Você está na página 1de 15

Administrativo

Prof. Luís Gustavo


Data: 19/06/10....... 10/07/2010

Assuntos tratados:
1º horário.
 Empregado Público / Agente Público / Servidor Público.
 Regime jurídico único.
 Prazo de validade do concurso.
 Servidor e mandato eletivo.
 Estabilidade: perda da estabilidade.
 Regime disciplinar: Penalidades / Sindicância / processo administrativo.

2º horário.
 Afastamento preventivo e suspensão.
 PAD sumário: casos no PAD sumário.
 Processo de revisão.
 Responsabilidade na Lei 8.112/90.
 Prescrição das penalidades.
 Formas de provimento.
 Lei 8.429/92 (LIA).

1º Horário
Empregado Público
Quem ocupa emprego público não é servidor. É empregado público.

Agente Público
Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa)
Conceito: Art. 2º da LIA.

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Servidor Público
É aquele que ocupa cargo público, conforme art. 2º da Lei 8.112/90.

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


1/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em


cargo público.
Todo servidor público é um agente público, mas nem todo agente público é um
servidor. Ex: mesário é agente público mas não é servidor público.
Hoje o termo funcionário público só é utilizado no Direito Penal.
A improbidade administrativa é um ato de má-fé e desonestidade. O agente público
é o sujeito ativo do ato de improbidade.
Ex: empresário oferece dinheiro para o servidor fraudar o procedimento licitatório. O
empresário também responde conforme a lei de improbidade. Vide art. 3º da LIA.

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade
ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

O particular sozinho não pode praticar ato de improbidade, deve estar sempre em
conluio com um agente público.
O servidor público é regido por um estatuto (para a União, Lei 8.112/90). Não há
contrato de trabalho, o regime é unilateral. Deve fazer concurso. Há estabilidade.
O empregado público é regido pela CLT. Há contrato de trabalho. Regime bilateral.
Deve fazer concurso. Não tem estabilidade.

Regime jurídico único (RJU)


O art. 39 da CRFB, antes da EC/19, estabelecia que os entes da federação (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal) deviam estabelecer plano de carreira para os
seus servidores e um regime jurídico único para quem trabalha na Administração
direta, autárquica e fundacional.
A ideia da Constituição era que todos da Administração direta, autárquica e
fundacional deviam ter o mesmo regime. A União criou a Lei 8.112/90 aplicável aos
seus servidores. Tal lei só é aplicável aos servidores federais. Cada ente da
federação deve fazer seu próprio estatuto.

Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


2/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

Todos que trabalham em empresa pública ou sociedade de economia mista são


regidos pela CLT, logo, a Lei 8.112/90 não é aplicável aos empregados públicos das
empresas públicas e das sociedades de economia mista.
Com a EC 19/98 acabou a RJU, mas hoje vige liminar no STF (ADI 2135),
restabelecendo o RJU. Em prova objetiva colocar que há regime jurídico único.
Assim, com o restabelecimento do RJU, todos os servidores da União no âmbito da
Administração direta, autárquica e fundacional são regidos pela Lei 8.112/90, que é
o regime jurídico único.

o A CRFB/88 criou o RJU.


o EC 19/98 acabou com o RJU.
o 2007 - o STF concedeu liminar restabelecendo o RJU (ADI 2135).

Art. 37, II da CRFB/88


II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
É o princípio da isonomia que fundamenta a exigência de concurso público.
Não precisa fazer concurso para cargo em comissão, pois ele é de livre nomeação e
exoneração.
Assim, a investidura em cargo público nem sempre precisa de concurso, pois a
investidura em cargo em comissão independe de concurso. O servidor que já tem
cargo efetivo pode ocupar também cargo em comissão (ex: secretário do juiz). Mas
pode haver também cargo em comissão ocupado por quem não é concursado.

Prazo de validade do concurso


É de até 2 anos. É o edital que fixa o prazo de validade. O edital também pode ser
denominado norma editalícia.

Art. 37, III da CRFB/88 - o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período;

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


3/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

Pode ter edital com prazo de 90 dias, 1 ano etc. Esse prazo é prorrogável uma única
vez por igual período. Ex: Se de 90 dias, prorrogável por mais 90 dias. A
Administração tem discricionariedade para prorrogar ou não o concurso.

Ato vinculado: a Administração TEM que.


Ato discricionário: a Administração PODE.

Se o edital foi omisso quanto à possibilidade de prorrogação, mesmo assim a


Administração poderá prorrogar a validade do concurso.

Servidor e mandato eletivo

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no


exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:(Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de


seu cargo, emprego ou função;

Esse inciso fala da eleição para Presidente, Governadores, Deputados (federais,


estaduais e distritais). Nesse caso, obrigatoriamente recebe a remuneração do cargo
eletivo.

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

O Prefeito será afastado do cargo público e poderá optar por uma das
remunerações.

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,


perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;

O Vereador pode acumular cargo, mas deve haver compatibilidade de horário. Vai
acumular as remunerações, devendo respeitar o limite do teto remuneratório. Se não
houver compatibilidade, deve seguir a regra do Prefeito (afastado do cargo e poderá
optar por uma das remunerações). O vereador, caso haja compatibilidade de
horário, deve acumular os cargos. Para Maria Silvia Di Pietro é obrigado a acumular
caso haja compatibilidade de horário.

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


4/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,


seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores


serão determinados como se no exercício estivesse.

O único cargo de mandato eletivo acumulável com o serviço público é o de vereador.

Art. 37, § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria


decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego
ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição,
os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.
O servidor aposentado poderá acumular os seus proventos com o subsídio de
qualquer cargo eletivo. Ex: juiz aposentado poderá ser deputado e acumulará os
subsídios.

Estabilidade

Art. 41 da CRFB/88. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Empregado público não tem estabilidade.
A estabilidade não é automática, deve ser aprovada em avaliação especial de
desempenho.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Essa exigência de avaliação especial se fundamenta no princípio da eficiência. A


estabilidade é relativa, pois haverá situações em que o servidor poderá perdê-la.

Perda da estabilidade

Art. 41, § 1º da CRFB/88. O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação


dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998)

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


5/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele


reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Macete: Avaliação periódica é para perda da estabilidade. Avaliação especial é


para adquirir estabilidade.
Há mais um caso de perda do cargo, excesso de gastos. Art. 169, §§ 3º, 4º, 5º, 6º e
7º da CRFB/88.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
complementar.

§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão
e funções de confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional


nº 19, de 1998)

§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes


para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste
artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado
de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade
administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)

§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a


indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado


extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação


do disposto no § 4º

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


6/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

Regime disciplinar – art. 127 da Lei 8.112/90


Penalidades
• Advertência
• Suspensão
• Demissão
• Cassação
• Destituição de cargo em comissão.

Essa é uma lista taxativa, isto é, são as únicas penalidades que podem ser
aplicadas ao servidor.
Para se aplicar qualquer dessas penalidades ao servidor é essencial a abertura
prévia de processo administrativo ou sindicância.
Para exonerar de cargo em comissão não precisa de PAD ou sindicância, mas para
destituir de cargo em comissão é necessário o PAD ou sindicância. Isso porque a
exoneração não é penalidade, mas a destituição sim.
OBS: Mesmo que a autoridade competente presencie a prática da infração, é
essencial a abertura de PAD ou sindicância. Não cabe a punição através da verdade
sabida.

Sindicância
Há comissão de sindicância.
A sindicância é meio sumário de apuração. É procedimento mais célere. A comissão
tem prazo de 30 + 30 para concluir os prazos. Na sindicância só pode aplicar penas
menores: advertência e suspensão até 30 dias.

Processo Administrativo
Há comissão de inquérito.
Prazo de 60 dias + 60 dias.
Penas - aqui se aplica as seguintes penas: suspensão de mais de 30 dias,
demissão, cassação e destituição.
Se estiver em uma sindicância e se verificar que é caso de pena maior, deve o
presidente da comissão de sindicância determinar a abertura de um PAD, mas se

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


7/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

estiver em um PAD e perceber que é caso de pena mais leve, não precisa abrir
sindicância. Quem pode o mais, pode o menos.
A sindicância não é uma fase do PAD, pois não precisa abrir sindicância antes do
PAD.
Em regra, o grau de parentesco na Lei 8.112/90 é o de 2º grau, mas há uma
exceção.
Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito: cônjuge,
companheiro ou parente até o 3º grau de acusado.

OBS: Não é obrigatória a presença de advogado no PAD.

Súmula vinculante nº 5.

A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não


ofende a Constituição.

PAD (60 d + 60 d) se divide em 3 etapas:

1- Instauração (portaria)  comissão de inquérito  3 servidores estáveis.


A portaria é o ato administrativo que abre o PAD. Ela vai designar a comissão de
inquérito.
Efetividade ≠ estabilidade. A efetividade tem a ver com o tipo de cargo público. É
efetivo quem ocupa cargo efetivo. Já a estabilidade está ligada ao tempo de serviço,
não se relaciona com o cargo público. A estabilidade é no serviço e não no cargo. O
servidor público estável que teve seu cargo extinto, fica em disponibilidade até ser
aproveitado em outro cargo.
2- Inquérito administrativo. Divide-se em 3 etapas:
• Instrução (colher provas)
• Defesa: 10 dias para 1 indiciado, 20 dias para 2 ou mais indiciados.
• Relatório: é sempre conclusivo. O presidente da comissão faz o relatório e o
encaminha à autoridade responsável para julgar o servidor.
3- Julgamento

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


8/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

2º Horário

A comissão de sindicância/inquérito não aplica penalidade, apenas sugere a


penalidade a ser aplicada. O relatório não vincula a decisão da autoridade julgadora
que poderá aumentar, reduzir ou nem aplicar a respectiva pena, sempre motivando
sua decisão, conforme o princípio do livre convencimento motivado da autoridade
julgadora.

Afastamento preventivo (suspensão preventiva) ≠ Suspensão (art. 127 da Lei 8.112/90)


Afastamento preventivo
Não é penalidade é medida acautelatória. Há remuneração. Pode ser de 60 dias +
60 dias.
Suspensão
É penalidade. Sem remuneração. Até 90 dias. Art. 127 da Lei 8.112/90.

Art. 127. São penalidades disciplinares:

II - suspensão;

PAD sumário (30 dias + 15 dias) se divide em 3 etapas:


1- Instauração  comissão de inquérito  2 servidores estáveis
2- Instrução sumária – se divide em:
• Indicação
• Defesa – 5 dias
• Relatório
3- Julgamento  autoridade julgadora  5 dias (art. 141 da Lei 8.112/90)

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder


Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando
se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior


àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a
30 (trinta) dias;

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


9/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos


regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30
(trinta) dias;

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de


destituição de cargo em comissão.

Casos no PAD sumário:


• Abandono de cargo – faltar por mais de 30 dias consecutivos.
• Inassiduidade habitual – faltar por 60 dias interpolados no período de 12
meses.
• Acumulação ilícita de cargo.
Nestas 3 hipóteses cabe pena de demissão.

Processo de revisão
• A qualquer tempo pode entrar com processo de revisão, desde que haja
fatos novos. Não pode alegar a injustiça na aplicação da pena, mas pode
alegar a inadequação da pena.
• Pode ser de ofício.
• O requerimento de abertura deve ser encaminhado ao Ministro ou
equivalente.
• Prazo de conclusão: 60 dias improrrogáveis.
• Julgamento: 20 dias.
• Inverte o ônus da prova.
• Não pode agravar a aplicação da penalidade – não cabe reformatio in
pejus.

Responsabilidade
Art. 37, § 6º - Responsabilidade Civil do Estado.
A origem da responsabilidade civil é um dano, um prejuízo.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


10/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

A responsabilidade do Estado é objetiva, independe da comprovação de dolo ou


culpa. A responsabilidade do servidor é subjetiva, deve provar dolo ou culpa. A
Administração tem o direito de regresso contra o servidor (ação de regresso).
A teria do risco administrativo é adotada pela nossa Constituição.

Responsabilidade na Lei 8.112/90


• Civil  dano/prejuízo.
• Penal  crime/contravenção.
• Administrativa  deveres/proibições.
Essas 3 áreas são independentes e cumulativas.
Se for condenado na esfera penal, será automaticamente condenado na outras
esferas.
Se for absolvido na esfera penal:
a) Se for caso de negativa de autoria ou inexistência do fato, será absolvido nas
outras esferas.
b) Se for absolvido por outro motivo não interfere nas outras esferas. Assim,
pode ser condenado em outras esferas mesmo sendo absolvido na esfera
penal. Deve ser apurada a falta residual. Ex: cometeu infração administrativa.
Não há crime, mas poderá sofrer punição administrativa.
Súmula nº 18 do STF
Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é
admissível a punição administrativa do servidor público.

As sanções previstas na Lei 8.429/92 (LIA) não excluem outras sanções de natureza
civil, penal ou administrativa.

Prescrição das penalidades


É o prazo que a Administração possui para punir o servidor.
Começa a contar da ciência da Administração.
Penas Prescrição Cancelamento de registro
Advertência 180 dias 3 anos
Suspensão 2 anos 5 anos
Demissão, cassação e
destituição 5 anos X

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


11/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

Se a infração for tipificada no CP como crime, aplica-se o CP quanto ao prazo


prescricional (art. 142, § 2º).
A Lei 8.112/90 estabelece, nos §§ 3º e 4º do art. 142, que a abertura de PAD ou de
sindicância interrompe a prescrição e esse prazo volta a ser contado do início a
partir do julgamento. Mas hoje o STF entende que o prazo de prescrição volta a ser
contado por inteiro após 140 dias da abertura do processo, havendo ou não
julgamento.

Formas de provimento

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;
II - promoção;
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.

Macete: PANR4
Promoção
Aproveitamento
Nomeação – único provimento originário.
4 R (readaptação, reversão, reintegração e recondução)

Celso Antonio Bandeira de Mello classifica em:

Provimento originário: nomeação.


Provimento derivado: demais casos.

• Vertical: promoção.

• Horizontal: readaptação.

• Por reingresso: outras.

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


12/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010

Depois da nomeação deve contar 30 dias para posse. 15 dias após a posse deve
entrar em exercício.
Caso o servidor nomeado não tome posse no prazo legal, o ato de provimento será
tornado sem efeito, não há anulação. Se depois da posse o servidor não entrar em
exercício, será exonerado.

Lei 8.429/92 (LIA)


Ato de improbidade é:
• O que importa em enriquecimento ilícito. Art. 9 da LIA - lista exemplificativa.
• Causa lesão ao erário. Art. 10 da LIA – lista exemplificativa.
• Atenta contra os princípios da Administração Pública. Art. 11 da LIA.

Macete: é enriquecimento ilícito quando o beneficiário é autor do ato. Na lesão ao


erário o beneficiário é um terceiro.

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito


auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e
notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta


ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas
no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,


permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço
inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou


material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados
ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar


a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando,
de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer


declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço,
ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens
fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


13/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do
patrimônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou


assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público,
durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba


pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para


omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas
no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio


particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do


patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de
serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço


superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares


ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades


legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou


regulamento;

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


14/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br
Administrativo
Prof. Luís Gustavo
Data: 19/06/10....... 10/07/2010
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz
respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de
qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor
público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na
lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação


orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº
11.107, de 2005)

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto,
na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva


divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
mercadoria, bem ou serviço.

Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: 2223-1327


15/15
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: 2494-1888
www.enfasepraetorium.com.br

Você também pode gostar