ee ME me Brasileira een) Jorge Zahar EditorCopyright © 2000, Bernardo Sorj Copyright desta edigio © 2006: Jorge Zahar Editor Lida. rua México 31 sobreloja 20031-144 Rio de Janeiro, RJ tel.: (21) 2240-0226 / fax: (21) 2262-5123 e-mail: jze@zahar.com.br Todos 0s direitos reservados. A reprodugao nao-autorizada desta publicagiio, no todo ou em parte, constitui violagdo do copyright. (Lei 9.610/98) Capa: Carol $4 e Sérgio Campante Edigao anterior: 2000, 2001 CIP-Brasil. Catalogagio-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. Sorj, Bemardo S69In A nova sociedade brasileira / Bernardo Sor). 3.ed. 3.ed. — Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006 Inclui bibliografia ISBN 85-7110-548-0 1. Brasil— Condigdes sociais. 2. Brasil - condigdes econémicas. 3. Brasil ~ Politica e governo. I. Titulo. CDD 981 01-1888. CDU 981As sete faces da sociedade brasileira Introducgdo A grandeza dos cientistas sociais e a miséria das ciéncias sociais estao ligadas a identificagao de uma causa ou instituigao social “fundamen- tal” (sejam interesses, valores, tecnologia, forgas inconscientes, luta de classes, capacidade de aprendizagem, linguagem ou racionalizagao, para enumerar alguns dos “fatores” mais conhecidos) a partir da qual se explica ou deduz o conjunto de instituigdes da sociedade. Uma variagdo 4 monocausalidade sociolégica € 0 pensamento estruturalista, que reduz a organizagao social a grandes oposigdes ou dicotomias cujos pélos nao séo problematizados e que possuem um contetido tao universal que perdem toda a substancia e especificidade, sacrificando a variedade e diversidade de outros fatores ou oposigdes constitutivas da ordem social. O que pode ser um instrumento heuris- tico ou um ponto de partida se transforma em ponto de chegada e uma chave universal empobrecedora do mundo social. Dada a complexidade da vida social, estas explicagdes se mos- tram limitadas, 0 que leva a crises periddicas de relevancia e ao questionamento da possibilidade de uma ciéncia da sociedade, até o surgimento de um novo (ou redescoberta de um antigo) marco explicativo. A ascensao de novas teorias, por sua vez, nao € alheia a contextos sociais que valorizam certas dimensoes da vida social em relagao a outras. O principal desservigo das explicagdes monocausais nao é a limitada relevancia explicativa mas, sim, a ilusio de que vivemos em um mundo social racional e coerente que funciona a partir de uma légica nica. Na medida em que enfatiza um princfpio explica- u