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7734-(2) DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-B N.® 284 — 11-12-1995 MINISTERIO DO EMPREGO E DA SEGURANGA SOCIAL Portaria n.° 1456-A/95, do 11 de Dezembro © Decreto-Lei n.* 141/95, de 14 de Junko, relativo fs prescrigdes minimas para a sinalizagdo de seguranca ¢ de saide no trabalho, prevé que as normas técnicas de execugio desse diploma serdo estabelecidas em por- taria do Ministro do Emprego ¢ da Seguranca Social Cumpre, pois, dar execugdo aquele preceito legal. Assim: Ao abrigo do disposto no artigo 3.° do Decreto-Lei no 141/95, de 14 de Junho: Manda 0 Governo, pelo Mii Seguranga Social, o seguinte: istro do Emprego ¢ da ti Orjecto A presente portaria regulamenta as prescrig&es mi- nimas de colocacdo € utilizagdo da sinalizagao de se- guranca e de satide no trabalho. ao Intermutabilidade © complementaridade da sinalizacio 1 — Na sinalizagdo de seguranga e de saiide no tra- balho, desde que seja garantido 0 mesmo grau de efi- ciéncia, pode-se optar entre: a) Sinais luminosos, aciisticos e comunicagéo verbal; b) Sinais gestuais e comunicagao verbal; ©) Cor de seguranga e placa, quando se trate de assinalar riscos de tropegamento ou quedas de altura. 2—Sendo necessdrio, podem ser utilizidos simul- taneamente: a) Sinais luminosos € aciisticos; b) Sinais luminosos e comunicacao verbal; ¢) Sinais gestuais e comunicacao verbal. 38 Significado aplicaglo das cores de seguranga significado ¢ a aplicagdo das cores de seguranca constam do quadro 1 do anexo. Ag Meios © dispositivos de sinalizagio 1 — Os meios ¢ os dispositivos de sinalizagao devem ser regularmente limpos, conservados, verificados e, se necessario, reparados ou substituidos. 2 — O bom funcionamento ¢ a eficiéncia dos sinais, luminosos e aciisticos devem ser verificados antes da sua entrada em servigo e, posteriormente, de forma re- petida. —O niimero ¢ a localizacao dos meios ou dispo- sitivos de sinalizagao dependem da importancia dos ris- cos, dos perigos e da extenséo da zona a cobrir. 4 — No caso de dispositivos de sinalizacdo que fun- cionem mediante uma fonte de energia deve ser asse- gurada uma alimentagdo alternativa de emergéncia, ex- cepto se 0 risco sinalizado desaparecer com 0 corte daquela energia 5 —O sinal luminoso ou aciistico, que indique o ini- cio de uma determinada accao, deve prolongar-se du- ante 0 tempo que a situacdo o exigir. 6 —O sinal luminoso ou acistico deve ser rearmado imediatamente apés cada utilizacao. 7 — As zonas, as salas ou os recintos utilizados para armazenagem de substincias perigosas em grandes ‘quantidades devem ser assinalados com um dos sinais de aviso indicados no quadro 11 do anexo, ou marca dos de acordo com 0 ponto 7 do n.° 7.°, excepto nos casos em que a rotulagem das embalagens ou dos rec pientes for suficiente para o efeito 5.0 Carscteristicas du sinalizasio 1 — Os sinais de proibigao, aviso, obrigagio, salva- mento ou de socorro, bem como 0s relativos a0 mate- rial de combate a incéndios, devem obedecer as cara teristicas de forma e aos pictogramas indicados no quadro it do anexo. 2 — Os pictogramas utilizados na sinalizagao podem variar ligeiramente em relacdo as figuras previstas no quadro 11 do anexo, desde que 0 seu significado seja equivalente ¢ nenhuma diferenga ou adaptagao 05 torne incompreensiveis. 3 — As placas de sinalizagdo devem ser de materiais que oferecam a maior resisténcia possivel a choques, intempéries e agressdes do meio ambiente 4 — As dimensées e as caracteristicas colorimétricas ¢ fotométricas da sinalizacéo devem garantir boa vi bilidade ¢ a compreensio do seu significado. 5 — Os sinais de proibigdo devem ter forma circular, um pictograma negro sobre fundo branco, uma mar- gem ¢ uma faixa em diagonal vermelhas, devendo a cor vermelha ocupar, pelo menos, 35% da superficie do sinal ¢ a faixa em diagonal estar inclinada a 45° no sentido descendente, da esquerda para a dircita, 6 — Os sinais de aviso devem ter forma triangular, ‘um pictograma negro sobre fundo amarelo, que deve cobrir, pelo menos, $0% da superficie do sinal, ¢ uma margem negra. 7 — Os sinais de obrigacdo devem ter forma circular ¢ um pictograma branco sobre fundo azul, que deve cobrir, pelo menos, 50% da superficie do sinal. 8 — Os sinais de salvamento ou de socorro devem ter forma rectangular ou quadrada ¢ um pictograma branco sobre fundo verde, que deve cobrir, pelo me- nos, 50% da superficie do sinal. 9 — Os sinais que dao indicacdes sobre o material de combate a incéndios devem ter forma rectangular ou quadrada e um pictograma branco sobre fundo ver- metho, que deve cobrir, pelo menos, 50% da superfi- cie do sinal. N.° 284 — 11-12-1995 os sinais 1 — Os sinais devem ser instalados em local bem ilu- minado, a altura e em posi¢ao apropriadas, tendo em conta os impedimentos a sua visibilidade desde a dis- tancia julgada conveniente. 2 — Sem prejuizo do disposto né n.° 8.° da Porta- ria n.* 987/93, de 6 de Outubro, em caso de ilumina- cao deficiente devem usar-se cores fosforescentes, ma- teriais reflectores ou iluminagao artificial na sinalizag: de seguranga. 3 = Os sinais devem ser retirados sempre que a si- tuagao que os justificava deixar de se verificar. Sin lizagio de reciplentes ¢ (wbagens 1 — Os recipientes que contenham substancias ou preparados perigosos, tal como definidos na Portaria n.° 1164/92, de 18 de Dezembro, os recipientes utili- zados para armazenagem dessas substancias ou prepa- rados perigosos, bem como as tubagens aparentes que as contenham ou transportem, devem exibir a rotula- gem, sob a forma de pictograma sobre fundo colorido, prevista no referido diploma, 2 —O disposto no ponto 1 nao se aplica aos reci- pientes utilizados durante um periodo maximo de dois dias, nem aqueles cujo conteiido varie com frequéncia, desde que sejam tomadas medidas alternativas, nomea™ damente de formagio ou informagao dos trabalhado- Fes, que garantam’o mesmo nivel de proteccao. 3— A rotulagem referida no ponto 1 pode ser: @) Substituida por placas com um sinal de aviso adequado; 5) Completada com informagées adicionais, no: meadamente 0 nome ¢ a férmula da substan- cia ou do preparado perigoso, e pormenores so- bre os riscos; ©) Tratando-se de transporte de recipientes no o- cal de trabalho, completada ou substituida por placas aprovadas para este tipo de transporte 4 — A sinalizagao em recipientes e tubagens pode ser rigida, autocolante ou pintada e deve ser aplicada em sitios Visiveis. 5—Se for caso disso, a rotulagem referida no Ponto I deve obedecer as caracteristicas aplicaveis, pre- vistas no ponto 2 do n.° 5.°, € as condigdes de utili edo previstas no n.° 6.° 6 — Sem prejuizo do disposto neste numero, a ro: tulagem aposta em tubagens deve incidir sobre os pon: tos de maior perigo, tais como valvulas e pontos de unio, ¢ ser repetida as vezes que for necessario. 7 — As zonas, salas ou recintos utilizados para ar- mazenagem de substancias ou preparados perigosos de- vem ser assinalados por uma placa com um sinal de aviso apropriado, ou marcados de acordo com o Ponto 1, excepto se a rotulagem das embalagens ou dos recipientes tiver as dimensOes ¢ as caracteristicas exigi das no ponto 4 do n.° 5.° 8 — Quando 0 risco de um local de armazenagem de substancias ou preparados perigosos nao puder ser DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B 7734-3) identificado por nenhum dos sinais de aviso especifi cos indicados no quadro 1! do anexo, deve o mesmo ser assinalado por meio de uma placa de aviso de «pe- rigos varios», 9 — Nos locais de armazenagem de substancias ou preparados perigosos, as placas devem ser colocadas junto da porta de acesso ou, se for caso disso, no in- terior do local, junto dos produtos que se pretende si nalizar Equipamento de combate a incéndios 1 — Os extintores de combate a incéndios devem ser de cor vermelha, devendo 0 restante equipamento ser identificado pela cor vermelha dos locais onde se en- contra ou dos acessos a estes mesmos locais. 2— A superficie vermelha associada 20 equipamento de combate a incéndios deve ter uma area suficiente para permitir a sua facil identificagao. 1 — A sinalizagao dos riscos de choque contra obs, taculos, bem como de queda de objectos ou de pes soas no interior das zonas da empresa ou do estabele- cimento a que 0 trabalhador tenhia acesso no Ambito do seu trabalho, é feita com as cores amarela e negra alternadas, ou com as cores vermelha € branca alter: nadas. 2— A sinalizagao teferida no ponto 1 deve ter em conta as dimensdes do obstaculo ou do local perigoso a assinalar e ser constituida por bandas de duas cores alternadas com superficies sensivelmente iguais, sob a forma de faixas com uma inclinagao de cerca de 45°, tal como indicado no quadro It do anexo. 10° Marcagio dus vias de circulagto 1 — Quando a protecydo dos trabalhadores 0 exija, as vias de circulacdo de veiculos devem ser identifica: das com faixas continuas, indissociaveis do pavimento, as quais, para assegurar 0 contraste bem visivel com a cor do pavimento, podem ser brancas ou amarelas 2—A localizagao das faixas referidas no ponto 1 deve ter em conta as distancias de seguranga necessi- Tias, quer entre veiculos e trabalhadores, quet entre am- bos e 0s objectos ou instalaydes que possam encontrar- se na sua vizinhanga 3 — Havendo necessidade de fazer marcagio de vias exteriores, as faixas referidas no ponto 1 podem ser substituidas por barreiras ou por um pavimento ade quado. 1 — A luz emitida por um sinal luminoso de segu- ranga deve garantir um contraste no excessive nem in- suficiente, tendo em vista as suas condigdes de utili- zacao, 7734-(4)__ DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B N° 284 — 11-12-1995 2— A superficie luminosa de um sinal de seguranga pode ser de uma cor uniforme que respeite os signiti- cados das cores previstas no quadro 1 do anexo ou in: cluir um pictograma que respeite as caracteristicas apli- caveis definidas no n.° 5.° 3 — Deve utilizar-se um sinal luminoso intermitente, em vez de um sinal luminoso continuo, para indicar um mais clevado grau de perigo ou de urgén 4 — A duragdo e a frequéncia das emisses de luz em sinais luminosos de seguranca intermitentes devem ser estabelecidas de forma a garantir uma boa percep- cao da mensagem e que o sinal nao possa ser confun- dido com outros, intermitentes ou continuos: 5 — Um sinal luminoso pode substituir ou comple- mentar um sinal actistico de seguranca, desde que uti- lize 0 mesmo cédigo de sinal. 6 — Os dispositivos de emisséo de sinais luminosos de seguranca, cuja utilizagao corresponde a situacdes de grande perigo, devem ser objecto de manutencdo cuidada e estar munidos de uma lampada alternativa, que possa arrancar em caso de falha do sistema de ali mentacao principal. Ie Sinais acisticos 1 — Os sinais actisticos de seguranga devem ter um nivel sonoro nitidamente superior a0 do ruido am- biente, sem ser excessivo ou doloroso. 2 — Os sinais actisticos de seguranca devem ser fa- cilmente reconheciveis, nomeadamente através da du- ragéo, da separagdo de impulsos ¢ grupos de impul- 805, € diferenciaveis de outros sinais acusticos ¢ ruidos ambientais. 3 — Um sinal acistico com frequéncia variavel deve indicar um perigo mais elevado ou uma maior urgén- cia, em relagao a um sinal emitido com frequéncia es- tavel. 4— O som de um sinal de evacuagao deve ser sem- pre continuo ¢ estavel em frequéncias. 13° ‘Comunicagdo verbal 1 —A comunicagdo verbal ¢ feita por um locutor ou por um equipamento emissor que transmite textos curtos, grupos de palavras ou palavras isoladas, even- tualmente codificadas, a um ou mais auditores: 2.— A comunicagao verbal pressupée aptidao verbal, no caso de ser feita por um locutor, ¢ suficiente capa- cidade auditiva dos auditores, que devem estar em con- digdes de compreender e interpretar correctamente a mensagem transmitida e fazer corresponder-Ihe um ‘comportamento adequado no dominio da seguranca ¢ da saiide. 3 — A comunicacdo verbal que substituir ou com- plementar sinais gestuais, desde que no recorra a c6- digos, deve empregar palavras como: a) «lniciar» ou «comegarm, para indicar que 0 ¢o- mando foi assumido; b) «Stop», para interromper ou terminar um mo- vimento; ©) «Fim», para terminar as operacées @) «Subir», para fazer subir uma carga; e) «Descer», para fazer descer uma carga; f) «Avangar», «recuary, «a direitan ¢ «i es- querdan, coordenando estas indicagdes com c6- digos gestuais correspondentes, se for caso disso; 8) «Perigo», para exigir um sfop ou uma paragem de emergéncia; hy «Depressa», para acelerar um movimento por razOes de seguranga. 14s Sinals gestuais 1 ~ Os sinais gestuais devem ser precisos, simples, largos, faccis de executar € de compreender ¢ com di ferencas significativas que os diferenciem facilmente uns dos outros. 2.— Os sinais gestuais, feitos simultaneamente com 05 dois bracos, devem ser executados mantendo os mes- mos em_posigdo simétrica. (s sinais gestuais devem obedecer aos cédigos indicados no quadro 11 do anexo, podendo ter varia- ces ligeiras que garantam uma idéntica compreensao do seu significado. 4 — O responsavel pela emissio dos sinais gestuais, chamado sinaleiro, deve estar situado de forma a po- der seguir visualmente as manobras, sem ser por elas ameagado e zelar simultaneamente pela seguranca dos trabalhadores que se encontram nas imediacées. 5 —O responsavel pela emissio de sinais gestuais no pode ser encarregado, simultaneamente, de quais- quer outras fungdes e deve ser coadjuvado por outros sinaleiros suplementares quando no puder zelar sozi- rho pela seguranca dos trabalhadores. 6 —O receptor de sinais gestuais, chamado opera: dor, deve suspender a manobra em curso ¢ pedir no- vas instrugdes quando nao puder executé-la com a ne- cessdria seguranga. 7 —O receptor dos sinais gestuais deve poder reco- nhecer facilmente o responsavel pela emissio desses si- nais através do casaco, do boné, de mangas, bragadei- ras ou bandeirolas de cores vivas e de preferéncia exclusivas da sua fungao. 8 — Os cédigos gestuais indicados no quadro 111 do anexo ndo impedem a utilizago de outros, aplicaveis as mesmas manobras. 15.2 Disposigdes finals 1 — A presente portaria entra em vigor 90 dias apos a publicagao do presente diploma. 2—E revogada a Portaria n.° 434/83, de 15 de Abril, Ministério do Emprego ¢ da Seguranga Social. Assinada em 9 de Outubro de 1995. © Ministro do Emprego e da Seguranga Social, José Bernardo Veloso Falcio e Cunha.

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