Você está na página 1de 12
Dados Internacionais de Catalogagdo na Publicagao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP Brasil) 0 desmonte da nagio balango do Governo FHC Ive Lesbaupin (organizadon. ~Petrépolis, RJ: Vozes, 1999, ‘Varios autores. Bibliografia. ISBN 85,3262174-0 1. Brasil | Gondig6es econémicas 2. Brasil - Condiges sociais 3. Brasil ~ Politica e governo ~ 199541998 4, Brasil— Presidentes 5. Cardoso, Fernando Henvique, 1981-I. Lesbappin, Ivo. II. Titulo: Balango do Governo FHC. 38.1317 cDD-320,981091, Tndices para caldlogo sistemdtico: T'Brasil :Pottea egoverno, 1995-1988 $20.981001 Ivo Lesbaupin (Organizader) : : Autores: ie Ivo Lesbaupin, Fabio Konder Comparato Paul Singer, Reinaldo Gonealves, José Paulo Netto, Maria Lucia Werneck Vianna, Jorge Mattoso, Liicia Neves, Sérgio Leite, Bernardo Kueinski O desmonte da nagao Balango do Governo FHC % EDITORA VOZES a ~ Petrépotis 1999 %@ ne ‘soumuo as-wesojauoo @ sezaoid as-wese7yras atioU nas wre 2 .epIplayep, ojduraxo aa oaqrang ap oxSnjosay y TOpIpTed Syuaureadr sos wrewopod ‘Sopmysax Sos OpOw 1300 op anbod sOALA WEALTTTSO [ROTO OBIIIFT 'soarafgo wwdroutid snas wereSuvoye pf open ou1sayy ‘sopefoaas ajuaureyaridxe ogs no uesseoey opwen ureqeoe 9s sagSnjoxax no souejd eub ap v“efes jenb 'sesyed sop '-euroqeur eu zeunuopaid aadited anb ‘ovSueauos eum 10d eatydxo 33 O88] “ALA oP o1is9408 op 38 IW ERS UPSETS ETS opeSauioa wun [EU wee ue] o wssew ap opSvaqunuod ap sorour so exed ‘aquEySqO OFN “Sodaxd SOB jp of Seyqese € OAROTGO TROUT nos o OpEUCATE NTN @ asus wn ey xO8TA ‘wo wawyso BE OMe 0 'e6/1/1 ure ‘assod nowioy OF] optEND ‘03 OUD Bla apuE nose S(STad Woo aeII| ap SHAT [END o ‘ofopysaud o syuouuTyTEwOO ‘opeaanyo eye, ‘our op oangjod ouozyed ‘oxysyutws 0 ‘woods eyy “efou werquia| ‘88 scomod oumnu: anb op ‘couey eure] OWapRENT OF OTENp op eouepied ~~ DHA ourlg esuardun vad opsummowop ayuoueIn — Tey OUR O “ome oso op oxqnqno ura ‘ousm astound ow eanjosqe wLLopeU tod wEIONA TOR] e ap YL 2 “POET ap [ge Wo “eoepisatd v oreprptis o-nousoy epuocey ep ovraistENpY ofod ‘wreessed ens ap oxo] jedroursd o oumsas anb ‘way ous o sour ‘ewsetu vasenb napatreutiad voquiguose adimba ® 9s 0BN, | FSenp se anus apap epEIMULio) 9 UpIUYap toy ‘oqepUEUE OMe Nesp ‘noupaxyed osop.reg anbiawapy opueusag anb ‘eontuouose wanjod y opinposquy swaonig tng as at HE ep voluiguooa eomod & s[el00s a.ysesap Op ZIe) YS que em 1981 a URSS foi finalmente liquidads." Do mesmo modo, quase tudo o que ‘ogoverno FHC fez de bom e de mal foi justific Para nao brigar com a nomenelatura dominante, a politica econémica prati- cada durante o primeiro governo de FHC serd referida como sendo o “Plano im entre aspas, Usta poltiea passoa, como versinns,parallas tabios ade rumo diversas vezes, o que nfo impediu que fosse réconliecida pela bliea_como-sendo Sempre o dito “Plano Real”. Esta iusio, que espertamente identifieou tudo o que se fez e Se deixou de fazer com o fim da inflagio e com o seu ndo-retorno, foi i FHC pudesse aleangaro direite de eleitoral, no primeiro t z= Convém notar, desde fnstramento antiinflae que o proprio éxito do Plano Real, enquanto iscitou condicSes inteiramente novas para o jmicos, a partir de 1995. FHC presidente digtes para redefinira insérgfado pats no proges- ruturais no aparelho’de estado federal e no sistema previdencidrio. F alterou a repartigéo do bolo fiscal entre as trés esferas de poderda federagio, quea recém-promulgada Constituigdo de 1988 tinha viezado —!- -afavor das esferas de baixo:-—- —-- — -~ ‘Tudo isso tem pouco a ver eom a estabilidade dos pregos, mas foi justificado.e defendido como sendo indispensvel para impedir o retorno da inflagio, O exame critic que Vamos tentar nas proximas paginas, terd, por esmascaramento também: Mas nao selimitartia isso. Procura (que devo a Ivo Lesbaupin, a quem agradege) e mostrar como € esteve na raiz do desastre social que acometeu o Brasil no quadriénio em questo. 1. 0 Plano Real sem aspas O Plano Real descende mais ou menos di seus piicipais tedrieos — André Lara Rezende e Pérsio Arida ~tiveram papel de destaque na formulagéo de ambos. O modelo formulado por eles era o duma estabilizagio obtida mediante a indexagéo geral e uniforme de todos os valores — governo, Mesmo a agéo dos “fiscais do Sarney” Chico’ Lopes) e diante do seu éxito quase instantineo, a equipe econémica néo soubeo que fazer. Bla tinha formulado um esquemadevealinhamentoordenade. dos precos, mas nio cuidou de implementé-lo, seja porque isso teria requerido 2 institaigdo dum controle mais ou menos permanente e de pelo poder public, se mostrou inexistente. Como mui argo ejulho de 1986 mas depois superado o seu nivel prévio ao 0 fraeasso do Plano Cruzado f Jiberais, que julgam ilegitimo o cor Plans Cruzado dew um aumento ex de congelé-os e nada fez. para impedir que os empregados fossem &s corapras logo a seguir. Houve efetivamente uma elevacio forte da de euforia popular: A pressio da demanda possibil congelamento dos pregos, euja implementagi lembram, a inflagio desapareceu entre sorrateiramentee no fim do ano é tinha nto, ‘qualquer apoio concreto por parte do govern. Para os partidérios da intervengio do Estado na economia, o Plano Cruzado rar a safda do congelamento. f dbvio ‘que precos e salérios tinham de ser liberados, mais cedo ou mais tarde, para poderem variar em resposta a al transacionadas. O Plano deveria ter reajustado os precos, aproveitando o cor de luero, mediante a interagio de compradores e vendedores ao Tongo das cadeias de produgo, sob orientagdo e arbitragem de representantes do poder piiblico. Comos pregos assim alinhados,o fim do congelamento teris resultado mum ‘nivel baixo de inflagio, eompatfvel eom alto ritmo de erescimento da economia. As iltimas conseqiiéncias, qual seja substitut-lo por um sistema exeqiivel e eficien- te de controle de précos e salirios por parte do estado a setores organizados da.economia. Convém nota atual e tende.avaltar com.toda forga coma fra¢ a

Você também pode gostar