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Introdução- Antineoplásicos: Agentes Alquilantes

Os agentes alquilantes, importantes antineoplásicos atualmente, foram descobertos durante a


Primeira Guerra Mundial e vêm sendo empregados em tratamentos contra o câncer devido
sua ação em moléculas de DNA, RNA e proteínas. Isso se dá através do seu grupo alquil que
reage com grupamentos químicos dessas moléculas orgânicas por meio de ligações covalentes.
Os alquilantes, em geral, induzem a apoptose celular devido a formação de pontes entre as
helices do DNA e fora delas, impedindo processos como transcrição e replicação por conta
dessa alteração conformacional.

Dadas essas propriedades dos alquilantes, percebe-se que elas podem ser aplicadas tanto em
células sadias quanto em células carcinogênicas, devendo ser necessária a presença de
mecanismos de reparo de DNA para não haver danos ao DNA do organismo exposto. Esses
agentes podem atuar em qualquer fase do ciclo celular, no entanto, a fase proliferativa (fase S)
é a mais sensível ao agente. Os alquilantes dividem-se em cinco classes químicas: mostardas
nitrogenadas, etileniminas, alquilsulfonatos, nitrosureias e triazenos.

Um dos problemas no combate a células neoplásicas é que elas possuem resistência a


mecanismos apoptóticos maior que em células sadias e, em certos casos, produzem clones
resistentes à quimioterapia. Basicamente, o mecanismo resume-se em impedir que o
composto ativo do fármaco entre na célula ou impedir sua ativação no meio intracelular ou,
ainda, o mecanismo de reparo do DNA. Além disso, a mutação no gene p53 interfere
significativamente no processo de apoptose de células neoplásicas. Pois esse gene induz a
apoptose e, consequentemente, a supressão tumoral. Isso torna a célula não somente
resistente a quimioterápicos como também a tornam resistente a radiações ionizantes.

A peculiaridade dos agentes alquilantes é que tanto podem ser indutores de neoplasias como
também podem ser utilizados no tratamento delas. A questão principal é a forma que é
empregada, para ampliar sua ação antitumoral e diminuir sua toxicicidade. É preciso identificar
receptores específicos das células tumorais, pois, infelizmente, as etapas passíveis de bloqueio
são comuns a células malignas e células normais.

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