Carta Resposta aos Técnico-Administratives em Educacao da UFOB
Prezadas Técnico-Administrativas,
Prezados Técnico-Administrativos,
Recebemos com muita alegria a carta de vocés, pois reconhecemos nela muitas propostas que jé
tivemos a oportunidade de incluir no plano de gestdo que elaboramos e outras que nao fomos
capazes de formular anteriormente. E fundamental assinalar que é mais importante 0 fato de nao
haver inteira coincidéncia entre as propostas apresentadas e nosso plano de gestio. Isto é mais um
claro sinal de que o melhor caminho é 0 da construgio coletiva. As decisées a serem tomadas pela
gestio tem consequéncias na vida de cada um de nés e de vocés. Nada mais justo todos participem
das decisies, enriquecendo a gestio.
Nao temos diivida de que numa democracia as melhores decisdes sdo aquelas tomadas
coletivamente, com 0 cuidado de garantir a todos e todas 0 direito a voz que Ihes é caracteristico. E
preciso fazer valer o fato de que nossa Universidade é composta por ts distintos segmentos. Cada
um deles com suas singularidades e demandas diversas. Cada um contribui 4 sua maneira com a
construgio cotidiana da Universidade. Cada um dos segmentos vé.a Universidade do ponto de vista
do modo como se dedica a ela, das tarefas que executa. A Universidade é a soma dessas diferentes
formas de dedicar-se a ela e a totalidade formada por esses diversos pontos de vista. Uma gestao
democratica deve ser capaz de fazer dialogar essas diferentes perspectivas que constituem 0 tecido
universitério, 0 que nfo pode ser feito sem garantir que cada uma das categorias viva a
Universidade igual e singularmente. A nossa comunidade sé tem a ganhar com isso. Também por
isso recebemos com muito entusiasmos a carta de vocés. Identificamos haver em comum a todas as
propostas apresentadas 0 desejo de aprimorar a participagio da categoria dos técnicos na vida
universitaria
Sabemos que as atividades de ensino, pesquisa e extensdo que constituem o ser da Universidade nao
se sustentaria sem 0 trabalho de vocés. Mas sabemos também 0 quanto historicamente esse trabalho
no é reconhecido como tal, nao Ihes permitindo contribuir & altura da competéncia e especialidade
que a categoria possui. As consideracdes apresentadas na carta sio exatamente 0 que
compreendemos como princfpios que devem nortear a gestio na Universidade. Esses principios
orbitam em tomo da ideia de que nosso trabalho é realizado numa instituicao puiblica de ensino cuja
principal missdo é formar cidadas e cidadios plenos. Disso resulta:o cardter social de nosso
trabalho, a necessidade de formagao continuada, a natureza .edycativa do trabalho, a relacdo
intrinseca do trabalho com desenvolvimento humano,
dignidade humana, a humanizacao Yoexercicio funcional
Entendemos que esses principios so norteadores de medidas préticas a serem viabilizadas e
elaboradas coletivamente, sendo que muitas delas ja se encontram presentes no plano de gestao que
apresentamos, mas nao nos custa reiterar 0 compromisso firmado:
1. Criago de protocolo tinico;
2, Desburocratizacao de procedimentos e rotinas;
3. Apoio & formacao permanente das técnicas e técnicos;
4, Implementagao de uma Coordenagio Académica;
5, Implementagao de espaco de convivéncia compartilhado com demais Centros do Campus;
6, Aumento do quadro de trabalhadores;
7. Flexibilizacao de horétios.
Comprometidos com todas’as propostas, estamos convictos de que podemos avangar mais, como
também sabemos que a implementagio delas nao pode ser determinada monocraticamente pela
Diregao e depende de nossa luta coletiva. Em especial, 0 aumento do nimero de pessoas no trabalho
técnico, Consideramos muito benfazeja a incluso de estagirios. Com isso, aproveitamos melhor a
energia de trabalho de que dispomos, melhorando as condicdes de dedicagio as tarefas que a
categoria exerce. Mas nao podemos perder de vista o fato de que essa ¢ uma medida de carter
imediato que nao nos desobriga de lutar pelo aumento do nosso quadro funcional, com o propésito
de aprimorar 0 desenvolvimento de todas as atividades académicas. Por outro lado, a incluso de
estagidrios deve ser compreendida como medida de formacao de pessoas, ndo como um simples
paliativo.
Despedimo-nos aproveitando para reafirmar 0 nosso compromisso representar os melhores
interesses da comunidade do CCET, convictos de que esse é um desafio que nao podemos enfrentar
sozinhos. Nao o teriamos aceitado se ndo tivéssemos a certeza do comprometimento da
comunidade.
Barreiras, 10 de fevereiro de 2019.
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Um forte abrago,
Portella e Edward