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CATOLICISMO ROMANO
Para se ter uma noção do catolicismo é preciso analisar toda a sua trajetória
através dos anos.
O Catolicismo Romano é uma das três maiores religiões do mundo, juntamente
com os Protestantes e Ortodoxos. Mas a nossa análise é Bíblica, e não politico-social.
Em nome da tradição, a Igreja Católica sacrificou o autêntico Cristianismo ao longo dos
séculos. Vamos neste estudo, analisar os dogmas católicos à luz da Bíblia.
HISTÓRICO
A oração pelos mortos começou a ser aceita por volta de 300 d.C.
O começo da exaltação a Maria onde o termo “mãe de Deus” surgiu pela
primeira vez em 431 d.C.
A doutrina do purgatório em 593 d.C. A adoração da cruz, imagens e relíquias
em 786 d.C.
A canonização dos santos mortos em 995 d.C. O celibato do sacerdócio em 1079
d.C. E assim em diante...
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INSTITUIÇÃO DO PAPA
Pedro, o papa?
TÍTULOS
A palavra “papa” vem do latim papa que significa “pai”.
O papa também é chamado de “doutor supremo de todos os fiéis”, “vigário de
Cristo”, “sumo-pontífice” e “santo padre”.
A palavra “vigário” quer dizer “substituto”. O papa é chamado de “vigário de Cristo”,
ou seja, “substituto de Cristo”. Cristo afirmou claramente que o seu substituto na terra
seria a pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16-18, Jo 15.26 e Jo 16.7 e 13). O título
“pontífice”, que quer dizer literalmente “construtor de pontes”, não veio da Bíblia, mas
do romanismo, onde o imperador declarava-se o elo de ligação a Deus. O papa é
chamado de sumo-pontífice, ou seja, o máximo elo de ligação a Deus. É uma blasfêmia
e arrogância um homem se colocar nesta posição. Só Cristo é a ponte para Deus (Jo 14.6
e I Tm 2.5). O título “santo padre” quer dizer “santo pai”, ou obviamente “pai santo”.
Sem dúvida alguma este título só deve ser dado a Deus (Ap 15.4). Pois Deus não divide
a Sua glória com ninguém (Is 42.8).
No apogeu do papado, foi “consagrado” ao papado o monge Hildebrando que
exerceu o papado no período de 1073 a 1075 como título de Gregório VII. Assim que
assumiu, Gregório VII publicou as suas máximas que ficaram sendo conhecidas como
“máximas de Hildebrando”. Segundo o autor Abraão de Almeida (in: Lições da
História) essas máximas são consideradas a essência do papado. Este mesmo autor cita
as máximas das quais transcrevi algumas: (1) Nenhuma pessoa pode viver debaixo do
mesmo teto com outra excomungada pelo papa. (2) É o papa a única pessoa cujo os pés
devem ser beijados por príncipes e soberanos. (3) A sua decisão não pode ser
contestada por ninguém e que somente ele pode revisar. (4) A Igreja Romana nunca
errou nem jamais errará, como as Escrituras testifica (Leia Obadias nos versículos 3 e
4).
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Mas depois do século XIII o papado começou a declinar tanto que nos fins do
século XVIII só lhes restava o Vaticano.
O papado em queda:
Vimos os títulos equivocados e arrogantes que o papa carrega sobre si. Agora veremos
que a própria existência do papado é uma deturpação das Escrituras. É impossível
abordar este assunto sem falar a respeito do trecho bíblico em que os católicos se
baseiam para firmar a doutrina do papado: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei
a minha igreja” (Mt. 16.13-20). Os católicos pegam esta afirmação de Cristo para
afirmar que Pedro é a pedra ou rocha em que Cristo fundamentou a sua igreja, sendo
assim o primeiro papa da igreja.
Quando Cristo falou “...esta pedra...” não estava se referindo a Pedro, mas sim à anterior
declaração de Pedro a respeito de Jesus – “Tu és o Cristo, O Filho do Deus vivo”.
Cristo é a pedra fundamental da igreja. Paulo afirmou: “Porque ninguém pode pôr
outro fundamento, além do que já esta posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3.11). No
grego, a palavra Pedro é petros, do gênero masculino, enquanto pedra ou rocha é petra,
do gênero feminino. O que Cristo disse: “Tu és Petros (masculino), e sobre esta petra
(feminino) eu edificarei a minha igreja.”
Mostra-se assim que Cristo não estava falando de Pedro como a pedra ou rocha, mas
sim a respeito da declaração de Pedro – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Se
Pedro fosse a rocha, Cristo teria dito: “sobre ti edificarei a minha igreja”, mas não
disse. É interessante observar que na narrativa de Marcos a frase de Cristo:
“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, é omitida (Mc 8.27-30).
Marcos por muito tempo foi companheiro de Pedro e no seu evangelho há uma
profunda influência do mesmo. Pedro chamava Marcos de filho (I Pe 5.13). Pedro em
nenhum momento disse de si mesmo como a rocha ou pedra da igreja. Pelo contrário,
sempre mostrou a Cristo como a pedra: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os
edificadores, a qual foi posto como cabeça de esquina” (At 4.11). Veja também I Pe
2.4-8.
Há também a afirmação católica que Pedro teria recebido as chaves do céu. É outra
deturpação das Escrituras, baseada em Mateus 16.19: “Eu te darei as chaves do reino
dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na
terra será desligado nos céus.” Não podemos entender a declaração de Cristo como se
esta fosse somente dirigida a Pedro, mas esta é dirigida a toda igreja. Veja Mateus
18.15 a 18. Fica então patente aos nossos olhos que o ligar e desligar não refere-se
apenas a um homem, mas à toda igreja, que têm a Cristo como cabeça , “...o que tem
a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7). O
que seria abrir e fechar ou ligar e desligar que Cristo fala que a igreja realizaria com
respeito as pessoas? O que se segue: quando a igreja prega o evangelho, abre o reino;
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quando deixa de pregar, o fecha. Isto fica bem claro quando observamos o “ai” de Cristo
a respeito dos fariseus. “Mais ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Pois que
fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que
estão entrando.” (Mt 23.13). Porque os fariseus fechavam o reino? Por não
divulgarem corretamente as Escrituras, o Antigo Testamento, naquela época. Veja: “ai
de vós, doutores da lei, que tiraste a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e
impedistes os que entravam.” (Lc 11.52).
Assim observamos que quando a igreja prega o evangelho genuíno esta abre o reino dos
céus, quando não, fecha o reino.
Jorge Buarque Lyra (in: Catolicismo Romano) argumentou muito bem: “Poderia, acaso,
de alguma forma, um homem ser fundamento de uma obra divina? Se pudesse
(admitindo-se o absurdo), tal obra deixaria de ser divina.”
1. Pedro não era celibatário. Tanto que teve sogra curada por Cristo (Mc 1.29-31). O
papa é celibatário, sendo celibato uma imposição a todo o clero. Em I Timóteo está
escrito: “Mas o Espírito expressamente diz que nosúltimos tempos apostatarão
alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios;
...proibindo o casamento.”
2. Pedro era pobre. “E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro...” (At 3.6). O papa está
cercado de riquezas.
3. Pedro nunca esteve em Roma. Não é interessante observar que o chefe da igreja de
Roma nunca esteveem Roma? Os católicos lançam mão de fontes extra-bíblicas para
afirmar que Pedro esteve em Roma.
4. Pedro nunca consentiu que ninguém se ajoelhasse a seus pés. “E aconteceu que,
entrando Pedro, saiuCornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas
Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eutambém sou homem.” (At 10.25 e 26).
O papa constantemente recebe este tipo de reverência e adoração.
5. Pedro não era infalível. “E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti na cara, porque
era repreensível. Porqueantes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia
com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartando deles,
temendo os que eram da circuncisão.” (Gl 2.11 e 12). O papa é considerado
infalível. A infalibilidade papal foi definida e aceita oficialmente em 1870 no
Concílio do Vaticano I. A Igreja Católica demorou 1870 anos para considerar o papa
infalível. É importante observar que não foi Deus que decidiu mas foram homens
pecadores reunidos que chegaram a conclusão que o papa era infalível. Na Bíblia
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está escrito: “porque todos pecaram e destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23) e
ainda está escrito que quando dizemos que não temos pecado fazemos a Deus
mentiroso. Veja: “Se dissermos que não pecamos fazemo-lo mentiroso, e a Sua
palavra não está em nós.” (I Jo 1.10).
6. Pedro não tinha a primazia na igreja. Observe o que Pedro escreveu: “Aos
presbíteros, que estão entre vós, que sou também presbítero como eles e testemunha
das aflições de Cristo...” (I Pe 5.1). Em At 8.14 está escrito: “Os apóstolos, pois, que
estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram
para lá Pedro e João.” Note bem: não foi Pedro que enviou alguns dos apóstolos,
mas foram os apóstolos que lhe enviaram. Onde está a primazia de Pedro? Em At
11.1-18 vemos Pedro justificando-se perante a igreja. Quero destacar principalmente
o versículo 2: “E subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da
circuncisão.” Enquanto que a igreja Católica afirma que as decisões do papa não
podem ser questionadas.
Nos primeiros séculos houve uma única comunidade Cristã, Jesus havia dito:
" Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome ... Eis que estarei convosco até a
consumação dos séculos." (Mat. 18:20 e 28:20).
Entre eles não havia maiores, embora o bispo Calixto tenha sido acusado por Tertuliano,
advogado cristão, de querer ser o "O bispo dos bispos" (ano 208).
Ainda não havia "Papa", mas, nos fins do século IV as igrejas viram-se dominadas por
cinco "patriarcas", que foram os bispos de Antioquia, Jerusalém, Constantinopla,
Alexandria, e Roma sobre a liderança do Cristianismo, mas o concilio de Calcedônia, no
ano de 451, interveio concedendo igualdade do bispo de Constantinopla com o de
Roma.
As igrejas que eram livres começaram a perder autonomia com o Papa Inocêncio I, ano
401 que dizendo-se "Governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias
fossem levadas a ele."
O Papa Leão I, ano 440, impôs mais respeito prescrevendo "Resistir a sua autoridade
seria ir para o inferno" — Este papa aumentou sua influência bajulando o imperador
Valentiniano III no ano 445, que cedeu a pretensão dele de exercer autoridade sobre as
igrejas até então nas mãos do Estado.
Os historiadores viram nele "O papado emergindo das ruínas do império romano que
desintegrava herdando dele o autoritarismo e o latim como língua."
A palavra "Papa" significa pai; até o século V todos os bispos ocidentais foram
chamados assim. Aos poucos restringiram esse tratamento aos bispos de Roma, útero
que gerou o Papado.
Naquele tempo ninguém supunha que "São Pedro fora Papa" – Ele era casado e não
teve ambições temporais.
O Papa Nicolau I anos 858-67 foi o primeiro a usar coroa; serviu-se com muito efeito de
documentos espúrios surgidos no ano 857 conhecidos como "Pseudas Decretas De
Isidoro" - Essas falsas "decretais" eram pretendidas serem de bispos do II e III séculos
que "exaltavam o poder dos papas ".
Carlos Magno próximo da morte arrependeu-se por doar territórios aos Papas,
agonizando sofreu horríveis pesadelos lastimando-se assim: "Como me justificarei
diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os Papas são ambiciosos,
eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram,
devem merecer de Deus um severo castigo. " (Pillati, Ed. Thomp. Tomo III, pag.. 64,
1876, Londres).
O papado que esteve 70 anos em Avinhão na França, voltou a ocupar o Vaticano no ano
1377, trazidos por Gregorio XI; derramaram muito sangue em guerras políticas e
religiosas até 1806 quando Napoleão aprisionou o Papa Pio VII , 1740-1823. Mais tarde
tentaram reagir, mas, Vítor Emanuelli no ano 1870 derrotou "as tropas do papa"
tornando-se o primeiro Rei da Itália, pondo fim no Santo Império Romano, que de santo
não nada tinha. (Isso se sucedeu no dia 20 de Setembro de 1870 ).
- No Brasil os católicos são orientados por 240 bispos mais conhecidos pela posição
política do que pela religiosidade, estão divididos entre Conservadores,
Progressistas e Não Alinhados... (Revista Veja 30-1-80).
O papa João XXIII, ano 1410, cobrava impostos dos prostíbulos contabilizando-os no
orçamento do Vaticano. (não confundir com o João XXIII mais recente).
O dominicano João Tétzel tornou-se famoso vendendo um documento oficial que "dava
o direito antecipado de pecar" Negociava outra indulgência incrível que garantia:
"Ainda que tenhas violado Maria mãe de Deus, descerás para casa perdoado e certo do
paraíso"
O papa Leão X ano 1518 continuou o blefe, necessitando restaurar a igreja de São Pedro
que rachava usou cofres com dizeres absurdos tais como: "Ao som de cada moeda que
cai neste cofre uma alma desprega do purgatório e voa para o paraíso" (Tayne, Hist. da
Literatura Ing. Coroado pela Acad. Francesa e Vol. II, pág. 35,de O Papa e o Concílio).
O Purgatório é o nervo exposto da igreja, não querem que toque. Mas esse dogma no
dizer do historiador Cesare Cantú é a "Galinha dos ovos de ouro da Igreja" e o ex-padre
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Dr. Humberto Rodhen confirma, que com esse expediente a Igreja Católica recolhe por
dia em todo o mundo muitos milhões de dólares.
Nos primeiros séculos da era Cristã ninguém ia para o purgatório porque não existia; foi
criado por um decreto papal – nos países protestantes e nas outras igrejas cristãs não há
esse perigo, criaram-no só para almas católicas.
Com esse dogma a igreja católica peca duas vezes e cria um problema de consciência
para os padres: primeiro por oficializar uma inverdade, segundo por receber dinheiro em
nome dessa inverdade.
O purgatório tornou-se "comércio espiritual" a partir de 1476 com o Papa Sixto IV, a
Igreja é a única instituição no mundo que "negocia com as almas dos homens"
(Apocalipse 18:13)
Nunca informam quando elas deixam o tormento, celebram missas por uma
mesma pessoa falecida, sempre que haja um simplório para pagar. – Não há
textos bíblicos de apoio a esse dogma, a não ser uma referência no livro apócrifo
de Macabeus, sem valor.
Conseguem legados e doações de beatos e viúvas chorosas que buscando "absolvição "
podem ser aliciados entregando terras, fazendas e propriedades, "A Igreja no Brasil tem
um vultoso patrimônio Imobiliário" (Est. S. Paulo 25-2-80)
São Bernardo, doutor da Igreja exprimia-se com amargura: "O Clero se diz pastores
mas o que são é roubadores, não satisfeito com a lã das ovelhas bebem seu sangue."
(Roma, a Igreja e o Anticristo, Ernesto L. Oliveira, pág.178).
Bem situados fizeram " OPÇÃO PELOS POBRES" , lutando para distribuir as riquezas
dos outros sem tocar nas suas.
Com um passado pouco honroso, com seus dogmas questionados pela Cristandade,
instituidores de celibato e com fortes pretenções políticas, a Igreja vem perdendo
influência como instituição cristã. – Suas bulas e encíclicas já não são levadas a sério e
quando mencionadas, não surtem efeito.
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Essa perda de influência sucede por fora e por dentro. O Geral dos Minoristas João del
Parma, canonizado, registrou que "A Cúria Romana está entregue a charlatania, ao
embuste e ao engano sem dar atenção às almas que se perdem."(Slimbene, Vita del
Parma, pág. 169).
Vazios espiritualmente, recorreram ao artificialismo para conservar o povo ao seu redor.
– Se o papa celebrasse as cerimonias, como fazem os pastores de outras igrejas cristãs,
reduziria em 70% os curiosos, por essa razão sua indumentária é de espantar. Conforme
o cerimonial o papa se apresenta com o Báculo, a Mitra, a Casula, a Meseta, a Estola,
a Batina, o Manto, o Pálio, a Sobrepeliz, a Roquêta, a Faixa, o Solidéo, o Escapulário,
a Coroa, a Tiara, as luvas de seda e os sapatos vermelhos de pelica, tudo muito
colorido e atraente.
O Papa João Paulo II acrescentou mais uma peça na sua indumentária: Colete à
prova de bala. – Comprou dois deles na firma Armoured Body nos Estados
Unidos (Jornal de Milão, IL GIORNIO)
"A maioria Católica ", mencionada para humilhar outras Igrejas Cristãs , encontra-se
nos países mal alfabetizados e menos desenvolvidos. – Por séculos a Igreja Católica não
alfabetizou para explorar as massas com crendices; impediram os povos de examinar a
Bíblia, fonte de progresso e liberdade.
Grandes homens, entre eles Roosevelt, Rui Barbosa, Guerra Junqueiro, Getúlio Vargas,
verberam o Catolicismo. – Destacamos, grande tributo que pronunciou-se contra a
"romanização do Cristianismo" e citou D. Pedro II, , que acusou o Vaticano (Pio IX) de
provocar discórdias entre nosso povo; esta acusação resultou na prisão do bispo D. Vital
em 21-2-1874.
Getúlio Vargas lamentava: "As massas enganadas pelas imagens milagreiras enquanto
a alta sociedade adota um catolicismo céptico e elegante" (H. Faria, Hist. de D. Pedro
II, Vol. III, pag. 344, e O pais, de 29-8-1925,Rio).
religioso, negociando estatuetas católicas e ídolos dos "terreiros", junto com ervas
milagrosas, poções de amor; dentes de jacarés, asas de morcegos e pós de
baratas."(Edição do acima de 15-2-83).
5 - Divergências e Contradições
As nações orgulham-se do seu passado e festejam seus benfeitores, mas o Vaticano evita
mencionar sua história ou reproduzir a biografia de muitos papas por não harmonizar
com o que diziam representar.
"Se eu for perjuro, as milícias do papa poderão cortar meus braços e minhas pernas,
degolar-me, cortando minha garganta de orelha a orelha, abrir minha barriga e
queimá-la com enxofre, etc.. – Assino meu nome com a ponta deste punhal molhado no
meu próprio sangue."
O Vaticano não é igreja, mas sim um organismo político-religioso que arrogando certas
prerrogativas se interpõe entre Deus e os Católicos, conservando-os sob sujeição; certos
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Verifica-se que a igreja Católica não é legítima quando relacionada com o Novo
Testamento e com a fé dos primeiros Cristãos.
O Vaticano e a igreja para serem honestos deveriam informar, inclusive nos calendários,
que os cristãos primitivos que festejam, não foram Católicos romanos, pois nada
souberam do festival de dogmas que foram criados. – Se vivessem hoje fariam outra
opção religiosa, jamais o Catolicismo Romano.
As datas abaixo sofrem pequenas variações nos tratados, mas são reais e confiáveis.
Essas alterações criaram dogmas que são doutrinas indiscutíveis para a Igreja Católica,
impedindo o clero de raciocinar, examinar e decidir entre o certo e o errado.
A maioria dos dogmas foram criados com fins lucrativos, outros conferem ao
clero certa autoridade e influência social.
Albigênses
Valdenses
Anabatistas, etc.
Ano da instituição:
A palavra "protestante" apareceu quando Clemente VII 1529, tentou impedir que
o Evangelho fosse pregado em alguns estados da Alemanha.
Os Cristãos não católicos fizeram um PROTESTO contra essa pretensão do papa
e receberam o nome de PROTESTANTES, aplicado hoje a todos os evangélicos.
O mundo seria outro se a Igreja dos papas fosse desraigada de maneira mais profunda.
O Cristianismo seria mais bíblico e menos idólatra.
17 – Títulos e Fábulas
O Catolicismo por ser latino adotou títulos espanhóis e italianos, que resultaram numa
hierarquia. – Esses títulos nada tem a ver com o Cristianismo ou com o Novo
Testamento, é criação do sistema deles.
VEJA ALGUNS:
PAPA significa pai, termo de ternura que perdeu o sentido desde que os papas
organizaram exércitos, demarraram sangue e tornaram-se políticos. – NÚNCIO é
embaixador do Vaticano. CARDEAL são os que elegem o papa. – MONSENHOR é
título para as altas figuras do clero. ARCEBISPO é o superior do Bispo. BISPO é o que
governa uma diocese. CÔNEGO é o elemento de uma Catedral. MONGE é o religioso
de Mosteiro. VIGÁRIO é o que toma o lugar do outro. FREI e FRADE é de Ordem
religiosa e militar. SACERDOTE é o termo do paganismo e do judaísmo. CURA é o
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pároco da aldeia. ABADE é prelado que dirige o mosteiro. DOM foi título dos reis da
Espanha, muito apreciado pelo clero. PURPURADO e PRELADO SÃO DISTINÇÕES
que todos eles cobiçam. PADRE, o mesmo que pai, é o que deveriam ser tendo esposa,
filhos e um lar.
Rui Barbosa dizia que "A Igreja Católica é uma religião de FÁBULAS" e o apóstolo
Paulo mandava rejeitá-las. (I Tim. 4:7)
EIS ALGUMAS:
1 – Os anjos conduziram pelas nuvens a casa de Nossa Senhora de Loreto desde a
Palestina até a Itália. Devido a esse "milagre" ela é padroeira dos aviadores.
2 – O padre Anchieta navegava de barco, sendo molestado pelo sol, surgiram pássaros
que voaram em formação, fazendo sombras sobre sua cabeça.
Esse "Milagre" consta no processo de sua canonização.
3 – Em Portugal uma jovem roubava ouro e jóias de uma Mansão para dar aos pobres.
Quando surpreendida, revistaram sua cesta, então houve o "milagre", as jóias roubadas
transformaram-se em flores.
Essa jovem foi canonizada.
4 – Numa gruta na Bahia há sinais de pés de uma criança, bem forjados. "Naquela gruta
o menino Jesus refugiou-se quando perseguido por Herodes." Anualmente chegam
naquela gruta centenas de romeiros; a igreja diz que o povo é "simples e ignorante",
mas os padres estão presentes, tirando proveito dessa situação espiritual miserável em
que se encontra nossa gente.
5 – Como a Igreja não sabe quando as almas saem do purgatório e cobram "Missas de
intenção" sucessivamente, criaram uma lenda para desencargo de consciência que diz:
"Nossa Senhora do Carmo, no primeiro Sábado de cada mês, deixa o céu e vai até o
purgatório tirar algumas almas privilegiadas."- A Igreja põe fé nessa lenda.
6 – Esta é vero. ... Seis padres belgas e um holandês da Ordem dos Bolandistas
investigam oficialmente a história dos Santos (Hagiografia) em Bruxelas; já
examinaram 2.800 alfarrábios e transcreveram as ACTAS SANCTORUM. – O porta
voz deles Van OMMESLAEGHE anunciou que "Santa Catarina nunca existiu", foi uma
fábula da Igreja. – Em que base nossos compatriotas de Santa Catarina podem manter
sua tradição?
7 – Os Carmelitas supunham que sua Ordem teve origem com o profeta Elias no Monte
Carmelo a 900 anos antes de Cristo. Agora estão revoltados com os Bolandistas, porque
eles descobriram que a Ordem dos Carmelitas é recente, datando do ano 1.160 Depois
de Cristo. (Do nosso arquivo).
O papa João XI era filho ilegítimo de Marózia, amante do papa Sergio III, ano 941. – O
papa João XII, ano 955, violava virgens, viúvas e conviveu com a amante de seu pai: fez
do palácio papal um bordel, e, foi morto num ato de adultério, pelo marido da mulher
que violava.
O Papa João XXIII ano 1410, (não confundir com o João XXIII mais recente),
foi o pior deles. Mulheres casadas foram alvo de seus galanteios; mais de 200
freiras e donzelas foram violadas por esse papa.
Pio II, ano 1458, além de sedutor foi corrupto, ensinava os jovens a praticar atos
obscenos. Logo depois surgiu o papa Inocêncio VIII, ano 1484-92, que teve 16
filhos com mulheres casadas.
O papa mais devasso foi Alexandre VI 1492-1503, teve filhos legítimos e foi amante da
sua própria filha Lucrécia Bórgia; também foi amante da irmã de um Cardeal, que se
tornou o papa seguinte, Pio III, ano 1503.
Quem for visitar o Vaticano hoje em dia, poderá dar uma olhada nos aposentos
do Papa Alexandre VI em exposição, uma raridade. – Horresco reférens....
O papa Leão X, anos 1518-21 era rico. Comprou sua posição na igreja. Com apenas 8
anos de idade já era Arcebispo e 13, Cardeal. Manteve uma corte licenciosa e com seus
Cardeais praticava "Passatempos voluptuosos" em deslumbrantes palácios. – Foi esse
papa que Lutero enfrentou.
bispo de Orleans, referindo-se aos papas João II, Leão VIII e Bonifácio VII,
chamou-os de "Monstros cheirando imundícias."
papa Marcelo II, ano 1555, registrou em sua biografia: "Não sei como um papa
poderá escapar do inferno."(Vita del Marcelo, página 132)
Santo Ulrico, bispo de Augsburgo, contou que o papa Gregório VII, anos 1703-85,
ordenara que se esvaziasse um aquário num convento de Monjas em Roma e
encontraram 6.000 esqueletos de bebês. Diante desse horror, esse papa aboliu o
Celibato, mas seus sucessores restabeleceram-no. – Noutro convento em Niuberg,
Áustria, desenterraram 20 potes de barro com esqueletos de recém-nascidos.
Pio IV redigiu uma bula pedindo que todas "as mulheres violadas pelos padres
apresentassem acusação; os casos foram tantos ‘só em Sevilla, Espanha, que
suspenderam os processos. (Conv. De Mesa nr. DCCLXII e CHINIQUI, ex-
padre).
Presentemente o Vaticano reembolsa despesas com pílulas anti-concepcionais de
seus funcionários. (Estado de São Paulo, 23.03.83)
Nenhuma Igreja Evangélica qualificou a corrupção no Catolicismo em
linguagem tão dura como fizeram ilustres e iminentes Católicos:
SÃO BERNARDO, doutor da igreja e canonizado, escreveu que em seus dias
"O contágio pútrido havia se estendido pelo corpo da igreja; o mal era interno
e não podia ser curado."(Roma, a Igreja e o Anticristo, pág. 179)
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19 – A Benção Papal
Dr. Tancredo Neves, eleito presidente, foi a Roma e recebeu a benção do Papa; depois
saindo de uma igreja em Minas Gerais disse: "Recebí a benção da Nossa Senhora,
agora posso governar o Brasil."- A benção do Papa não ajudou, a imagem falhou e
Tancredo não subiu a rampa do Palácio. – É preciso que as autoridades do nosso país
dirijam suas preces ao Deus vivo, esquecendo a idolatria do Catolicismo Romano.
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O Papa João Paulo esteve no Brasil, afável e simpático, beijou nosso solo,
conseguiu um feriado para a "Padroeira" e nos deu sua benção.
Antes não tivesse feito; começaram nossas desgraças.
A benção do papa de nada valeu., a imagem da padroeira cega, surda e muda não
ajudou, o Fundo Monetário Internacional caiu sobre nós, a inflação galopou, a
política entrou em descompasso e no alto escalão do governo enfermidades e
enfartos atingiram vários ministros, inclusive o Presidente da República.
No Ceará a terra tremeu, no Amazonas houve naufrágios com mais de mil
mortos, no nordeste secas nunca vistas e no sul as enchentes cobriram as
cidades.
O Brasil não deve fomentar a idolatria, ela rouba a devoção que devemos a
Deus, pois segundo as Escrituras Sagradas, "Deus não reparte Sua glória com
as imagens de escultura" (Isaías 42:8)
Não se pode atribuir todos esses acontecimentos às bençãos dos papas, mas verifica-se
que são inócuas; pensando bem, até que seria bom evitá-las, porque "Certas bençãos
transformam-se em maldições."(Malaquias 2:2)
A INQUISIÇÃO
Airton Evangelista da Costa
As dificuldades enfrentadas pela Igreja de Cristo através dos séculos devem ser
conhecidas por todos os cristãos. Os católicos precisam conhecer a história negra de sua
igreja. Os evangélicos não devem esquecer os heróis da fé, os homens que, com
ousadia, romperam com as tradições, com o poder eclesiástico de sua época, e ajudaram
na implantação de uma igreja reformada, livre do poder papal, submissa a Jesus, e
tendo a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática.
A lista dos mártires e perseguidos parece não ter fim. A Igreja Católica estava
disposta a vigiar e manter sob seu domínio todo o universo do pensamento humano.
Qualquer um que ousasse defender suas idéias - científicas, religiosas, ou em qualquer
área -, em desacordo com a interpretação do Vaticano, era considerado um herético, e,
por isso, por esse crime, julgado e condenado. Era quase impossível aos hereges se
livrarem da tortura e da fogueira.
Embora a Inquisição tenha alcançado seu apogeu no século XIII, suas origens
remontam ao século IV:
Alexandre IV
(1254-1261); Clemente IV (1265-1268), Nicolau IV
(1288-1292); Bonifácio VIII (1294-1303) e outros.
Inocêncio IV autorizou o uso da tortura.
OS MÉTODOS DE TORTURA
CRUELDADE E MATANÇA
O Massacre Da Espanha
25
O Massacre Em Portugal
Diante dos insistentes pedidos de D. João III, o Papa Paulo III introduziu, por
bula de 1536, o Tribunal do Santo Ofício em Portugal. As perseguições foram de tal
ordem que o comércio e a indústria na Espanha e em Portugal ficaram praticamente
paralisados. "As execuções públicas eram conhecidas como autos-de-fé. No
começo, funcionaram tribunais da Inquisição nas diversas dioceses de Portugal, mas
no século XVI ficaram apenas os de Lisboa, Coimbra e Évora. Depois, somente o da
capital do reino, presidido pelo inquisidor-geral. Até 1732, em Portugal, o número
de sentenciados atingiu 23.068, dos quais 1.554 condenados à morte. Na torre do
Tombo, em Lisboa, estão registrados mais de 36.000 processos". Daí porque os 4.500
processos constantes dos arquivos de terror do Vaticano - Os Arquivos do Santo Ofício
- recentemente liberados aos pesquisadores, não contam toda a história da desumana
Inquisição.
A Inquisição Em Cuba
A Inquisição No Brasil
"pessoas foram queimadas vivas, no Brasil, entre os anos de 1721 e 1777. Todos os que
confessavam não crer nos dogmas católicos eram sentenciados. De acordo com os dados
históricos, quase todos os cristãos-novos presos no Brasil pela Inquisição, durante o
século 18, eram brasileiros natos e pertenciam a todas as camadas sociais. Praticamente
a metade dos prisioneiros brasileiros cristãos-novos no século 18 era mulheres. Na
Paraíba, Guiomar Nunes foi condenada à morte na fogueira em um processo julgado em
Lisboa. A Inquisição interferiu profundamente na vida colonial brasileira durante
mais de dois séculos. Um dos exemplos dessa interferência era a perseguição aos
descendentes de judeus. Os que estavam nessa condição podiam ser punidos com a
morte, confisco dos bens e na melhor das hipóteses ficavam impedidos de assumir
cargos públicos". A matéria do Mensageiro da Paz foi assinada por Regina
Coeli. Do livro "BABILÔNIA: A RELIGIÃO DOS MISTÉRIOS" de Ralph Woodrow -
"As autoridades civis eram ordenadas pelos papas, sob pena de excomunhão, a
executarem as sentenças legais que condenavam os hereges impenitentes ao poste.
Deve-se notar que a excomunhão em si mesma não era uma coisa simples, pois, se a
pessoa excomungada não se livrasse da excomunhão dentro de um ano, passava a ser
considerada herética, e incorria em todas as penalidades que afetavam a heresia"
(pág. 110). "A intolerância religiosa que incitou a Inquisição, causou guerras que
envolveram cidades inteiras. Em 1209 a cidade de Beziers foi tomada por homens
que tinham recebido a promessa do papa de que entrando na cruzada contra os
hereges, eles (os assassinos), ao morrerem, passariam direto para o céu, desviando-se
do purgatório. Reporta-se que sessenta mil, nesta cidade, pereceram pela espada. Em
Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada
com pedras. Quatrocentas pessoas foram queimadas vivas em Lavaur. Os cruzados
assistiram à missa solene pela manhã, em seguida passaram a tomar outras cidades
da área. Neste cerco estima-se que cem mil albigenses (protestantes) caíram em um só
dia. Seus corpos foram amontoados e queimados. No massacre de Merindol,
quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Se
qualquer uma pulasse das janelas seria recebida na ponta de lanças. Mulheres foram
ostensiva e dolorosamente violentadas. Crianças assassinadas diante de seus pais.
Algumas pessoas eram lançadas de abismos ou arrancavam suas roupas e arrastavam-
nas pelas ruas. Métodos semelhantes foram usados no massacre de Orange em 1562. O
exército italiano, enviado pelo Papa Pio IV, recebeu ordem e matar homens, mulheres
e crianças. A ordem foi seguida com terrível crueldade, sendo o povo exposto a
vergonha e tortura indescritíveis. Dez mil huguenotes (protestantes) foram mortos no
sangrento massacre em paris no "Dia de São Bartolomeu", em 1572". (págs. 113-114).
Enciclopédia BARSA, vol. 8, pág. 30-31, edição 1977 Em 1229, no Concílio de
Tolouse, criou-se oficialmente a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. A
partir deste momento, e sobretudo com o trabalho dos frades dominicanos, foi-se
precisando a legislação e jurisprudência da Inquisição. O processo era sumário.
O acusado podia ignorar o nome do acusador. Mulheres, crianças e escravos podiam
ser testemunhas na acusação, mas não na defesa. Num destes processos
consta o nome de uma testemunha de dez anos e idade. O padre dominicano Bernardo
Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), um dos mais completos teóricos da
Inquisição, enumerou, no seu Liber Sententiarum Inquisitionis ("Livro das
Sentenças da Inquisição"), vários processos para a boa obtenção de confissões,
inclusive pelo enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro."
"Em toda a sua calamitosa história, a Igreja Católica nada mais tem feito que
perseguir o homem, sob o sofisma de agir em nome de Deus. Vejamos os morticínios
que ela levou a efeito: As cruzadas à Terra Santa custaram à humanidade o sacrifício
de dois milhões de vítimas; de Leão X a Clemente IX (papas) os sanguinários agentes
do catolicismo, que dominavam a França, a Holanda, a Alemanha, a Flandes
e a Inglaterra, realizaram a tenebrosa São Bartolomeu, de que já falamos, degolando,
massacrando, queimando mais de dois milhões de infiéis, enquanto a Companhia de
Jesus, obra do abominável Inácio de Loyola, cometia as maiores atrocidades,
chegando mesmo a envenenar o Papa Clemente XIV. O seu agente S. Francisco
Xavier, em missão no Japão, imolava cerca de quatrocentos mil nipônicos; as cruzadas
levadas a efeito entre os indígenas da América, segundo Las Casas, bispo
espanhol e testemunha ocular de perseguição e autos-de-fé, sacrificaram doze milhões
de seres em holocausto ao seu Deus; a guerra religiosa que se seguiu ao suplício do
Padre João Huss e Jerônimo de Praga, contou mais de cento e cinqüenta mil vidas
imoladas à Igreja Romana; no século XIV, o grande Cisma do Ocidente cobriu a
Europa de cadáveres, dado que nada menos de cinqüenta mil vidas foram o preço
cobrado pela ira papal; as cruzadas levadas a efeito a partir de Gregório VII
(papa), roubaram à Europa cerca de trezentos mil homens, assassinados com requintes
de selvageria; nas terras do Báltico, os frades cavaleiros, além de uma
devastação e pilhagem completa, ainda sacrificaram mais de cem mil vidas; a
imperatriz Teodora, dando cumprimento a uma penitência imposta pelo seu
confessor, fez massacrar cento e vinte mil maniqueus, no ano de 845; as disputas
religiosas entre iconoclastas e iconólatras devastaram muitas províncias, resultando
ainda no sacrifício de mais de sessenta mil cristãos degolados e queimados. A Santa
Inquisição, na sua longa e tenebrosa jornada, levou aos mais horrorosos suplícios,
inclusive às fogueiras, algumas centenas de milhares de pobres desgraçados; segundo
o Barão d´Holbach, a Igreja Católica Romana, pelos seus papas, bispos e padres, é a
responsável pelo sacrifício de cerca de dez milhões de vidas. Que mais é preciso
dizer"?
Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo
dos sacerdotes, dos padres, dos bispos e dos papas. Dentre as medidas para conter o
avanço da Palavra de Deus, estão as seguintes:
3) O Papa Pio IX, em sua encíclica "Quanta cura", em 8 de dezembro de 1866, emitiu
uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele diz:
"Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas
devem ser destruídas através de todos os meios possíveis".
4) Em 1546 Roma decretou: "a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia". Esse dogma
está em voga até hoje, até porque existe o dogma da "infalibilidade papal". Ora, se
os dogmas, bulas, decretos papais e resoluções outras possuem autoridade igual à
das Sagradas Escrituras, os católicos não precisam buscar verdades na Palavra e
Deus.
5) O Papa Júlio III, preocupado com os rumos que sua Igreja estava tomando, ou seja,
perdendo prestígio e poder diante do número cada vez maior de "irmãos separados"
ou "'cristãos novos" ou "protestantes" (apesar dos massacres), convocou três bispos,
dos mais sábios, e lhes confiou a missão de estudarem com cuidado o problema e
apresentarem as sugestões cabíveis. Ao final dos estudos, aqueles bispos
apresentaram ao papa um documento intitulado "DIREÇÕES CONCERNENTES
AOS MÉTODOS ADEQUADOS A FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA". Tal
documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088,
vol. 2, págs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte:
"Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade,
deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a
atenção e cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho,
especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco
dele que se costuma ler na Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não devia
ser permitido a ninguém. Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco,
os interesses de Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais
interesses declinarão. Em suma, aquele livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro
tem levantado contra nós esses torvelinhos e tempestades, dos quais meramente
escapamos de ser totalmente destruídos. De fato, se alguém o examinar
cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a nossa doutrina é muitas
vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrária a ele; o que se o povo
souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio geral.
Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande cuidado,
para não provocar tumultos" - Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 - Vicentius De
Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus.
6) Além de tentar tapar a boca de Deus algemando a Sua Palavra, a Igreja de Roma
modifica ou suprime trechos sagrados da Bíblia para justificar sua Tradição.
Daremos dois exemplos:
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Não se pode separar a Inquisição da Reforma, uma vez que as perseguições, e com elas
os inquisidores, surgiram em decorrência do protesto (advindo daí a alcunha de
protestantes) de homens inconformados com as doutrinas e práticas da Igreja de Roma,
cada vez mais se distanciando do Evangelho de Jesus Cristo. Wycliffe, John Huss,
Jerônimo e Lutero não se calaram diante da luxúria, da venda de indulgências, do jogo
de interesses e do baixo nível moral do clero romano. Esses "reformadores"
desejavam, em suma, criar condições favoráveis a que a Igreja Católica Romana
corrigisse seus erros. Apresentavam a Bíblia como única regra de fé e prática; Jesus
como único Sumo Sacerdote; defendiam a liberdade de a Bíblia ser traduzida na
língua de cada povo, de ser lida e interpretada por qualquer cristão; combatiam a
submissão dos governantes aos papas e a espoliação do povo através de cobrança de
impostos para os cofres de Roma. "Pelo pagamento de dinheiro à igreja, o povo
poderia livrar-se do pecado e igualmente libertar as almas de amigos falecidos que
estivessem confinadas às chamas atormentadoras. Por esses meios Roma encheu
os cofres e sustentou a magnificência, luxo e vícios dos pretensos representantes
30
dAquele que não tinha onde reclinar a cabeça". Em vez de considerar os protestos e
analisá-los à luz da Palavra de Deus, e proceder as mudanças internas cabíveis, Roma
preferiu partir para o ataque. Criou a Inquisição para exterminar os protestantes;
proibiu a leitura da Bíblia e sua tradução em outras línguas; classificou de heresia
qualquer ensino ou crença contrários à fé católica; sentenciou, torturou,
degolou, exterminou, excomungou, massacrou um número incalculável de santos.
"ENTÃO, VOS HÃO DE ENTREGAR PARA SERDES ATOR-MENTADOS E
MATAR-VOS-ÃO. E SEREIS ODI-ADOS DE TODAS AS GENTES POR CAUSA
DO MEU NOME" (Mateus 24.9).
Muitos pagaram com a vida pelo desejo de reformar. Alcançaram a vitória porque
resolveram enfrentar a poderosa Igreja de Roma, os inquisidores, a fogueira, a
excomunhão e toda a espécie de vexames; enfrentaram acusações e ameaças mas
não dobraram seus joelhos diante dos papas. Vejamos alguns exemplos.
"Com que julgais estar a contender? Com um ancião às bordas da sepultura? Não!
Estais a contender com a Verdade, Verdade que é mais forte do que vós e vos
vencerá". Deus livrou Wycliffe da fogueira: faleceu repentinamente após um
ataque de paralisia. Sua voz silenciou, mas sua fé em Jesus Cristo fez discípulos em
todo o mundo.
"Senhor, Pai Todo-poderoso, tem piedade de mim e perdoa os meus pecados; pois sabes
que sempre amei Tua verdade".
Uma das milhares de vítimas dos autos-de-fé do Santo Ofício. Dizendo-se enviada por
Deus, ela desejou e conseguiu, embora parcialmente, livrar sua Pátria, a França, da
dominação inglesa. A "heroína da França" não se livrou das mãos dos inquisidores.
Por causa de suas ousadas atitudes, foi acusada de feiticeira, sortílega, bruxa, pseudo-
profeta, invocadora de espíritos malignos, idólatra maldita e amaldiçoada,
escandalosa, sediciosa, perturbadora da paz do País, incitadora de guerras, cruelmente
sequiosa de sangue humano, mentirosa, perniciosa, abusadora do povo, mágica,
supersticiosa, cruel, dissoluta, invocadora de diabos, apóstata, cismática e herege. Joana
d´Arc, vítima de uma traição, é feita prisioneira e entregue ao Tribunal da Inquisição
para julgamento espiritual. O inquérito é comandado pelo Bispo Messire Pierre
Cauchon, bispo de Beauvais, a quem coube intermediar o resgate da donzela por dez
mil escudos franceses, a fim de ser entregue ao Vigário Geral da Inquisição da Fé no
Reino de França. A alegação era a de que, por ela, "Deus tinha sido ofendido sem
medida, a Fé excessivamente afrontada, e a Igreja desonrada". O Tribunal da
Inquisição funcionava assim: se o réu reconhece a culpa, há esperança de ser
reconduzido ao rebanho de Deus, e será condenado à prisão perpétua; se não se
retrata, será torturado uma vez. Como a tortura não podia ser renovada, era
apenas "interrompida" no caso de desmaio. A nova sessão de tortura seria uma
32
continuação, e não uma nova tortura. Lembremos que o emprego da tortura foi
permitido pelo Papa Inocêncio III. Condenada a ser queimada viva como
relapsa, herética e feiticeira, Joana d´Arc foi supliciada publicamente na Praça do
Mercado Velho, em Rouen (França), em 30 de maio 1431. Por ato do Papa Bento V,
em 1920, a "maldita" donzela foi canonizada. Aos olhos da Igreja Católica ela, agora,
é uma santa. Aos olhos de Deus, ela sempre foi uma santa, a Santa Joana d'Arc.
33
Roma seria o fim do caminho, o caminho da morte, a morte na fogueira, tal qual
acontecera com seu amigo John Huss. Na madrugada do dia seguinte, estando a cidade
às escuras, Lutero conseguiu se evadir de Augsburgo contando, para isso, com a ajuda
de amigos. Escapou milagrosamente das mãos do representante papal que intentara
prendê-lo. Embora diante de tantas dificuldades, já classificado de herege,
excomungado e condenado, Lutero não diminuiu suas severas críticas ao papado e às
doutrinas romanas. Disse: "Estou lendo os decretos do pontífice e... não sei de
o papa é o próprio anticristo, ou seu apóstolo...". Enquanto isso os papas intensificavam
o negócio das indulgências. O Papa Alexandre VI, predecessor de Júlio II, foi quem
instituiu a venda de indulgências, pois precisava de dinheiro "para adornar com
diamantes e pérolas a filha Lucrécia Bórgia". Esse papa não só foi amante de
sua própria filha, a célebre Lucrécia Bórgia, como foi amante, também, da irmã de um
cardeal que se tornou o papa seguinte, Pio III, em 1503. Os papas Júlio II e Leão X,
por sua vez, apelaram para o rendoso comércio do perdão, aquele tendo em
mira a construção da Basílica de São Pedro e este para satisfazer seus gastos
supérfluos. Um dos encarregados da venda de indulgências, o frei João Tetzel, fazia-
o com voz forte nas feiras anuais, oferecendo a sua mercadoria. Dizia:
Assim que o dinheiro tilinta na caixa, a alma salta fora do purgatório. Ninguém mais
se importava em pecar e a moralidade estava em baixa. Se algum padre desejasse
impor alguma penitência, os fiéis apresentavam o documento comprovando a
"compra" do perdão divino. Enquanto a Igreja de Roma subtraía elevados
recursos financeiros ao povo, com heresias, superstições e ameaças, Lutero se
aprofundava no estudo da Bíblia. Declarava abertamente que não havia
distinção entre pecado mortal e pecado venial - como dizia o catolicismo - pois,
afirmava, "pecado é pecado, sem gradação, e qualquer pecado leva ao
inferno, pois afasta o pecador de Deus". Boa parte de seus sermões era
destinada a protestar contra o comércio das indulgências, dizendo que estas
eram inúteis.
E perguntava:
"Se o Papa pode libertar as almas do purgatório quando lhe dão dinheiro, por que não
esvazia de uma vez o purgatório?" Abrimos aqui um parêntese para perguntar: se as
missas de sétimo dia podem livrar as almas do purgatório, por que não se faz uma
única missa (um missão) em favor de todas as almas e as livra de uma só vez do
fogo purificador?
Martinho Lutero continuou derrubando uma a uma, com a Palavra, as doutrinas romanas. A um enviado
do Papa Leão X, que lhe propôs uma reconciliação e alegou, como argumento, a autoridade do Papa,
Lutero respondeu com firmeza: "Só na Bíblia e não no Papa reside a autoridade". E continuou:
"O próprio Cristo é o chefe da Igreja e não o Papa. Não lhe é permitido estabelecer um artigo de fé, sem
base bíblica. "O papa é soberano legítimo, não com direito divino, mas humano". No dia 15 de
junho de 1520, com a bula Exurge, o Papa Leão X "condenou quarenta e uma proposições de Lutero,
ameaçando-o de excomunhão, se não se retratasse dentro de sessenta dias". Essa bula condenava, em
suma, a liberdade de consciência. O historiador Schaff assim definiu o documento: "Podemos
inferir daquele documento em que estado de servidão intelectual estaria o mundo atualmente, se o
poder de Roma houvesse conseguido esmagar a Reforma. Difícil será avaliar quanto devemos
a Martinho Lutero, no terreno da liberdade e do progresso..." Num gesto memorável de audácia,
destemor e ousadia, utero queimou a bula papal em praça pública a 10 de dezembro de 1520. Por
mais de uma vez Lutero compareceu diante dos emissários de Roma. Aconselhado a não se apresentar
em razão do risco que corria, Lutero respondeu: "Ainda que acendessem por todo o caminho de
Worms a Wittenberg uma fogueira... em nome do Senhor eu caminharia pelo meio dela; compareceria
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Físico italiano, fez numerosas descobertas nos campos da Física e da Astronomia. Com
seu telescópio (luneta) descobriu as montanhas da Lua, os satélites de Júpiter, as
manchas solares, as fases de Vênus, os anéis de Saturno. Suas descobertas e
ensinos foram considerados uma heresia pelos censores romanos. Acabrunhado,
doente, preso em Roma, assinou sua retratação. Antes, os inquisidores lhe mostraram a
sala de tortura e os respectivos instrumentos. Combalido e ajoelhado diante
dos representantes do Papa Urbano VIII, leu e assinou sua retratação:
"A tese de que o Sol é o centro do sistema e não se move ao redor da Terra, é néscia,
absurda, teologicamente falsa e herética, sendo frontalmente contrária às
Sagradas Escrituras..."
Galileu livrou-se da fogueira, mas passou vários meses sob prisão. Muito doente e
cego, veio a falecer no dia 8 de janeiro de 1642. E a Igreja de Roma acabava de
escrever mais um capítulo de terror em sua história. Em janeiro de 1998, o
Papa João Paulo II, formalizou o tardio pedido de perdão ao notável astrônomo
Galileu. Podemos imaginar quão constrangedor para esse notável homem foi
ajoelhar-se diante de uma corte devassa e negar anos e anos de estudo e observação.
Dizem que Galileu, antes de morrer, balbuciou: "a terra por si se move".
MÁRTIRES ANÔNIMOS
Wycliffe, Huss, Jerônimo e Lutero foram citados apenas como exemplo. O caminho da
fogueira foi trilhado por milhares e milhares de mártires anônimos, gente simples,
discípulos fervorosos, pessoas indefesas e pobres, homens, mulheres, jovens,
velhos e crianças, vítimas da sanha assassina dos representantes da poderosa Igreja
Católica Romana, que, aliada ao poder das armas, teve a pretensão de ser universal e de
impor suas doutrinas aos seus súditos. Mártires anônimos foram os albigenses e
os valdenses; mártir quase desconhecido foi Luís de Berquin, que, apaixonado pelo
Evangelho, foi estrangulado e queimado em 1529 sem tempo para dar uma última
palavra; mártires anônimos foram muitos franceses queimados vivos com requintes de
crueldade, sem direito a defesa. A todos esses homens de fé e de coragem, baluartes da
defesa das Sagradas Escrituras como única fonte de autoridade, a eles nossa
homenagem póstuma, nossa gratidão, nossa admiração pelo que fizeram em prol de
um cristianismo livre de heresias, de idolatria, de práticas pagãs.
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MARIDOLATRIA
Veremos, neste estudo que as doutrinas católicas em relação à Maria carecem totalmente
de base nas Escrituras. São doutrinas criadas por homens influenciados pelo
paganismo. Adolfo Robleto escreveu bem:
“Os egípcios tinham sua deusa Ísis; os fenícios, sua Astarte; os caldeus, sua Semíramis;
os gregos, sua Ártemis; de maneira que o romanismo escolheu sua deusa feminina, e
Maria foi a mais adequada para o caso.”
Este dogma afirma que Maria nasceu sem pecado, ou seja, ela não herdou a mancha do
pecado original, e ainda se manteve sem pecado por toda a sua vida. Atribuem assim
à Maria um atributo divino – a impecabilidade. Maria não poderia pecar e nunca
pecou, segundo o catolicismo.
Este dogma só foi aceito oficialmente em 8 de dezembro de 1854, quando o papa Pio IX
proferiu o seguinte:
É interessante observar que nem Maria sabia dessa sua suposta imaculada conceição.
No seu cântico diz:
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“e o meu Espírito se alegra em Deus, meu Salvador.” (Lc 1.47). Só um pecador é que
necessita de um Salvador. Ela falou “...Deus meu Salvador”. Quando depois do
nascimento de Cristo, Maria levou as duas ofertas que a lei mandava, a oferta
queimada e a oferta pelo pecado. (Lc 2.22-24 e Lv 12.6-8). Mas se não tinha pecado,
para que levar as ofertas? Nas Escrituras, em nenhum momento, se afirma que Maria
não cometeu pecado. Pelo contrário: “Pois todos pecaram e destituídos da glória de
Deus.” (Rm 3.23); “Não há um justo, nem sequer um.” (Rm 3.10). Só Cristo é
identificado como o único sem pecado. “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez
pecado por nós: para que nele fossemos feitos justiça de Deus.” (II Co 5.21).
Em diversas passagens vemos que Jesus teve irmãos e irmãs. “Não é este o carpinteiro,
filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui
conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.” (Mc 6.3). Veja também Mt 13.54-56.
Paulo chegou a afirmar que os irmãos do Senhor eram casados (I Co 9.5). Por sua
vez, os católicos crêem que quando se fala em irmãos, na verdade, está se referindo
aos primos de Cristo, e que estes são filhos de uma irmã de Maria. Os católicos
identificam três dos irmãos de Jesus com três dos discípulos que tinham os mesmos
nomes: Tiago, filho de Alfeu; Simão, o Zelote; e Judas, filho de Tiago (Lc 6.15 e 16).
O que é um tremendo equívoco, porque as Escrituras sempre mostram diferenças
entre os discípulos e os irmãos do Senhor (Jo 2.12, Mt 12.46 e 47 e At 1.14) e a mais
clara diferença está em Jo 7.5: “Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.” Isto é
um cumprimento da profecia messiânica em Sl 69.8: “Tenho-me tornado como um
estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha
40
mãe.” Como pessoas que eram os discípulos do Senhor não iriam crer no Senhor?
Mostra-se assim que estes discípulos não eram irmãos do Senhor.
Nas referências do N. T. sobre os irmãos de Cristo, a palavra grega que sempre é usada
é adelfoV, adelphos (irmão), nunca se usou sungeneV, sungenes (parente) ou anhyioV,
anepsiós (primos), palavra esta que Paulo usou em Cl 4.10 e que foi traduzida
corretamente como primo.
Os católicos estão indo contra a essência do casamento quando afirmam que Maria e
José nunca se conheceram sexualmente. A relação sexual no casamento é algo lícito e
aprovado por Deus. Além do mais os católicos consideram o casamento como um dos
sacramentos, caindo assim em contradição. Veja Gn 2.24: “Portanto deixará o varão o
seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Paulo
recomendou que a abstinência sexual entre o casal durasse pouco tempo, em I Co 7.5:
“Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo,
para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não
tente pela vossa incontinência.”
A Assunção De Maria
“No terceiro dia depois da morte de Maria, quando os apóstolos se reuniram ao redor
de sua sepultura, eles a encontraram vazia. O sagrado corpo fora levado para o
paraíso celestial. O próprio Jesus veio para levá-la até lá, toda a corte dos céus veio
para receber com hinos de triunfo a mãe do divino Senhor. Que coro de exultação!
Ouçam como eles cantam: Levantai-vos as vossas portas, ó príncipes, ó portas eternas
para que a Rainha da Glória possa entrar.” (descrição da tradição católica citada por
Lorraine Boettner).
É de deixar pasmo o fato da Igreja Católica criar um dogma sem nenhuma base nas
Escrituras. Nenhum dos apóstolos citam essa criação fraudulenta. Depois de At 1.14
há um profundo silêncio nas Escrituras a respeito de Maria, não se fala na morte e
muito menos na assunção de Maria. Como pode criar-se um dogma sem base nas
Escrituras? Um dogma que só foi elaborado em 1º de novembro de 1950 pelo mariólatra
Papa Pio XII. As Escrituras deixam claro que a glorificação dos santos só acontecerá
depois da volta de Cristo e não fala que Maria seria uma exceção. Veja I Co 15.20-23:
“Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.
Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos
veio por um homem. Porque assim como todos morrem em Adão, assim também
41
todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias,
depois os que são de Cristo na sua vinda.”
Os católicos ainda crêem que ao chegar aos céus Maria foi coroada “Rainha dos céus”.
Este título nunca foi dado à Maria nas Escrituras. Pelo contrário, a Bíblia condena este
título, que tinha sido dado a uma falsa deusa. “Os filhos apanham a lenha, e os pais
ascendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos
céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira.” (Jr 7.18) Veja
também Jr 44.17-23. Observamos que esse título mariano foi tirado de uma prática pagã
totalmente condenada pela Bíblia.
Ficher’s The Reformation. Lindsay’s History of The Reformation. Sanford’s Cyclopaedecia Religious
Knouledge. Peloubet’s Bible Dictionary. Creighton’s History Papaci. Hurst’s History of Christian Zeno’s
Compendium of Church History. Grande Enciclopedie Française. O Papa e o Concílio de Janus e Rui
Barbosa em dois volumes. Pochet Bible Handbook de Halley. Ceia e Missa do ex-padre Gióia Martins.
Cinqüenta Anos na Igreja Católica, ex-padre Chiniqui, Canadá. Roma, a Igreja e o Anticristo, Dr.
Ernesto L. de Oliveira. Noticiários de periódicos e textos da Bíblia Sagrada.
==============================================================
GLOSSÁRIO
ALBIGENSES - Membros de uma seita religiosa no sul da França, nos séc. XII e XIII.
Negavam a realidade da encarnação de Jesus Cristo e condenavam a procriação.
GUETO - Rua ou bairro onde são isoladas pessoas ou grupos por imposição
econômica, racial ou religiosa.
HEREGE - Pessoa que professa doutrina contrária ao que foi definida pela Igreja como
sendo matéria de fé. Eram chamados os que se opunham às doutrinas da Igreja
Romana.
INDULGÊNCIA - Graça concedida pela Igreja Católica aos seus membros, perdoando
total ou parcialmente a pena devida a um pecado. Perdão de pecados. A venda de
indulgências pelo Papado foi a principal causa da Reforma.
MÁRTIR - Pessoa que sofreu tormentos, torturas, perseguições ou a morte por sustentar
a fé cristã.
MONGE - Religioso que vive em mosteiros e está sujeito a uma regra comum.
PAPA - Título dado ao chefe da Igreja Católica Apostólica Romana. Também chamado
Sumo Pontífice Romano.
TE DEUM - Expressão de origem latina que significa "A ti Deus". Cântico da Igreja
Católica em ação de graças, que principia por essas palavras.
REFERÊNCIAS BIOGRÁFI-CAS
BIBLIOGRAFIA