e o Termo de
administrativo, poderá a autoridade competente Depósito:
abrir investigação preliminar, cabendo, para a) o local, a data e a hora da lavratura;
tanto, requisitar dos fornecedores informações b) o nome, o endereço e a qualificação do
sobre as questões investigados, resguardado o depositário;
segredo industrial, na forma do disposto no § 4o c) a descrição e a quantidade dos produtos
do art. 55 da Lei no 8.078, de 1990. apreendidos;
§ 2o A recusa à prestação das informações ou d) as razões e os fundamentos da apreensão;
o desrespeito às determinações e convocações e) o local onde o produto ficará armaze-
dos órgãos do SNDC caracterizam desobediên- nado;
cia, na forma do art. 330 do Código Penal, fi- f) a quantidade de amostra colhida para
cando a autoridade administrativa com poderes análise;
para determinar a imediata cessação da prática, g) a identificação do agente autuante, sua
além da imposição das sanções administrativas assinatura, a indicação do seu cargo ou função
e civis cabíveis. e o número de sua matrícula;
h) a assinatura do depositário;
i) as proibições contidas no § 1o do art. 21
SEÇÃO II – Da Reclamação deste Decreto.
carta, telex, fac-símile ou qualquer outro meio agente autuante que houver verificado a prática
de comunicação, a quaisquer dos órgãos oficiais infrativa, preferencialmente no local onde foi
de proteção e defesa do consumidor. comprovada a irregularidade.
74
Art. 37. Os Autos de Infração, de Apreensão e III – os dispositivos legais infringidos;
o Termo de Depósito serão lavrados em impres- IV – a assinatura da autoridade competente.
so próprio, composto de três vias, numeradas
tipograficamente. Art. 41. A autoridade administrativa poderá
§ 1o Quando necessário, para comprovação determinar, na forma de ato próprio, cons-
de infração, os Autos serão acompanhados de tatação preliminar da ocorrência de prática
laudo pericial. presumida.
§ 2o Quando a verificação do defeito ou
vício relativo à qualidade, oferta e apresentação
de produtos não depender de perícia, o agente SEÇÃO V – Da Notificação
competente consignará o fato no respectivo
Auto. Art. 42. A autoridade competente expedirá
notificação ao infrator, fixando o prazo de dez
Art. 38. A assinatura nos Autos de Infração, de dias, a contar da data de seu recebimento, para
Apreensão e no Termo de Depósito, por parte apresentar defesa, na forma do art. 44 deste
do autuado, ao receber cópias dos mesmos, Decreto.
constitui notificação, sem implicar confissão, § 1o A notificação, acompanhada de cópia
para os fins do art. 44 do presente Decreto. da inicial do processo administrativo a que se
Parágrafo único. Em caso de recusa do refere o art. 40, far-se-á:
autuado em assinar os Autos de Infração, de I – pessoalmente ao infrator, seu mandatário
Apreensão e o Termo de Depósito, o Agente ou preposto;
competente consignará o fato nos Autos e no II – por carta registrada ao infrator, seu
Termo, remetendo-os ao autuado por via pos- mandatário ou preposto, com Aviso de Rece-
tal, com Aviso de Recebimento (AR) ou outro bimento (AR).
procedimento equivalente, tendo os mesmos § 2o Quando o infrator, seu mandatário ou
efeitos do caput deste artigo. preposto não puder ser notificado, pessoalmen-
te ou por via postal, será feita a notificação por
edital, a ser afixado nas dependências do órgão
SEÇÃO IV – Da Instauração do Processo respectivo, em lugar público, pelo prazo de dez
Administrativo por Ato de Autoridade dias, ou divulgado, pelo menos uma vez, na im-
Competente prensa oficial ou em jornal de circulação local.
75
III – as razões de fato e de direito que fun- que a declarar indicar tais atos e determinar o
damentam a impugnação; adequado procedimento saneador, se for o caso.
IV – as provas que lhe dão suporte.
para a defesa.
Parágrafo único. A nulidade prejudica Art. 55. Não sendo recolhido o valor da multa
somente os atos posteriores ao ato declarado em trinta dias, será o débito inscrito em dívida
nulo e dele diretamente dependentes ou de
76 que sejam consequência, cabendo à autoridade Decreto no 7.738/2012.
82
ativa do órgão que houver aplicado a sanção, de todas as reclamações fundamentadas contra
para subsequente cobrança executiva. fornecedores;
II – reclamação fundamentada: a notícia de
lesão ou ameaça a direito de consumidor ana-
CAPÍTULO VI – Do Elenco de Cláusulas lisada por órgão público de defesa do consumi-
Abusivas e do Cadastro de Fornecedores dor, a requerimento ou de ofício, considerada
SEÇÃO I – Do Elenco de Cláusulas Abusivas procedente, por decisão definitiva.
Art. 58. Para os fins deste Decreto, considera- a retificação de informação inexata que nele
-se: conste, bem como a inclusão de informação
I – cadastro: o resultado dos registros feitos omitida, devendo a autoridade competente, no
pelos órgãos públicos de defesa do consumidor prazo de dez dias úteis, pronunciar-se, motiva-
damente, pela procedência ou improcedência
Decreto no 7.738/2012.
83
do pedido. 77
Parágrafo único. No caso de acolhimento do a situação real de mercado, em determinado
pedido, a autoridade competente providenciará, lugar e momento, obedecido o procedimento
no prazo deste artigo, a retificação ou inclusão adequado.
de informação e sua divulgação, nos termos do
§ 1o do art. 59 deste Decreto. Art. 65. Em caso de impedimento à aplicação
do presente Decreto, ficam as autoridades com-
Art. 62. Os cadastros específicos de cada petentes autorizadas a requisitar o emprego de
órgão público de defesa do consumidor serão força policial.
consolidados em cadastros gerais, nos âmbitos
federal e estadual, aos quais se aplica o disposto Art. 66. Este Decreto entra em vigor na data
nos artigos desta Seção. de sua publicação.
Art. 63. Com base na Lei no 8.078, de 1990, e Brasília, 20 de março de 1997; 176o da Indepen-
legislação complementar, a Secretaria Nacional dência e 109o da República.
do Consumidor poderá expedir atos adminis-
trativos, visando à fiel observância das normas FERNANDO HENRIQUE CARDOSO –
de proteção e defesa do consumidor.84 Nelson A. Jobim
Art. 64. Poderão ser lavrados Autos de Com- Decretado em 20/3/1997 e publicado no DOU de
provação ou Constatação, a fim de estabelecer 21/3/1997.
Consumidor
84
Decreto no 7.738/2012.
78
Decreto no 4.680/2003
Regulamenta o direito à informação, assegurado pela Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990,
quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que
contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, sem prejuízo
do cumprimento das demais normas aplicáveis.
§ 2o O consumidor deverá ser informado a partir de soja transgênica” deverão, conforme
sobre a espécie doadora do gene no local re- o caso, constar do rótulo, bem como da docu-
servado para a identificação dos ingredientes. mentação fiscal, dos produtos a que se refere
§ 3o A informação determinada no § 1o o caput, independentemente do percentual da
deste artigo também deverá constar do do- presença de soja transgênica, exceto se:
79
I – a soja ou o ingrediente a partir dela Art. 6o À infração ao disposto neste Decreto
produzido seja oriundo de região excluída aplica-se as penalidades previstas no Código
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e de Defesa do Consumidor e demais normas
Abastecimento do regime de que trata a Medida aplicáveis.
Provisória no 113, de 26 de março de 2003, de
conformidade com o disposto no § 5o do seu Art. 7o Este Decreto entra em vigor na data
art. 1o; ou de sua publicação.
II – a soja ou o ingrediente a partir dela
produzido seja oriundo de produtores que Art. 8o Revoga-se o Decreto no 3.871, de 18
obtenham o certificado de que trata o art. 4o da de julho de 2001.
Medida Provisória no 113, de 2003, devendo,
nesse caso, ser aplicadas as disposições do art. 4o Brasília, 24 de abril de 2003; 182o da Indepen-
deste Decreto. dência e 115o da República.
§ 2o A informação referida no § 1o pode
ser inserida por meio de adesivos ou qualquer LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Márcio
forma de impressão. Thomaz Bastos – José Amauri Dimarzio –
§ 3o Os alimentos a que se refere o caput Humberto Sérgio Costa Lima – Luiz Fernando
poderão ser comercializados após 31 de janeiro Furlan – Roberto Átila Amaral Vieira – Marina
de 2004, desde que a soja a partir da qual foram Silva – Miguel Soldatelli Rossetto – José Dirceu de
produzidos tenha sido alienada pelo produtor Oliveira e Silva – José Graziano da Silva
até essa data.
Decretado em 24/4/2003, publicado no DOU de
25/4/2003 e republicado no DOU de 28/4/2003.
Consumidor
80
Decreto no 5.903/2006
Regulamenta a Lei no 10.962, de 11 de outubro de 2004, e a Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990.
V – legibilidade, a informação que seja visível Art. 6o Os preços de bens e serviços para o
e indelével. consumidor nos estabelecimentos comerciais de
que trata o inciso II do art. 2o da Lei no 10.962,
Art. 3o O preço de produto ou serviço deverá de 2004, admitem as seguintes modalidades de
ser informado discriminando-se o total à vista. afixação:
81
I – direta ou impressa na própria embalagem; nibilização de croqui da área de vendas, com
II – de código referencial; ou a identificação clara e precisa da localização
III – de código de barras. dos leitores óticos e a distância que os separa,
§ 1o Na afixação direta ou impressão na demonstrando graficamente o cumprimento da
própria embalagem do produto, será observado distância máxima fixada neste artigo.
o disposto no art. 5o deste Decreto.
§ 2o A utilização da modalidade de afixação Art. 8o A modalidade de relação de preços de
de código referencial deverá atender às seguin- produtos expostos e de serviços oferecidos aos
tes exigências: consumidores somente poderá ser empregada
I – a relação dos códigos e seus respecti- quando for impossível o uso das modalidades
vos preços devem estar visualmente unidos descritas nos arts. 5o e 6o deste Decreto.
e próximos dos produtos a que se referem, e § 1o A relação de preços de produtos ou
imediatamente perceptível ao consumidor, sem serviços expostos à venda deve ter sua face
a necessidade de qualquer esforço ou desloca- principal voltada ao consumidor, de forma a
mento de sua parte; e garantir a pronta visualização do preço, inde-
II – o código referencial deve estar fisicamen- pendentemente de solicitação do consumidor
te ligado ao produto, em contraste de cores e ou intervenção do comerciante.
em tamanho suficientes que permitam a pronta § 2o A relação de preços deverá ser também
identificação pelo consumidor. afixada, externamente, nas entradas de restau-
§ 3o Na modalidade de afixação de código rantes, bares, casas noturnas e similares.
de barras, deverão ser observados os seguintes
requisitos: Art. 9o Configuram infrações ao direito bá-
I – as informações relativas ao preço à vista, sico do consumidor à informação adequada e
características e código do produto deverão clara sobre os diferentes produtos e serviços,
estar a ele visualmente unidas, garantindo a sujeitando o infrator às penalidades previstas
pronta identificação pelo consumidor; na Lei no 8.078, de 1990, as seguintes condutas:
II – a informação sobre as características do I – utilizar letras cujo tamanho não seja uni-
item deve compreender o nome, quantidade e forme ou dificulte a percepção da informação,
demais elementos que o particularizem; e considerada a distância normal de visualização
III – as informações deverão ser disponibi- do consumidor;
lizadas em etiquetas com caracteres ostensivos II – expor preços com as cores das letras e
e em cores de destaque em relação ao fundo. do fundo idêntico ou semelhante;
III – utilizar caracteres apagados, rasurados
Art. 7o Na hipótese de utilização do código ou borrados;
de barras para apreçamento, os fornecedores IV – informar preços apenas em parcelas,
deverão disponibilizar, na área de vendas, para obrigando o consumidor ao cálculo do total;
consulta de preços pelo consumidor, equipa- V – informar preços em moeda estrangeira,
mentos de leitura ótica em perfeito estado de desacompanhados de sua conversão em moeda
funcionamento. corrente nacional, em caracteres de igual ou
§ 1o Os leitores óticos deverão ser indicados superior destaque;
por cartazes suspensos que informem a sua VI – utilizar referência que deixa dúvida
localização. quanto à identificação do item ao qual se refere;
§ 2o Os leitores óticos deverão ser dispostos VII – atribuir preços distintos para o mesmo
na área de vendas, observada a distância máxi- item; e
ma de quinze metros entre qualquer produto e VIII – expor informação redigida na vertical
Consumidor
Art. 11. Este Decreto entra em vigor noventa Decretado em 20/9/2006 e publicado no DOU de
dias após sua publicação. 21/9/2006.
Normas correlatas
Decreto no 7.962/2013.
85
83
Decreto no 6.523/2008
Regulamenta a Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para fixar normas gerais sobre o Serviço de
Atendimento ao Consumidor – SAC.
84
por meio de diversos números de telefone, a canal atendimento, salvo se houver prévio consenti-
único que possibilite o atendimento de demanda mento do consumidor.
relativa a qualquer um dos serviços oferecidos.
CAPÍTULO IV – Do Acompanhamento de
CAPÍTULO III – Da Qualidade do Demandas
Atendimento
Art. 15. Será permitido o acompanhamento
Art. 8o O SAC obedecerá aos princípios da pelo consumidor de todas as suas demandas
dignidade, boa-fé, transparência, eficiência, por meio de registro numérico, que lhe será
eficácia, celeridade e cordialidade. informado no início do atendimento.
§ 1o Para fins do disposto no caput, será uti-
Art. 9o O atendente, para exercer suas funções lizada sequência numérica única para identificar
no SAC, deve ser capacitado com as habilidades todos os atendimentos.
técnicas e procedimentais necessárias para rea- § 2o O registro numérico, com data, hora
lizar o adequado atendimento ao consumidor, e objeto da demanda, será informado ao con-
em linguagem clara. sumidor e, se por este solicitado, enviado por
correspondência ou por meio eletrônico, a
Art. 10. Ressalvados os casos de reclamação e critério do consumidor.
de cancelamento de serviços, o SAC garantirá § 3o É obrigatória a manutenção da grava-
a transferência imediata ao setor competente ção das chamadas efetuadas para o SAC, pelo
para atendimento definitivo da demanda, caso prazo mínimo de noventa dias, durante o qual
o primeiro atendente não tenha essa atribuição. o consumidor poderá requerer acesso ao seu
§ 1o A transferência dessa ligação será efeti- conteúdo.
vada em até sessenta segundos. § 4o O registro eletrônico do atendimento
§ 2o Nos casos de reclamação e cancelamen- será mantido à disposição do consumidor e
to de serviço, não será admitida a transferência do órgão ou entidade fiscalizadora por um
da ligação, devendo todos os atendentes possuir período mínimo de dois anos após a solução
atribuições para executar essas funções. da demanda.
§ 3o O sistema informatizado garantirá ao
atendente o acesso ao histórico de demandas Art. 16. O consumidor terá direito de acesso
do consumidor. ao conteúdo do histórico de suas demandas,
que lhe será enviado, quando solicitado, no
Art. 11. Os dados pessoais do consumidor se- prazo máximo de setenta e duas horas, por
rão preservados, mantidos em sigilo e utilizados correspondência ou por meio eletrônico, a seu
exclusivamente para os fins do atendimento. critério.
Art. 13. O sistema informatizado deve ser Art. 17. As informações solicitadas pelo con-
programado tecnicamente de modo a garantir sumidor serão prestadas imediatamente e suas
a agilidade, a segurança das informações e o reclamações, resolvidas no prazo máximo de
Normas correlatas
85
por correspondência ou por meio eletrônico, CAPÍTULO VII – Das Disposições Finais
a seu critério.
§ 2o A resposta do fornecedor será clara e Art. 19. A inobservância das condutas descri-
objetiva e deverá abordar todos os pontos da tas neste Decreto ensejará aplicação das sanções
demanda do consumidor. previstas no art. 56 da Lei no 8.078, de 1990,
§ 3o Quando a demanda versar sobre serviço sem prejuízo das constantes dos regulamentos
não solicitado ou cobrança indevida, a cobrança específicos dos órgãos e entidades reguladoras.
será suspensa imediatamente, salvo se o forne-
cedor indicar o instrumento por meio do qual o Art. 20. Os órgãos competentes, quando ne-
serviço foi contratado e comprovar que o valor cessário, expedirão normas complementares
é efetivamente devido. e específicas para execução do disposto neste
Decreto.
86
Decreto no 7.963/2013
Institui o Plano Nacional de Consumo e Cidadania e cria a Câmara Nacional das Relações de
Consumo.
87
III – ampliação e aperfeiçoamento dos pro- instituídas no caput será prestado pelo Minis-
cessos fiscalizatórios quanto à efetivação de tério da Justiça.
direitos do consumidor;
IV – garantia de autodeterminação, pri- Art. 10. Compete ao Conselho de Ministros
vacidade, confidencialidade e segurança das da Câmara Nacional das Relações de Consumo
informações e dados pessoais prestados ou do Plano Nacional de Consumo e Cidadania
coletados, inclusive por meio eletrônico; orientar a formulação, a implementação, o
V – garantia da efetividade da execução das monitoramento e a avaliação do Plano.
multas; e § 1o O Conselho de Ministros do Plano
VI – implementação de outras medidas Nacional de Consumo e Cidadania será inte-
sancionatórias relativas à regulação de serviços. grado por:
I – Ministro de Estado da Justiça, que o
Art. 7o O eixo de fortalecimento do Sistema presidirá;
Nacional de Defesa do Consumidor será com- II – Ministro Chefe da Casa Civil da Presi-
posto, dentre outras, pelas seguintes políticas dência da República;
e ações: III – Ministro de Estado da Fazenda;
I – estimulo à interiorização e ampliação IV – Ministro de Estado do Desenvolvimen-
do atendimento ao consumidor, por meio de to, Indústria e Comércio Exterior; e
parcerias com Estados e Municípios; V – Ministro de Estado do Planejamento,
II – promoção da participação social junto Orçamento e Gestão.
ao Sistema Nacional de Defesa do Consumi- § 2o Os membros do Conselho de Ministros
dor; e do Plano Nacional de Consumo e Cidadania
III – fortalecimento da atuação dos Procons indicarão seus respectivos suplentes.
na proteção dos direitos dos consumidores. § 3o Poderão ser convidados para as reuni-
ões do Conselho de Ministros representantes
Art. 8o Dados e informações de atendimento de órgãos da administração pública federal,
ao consumidor registrados no Sistema Nacio- dos Estados, Distrito Federal e Municípios, e
nal de Informações de Defesa do Consumidor de entidades privadas.
– SINDEC, que integra os órgãos de proteção § 4o O Conselho de Ministros da Câmara
e defesa do consumidor em todo o território Nacional das Relações de Consumo do Plano
nacional, subsidiarão a definição das Políticas Nacional de Consumo e Cidadania poderá
e ações do Plano Nacional de Consumo e criar comitês técnicos destinados ao estudo e
Cidadania. elaboração de propostas sobre temas específicos
Parágrafo único. Compete ao Ministério da relacionados ao Plano.
Justiça coordenar, gerenciar e ampliar o SIN-
DEC, garantindo o acesso às suas informações. Art. 11. Compete ao Observatório Nacional
das Relações de Consumo:
Art. 9o Fica criada a Câmara Nacional das Re- I – promover estudos e formular propostas
lações de Consumo, no Conselho de Governo para consecução dos objetivos do Plano Nacio-
de que trata o art. 7o da Lei no 10.683, de 28 nal de Consumo e Cidadania; e
de maio de 2003, com as seguintes instâncias II – acompanhar a execução das políticas,
para a gestão do Plano Nacional de Consumo programas e ações do Plano Nacional de Con-
e Cidadania: sumo e Cidadania.
I – Conselho de Ministros; e § 1o O Observatório Nacional das Relações
II – Observatório Nacional das Relações de de Consumo terá a seguinte estrutura:
Consumidor
88
III – Comitê Técnico de Consumo e Turis- § 3o A designação do Secretário-Executivo
mo; e e dos membros dos Comitês Técnicos do Ob-
IV – Comitê Técnico de Consumo e Pós- servatório Nacional de Relações de Consumo
-Venda será feita pelo Ministro de Estado da Justiça,
§ 2o O Observatório Nacional das Relações com respectivos suplentes, a partir da indicação
de Consumo será composto por representantes dos órgãos representados.
dos seguintes órgãos: § 4o Poderão ser convidados para participar
I – na Secretaria-Executiva: Secretaria Na- das reuniões dos Comitês Técnicos represen-
cional do Consumidor do Ministério da Justiça; tantes de órgãos da administração pública fede-
II – no Comitê Técnico de Consumo e ral, dos Estados, Distrito Federal e Municípios,
Regulação: e de entidades privadas.
a) Ministério da Justiça, que o presidirá; § 5o Os Comitês Técnicos apresentarão à
b) Ministério da Fazenda; Secretaria-Executiva relatórios periódicos com
c) Ministério das Comunicações propostas, resultados de estudos e registros
d) Ministério de Minas e Energia; do acompanhamento do Plano Nacional de
e) Ministério da Saúde; Consumo e Cidadania de sua esfera temática.
f) Secretaria de Aviação Civil;
g) Agência Nacional de Telecomunicações; Art. 12. A participação nas instâncias colegia-
h) Agência Nacional de Energia Elétrica; das instituídas neste Decreto será considerada
i) Agência Nacional de Saúde Suplementar; prestação de serviço público relevante, não
j) Agência Nacional de Aviação Civil; e remunerada.
k) Banco Central do Brasil;
III – no Comitê Técnico de Consumo e Art. 13. Para a execução do Plano Nacional
Turismo: de Consumo e Cidadania poderão ser firmados
a) Ministério da Justiça, que o presidirá; convênios, acordos de cooperação, ajustes ou
b) Ministério do Turismo; instrumentos congêneres, com órgãos e entida-
c) Secretaria de Aviação Civil; des da administração pública federal, dos Esta-
d) Ministério da Saúde; dos, do Distrito Federal e dos Municípios, com
e) Ministério dos Transportes; consórcios públicos, bem como com entidades
f) Instituto Brasileiro de Turismo – EM- privadas, na forma da legislação pertinente.
BRATUR;
g) Empresa Brasileira de Infraestrutura Art. 14. O Plano Nacional de Consumo e
Aeronáutica – INFRAERO; Cidadania será custeado por:
h) Agência Nacional de Aviação Civil; I – dotações orçamentárias da União consig-
i) Agência Nacional de Vigilância Sanitá- nadas anualmente nos orçamentos dos órgãos
ria; e e entidades envolvidos no Plano, observados
j) Agência Nacional de Transportes Ter- os limites de movimentação, de empenho e de
restres; e pagamento fixados anualmente;
IV – no Comitê Técnico de Consumo e II – recursos oriundos dos órgãos participan-
Pós-Venda: tes do Plano Nacional de Consumo e Cidadania
a) Ministério da Justiça, que o presidirá; e que não estejam consignados nos Orçamentos
b) Ministério da Fazenda; Fiscal e da Seguridade Social da União; e
c) Ministério da Educação, III – outras fontes de recursos destinadas por
d) Ministério do Meio Ambiente; Estados, Distrito Federal e Municípios, bem
Normas correlatas
89
do § 7o do art. 93 da Lei no 8.112, de 11 de cargos efetivos de Especialista em Regulação
dezembro de 1990, determinar o exercício de Serviços Públicos de Telecomunicações, de
temporário de servidores ou empregados dos Especialista em Regulação de Serviços Públi-
órgãos integrantes do Observatório Nacional cos de Energia, de Especialista em Regulação
das Relações de Consumo da administração de Saúde Suplementar, e de Especialista em
pública federal direta e indireta para desem- Regulação de Aviação Civil, integrantes das
penho de atividades no âmbito do Ministério carreiras de que trata a Lei no 10.871, de 20 de
da Justiça, com objetivo de auxiliar a gestão maio de 2004, e de Analista em Tecnologia da
do Plano Nacional de Consumo e Cidadania. Informação e de economista, do Plano Geral
§ 1o A determinação de exercício tempo- de Cargos do Poder Executivo – PGPE.
rário referido no caput observará os seguintes
procedimentos: Art. 16. O Conselho de Ministros da Câmara
I – requisição do Ministro de Estado da Nacional das Relações de Consumo elaborará,
Justiça ao Ministro de Estado ou autoridade em prazo definido por seus membros e forma-
competente de órgão integrante da Presidência lizado em ato do Ministro de Estado da Justiça,
da República a que pertencer o servidor; proposta de regulamentação do § 3o do art. 18
II – o órgão ou entidade cedente instruirá da Lei no 8.078, de 1990, para especificar pro-
o processo de requisição no prazo máximo de dutos de consumo considerados essenciais e
dez dias, encaminhando-o ao Ministério do dispor sobre procedimentos para uso imediato
Planejamento, Orçamento e Gestão; e das alternativas previstas no § 1o do art. 18 da
III – examinada a adequação da requisição referida Lei.86
ao disposto neste Decreto, o Ministro de Es-
tado do Planejamento, Orçamento e Gestão Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data
editará, no prazo de até dez dias, ato deter- de sua publicação.
minando o exercício temporário do servidor
requisitado. Brasília, 15 de março de 2013; 192o da Inde-
§ 2o O prazo do exercício temporário não pendência e 125o da República.
poderá ser superior a um ano, admitindo-se
prorrogações sucessivas, de acordo com as DILMA ROUSSEFF – José Eduardo Cardozo
necessidades do projeto.
§ 3o Os servidores de que trata o caput Decretado em 15/3/2013 e publicado no DOU de
deverão, preferencialmente, ser ocupantes de 15/3/2013 (Edição Extra).
Consumidor
Decreto no 7.986/2013.
86
90
Resolução da Anatel no 632/2014
Aprova o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações – RGC.
91
Anexo I
92
até 50.000 (cinquenta mil) documentos de VIII – à apresentação da cobrança pelos ser-
cobrança emitidos pela Prestadora de STFC e viços prestados em formato adequado, respei-
por outras em seu nome, por mês, considerando tada a antecedência mínima prevista no art. 76;
ambas as modalidades. IX – à resposta eficiente e tempestiva, pela
Prestadora, às suas reclamações, solicitações de
serviços e pedidos de informação;
TÍTULO II – Dos Direitos e Deveres dos X – ao encaminhamento de reclamações
Consumidores ou representações contra a Prestadora, junto
CAPÍTULO I – Dos Direitos dos à Anatel ou aos organismos de defesa do con-
Consumidores sumidor;
XI – à reparação pelos danos causados pela
Art. 3o O Consumidor dos serviços abran- violação dos seus direitos;
gidos por este Regulamento tem direito, sem XII – a ter restabelecida a integridade dos di-
prejuízo do disposto na legislação aplicável e reitos relativos à prestação dos serviços, a partir
nos regulamentos específicos de cada serviço: da quitação do débito, ou de acordo celebrado
I – ao acesso e fruição dos serviços dentro com a Prestadora;
dos padrões de qualidade e regularidade previs- XIII – a não ser obrigado ou induzido a
tos na regulamentação, e conforme as condições adquirir serviços, bens ou equipamentos que
ofertadas e contratadas; não sejam de seu interesse, bem como a não
II – à liberdade de escolha da Prestadora e ser compelido a se submeter a qualquer condi-
do Plano de Serviço; ção, salvo diante de questão de ordem técnica,
III – ao tratamento não discriminatório para recebimento do serviço, nos termos da
quanto às condições de acesso e fruição do regulamentação;
serviço, desde que presentes as condições XIV – a obter, mediante solicitação, a sus-
técnicas necessárias, observado o disposto na pensão temporária do serviço prestado, nos
regulamentação vigente; termos das regulamentações específicas de
IV – ao prévio conhecimento e à informação cada serviço;
adequada sobre as condições de contratação, XV – à rescisão do contrato de prestação do
prestação, meios de contato e suporte, formas serviço, a qualquer tempo e sem ônus, sem pre-
de pagamento, permanência mínima, suspen- juízo das condições aplicáveis às contratações
são e alteração das condições de prestação dos com prazo de permanência;
serviços, especialmente os preços cobrados, XVI – de receber o contrato de prestação de
bem como a periodicidade e o índice aplicável, serviço, bem como o Plano de Serviço contra-
em caso de reajuste; tado, sem qualquer ônus e independentemente
V – à inviolabilidade e ao segredo de sua de solicitação;
comunicação, respeitadas as hipóteses e con- XVII – à transferência de titularidade de seu
dições constitucionais e legais de quebra de contrato de prestação de serviço, mediante cum-
sigilo de telecomunicações e as atividades de primento, pelo novo titular, dos requisitos ne-
intermediação da comunicação das pessoas cessários para a contratação inicial do serviço;
com deficiência, nos termos da regulamentação; XVIII – ao não recebimento de mensagem de
VI – à não suspensão do serviço sem sua cunho publicitário em sua estação móvel, salvo
solicitação, ressalvada a hipótese do Capítulo consentimento prévio, livre e expresso;
VI do Título V ou por descumprimento de XIX – a não ser cobrado pela assinatura
deveres constantes do art. 4o da LGT, sempre ou qualquer outro valor referente ao serviço
Normas correlatas
93
CAPÍTULO II – Dos Deveres dos CAPÍTULO II – Das Regras Gerais do
Consumidores Atendimento
Art. 4o São deveres dos Consumidores: Art. 6o Para fins de cumprimento deste Regu-
I – utilizar adequadamente os serviços, equi- lamento, caracterizam-se como atendimento
pamentos e redes de telecomunicações; as interações entre Prestadora e Consumidor,
II – respeitar os bens públicos e aqueles vol- independentemente do originador da interação,
tados à utilização do público em geral; nas formas previstas no Capítulo III deste Título.
III – comunicar às autoridades competen-
tes irregularidades ocorridas e atos ilícitos Art. 7o Todo atendimento deve receber um
cometidos por Prestadora de serviço de tele- número de protocolo a ser informado ao Con-
comunicações; sumidor.
IV – cumprir as obrigações fixadas no § 1o Para fins do disposto no caput, deve ser
contrato de prestação do serviço, em especial utilizada sequência numérica única na Pres-
efetuar pontualmente o pagamento referente tadora, contendo o ano em sua composição,
à sua prestação, observadas as disposições para possibilitar ao Consumidor o acompa-
regulamentares; nhamento.
V – somente conectar à rede da Prestadora § 2o Nas interações originadas pelo Consu-
terminais que possuam certificação expedida midor, o protocolo deve ser informado no início
ou aceita pela Anatel, mantendo-os dentro das do atendimento.
especificações técnicas segundo as quais foram § 3o O protocolo deve ser enviado por meio
certificadas; de mensagem de texto ao contato telefônico
VI – indenizar a Prestadora por todo e informado pelo Consumidor ou mensagem
qualquer dano ou prejuízo a que der causa, por eletrônica, em até 24 (vinte e quatro) horas da
infringência de disposição legal, regulamentar postulação, contendo data e hora do registro,
ou contratual, independentemente de qualquer para todos os serviços abrangidos no presente
outra sanção; e, Regulamento.
VII – comunicar imediatamente à sua
Prestadora: Art. 8o As informações solicitadas pelo Con-
a) o roubo, furto ou extravio de dispositivos sumidor devem ser prestadas imediatamente e
de acesso; suas reclamações resolvidas no prazo máximo
b) a transferência de titularidade do dispo- de 5 (cinco) dias úteis a partir do seu recebi-
sitivo de acesso; e, mento.
c) qualquer alteração das informações
cadastrais. Art. 9o As solicitações de serviços que não
puderem ser efetivadas de imediato devem ser
efetivadas em, no máximo, 10 (dez) dias úteis a
TÍTULO III – Do Atendimento partir de seu recebimento.
CAPÍTULO I – Dos Princípios Gerais Parágrafo único. Excetuam-se das dispo-
sições do caput as solicitações de instalação,
Art. 5o O atendimento aos Consumidores é reparo ou mudança de endereço, as quais devem
regido pelos seguintes princípios: atender ao prazo disposto na regulamentação
I – confiabilidade, transparência, clareza e aplicável a cada serviço.
segurança das informações;
II – rastreabilidade das demandas; Art. 10. O Consumidor tem direito de acesso,
Consumidor
94
do atendimento; a data e hora de registro e de assegurada ao Consumidor a informação so-
conclusão do atendimento; e, a classificação, bre eventuais condições aplicáveis à rescisão
a síntese da demanda e o encaminhamento e multas incidentes por descumprimento de
dado pela Prestadora. prazos contratuais de permanência mínima.
§ 2o A Prestadora deve manter o histórico
das demandas à disposição do Consumidor Art. 14. Os pedidos de rescisão processados
por um período mínimo de 3 (três) anos após com intervenção de atendente devem ter efei-
encaminhamento final da demanda. tos imediatos, ainda que seu processamento
§ 3o Quando solicitado, a Prestadora deve técnico necessite de prazo.
enviar ao Consumidor o histórico de suas Parágrafo único. A Prestadora não pode
demandas, inclusive as ainda não concluídas, efetuar qualquer cobrança referente a serviços
por meio eletrônico, correspondência ou ou- prestados após o pedido de rescisão, assumin-
tro meio à escolha do Consumidor, no prazo do o ônus de eventuais encargos, inclusive
máximo de 72 (setenta e duas) horas. perante as demais Prestadoras de Serviços de
§ 4o O histórico das demandas do Consu- Telecomunicações.
midor deve estar disponível para consulta em
espaço reservado na página da Prestadora na Art. 15. Os pedidos de rescisão processa-
internet, imediatamente após o recebimento dos sem intervenção de atendente, na forma
da demanda. deste Regulamento, devem ser processados
§ 5o A Prestadora deve ser capaz de lo- automaticamente e terão efeitos após 2 (dois)
calizar o histórico das demandas do Consu- dias úteis do pleito.
midor por meios alternativos ao número de § 1 o É devido, pelo Consumidor, o pa-
protocolo. gamento referente aos serviços usufruídos
durante o prazo de processamento do pedido
Art. 11. A Prestadora deve informar, de de rescisão automático.
forma ostensiva, clara e objetiva, a todos os § 2o Deve ser garantida ao Consumidor a
Consumidores: possibilidade de cancelar seu pedido de res-
I – o número de seu Centro de Atendi- cisão no prazo previsto no caput.
mento Telefônico, o qual deve constar do
documento de cobrança, da página da Pres- Art. 16. Em qualquer hipótese, o compro-
tadora na internet, e de todos os documentos vante do pedido de rescisão deve ser dispo-
e materiais impressos entregues no momento nibilizado ao Consumidor por mensagem de
da contratação do serviço e durante o seu texto, correio eletrônico, correspondência
fornecimento; e, ou qualquer outro meio, a critério do Con-
II – o endereço dos estabelecimentos que sumidor.
prestam atendimento ao Consumidor, em sua
página na internet e por meio do Centro de Art. 17. A rescisão por iniciativa da Presta-
Atendimento Telefônico. dora só pode ocorrer por descumprimento
comprovado pelo Consumidor de obrigações
Art. 12. Nos casos de serviços de telecomu- contratuais ou regulamentares.
nicações ofertados conjuntamente, o atendi-
mento deve ser feito por meio de um canal Art. 18. Além das outras obrigações decor-
comum que possibilite o efetivo atendimento rentes da regulamentação editada pela Anatel
das demandas relativas a qualquer um dos e aplicáveis a serviços de telecomunicações,
Normas correlatas
95
CAPÍTULO III – Das Formas de aplicáveis à oferta à qual se encontra vinculado,
Atendimento inclusive Contrato de Permanência, quando
SEÇÃO I – Do Atendimento Remoto for o caso;
II – ao sumário do contrato, contendo
Art. 19. Considera-se Atendimento Remoto as principais informações sobre o Plano de
aquele realizado por meio de Centro de Atendi- Serviço ou oferta promocional contratados,
mento Telefônico, do Atendimento por Internet, incluindo reajustes de preços e tarifas, altera-
bem como por qualquer outro meio disponibili- ções nas condições de provimento do serviço e
zado ou utilizado pela Prestadora para interação promoções a expirar, e o término do prazo de
remota com o Consumidor, independentemente permanência, se aplicável;
do originador da interação. III – à referência a novos serviços contra-
Parágrafo único. Excetuam-se das intera- tados;
ções citadas no caput as chamadas telefônicas IV – aos documentos de cobrança dos últi-
dirigidas ao Serviço de Informação de Código mos 6 (seis) meses;
de Acesso de Consumidor do STFC e as inte- V – ao relatório detalhado dos serviços
rações realizadas por meio de redes sociais ou prestados dos últimos 6 (seis) meses;
por páginas de terceiros na internet sem relação VI – à opção de solicitação de cópia da
com a Prestadora. gravação de suas interações, quando for o caso;
VII – ao histórico de suas demandas regis-
tradas nos últimos 6 (seis) meses;
SUBSEÇÃO I – Do Atendimento por Internet VIII – a recurso que lhe possibilite o acom-
panhamento adequado do uso do serviço
Art. 20. Atendimento por Internet é o aten- contratado, durante sua fruição;
dimento prestado por meio da página da IX – ao perfil de consumo dos últimos 3
Prestadora na internet que permite o registro e (três) meses; e,
o tratamento de pedidos de informação, recla- X – ao registro de reclamação, solicitação
mações e solicitações de serviços, rescisão ou de serviços, pedidos de informação e rescisão
qualquer outra demanda relacionada ao serviço de seu contrato, ou qualquer outra demanda
da Prestadora. relacionada ao serviço da Prestadora.
§ 1o O espaço reservado ao Consumidor
Art. 21. O Atendimento por Internet deve deve respeitar as condições de acessibilidade.
ser disponibilizado na página da Prestadora na § 2o Devem estar disponíveis ao Consu-
internet, por meio de espaço reservado ao Con- midor, em todo o Atendimento por Internet,
sumidor, acessível mediante inserção de login e as opções de salvar cópia das informações e
senha fornecidos no momento da contratação documentos consultados no espaço reservado,
do serviço ou a qualquer momento, a pedido e de remetê-los para endereço de correspon-
do Consumidor. dência eletrônica a ser fornecido no momento
§ 1o É vedada a imposição de qualquer da consulta.
condicionamento ou restrição ao acesso livre § 3o A rescisão do contrato por meio do
do Consumidor ao seu espaço reservado na espaço reservado deve ser processada de forma
página da Prestadora. automática, sem intervenção de atendente.
§ 2o O acesso deve ser assegurado ao Con-
sumidor por no mínimo 6 (seis) meses após a Art. 23. O Atendimento por Internet da Pres-
rescisão contratual. tadora de Pequeno Porte deve ser realizado pela
disponibilização de um mecanismo de contato
Consumidor
prazo mínimo de 90 (noventa) dias, durante o que explore exclusivamente aquela marca.
qual o Consumidor poderá requerer cópia do
seu conteúdo. Art. 30. O Atendimento nos Estabelecimen-
§ 4o A disponibilização da cópia da gravação tos deve funcionar pelo menos no horário
deve ocorrer no prazo máximo de 10 (dez) dias comercial.
97
Art. 31. O Atendimento nos Estabelecimentos § 2o Em caso de indisponibilidade de sis-
deve assegurar ao Consumidor o acesso aos tema, o Setor de Atendimento Presencial da
canais de atendimento da Anatel. Prestadora deve adotar alternativas para pro-
tocolizar e dar encaminhamento às demandas
do Consumidor.
SUBSEÇÃO I – Do Setor de Atendimento
Presencial Art. 36. O Setor de Atendimento Presencial
deve ser dimensionado de forma a atender o
Art. 32. O Setor de Atendimento Presencial Consumidor em até 30 (trinta) minutos.
constitui estabelecimento próprio da Prestadora Parágrafo único. A Prestadora deve disponi-
ou disponibilizado por meio de contrato(s) com bilizar sistema de controle eletrônico por senha
terceiro(s) que possibilita ao Consumidor ser para acompanhamento do tempo de espera de
atendido presencialmente por pessoa devida- cada Consumidor.
mente qualificada para receber, responder e
solucionar ou encaminhar para solução pedidos Art. 37. As Prestadoras de Pequeno Porte e
de informação, reclamações e solicitações de Prestadoras que exploram o SMP por meio
serviços, rescisão ou qualquer outra demanda de Rede Virtual estão isentas das obrigações
ligada ao serviço da Prestadora. previstas nesta Subseção.
to Presencial devem ter acesso aos sistemas § 1o A utilização de terminal a que se refere
da Prestadora, sendo vedado encaminhar o o caput deve ser assistida por pessoa capacitada
Consumidor para qualquer modalidade de a orientar o Consumidor quanto às opções de
Atendimento Remoto. acesso disponíveis.
98
§ 2o O terminal a que se refere o caput deve § 2o As informações constantes das ofertas de
assegurar o atendimento de todos os serviços serviço de telecomunicações devem ser claras e
e modalidades prestados pelo Grupo, inde- suficientes quanto às condições da contratação,
pendentemente de seu regime de prestação, prestação, alteração, extinção e rescisão, especial-
oferecidos ou não de forma conjunta. mente dos preços e tarifas efetivamente cobrados
§ 3o Em caso de indisponibilidade de sis- e período de sua vigência.
tema, a Prestadora deve adotar alternativas
para protocolizar e dar encaminhamento às Art. 42. Nas ofertas de serviços de teleco-
demandas do Consumidor. municações, é obrigatório o atendimento de
§ 4o É assegurado à Prestadora, alternativa- pessoa natural ou jurídica que se encontre em
mente à disponibilização de terminal de acesso situação de inadimplência, inclusive perante
a que se refere o caput, oferecer atendimento terceiros, mediante Plano de Serviço escolhido
presencial ao Consumidor, por intermédio de pela Prestadora.
pessoa devidamente qualificada para atender Parágrafo único. É vedado à Prestadora re-
qualquer demanda ligada ao seu serviço, asse- cusar o atendimento de solicitações de adesão a
gurada a opção de impressão de comprovantes seus planos pré-pagos, se houver, em qualquer
de atendimento das solicitações. hipótese.
as informações referentes a facilidades, promo- conste a identificação dos Planos pelo nome e
ções e descontos, custo de aquisição, instalação por seu número junto à Agência, se for o caso; e,
e manutenção de dispositivos de acesso e multas II – disponibilização de descritivo detalhado
rescisórias, no caso de aplicação de prazo de do Plano, acompanhado dos preços e tarifas
permanência mínima. em vigor.
99
Parágrafo único. As mesmas disposições II – período promocional;
aplicam-se a Ofertas Conjuntas e promoções. III – data e regras de reajuste;
IV – valores de aquisição, instalação e ma-
Art. 46. Todas as ofertas, inclusive de caráter nutenção dos serviços e equipamentos;
promocional, devem estar disponíveis para V – restrições à utilização do serviço;
contratação por todos os interessados, inclusive VI – limites de franquia e condições aplicá-
já Consumidores da Prestadora, sem distinção veis após a sua utilização;
fundada na data de adesão ou qualquer outra VII – velocidades mínima e média de co-
forma de discriminação dentro da área geográ- nexão;
fica da oferta. VIII – a viabilidade de imediata instalação,
ativação e utilização do serviço; e,
Art. 47. A comparação de ofertas de serviços IX – incidência de prazo de permanência,
de telecomunicações pode ser promovida por período e valor da multa em caso de rescisão
qualquer interessado. antes do término do prazo.
Parágrafo único. As informações constantes
Art. 48. As Prestadoras de Serviços devem deste artigo, sem prejuízo de outras que se afi-
disponibilizar gratuitamente, de forma padro- gurem relevantes à compreensão do Consumi-
nizada e de fácil acesso, aos interessados na ati- dor quanto às condições da oferta contratada,
vidade de comparação as informações relativas devem ser consolidadas em sumário, de forma
às suas ofertas de serviços de telecomunicações. clara, com destaque às cláusulas restritivas e
limitadores de direitos, a ser entregue antes da
Art. 49. As Prestadoras devem dar conheci- contratação.
mento à Anatel do inteiro teor de seus Planos
de Serviço, Ofertas Conjuntas e promoções Art. 51. Na contratação, a Prestadora deve en-
com antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis tregar ao Consumidor o contrato de prestação
do início de sua comercialização, dispensada do serviço e o Plano de Serviço contratado, bem
homologação prévia. como demais instrumentos relativos à oferta,
§ 1o A Agência pode determinar a qualquer juntamente com login e senha necessários a
momento a alteração, suspensão ou exclusão de acesso ao espaço reservado ao Consumidor
Plano de Serviço, Oferta Conjunta e promoções na página da Prestadora na internet, quando
que coloquem em risco ou violem a regulamen- for o caso.
tação setorial. § 1o Caso a contratação de algum serviço
§ 2o A Agência, verificada necessidade, de telecomunicações se dê por meio do Aten-
pode estabelecer estrutura mínima de Plano de dimento Remoto, a Prestadora deve enviar
Serviço específico a ser implementado. ao Consumidor, por mensagem eletrônica ou
§ 3o O disposto no caput não se aplica ao outra forma com ele acordada, os documentos
STFC e às Prestadoras de Pequeno Porte dos mencionados no caput.
demais serviços. § 2o Quando da adesão do Consumidor, as
promoções, descontos nas tarifas e preços dos
serviços, facilidade ou comodidades adicionais
CAPÍTULO II – Da Contratação devem ser devidamente informadas, preferen-
SEÇÃO I – Das Regras Gerais cialmente por meio de mensagem de texto ou
mensagem eletrônica, incluindo, no mínimo, o
Art. 50. Antes da contratação, devem ser cla- período de validade da oferta, explicitando-se
ramente informadas ao Consumidor todas as data de início e de término, e a qual Plano de
Consumidor
102
Art. 64. A cobrança de qualquer valor devido ditos, a Prestadora deve revalidar a totalidade
que não decorra da prestação de serviços de do saldo de crédito resultante, inclusive os já
telecomunicações depende de prévia e expressa vencidos, que passará a viger pelo maior prazo
autorização do Consumidor. de validade.
Parágrafo único. Cabe à Prestadora responsá-
vel pela emissão do documento de cobrança ou Art. 71. O Consumidor deve ter à sua disposi-
pelo abatimento dos créditos o ônus da prova da ção recurso que lhe possibilite a verificação, em
autorização emitida pelo Consumidor. tempo real, do saldo de crédito existente, bem
como do prazo de validade, de forma gratuita.
Art. 65. Os reajustes dos valores das tarifas Parágrafo único. Para fins do disposto no
ou preços não podem ser realizados em prazos caput, a Prestadora deve disponibilizar, no
inferiores a 12 (doze) meses. mínimo, no espaço reservado ao Consumi-
dor na internet e por meio do seu Centro de
Art. 66. É obrigatório o truncamento da fração Atendimento Telefônico, opção de consulta ao
do centavo na apresentação do valor final de saldo de créditos e respectivo prazo de validade,
qualquer registro individual cobrado, garantida de forma gratuita, em todas as solicitações do
a devida informação ao Consumidor. Consumidor.
103
V – a identificação de multas e juros aplicá- § 1o A Prestadora deve disponibilizar o do-
veis em caso de inadimplência; cumento de cobrança no espaço reservado ao
VI – a identificação discriminada de valores Consumidor na internet e, havendo autorização
restituídos; prévia e expressa, o documento de cobrança
VII – detalhamento dos tributos, por servi- pode passar a ser fornecido apenas por meio
ços, na forma da Lei 12.741, de 28 de dezembro eletrônico.
de 2012; § 2o A Prestadora não pode cobrar pela
VIII – campo “Mensagens Importantes”, que emissão da segunda via do documento de
deve conter, dentre outros: cobrança.
a) referência a novos serviços contratados § 3o A Prestadora deve oferecer ao Consu-
no período; midor, no mínimo, 6 (seis) opções para a data
b) alterações nas condições de provimento de vencimento do seu documento de cobrança,
do serviço no mês de referência, inclusive pro- distribuídas uniformemente entre os dias do
moções a expirar; mês.
c) término do prazo de permanência; § 4o Havendo autorização prévia e expressa
d) reajustes que passaram a vigorar no pe- do Consumidor, podem ser agrupados códigos
ríodo faturado; de acesso de um mesmo Consumidor em um
e) alerta sobre a existência de débito ven- único documento de cobrança.
cido; e, § 5o A Prestadora deve enviar, mediante
f) que o relatório detalhado dos serviços solicitação, documento de cobrança com, no
prestados está disponível na internet, e que pode mínimo, o demonstrativo dos valores parciais e
ser solicitado, por meio impresso, de forma o valor total para pagamento, escritos em braile.
permanente ou não, a critério do Consumidor.
IX – a identificação do(s) Plano(s) de Servi- Art. 77. A Prestadora deve permitir ao Con-
ços ao(s) qual(is) o Consumidor está vinculado, sumidor pagar o documento de cobrança em
inclusive por seu número de identificação, qualquer dos locais indicados, conveniente-
sempre que aplicável. mente distribuídos na localidade.
Parágrafo único. O disposto no inciso VIII
deste artigo não se aplica às Prestadoras de Art. 78. A Prestadora deve apresentar a co-
Pequeno Porte. brança ao Consumidor no prazo máximo de
90 (noventa) dias, contados a partir da efetiva
Art. 75. A qualquer tempo, o Consumidor prestação do serviço.
pode requerer, sem ônus, a emissão de do- § 1o A cobrança de serviço prestado em
cumento de cobrança em separado para cada prazo superior ao estabelecido no caput deve
serviço prestado. ocorrer em documento de cobrança separado,
§ 1o O Consumidor pode solicitar a emissão salvo manifestação em contrário por parte do
permanente do documento de cobrança em Consumidor, sem acréscimo de encargos, e a
separado para cada serviço prestado. forma de pagamento deve ser objeto de negocia-
§ 2o A solicitação prevista no § 1o deve ser ção prévia entre a Prestadora e o Consumidor.
dirigida à Prestadora responsável pelo cofatura- § 2o Na negociação a que se refere o § 1o,
mento, que adotará as providências necessárias a Prestadora deve possibilitar o parcelamento
ao atendimento da solicitação do Consumidor. dos valores pelo número de meses correspon-
§ 3o Este dispositivo não se aplica aos ser- dentes ao período de atraso na apresentação
viços incluídos na Oferta Conjunta de Serviços da cobrança.
de Telecomunicações.
Consumidor
106
II – ter preservado o seu código de acesso, perior a 2 (dois) pontos percentuais, correção
nos termos da regulamentação; e, monetária e juros de mora não superiores a
III – acessar a Central de Atendimento Te- 1 (um) ponto percentual ao mês pro rata die.
lefônico da Prestadora.
Art. 101. No caso de celebração de acordo
Art. 95. É vedada a cobrança de assinatura entre a Prestadora e o Consumidor para o par-
ou qualquer outro valor referente ao serviço celamento de débitos, o termo de acordo e as
durante o período de suspensão total. parcelas referentes ao valor pactuado devem ser
encaminhadas ao Consumidor em documento
Art. 96. É dever da Prestadora, enquanto não de cobrança separado.
rescindido o contrato, atender a solicitações § 1o É obrigatório o restabelecimento inte-
que não importem em novos custos para o gral do serviço, no prazo máximo de 24 (vinte
Consumidor. e quatro) horas, contados da confirmação do
pagamento da primeira parcela do acordo, sem
Art. 97. Transcorridos 30 (trinta) dias da sus- qualquer espécie de restrição não autorizada
pensão total do serviço, o Contrato de Prestação pelo Consumidor.
do Serviço pode ser rescindido. § 2o No caso de inadimplência do acordo,
Parágrafo único. Rescindido o Contrato de ainda que parcial, transcorridos 5 (cinco) dias
Prestação do Serviço na forma de pagamento da notificação de existência de débito vencido,
pós-paga, a Prestadora deve encaminhar ao a Prestadora pode suspender totalmente a
Consumidor, no prazo máximo de 7 (sete) dias, prestação do serviço.
comprovante escrito da rescisão, informando
da possibilidade do registro do débito em sis- Art. 102. É vedada a cobrança pelo restabele-
temas de proteção ao crédito, por mensagem cimento da prestação do serviço.
eletrônica ou correspondência, no último en-
dereço constante de sua base cadastral. Art. 103. O Consumidor tem direito de obter
da sua Prestadora, gratuitamente, informações
Art. 98. As providências descritas neste Ca- quanto a registros de inadimplência relativos
pítulo somente podem atingir o provimento à sua pessoa, bem como exigir dela a imediata
dos serviços ou código de acesso em que for exclusão de registros dessa natureza após o
constatada a inadimplência do Consumidor, pagamento do débito e respectivos encargos.
dando-se continuidade normal aos demais. Parágrafo único. A Prestadora deve requerer
a baixa do registro do débito em sistemas de
Art. 99. A rescisão não prejudica a exigibili- proteção ao crédito, independentemente de
dade dos encargos decorrentes do Contrato de solicitação do Consumidor, no prazo máximo
Prestação do Serviço e do Contrato de Perma- de 5 (cinco) dias, contado da efetiva quitação
nência, quando for o caso. do débito.
107
5.000 (cinco mil) acessos em serviço ou, em se Art. 110. Os membros do Grupo serão nome-
tratando do STFC prestado nas modalidades ados na reunião de instalação, que ocorrerá em
de longa distância, até 5.000 (cinco mil) docu- até 20 (vinte) dias, a contar da publicação deste
mentos de cobrança emitidos por mês, apenas Regulamento.
o disposto no Título II, Capítulo I, e no Título
III, Capítulo I, deste Regulamento, sem prejuízo Art. 111. Os conflitos no âmbito do Grupo
das obrigações constantes da Lei no 8.078/1990, serão decididos pelos representantes da Anatel.
da Lei no 9.742/1997 e da Lei no 12.485/2011.
Art. 112. São atribuições do Grupo, dentre
Art. 106. As Prestadoras cujos serviços são outras:
pagos antecipadamente à sua prestação devem I – acompanhar a implementação das
adaptar a forma de cobrança até a entrada em disposições deste Regulamento, conduzindo
vigor do presente Regulamento, quando então o processo orientado para a observância das
será vedada a cobrança antecipada pela Pres- melhores práticas, com aplicação de conhe-
tadora de qualquer item da estrutura tarifária cimentos, habilidades e técnicas para que a
ou de preço. execução das normas se dê de forma efetiva,
eficaz e com qualidade;
Art. 107. O disposto nos regulamentos especí- II – coordenar, orientar e avaliar a metodo-
ficos de cada serviço deverá ser cumprido pelas logia de implantação dos dispositivos e, quando
Prestadoras até a entrada em vigor do disposi- for o caso, determinar a sua implantação de
tivo correspondente do presente Regulamento. forma padronizada pelas Prestadoras; e,
III – estabelecer o modo, formato e meio
Art. 108. Para acompanhamento da implanta- de envio das informações relativas a Planos
ção dos dispositivos do presente Regulamento de Serviço, Ofertas Conjuntas e promoções a
será constituído Grupo de Implantação do serem encaminhados à Agência.
Regulamento, composto pela Anatel e pelas
Prestadoras abrangidas por suas disposições, Art. 113. O Grupo poderá ser dividido em
inclusive as de Pequeno Porte, ou as entidades subgrupos e as atividades previstas no art. 112
que as representem. poderão ser divididas em fases, observados os
prazos de entrada em vigor das disposições
Art. 109. O Grupo de Implantação será co- constantes deste Regulamento.
ordenado pela Superintendência de Relações
com Consumidores (SRC), com a participa- Art. 114. O trabalho final do Grupo resultará
ção das Superintendências de Planejamento e em um manual operacional dos procedimentos
Regulamentação (SPR), de Fiscalização (SFI), por ele definidos, a ser observado nos procedi-
de Controle de Obrigações (SCO) e de Com- mentos de fiscalização da Anatel.
petição (SCP).
Consumidor
108
Anexo II
Revogações e Alterações
I) Revogar os seguintes dispositivos: III, IV, V, VI e VII do Artigo 57, Artigo 58, § 2o
do Artigo 63, Artigo 66 e Artigo 70;
a) do Regulamento de Proteção e Defesa dos
Direitos dos Assinantes dos Serviços de Tele- e) do Regulamento do Serviço Móvel Pessoal,
visão por Assinatura, aprovado pela Resolução aprovado pela Resolução no 477/2007: incisos I,
no 488/2007: inciso VI do Artigo 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XVIII,
II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIX, XXII, XXIII, XXIV e XXV do Artigo 6o,
XIV, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXV, Artigos 7o ao 8o, incisos XXI e XXIII do Artigo
XXVI e XXVII do Artigo 3o, incisos I, II, III, IV, 10, §§ 1o ao 14 do Artigo 15, § 1o do Artigo 21,
V e VII do Art. 4o, incisos VI e VII do Artigo §§ 1o ao 10o do Artigo 23, Artigo 24, Artigos 26
5o, Artigos 13 a 18, §§ 1o ao 4o do Artigo 19, e 27, Artigo 29, Artigos 39 e 40, Artigos 44 e 45,
Artigos 20 a 22, Artigos 25 ao 27, § 2o do Artigo Artigos 47 e 48, Artigos 50 ao 57, Artigos 61 ao
28 e caput do Artigo 33; 66, Artigos 68 a 71, Artigos 92 ao 94 e Artigo 96;
no 614/2013: inciso XIX do Artigo 4o, inciso do Serviço de TV a Cabo (TVC), do Serviço de
VI do Artigo 39, Artigos 43 e 44, Incisos VIII Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal
e XV do Artigo 47, Artigos 49 e 50, incisos I, (MMDS), do Serviço de Distribuição de Sinais
II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, de Televisão e de Áudio por Assinatura via Sa-
XV, XVI, XIX e XX do Artigo 56, incisos I, II, télite (DTH) e do Serviço Especial de Televisão
109
por Assinatura (TVA), aprovado pela Resolução Consumidor de Serviços de Telecomunicação
no 581/2012: e com o previsto neste artigo.
Art. 49. O Plano Básico é de oferta obri- ���������������������������������������������������������������������������
gatória e deve estar sempre disponível, de § 8o Excedido o prazo de 30 (trinta) dias,
forma onerosa, a todos os Assinantes den- cessa a responsabilidade do Assinante sobre
tro de todas as Áreas de Abrangência do a guarda e integridade dos equipamentos.
Atendimento da Prestadora. ���������������������������������������������������������������������������
��������������������������������������������������������������������������� Art. 30. �����������������������������������������������������������
Art. 48. O serviço deve ser prestado em § 1o A cobrança dos serviços mencionados
condições não discriminatórias, não poden- neste artigo fica condicionada à sua identi-
do a Prestadora recusar o acesso, dentro das ficação no documento de cobrança.
Áreas de Abrangência do Atendimento das ���������������������������������������������������������������������������
estações licenciadas, constantes do Projeto Art. 38. Aplicam-se aos serviços de
Técnico apresentado à Agência, a todos que Televisão por Assinatura as regras do Código
o solicitarem, conforme disponibilidade de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei
técnica da rede da Prestadora, observados no 8.078, de 11 de setembro de 1990) e
as informações cadastradas nos sistemas suas alterações e o Regulamento Geral de
disponibilizados pela Anatel e o disposto na Direitos do Consumidor de Serviços de
regulamentação vigente. Telecomunicações.
���������������������������������������������������������������������������
Art. 77. Os direitos e obrigações dos c) do Regulamento do Serviço Telefônico Fixo
assinantes do SeAC são regidos pelo Comutado – STFC, aprovado pela Resolução
Regulamento de Proteção e Defesa dos no 426/2005:
Direitos dos Assinantes dos Serviços de Art. 3o Para fins deste Regulamento são
Televisão por Assinatura, pelo Regulamento adotadas as seguintes definições, além
Geral de Direitos do Consumidor de de outras adotadas pela legislação e pela
Serviços de Telecomunicações e pela Lei regulamentação:
Geral de Telecomunicações. ���������������������������������������������������������������������������
Art. 11. São direitos do Usuário do STFC,
b) do Regulamento de Proteção e Defesa dos além de outros previstos pela legislação e
Direitos dos Assinantes dos Serviços de Tele- pela regulamentação:
visão por Assinatura, aprovado pela Resolução ���������������������������������������������������������������������������
no 488/2007: Art. 13. Constitui dever do assinante, além
Art. 2o Para fins deste Regulamento são de outros previstos pela legislação e pela
adotadas as seguintes definições, além regulamentação, providenciar, no imóvel
de outras adotadas pela legislação e pela indicado, local adequado e infraestrutura
regulamentação: necessários à correta instalação e funcio-
��������������������������������������������������������������������������� namento de equipamentos das prestadoras.
Art. 3o São direitos do Assinante, além ���������������������������������������������������������������������������
de outros previstos pela legislação e pela Art. 17. A prestadora deve prestar infor-
regulamentação: mações à Agência sobre reclamações dos
��������������������������������������������������������������������������� usuários, quando esta solicitar, no prazo
Art. 4o São deveres dos Assinantes, além máximo de 5 (cinco) dias úteis.
de outros previstos pela legislação e pela ���������������������������������������������������������������������������
regulamentação: Art. 36. A oferta e comercialização do STFC
Consumidor
������������������������������������������������������������������������ da Prestadora.
Art. 83. A prestadora na modalidade local ���������������������������������������������������������������������������
deve fornecer relatório detalhado dos ser- Art. 39. �����������������������������������������������������������
viços e facilidades prestados, observado o III – os direitos e deveres dos Assinantes;
disposto na regulamentação vigente. ���������������������������������������������������������������������������
111
Art. 47. ����������������������������������������������������������� por seu número, quando aplicável, sempre
VI – entregar ao Assinante cópia do Contrato que solicitado pelo Usuário ou pela Anatel.
de Prestação do SCM e do Plano de Serviço ���������������������������������������������������������������������������
contratado; Art. 12. �����������������������������������������������������������
��������������������������������������������������������������������������� § 5o A prestadora deve assegurar que todos
Art. 57. Constitui dever do assinante, além aqueles que tiverem acesso às informações
de outros previstos pela legislação e pela re- previstas neste artigo observem as obriga-
gulamentação, providenciar local adequado ções de sigilo.
e infraestrutura necessários à correta insta- ���������������������������������������������������������������������������
lação e funcionamento de equipamentos da Art. 15. A prestadora deve prestar informa-
Prestadora, quando for o caso. ções à Anatel, no prazo por ela estipulado,
��������������������������������������������������������������������������� não superior a 5 (cinco) dias úteis, sobre re-
Art. 74. As Prestadoras de Pequeno Porte clamações, solicitações de serviços e pedidos
que possuam número inferior a 5.000 (cinco de informação dos Usuários.
mil) acessos em serviço ficam isentas das ���������������������������������������������������������������������������
obrigações consubstanciadas nos §§ 3o e Art. 21. �����������������������������������������������������������
4o do art. 46, parágrafo único do art. 47 e VIII – os Códigos de Acesso dos Centros
art. 48. de Atendimento Telefônico da Prestadora;
���������������������������������������������������������������������������
f) do Regulamento do Serviço Móvel Pessoal, Art. 25. �����������������������������������������������������������
aprovado pela Resolução no 477/2007: VI – a forma e prazos de pagamento pela
Art. 3o Para fins deste Regulamento são prestação do serviço;
adotadas as seguintes definições, além ���������������������������������������������������������������������������
de outras adotadas pela legislação e pela Capítulo IV – Dos Planos de Serviço para
regulamentação: Atendimento Específico
��������������������������������������������������������������������������� Art. 67. A Prestadora deve disponibilizar
Art. 6o São direitos do Usuário do SMP, Plano de Serviço, tanto pós-pago quanto
além de outros previstos pela legislação e pré-pago, para atendimento específico de
pela regulamentação: pessoas portadoras de deficiência auditiva
��������������������������������������������������������������������������� e da fala.
Art. 9o Os direitos e deveres previstos neste ���������������������������������������������������������������������������
Regulamento não excluem outros previstos
na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, na g) do Regulamento de Gestão da Qualidade da
regulamentação aplicável, no Regulamento Prestação do Serviço Móvel Pessoal, aprovado
Geral de Direitos do Consumidor de pela Resolução no 575/2011:
Serviços de Telecomunicações e nos contra- Art. 3o Para fins deste Regulamento são
tos de prestação firmados com os Usuários adotadas as seguintes definições, além
do SMP. de outras adotadas pela legislação e pela
Art. 10. ����������������������������������������������������������� regulamentação:
XIX – manter nas dependências dos esta- ���������������������������������������������������������������������������
belecimentos que prestam atendimento ao XVIII – Setor de Atendimento Presencial:
Usuário, em local visível e de fácil acesso ao estabelecimento próprio da Prestadora ou
público em geral, quadro com resumo dos disponibilizado por meio de contrato(s) com
direitos dos Usuários, conforme definido terceiro(s) que possibilita ao Consumidor
pela Anatel; ser atendido presencialmente por pessoa
Consumidor
112
e solicitações de serviços, rescisão, ou qual- ���������������������������������������������������������������������������
quer outra demanda ligada ao serviço da VI – ������������������������������������������������������������������
Prestadora. a) número total de chamadas atendidas
��������������������������������������������������������������������������� por Sistemas de Autoatendimento ou pelas
Art. 15. As chamadas originadas na rede telefonistas/atendentes, originadas na rede
da prestadora e destinadas ao seu Centro da prestadora, em cada PMM, no mês, para
de Atendimento Telefônico devem ser os Centros de Atendimento Telefônico;
completadas, em cada PMM, no mês, no b) número total de tentativas de originar
mínimo em 95% (noventa e cinco por cento) chamadas, contadas a partir da alocação do
dos casos. canal de voz, em cada PMM, no mês, para
��������������������������������������������������������������������������� os Centros de Atendimento Telefônico, na
§ 2o O serviço de atendimento dos Centros rede da prestadora.
de Atendimento Telefônico da prestadora Art. 32. Todas as solicitações de serviços
deve estar disponível ao usuário, ininterrup- ou pedidos de informação recebidos em
tamente, durante 24 (vinte e quatro) horas qualquer dos canais de atendimento da
por dia e 7 (sete) dias por semana. prestadora, e que não possam ser respon-
§ 3o Esta meta é avaliada pelo indicador didos ou efetivados de imediato, devem ser
Taxa de Completamento de Chamadas respondidos em até 5 (cinco) dias úteis, em
para o Centro de Atendimento Telefônico 95% (noventa e cinco por cento) dos casos,
(SMP3). no mês.
§ 4o ������������������������������������������������������������������ ���������������������������������������������������������������������������
I – ��������������������������������������������������������������������� Art. 33. O usuário, ao comparecer a qual-
II – ������������������������������������������������������������������� quer Setor de Atendimento Presencial, deve
a) as contagens listadas a seguir devem se ser atendido em até 30 (trinta) minutos, em
referir a qualquer Centro de Atendimento 95% (noventa e cinco por cento) dos casos,
Telefônico da prestadora. Devem ser igual- no mês.
mente consideradas, para fins desse indica- § 1o A meta estabelecida no caput é exigível
dor, as chamadas encaminhadas a Centros diariamente para cada Setor de Atendimento
de Atendimento específicos por tipo de Presencial, isoladamente, sem prejuízo da
usuário ou serviços; avaliação e exigência mensal.
b) a contagem das chamadas atendidas § 2 o A prestadora deve disponibilizar
por Sistemas de Autoatendimento ou pelas sistema de controle eletrônico por senha
telefonistas/atendentes, originadas na rede para acompanhamento do tempo de espera
da prestadora, em cada PMM, no mês, para de cada usuário em todos os Setores de
os Centros de Atendimento Telefônico, por Atendimento Presencial.
CCC existente; ���������������������������������������������������������������������������
c) a contagem das tentativas de origi- § 5o ������������������������������������������������������������������
nar chamadas na rede da prestadora, em I – ���������������������������������������������������������������������
cada PMM, no mês, para os Centros de A – somatório do número de usuários que
Atendimento Telefônico, por CCC existente; compareceram a todos os Setores de Atendi-
��������������������������������������������������������������������������� mento Presencial e que foram atendidos em
III – Fator de Ponderação: número total de até 30 (trinta) minutos, no mês;
tentativas de originar chamadas na rede da B – somatório do número de usuários
prestadora para os Centros de Atendimento que compareceram a todos os Setores de
Normas correlatas
Telefônico, por CCC, para cada área definida Atendimento Presencial no mês.
pelo Código Nacional contida na Área de II – �������������������������������������������������������������������
Prestação, contadas a partir da alocação do a) a contagem, conforme Calendário Anual,
canal de voz, em cada PMM, no mês. de todos os usuários que compareceram a
113
todos os Setores de Atendimento Presencial, solicitações de que tratam os Artigos 23 e
no horário de funcionamento do respecti- 24 deste Regulamento, recebidos em qual-
vo Setor, e que foram atendidos em até 30 quer canal de atendimento da Prestadora,
(trinta) minutos; devem ser respondidos em até cinco dias
b) a contagem, conforme Calendário Anual, úteis, contados da data do recebimento da
de todos os usuários que compareceram a solicitação ou do pedido de informação, em,
todos os Setores de Atendimento Presencial no mínimo:
no horário de funcionamento do respectivo ��������������������������������������������������������������������������
Setor.
��������������������������������������������������������������������������� i) do Regulamento de Remuneração pelo
IV – ������������������������������������������������������������������ Uso de Redes de Prestadoras do Serviço Mó-
a) número total de usuários que compare- vel Pessoal – SMP, aprovado pela Resolução
ceram a todos os Setores de Atendimento no 438/2006:
Presencial e que foram atendidos em até 30 Art. 19. A remuneração devida pelo uso
(trinta) minutos, no mês; de redes em uma chamada é calculada com
b) número total de usuários que compare- base no tempo de duração da chamada,
ceram a todos os Setores de Atendimento considerando os seguintes critérios de
Presencial no mês; faturamento:
Art. 34. Para fins de fiscalização, a pres- a) unidade de tempo de tarifação: 6 (seis)
tadora deverá disponibilizar à Anatel os segundos;
arquivos eletrônicos de controle de tempo b) tempo inicial de tarifação: 30 (trinta)
de atendimento ao usuário, conforme § 2o segundos;
do artigo 33, sempre que solicitada. c) chamadas faturáveis: somente são fatu-
ráveis as chamadas com duração superior a
h) do Regulamento de Gestão da Qualidade do 3 (três) segundos.
Serviço de Comunicação Multimídia, aprovado
pela Resolução no 574/2011: j) do Regulamento sobre Exploração de Ser-
Art. 3o Para fins deste Regulamento são viço Móvel Pessoal – SMP por meio de Rede
adotadas as seguintes definições, além Virtual, aprovado pela Resolução no 550/2010:
de outras adotadas pela legislação e pela Art. 13. Os Planos de Serviço ofertados
regulamentação: aos Usuários do SMP prestado por meio de
��������������������������������������������������������������������������� Representação do Credenciado são Planos
Art. 26. Todas as solicitações de serviços de Serviço da Prestadora Origem, nos ter-
ou pedidos de informação, excluídas as mos da regulamentação.
Consumidor
114
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