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Assuntos tratados:
1º horário.
Empregado Público / Agente Público / Servidor Público.
Regime jurídico único.
Prazo de validade do concurso.
Servidor e mandato eletivo.
Estabilidade: perda da estabilidade.
Regime disciplinar: Penalidades / Sindicância / processo administrativo.
2º horário.
Afastamento preventivo e suspensão.
PAD sumário: casos no PAD sumário.
Processo de revisão.
Responsabilidade na Lei 8.112/90.
Prescrição das penalidades.
Formas de provimento.
Lei 8.429/92 (LIA).
1º Horário
Empregado Público
Quem ocupa emprego público não é servidor. É empregado público.
Agente Público
Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa)
Conceito: Art. 2º da LIA.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Servidor Público
É aquele que ocupa cargo público, conforme art. 2º da Lei 8.112/90.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade
ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
O particular sozinho não pode praticar ato de improbidade, deve estar sempre em
conluio com um agente público.
O servidor público é regido por um estatuto (para a União, Lei 8.112/90). Não há
contrato de trabalho, o regime é unilateral. Deve fazer concurso. Há estabilidade.
O empregado público é regido pela CLT. Há contrato de trabalho. Regime bilateral.
Deve fazer concurso. Não tem estabilidade.
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Art. 37, III da CRFB/88 - o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
Pode ter edital com prazo de 90 dias, 1 ano etc. Esse prazo é prorrogável uma única
vez por igual período. Ex: Se de 90 dias, prorrogável por mais 90 dias. A
Administração tem discricionariedade para prorrogar ou não o concurso.
O Prefeito será afastado do cargo público e poderá optar por uma das
remunerações.
O Vereador pode acumular cargo, mas deve haver compatibilidade de horário. Vai
acumular as remunerações, devendo respeitar o limite do teto remuneratório. Se não
houver compatibilidade, deve seguir a regra do Prefeito (afastado do cargo e poderá
optar por uma das remunerações). O vereador, caso haja compatibilidade de
horário, deve acumular os cargos. Para Maria Silvia Di Pietro é obrigado a acumular
caso haja compatibilidade de horário.
Estabilidade
Art. 41 da CRFB/88. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Empregado público não tem estabilidade.
A estabilidade não é automática, deve ser aprovada em avaliação especial de
desempenho.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Perda da estabilidade
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão
e funções de confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Essa é uma lista taxativa, isto é, são as únicas penalidades que podem ser
aplicadas ao servidor.
Para se aplicar qualquer dessas penalidades ao servidor é essencial a abertura
prévia de processo administrativo ou sindicância.
Para exonerar de cargo em comissão não precisa de PAD ou sindicância, mas para
destituir de cargo em comissão é necessário o PAD ou sindicância. Isso porque a
exoneração não é penalidade, mas a destituição sim.
OBS: Mesmo que a autoridade competente presencie a prática da infração, é
essencial a abertura de PAD ou sindicância. Não cabe a punição através da verdade
sabida.
Sindicância
Há comissão de sindicância.
A sindicância é meio sumário de apuração. É procedimento mais célere. A comissão
tem prazo de 30 + 30 para concluir os prazos. Na sindicância só pode aplicar penas
menores: advertência e suspensão até 30 dias.
Processo Administrativo
Há comissão de inquérito.
Prazo de 60 dias + 60 dias.
Penas - aqui se aplica as seguintes penas: suspensão de mais de 30 dias,
demissão, cassação e destituição.
Se estiver em uma sindicância e se verificar que é caso de pena maior, deve o
presidente da comissão de sindicância determinar a abertura de um PAD, mas se
estiver em um PAD e perceber que é caso de pena mais leve, não precisa abrir
sindicância. Quem pode o mais, pode o menos.
A sindicância não é uma fase do PAD, pois não precisa abrir sindicância antes do
PAD.
Em regra, o grau de parentesco na Lei 8.112/90 é o de 2º grau, mas há uma
exceção.
Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito: cônjuge,
companheiro ou parente até o 3º grau de acusado.
Súmula vinculante nº 5.
2º Horário
II - suspensão;
Processo de revisão
• A qualquer tempo pode entrar com processo de revisão, desde que haja
fatos novos. Não pode alegar a injustiça na aplicação da pena, mas pode
alegar a inadequação da pena.
• Pode ser de ofício.
• O requerimento de abertura deve ser encaminhado ao Ministro ou
equivalente.
• Prazo de conclusão: 60 dias improrrogáveis.
• Julgamento: 20 dias.
• Inverte o ônus da prova.
• Não pode agravar a aplicação da penalidade – não cabe reformatio in
pejus.
Responsabilidade
Art. 37, § 6º - Responsabilidade Civil do Estado.
A origem da responsabilidade civil é um dano, um prejuízo.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
As sanções previstas na Lei 8.429/92 (LIA) não excluem outras sanções de natureza
civil, penal ou administrativa.
Formas de provimento
I - nomeação;
II - promoção;
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
Macete: PANR4
Promoção
Aproveitamento
Nomeação – único provimento originário.
4 R (readaptação, reversão, reintegração e recondução)
• Vertical: promoção.
• Horizontal: readaptação.
Depois da nomeação deve contar 30 dias para posse. 15 dias após a posse deve
entrar em exercício.
Caso o servidor nomeado não tome posse no prazo legal, o ato de provimento será
tornado sem efeito, não há anulação. Se depois da posse o servidor não entrar em
exercício, será exonerado.
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas
no art. 1º desta lei, e notadamente:
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na
lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto,
na regra de competência;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo;