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Novo procedimento «Cooperativa na Hora»


Regime especial de constituição imediata de cooperativas

O regime especial de constituição imediata de cooperativas, a «Cooperativa na Hora», garante o início e fim do processo num único dia. A medida do
SIMPLEX entra em vigor no dia 1 de julho.

A partir daí deixa de ser preciso obter um certificado de admissibilidade de denominação ou reduzir a escrito a constituição ou proceder ao registo da mesma.
Pessoas singulares ou coletivas que pretendam constituir uma cooperativa podem criar uma num dia e sem deslocações aos serviços das finanças e aos
serviços da segurança social.

O procedimento inclui a comunicação aos interessados de informações que antes implicavam deslocações a diversos serviços da Administração Pública,
nomeadamente do registo comercial, que passará a estar disponível através da certidão permanente da cooperativa, de acesso gratuito por três meses e da
comunicação aos interessados do número de identificação na segurança social da cooperativa.

Uma vez criada, a nova cooperativa tem automaticamente um registo de domínio na Internet a partir da sua denominação, endereço de correio eletrónico ou
uma página na Internet.

O procedimento custará 360 euros mais os custos das publicações obrigatórias e a taxa por aquisição de marca registada, quando ocorra. Em caso de recusa
de titulação e de registo não são devidos quaisquer encargos; todas as quantias cobradas pelo procedimento de constituição da cooperativa são devolvidos.

Vários tipos de cooperativas estão excluídos: as de crédito, ensino superior, seguros, de grau superior, de interesse público e a Sociedade Cooperativa
Europeia. O regime também não se aplicará às cooperativas cujo capital seja realizado com recurso a entradas em espécie nem às cooperativas que integrem
membros investidores.

Constituição imediata de cooperativas

O novo regime especial de constituição imediata de cooperativas, com ou sem a simultânea aquisição de marca registada é da competência das
conservatórias do registo comercial, ou de quaisquer outros serviços de registo do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) fixados por despacho do
presidente do conselho diretivo, independentemente da localização da sede da cooperativa a constituir.

A competência abrange a tramitação integral do procedimento, incluindo a prática dos atos de registo comercial a efetuar.

Os serviços devem iniciar e concluir a sua tramitação no mesmo dia.

Para poder se aplicado o procedimento «cooperativa na hora» é preciso:


- usar o ato constitutivo de modelo aprovado pelo IRN;
- escolher a denominação através por uma de três formas: por aprovação no posto de atendimento, por apresentação do certificado de admissibilidade de
denominação ou escolhendo uma denominação constituída por expressão de fantasia previamente criada e reservada a favor do Estado, associada ou não à
aquisição de uma marca previamente registada a favor do Estado.

A bolsa de firmas criadas pelo RNPC e reservadas a favor do Estado, bem como a bolsa de firmas reservadas e de marcas registadas a favor do Estado,
podem ser utilizada para a afetação de denominações às cooperativas a constituir no âmbito da cooperativa na hora.

Procedimento «Cooperativa na Hora» em três passos

1. Verificação inicial

Os interessados devem formular o seu pedido junto do serviço competente, manifestando a sua opção pela denominação e marca, se for o caso, e pelo
modelo de ato constitutivo.

Para continuar o procedimento é preciso que a identidade, a capacidade e os poderes de representação dos interessados para o ato sejam logo verificadas
mediante a apresentação dos respetivos comprovativos, incluindo autorizações especiais se forem necessárias.

Os cooperadores devem declarar (se ainda não o tiverem feito), sob sua responsabilidade, que será feito o depósito das entradas num mínimo de 10% no
prazo de cinco dias úteis, sendo o remanescente do capital social realizado no prazo que esteja previsto nos estatutos, conforme prevê o Código
Cooperativo.

Os interessados são advertidos de que devem proceder à entrega da declaração de início de atividade para efeitos fiscais, no serviço competente, no
prazo legalmente fixado para o efeito.

2. Pagamentos, atos e registos

A seguir o conservador procede aos seguintes atos, pela ordem indicada:

- cobrança dos encargos que se mostrem devidos;


- aprovação da denominação ou afetação, por via informática e a favor da cooperativa a constituir, da denominação escolhida ou da denominação e
marca escolhidas, e do número de identificação de pessoa coletiva associado à denominação;
- preenchimento do ato constitutivo, por documento particular, de acordo com o modelo previamente escolhido, nos termos das indicações dos
interessados (o conservador recusa se o ato for anulável ou ineficaz, e sempre que haja omissões, vícios ou deficiências que afetem a formação e

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exteriorização da vontade dos intervenientes no ato ou nos documentos que devam instruir e que obstem à realização, com caráter definitivo, do registo
da constituição da cooperativa bem como quando, em face das disposições legais aplicáveis, o ato não seja viável);
- recolha das assinaturas dos intervenientes no ato constitutivo;
- anotação automática da apresentação do pedido verbal de registo no respetivo diário e digitalização para o arquivo eletrónico dos documentos
que servem de base ao registo;
- registo de constituição da cooperativa e de designação dos membros dos órgãos sociais;
- promoção das publicações legais;
- comunicação automática e eletrónica da constituição da cooperativa ao ficheiro central de pessoas coletivas e codificação da atividade
económica (CAE);
- disponibilização imediata do cartão eletrónico da empresa mediante a atribuição de código de acesso, bem como comunicação aos interessados
do número de identificação da cooperativa na segurança social.

3. Documentos disponibilizado à nova cooperativa

Concluído o procedimento de constituição da cooperativa, o serviço entrega de imediato, ou remete por via eletrónica sempre que tal se mostre
possível, aos representantes da cooperativa:

- original do título constitutivo;


- código de acesso à certidão permanente de registo comercial, nos termos do Código do Registo Comercial;
- recibo comprovativo do pagamento dos encargos devidos;
- documento comprovativo da aquisição de marca registada, em modelo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), quando exista. Nestes
casos é dispensado o documento escrito e assinado pelas partes e não há lugar à emissão do título de concessão;
- e envia posteriormente o cartão da cooperativa, a título gratuito.

Comunicações às entidades envolvidas

Após a conclusão do procedimento de constituição da cooperativa, o serviço remete a outras entidades os seguintes documentos:
- à Cooperativa António Sérgio para a Economia Social: por via informática, os dados necessários ao cumprimento do disposto no Código Cooperativo;
- ao INPI: caso tenha havido aquisição de marca registada, transmite-a para que se proceda à sua inscrição oficiosa no processo de registo;
- ao Registo Nacional de Pessoas Coletivas (RNPC): para efeitos de dispensa de prova.

Referências
Decreto-Lei n.º 54/2017, de 2 de junho
Código do Registo Comercial, artigos 101.º e seguintes
Regulamento Emolumentar dos Registos e Notariado, artigo 27.º

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07.07.2017

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