Você está na página 1de 15
Pontifida Universidacle Catolica do Rio Grande do Sul CChanceler Dom Dadeus Grings Reitor Joaquim Clotet Vice-Reitor Evilézio Teixeira » Gilbert, 1990) > White, 1995:91. > Iggers, 1988-25. > Bd “Para uma sintese de suas principals concepsbes, ver Braw (2007), * Iggers, 1988:77 Learoco von Rant 141 Principais obras de Ranke: + Geschichte der romanischen und germanischen Volker von 1494 bis 1514 2 G4824). 205, “Bie serbische Revolution. Aus serbischen Papieren und Mitteilungen mead, + Die romischen Papste ir: den letzten vier Jahrhunderten (1834-1836). 2v; + Deutsche Geschichte im Zeitalter der Reformation (1839-1847). 2v.; + Neun Biicher preussischer Geschichte (1847-1848). 3v; + Franzdsische Geschichte, vornehmlich im sechzehnten und siebzehnten Jahr- hundert (1852-1861). Sv; + Englische Geschichte, vornehmlich im sechzehnten und ‘siebzehnten Jahrhun- dert (1859-1869). 3v.; + Die deutschen Machte und der Farstenbund (1871-1872); + Ursprung und Beginn der Revolutionskriege 1791 und 1792 (1875); + Hardenberg und die Geschichte des preussischen States von 1793 bis 1813 as7; + Serbien und die Tarkei im neunzehnten Jahrhundert (1879); + Weltgeschichte — Die Ramische Republile und thre Weltherrschast. (1886) 2v. SOBRE O CARATER DA CIENCIA HISTORICA [A histbria distingue-se de todas as outras ciéncias por ser também ‘uma arte.” A historia € uma ciéncia a0 coletar, busca, investiga; ela € uma arte porque recria e retrata aquilo que encontrou e reconheceu, Outras ciencias satisfazem-se simplesmente registrando 0 que foi encontrado; a histéria requer a habilidade para recriat Como cienci, a historia € parecida com a flosofia;€ como arte, com ‘a poesia. A diferenca € que, de acordo com suas natureza,filosofa € poesia T'O vento “dee der Univeralistore” fe pela primeira vex editado por Eberhard Kestel e pu- ‘licado na Historische Zetscrif, CLXXVI em 1954. A verso aqui trduda foi publicada em lagers e Moltke (1973:33-46) ‘ito ha davida quanto a infuenca decisva de Humboldt nesta sentenga (ver Humboldt, 2001). Compartlha dessa opinido Gervinus (2010). (N. do) 14 Licoes o€ mistonia lidam com o reino do ideal, enquanto a historia deve ater-se a realidade.** Se alguém designasse a filosofia a tarefa de penetrar a imagem que aparecen ‘no tempo, isso implicaria descobrir a causalidade e concestuar 0 amago da existéncia: entdo, afilosofia da historia nao seria também histra? Se a fi losofia da histéria pudesse atribuir 8 poesia a tarefa de reproduzir o vivido, seria entio historia [A historia distingue-se da poesia e da filosofia nao em consideragio a sua capacidade, mas pelo objeto abordado, que Ihe impoe condicoes € 4 sujeita A empiria.” A histona traz ambas juntas em tum terceiro elemen~ to peculiar somente para si Ela nao é nem mma nem outra, porem exige ‘uma unito das forgas intelectuaisativas em amnbas, poesia e flosofia, sob a condigio de que estas tltimas sejam dirigidas através de sua relacio com 0 ideal em dirego 20 real Existem nagbes que ndo tém a habilidade de controlar esse elemento, A India tevefilosofia, mas nao teve historia. E estranho como entre os gregos a historia desenvolveu-se quando se emancipou da poesia. E os gregos tiveram uma teoria da historia que, conquanto marcadamente desigual & sua pratica, era, nto obstant, signi- ficativa. Alguis destacaram mais 0 carfter cientiico, outros, 0 atistico, ‘mas ninguém negava a necessidade de unir os dois, Suas teorias movern-se entre esses elementos e néo s-pode decidir por nenhum. Quintiliano ainda disse: “historia est proxima poets et quodammodo carmen sclutum” [Nos tempos modemos, nos casos de diivida, tem-se lidado somente com os elementos de realidade ou entao insistido na ciencia como unico principio. Tem-se ido tao longe a ponto de fazer a historia diluir-se como uma pare da filosofa.” De qualquer modo, como fot dito, a historia preci- sa ser citncia e arte ao mesmo tempo, A historia nunca é uma sem a outra ‘esse respeto, hi profunda semelhanga do pensamento de Ranke com o de Gervinus, que cescreveu seu Grandzige em 1837. (N- do) este também o pensamento de Droysen (2005), Lembro, eantedo, que Ranke via no fend- reno uma tualidade, uma realidade esprtual.(N. do T) “Inet orator X, 1, 31" histérla€ apareriada 20 poems; ¢, por assim dizer, um poema em prose”, Slutum nesse context signifisliberdade das restrgdes metrcas (nota de Iggers © Moltke, 1973) ‘7 Ha aqui uma eric drecionadaa Kant e, rm malo grav, a Hegel, pis Ranke tina rest es em relagio a uma flosofia da histora que procurasse aprsionar a historia como também un dominio do pensamento especulatvo, Cl, ggets, 1988. (N. do T) Leoraro vou Ranne 143 ‘Mas ¢ possivel que uma ou outa seja mais pronunciada, Em cursos @ histo tia pode, é claro, aparecer somente como ciencia, So por esse motivo faz-se necessério compreender 0 momento para lidar com a idela de historia, ‘A arte repousa em si mesma: sta existéncia prova sua validade. Por outro lado, a citncia pede ser totalmente desenwolvida fora de sua verds- deira concepeto e ser clara er seu nucle. Consequentemente, eu gostaria de ihuminar a ideia de histéria do mondo em algumas leituras preliminares — tratando sucessivamente do principio histérico, da aleance e da unidade da historia mundial Sobre o principio histérico Pergunta-se sobre o que justifica os esforgos dos historiadores em si ‘eu esforgo ¢ reconhecido como necessério, ¢ pode ser vo falar a respeito de sua utilidade, ja que ninguém duvida disso, A sociedade, a interrelagao das coisas o exigem. Mas nés precisamos nos situar em um nivel mais ele- vado. Para justificar nossa citncia contra as reivindicacdes da flosofia, pre- cisamos nos reportar ao sublime; procurar um prinefpio do qual a histéria receberia uma vida tnica, propria, Para encontrar esse prinefpio devemos considerar a histria em sua luta com a filosofia Estamos falando daquele tipo de filosofia que alcangou seus resultados mediante especulagdo e que afirma dominar a historia Mas quais sio essas reivindicagdes? Fichte,* entre outros, expres- sou-as assim: *se filosofar € deduzir os fenomencs que sto possiveis na experiencia da unidade de seu conceito pressuposto, entio est claro que ‘io se necessita da experiéncia para tudo em seu trabalho. Permanecendo livremente dentro dos limites da filosofia sem considerar qualquer experi- encia, deve-se estar apo a priori para descrever todos os tempos e €pocas posstveis a prion”. Ele exige da flosofia uma ideia unifcada de toda a vida aque esta dividida em vartas épocas, cada qual compreensivel abstratamente ou através das outras, assim como cada tuma dessas €pocas especias é no- vamente um conceito unificado de uma era especial — que manifesta a si ‘mesma em um fendmeno mimético e plutal ‘Wjokann Gotlib Fiche (1762-1819, figsoo lemto, um dos representantes do romantismo. (edo)

Você também pode gostar