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O convite da sabedoria.

Provérbio descreve a Sabedoria chamando o filho a precaver-se contra as seduções


dos pecadores (1:8), contra a recusa em aceitar as suas idéias (2:1), e uma vez entendeu esta
realidade não esquece os seus ensinos (3:1). Em todas estas admoestações a Sabedoria mostra
que é a melhor coisa da vida. E por ser pura e sóbria, contrapõe-se a toda perversidade, dolo e
mentira que o mundo apresenta. Ela insiste para que o coração do filho guarde os seus
mandamentos, a fim de ter vida longa e felicidade. Parece que estamos ouvindo Moisés no
deserto, aconselhando os filhos a ouvirem e obedecerem a seus pais, para terem longa vida na
terra (Êx. 20: 12). O problema é que muitos estão descendo ao tumulo gelado alienado de
Deus e sem salvação por ignorar tais instruções. O chamado de Deus é fonte de vida e quem
atende tem seu caminho pavimentado pela sabedoria. Pense nisso!

Paulo, quando advertiu os jovens a respeitar e amar a seus pais, para terem vida longa (Ef. 6:1,
2), deixou claro que os pais são representantes de Deus na condução dos filhos e por isso são
dignos respeito e acatamentos. A Sabedoria aconselha ao Filho querido, para aumentar os
seus anos de vida na terra. Esse é o tema desse conselho:

Sabedoria que, por sua vez, envolve respeito aos pais e por seu turno, a Deus.

Além da obediência aos pais, recomenda a Sabedoria que não te desamparem a benignidade,
e a fidelidade, ata-as ao teu Pescoço, escreva-as na tábua do teu coração (v. 3)

Benignidade (hesedth) parece que representar "amor-de-concerto" . O concerto feito por


Deus com o povo mostra toda a benignidade de Deus. Descreve sua bondade e paciência para
com quem nada tinha feito para merecer essa bênção. Veja Deut. 6:5 e Lev. 19:18, se ensina
que amar a Deus de todo o coração é a suprema lei, e esta recomendação deve ser atada ao
coração, enquanto Levítico manda ser benigno para com o próximo. O Grande Mandamento é:
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma... ; e ao teu próximo
como a ti mesmo." Então a benignidade é para com o próximo faltoso, que necessita
misericórdia, como Deus a havia demonstrado para com o povo de Israel. Escrever na tábua do
coração este mandamento é o mesmo que repetir Deut. 6:5. Pelo visto, o autor de Provérbios
estava em dia com a lei.

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