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Pinot Noir

A pinot noir é uma uva tinta da família das Vitis vinifera, originária do
sudeste da França e com ela se faz os famosos vinhos “Borgonha”, sendo
considerada a grande uva dessa região! Acredita-se que seja cultivada há mais
de 2 mil anos, sendo seu primeiro registro de 150 a. C.
Com ela são produzidos vinhos bastante famosos e admirados em todo
o mundo entre os quais o Romanée-Conti, Volnay, Clos de Vougeot e outros
tantos grands crus (denominação de origem controlada (DOC) que designa
vinhos de grande qualidade). São em geral bastante complexos com aromas
intensos e que evoluem muito bem com o passar dos anos. Ela também é
cultivada região da Champagne, França, e faz parte do"corte" (mistura com
outras variedades) que irá resultar no champanhe propriamente dito.[1]
Por ser tão antiga, a Pinot Noir originou toda uma família de uvas: Pinot
Gris e Pinot Blanc. Além disso, segundo recentes estudos de DNA, 16 castas
distintas têm a Pinot Noir na sua origem, dentre elas: Chardonnay, Gamay,
Melon de Bourgogne (Muscadet) e Auxerrois (Malbec). O cultivo em outras
partes do mundo só começou na década de 1990 (Nova Zelândia, Califórnia,
Oregon, Austrália, Chile).

Características Principais
A Pinot Noir não se adapta em qualquer região. É uma casta muito difícil
de cultivar, quase temperamental. Para muitos apreciadores só existe uma
região que vale a pena, a Borgonha. Para outros, menos radicais, ainda pode-
se encontrar bons Pinot Noir na Nova Zelândia e Califórnia. Apesar dessa
pequena diferença de opinião, existe o consenso que ninguém faz Pinot Noir
como a Borgonha. Lá ela se mostra insuperável, majestosa e soberba.
A casta é vigorosa, deve-se tomar cuidado com o rendimento. Se o
vinhedo não for bem cuidado, não há nada que se possa fazer na cantina, ou
seja, não se conserta. Apresenta cachos pequenos e de cor violeta profunda,
os seus bagos também são pequenos, redondos, delicados e de casta fina.
Necessita de clima fresco bem equilibrado. Floresce e amadurece mais cedo.
O excesso de frio produz vinhos pálidos e de sabores pobres. O excesso de
calor sobre amadurece a Pinot Noir, provocando sabores e aromas
excessivamente tostados e de geléias, afastando a elegância marcante.
Em linhas gerais, os aromas primários mais encontrados são: frutas
vermelhas (cereja, framboesa, morango, ameixa), florais (violeta, rosas),
especiarias (alcaçuz, açafrão, canela, orégano, chá verde) outros (vegetação
rasteira, terra molhada, chão de terra, almíscar, azeitona preta). Com o tempo
de guarda, os melhores vinhos podem apresentar: amadeirados (sândalo,
incenso, cedrinho, caixa de charutos), animal (couro velho, suor), outros (ervas,
especiarias, funghi, trufa).

Aromas

Cereja,
Framboesa,
Morango fresco,
Ameixa vermelha,
Violeta,
Rosas,
Açafrão,
Sândalo,
Cedrinho,
Trufas,
Terroso,
Almíscar.

Na boca, a Pinot Noir é ainda mais fascinante. Alguns especialistas


alegam que ela remete às boas coisas/lembranças da infância. Morangos,
sumo de carne, temperos e uma deliciosa sensação sedosa. Normalmente a
acidez se destaca com taninos e álcool bem equilibrados e discretos. Possui
boa estrutura, intensidade, complexidade e apresenta-se marcante, apesar de
seu corpo ser médio (na maioria das vezes). A passagem por madeira é bem
vinda desde que não destrua sua delicadeza.
A Pinot Noir é uma casta para ser apresentada sozinha (varietal).
Poucas experiências de corte (assemblage) deram certo. Champagne é uma
delas, onde se pode cortar com a Pinot Meunier e a Chardonnay.
No Chile, a uva vem sendo cultivada, com bons resultados, em Casablanca, a
leste de Valparaiso; no Vale de Santo Antonio, ao sul de Valparaiso e o Vale de
Limarí, a cerca de 400 quilômetros ao norte de Santiago, além do famoso Vale
Central, próximo a capital.

Fontes de pesquisa:
Guia Virtual do Vinho - http://www.guiadovinho.com.br/leiamais.php?id=125
McCARTHY, Ed. EWING-MULLIGAN, Mary. Vinho para leigos. São Paulo:
Mandarin, 1996.
SARDENBERG, Carlos Alberto. MACHADO, Renato. O assunto é vinho. São
Paulo: Saraiva, 2008.

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