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Carlos Vamberto de Araújo Martins 1

FORMULÁRIO PARA CÁLCULO DE TUBULÕES CURTOS

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Engenheiro da Companhia Docas da Paraíba 1
Carlos Vamberto de Araújo Martins 1

O presente trabalho tem a finalidade precípua de apresentar


aos engenheiros, um elenco de fórmulas que conduzam à
determinação dos Deslocamentos ( Vertical, Horizontal e
Angular ) e Esforços ( Momentos Fletores, Esforços
Cortantes e Tensões ), de tubulões curtos sujeitos a
esforços externos Horizontal, Normal e Momento, atuando
no topo do segmento enterrado.

Não é nossa intenção apresentar a dedução das referidas


fórmulas, e sim, a de prover o profissional, de ferramentas
conclusivas que conduzam a valores finais e de análise.

As fórmulas são compatíveis para qualquer Sistema de


Unidades , desde que seja coerente, contudo, optamos pelo
outrora consagrado Sistema Técnico ( MKfS ), em
detrimento do SI ( atualmente difundido ) com o intuito,
apenas, de preservar a integridade das tabelas de
parâmetros físicos, reproduzidas do Artigo Cálculo de
Tubulões Curtos de Júlio Timerman, publicado na
Revista Estrutura, n.º 90, de Março de 1980.

Acreditamos que este formulário é um excelente onde :


instrumento de contribuição, para elaboração de programas
pessoais, notadamente, para aqueles profissionais que
utilizam ambientes de programação de linguagem L – comprimento enterrado do tubulão;
estruturada, tais como, Basic, Pascal, C, etc.
E – módulo da elasticidade do material do tubulão;

I – momento da inércia segundo um eixo diametral da seção


do fuste;

1 – VERIFICAÇÃO DA RIGIDEZ DO TUBULÃO  h - coeficiente característico do solo ( tabelado ).

Se Z  4 , o tubulão é curto e a teoria se aplica.


Sejam :

L E .I  .D f 4 2 – DESLOCAMENTOS EXPERIMENTADOS PELO


Z  , T 5 e I TUBULÃO
T h 64

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3 – FORMULÁRIO 2 2. H
x   .L 
3 K h .L.D f
a ) Deslocamento Angular (  )
c ) Deslocamento Vertical (  y )
3 M  2 HL
 4( N  Wv  W s )
3 4 1 y  , onde :
. K n . Db  . K h . D f . L3
64 12  .K n . Db2

b ) Deslocamento Horizontal (  x ) Wv – Peso próprio do tubulão ;

Ws – Peso próprio Solo sobre base do tubulão.

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 .Pv  2 s 2 2 s 
Wv   Db ( d  )  D f ( L  d  . s )  D b . D f 
4  2 3 3 

  2  2 s 2 2 s    Pn . y s  Ps ( L  y s )
Ws   Db . L   D b ( d  )  D f ( L  d  . s )  Db . D f  .
4   2 3 3  L
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2 . y 
d )Tensões nos Extremos da Base do Tubulão K h .D f 3
V ( y)  H   3 x . y 2
6L
4( N  Wv  W s ) K n . Db .
 a ,b  
 . Db2 2 h ) Pressão Resistente do Solo

e ) Tensão na Superfície Lateral do Tubulão


I ) Equação da Pressão Resistente :
I ) Equação :
P( y)   (K p  K a ).y , sendo:
Kh  - peso específico do terreno ( Pn ou Ps )
 h ( y)  ( . y 2   x . y ) Kp – coeficiente de empuxo passivo;
L Ka – coeficiente de empuxo ativo.
II ) Tensão Máxima na Superfície Lateral do Tubulão :
II ) Esforço Resistente Total :
2
y máx 
x
2
  hmáx  
K h . x
4. . L Pres 
K p  Ka
2
y s
2
( Pn  Ps )  0,75. y 02 . Ps 
III ) Pontos de Tensão Nula na Superfície Lateral do i ) Esforço Atuante
Tubulão :
Kh   .y0  x 
 Pat  y 02 .   
y0  0 e y0  x L  3 2 

j ) Coeficiente de Segurança (Indicador da Estabilidade)
f ) Equação do Momento Fletor no Fuste do Tubulão
Pres
K h .D f   4  CS =  1 . Observe , também, se a  1,3 adm, sendo
M ( y)  M  H . y   .y  x .y 3  Pat
6L  2 
adm a tensão admissível do solo no nível da base do
tubulão.
g ) Equação do Esforço Cortante no Fuste do Tubulão

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k ) Valores Típicos

Tabela I – Valores Típicos de h ( tf/m3 )


- Arenoso 0,29
- Argiloso 0,40
TIPO DE SOLO SECO SUBMERSO

Tabela IV – Solos ( Peso Específico – tf/m3 e ângulo de


AREIA ( Sob carga repetida ) atrito interno )
-Fofa 260 147
-Média 770 525
SOLOS NÃO Úmido Saturado Ângulo de atrito
-Compacta 2080 1245
COESIVOS
-Muito Fofa ----- 41
Areia fofa 1,7 1,9 30º
SILTE ( orgânico ) Areia compacta 1,8 2,0 32,5º
-Muito Mole ----- 10 Areia muito
compacta 1,9 2,1 35º
Pedregulho
ARGILA limpo 1,7 2,0 35º
-Muito Mole Pedregulho e
Carga estática ----- 55 areia não
Carga repetida ----- 28 uniforme 1,9 2,1 35º
-Mole 100 ----- Pedra sem areia 1,7 ----- 35º
-Média 250 ----- SOLOS Acima do Submerso Ângulo de atrito
COESIVOS lençol
Argila dura 2,1 1,1 15º
Argila rija 2,0 1,1 15º
Tabela II – Valores Típicos de Kn ( tf / m3 ) Argila mole 1,8 0,8 15º
Argila arenosa
rija ou dura 2,2 1,2 22,5º
Argila arenosa
NATUREZA 3
Kn (tf / m )  n( tf / m )
3
Ângulo de
DO SOLO atrito mole 2,0 1,1 22,5º
Silte rijo ou
duro 2,0 1,0 22,5º
Silte mole 1,9 0,9 22,5º
AREIA Argila e Silte
Areia de orgânico 1,7 0,7 10º
granulação fina Solo turfoso 1,1 0,1 15º
úmida. 1.000 a 2.000 1,7 30º
Areia de
granulação fina TabelaV–Coeficientes de Empuxo Ativo e Passivo do Solo
seca. 6.000 a 9.000 1,7 30º
Areia com 
cascalho grosso 11.000 a 13.000 1,7 35º  10 15 20 25 30 35 40 45
Solo arenoso 0 0,704 0,589 0,490 0,406 0,333 0,271 0,217 0,172
bastante 5 0,659 0,554 0,463 0,388 0,318 0,259 0,209 0,165
compacto 10 0,625 0,525 0,440 0,367 0,304 0,249 0,201 0,161
0,500 0,419 0,351 0,291 0,240 0,194 0,155
grosso. 13.000 a 16.000 1,7 37º 15 0,401 0,335 0,279 0,230 0,187 0,150
20 0,322 0,268 0,221 0,180 0,145
25 0,257 0,213 0,174 0,140
ARGILA
30 0,205 0,168 0,135
Argila mole 2.000 a 4.000 1,7 22º 35 0,161 0,130
Argila média 5.000 a 8000 1,7 25º 40 0,125
Argila rija 10.000 1,7 25º 45
Aterro fofo de
terra 1.000 a 2.000 1,7 15º 0 1,420 1,698 2,040 2,464 3,000 3,690 4,599 5,831
Turfa, pântano 500 a 1.000 0,7 ----- -5 1,549 1,885 2,309 2,850 3,553 4,488 5,765 7,574
-10 1,626 2,056 2,555 3,212 4,096 5,309 7,030 9,573
2,129 2,782 3,570 4,632 6,143 8,365 11,792
-15 2,852 3,862 5,176 7,004 9,770 14,210
Tabela III–Valores Médios do Coeficiente de Poisson (Kh=.Kn ) -20 3,932 5,569 7,866 11,262 16,848
-25 5,632 8,470 12,748 19,720
-30 8,484 13,853 22,617
-35 13,673 25,014
NATUREZA DO SOLO COEFICIENTE DE POISSON -40 24,200
-45

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l ) Exemplo Numérico ( Extraído da Revista Estrutura n.º


90 – Março / 1980, do artigo Cálculo de Tubulões Curtos
de Julio Timerman )

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4 – PROGRAMAS COMPUTACIONAIS

As figuras anteriores, exibem as telas do programa TubCurto, de nossa autoria, executando o exemplo numérico proposto.

João Pessoa, Dezembro de 1997

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