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Organização

das Nações Unidas


para a Educação,
a Ciência ea Cultura
Rota do Escravo
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As atividades de O projeto suscitou um tragédia que abrange a luta contra a escravatura
SHVTXLVDFLHQWtÀFD interesse crescente em humanidade como um e sua abolição, visando
principalmente sobre o diferentes países do todo. Hoje em dia, há homenagear a Revolução
WUiÀFRWUDQVDWOkQWLFR mundo, principalmente menos reticências da parte haitiana e a luta engajada
e a implementação e nos que foram afetados dos países em abrir este dos próprios escravos,
promoção de redes SHORWUiÀFRQHJUHLUR capítulo de suas histórias por sua liberdade e sua
temáticas constituíram, e escravatura. Criou e há mais vontade de dignidade. Durante
em um primeiro momento, uma dinâmica que LQVFUHYrORQDVPHPyULDV esse ano, o projeto
uma das prioridades favoreceu o lançamento coletivas, com sua iniciou uma série de
do projeto Rota do de campanhas de inserção nos calendários eventos importantes
Escravo. As redes, que sensibilização, o das comemorações das como a exposição
estão localizadas nas desenvolvimento de agendas políticas. itinerante « Dever de
LQVWLWXLo}HVFLHQWtÀFDV trabalhos de pesquisa, Uma das maiores memória : triunfo sobre
ou coordenadas por a publicação de livros realizações do projeto a escravatura » e a
cientistas ou pesquisadores e a produção de foi sua contribuição ao atribuição do prêmio
de reconhecida materiais audiovisuais e UHFRQKHFLPHQWRGRWUiÀFR UNESCO Toussaint-
competência, alimentam pedagógicos. Ao conferir negreiro e da escravatura LouvertureDGXDVÀJXUDV
resultados de trabalhos uma dimensão universal à como um « crime contra emblemáticas da luta
de pesquisa, o ensino e a TXHVWmRGRWUiÀFRQHJUHLUR a humanidade » pela contra as sequelas da
HGXFDomRVREUHRWUiÀFR e da escravatura, o projeto Conferência mundial escravatura : Aimée
negreiro, esclarecem a contribuiu para que as contra o racismo, a Césaire e Abdias do
MXVWLÀFDWLYDGRVOXJDUHVGH pessoas reconhecessem discriminação racial, a Nascimento.
memória e dão sentido WUDWDUVHGHXPD xenofobia e a intolerância
às expressões artísticas e associadas a esses Apoio a outras iniciativas
culturais vivas. fatos, que aconteceu
Além de suas próprias
em Durban, Africa do
atividades, o projeto apoia
Sul em 2001. Uma outra
os esforços de outros
ação estratégica foi
parceiros, que contribuem
a proclamação, pelas
no alcance dos
Nações Unidas, de 2004
objetivos contemplados,
como o Ano Internacional
favorecendo as trocas
da comemoração da
de experiência e a
colaboração em torno
desta questão.
I. Origem do projeto
Foi através de proposta decidiu colocar em pauta a de igualdade e de respeito da
do Haiti e dos países africanos TXHVWmRGRWUiÀFRGHHVFUDYRV pessoa humana e pela vontade de
que a Conferência Geral da e da escravatura, no intuito de substituí-lo através da exploração
UNESCO aprovou, em sua contribuir com a preservação da ignorância, do preconceito, do
vigésima sétima sessão de 1993, da paz, um dos objetivos dogma da desigualdade das raças e
a implementação do projeto : fundamentais das Nações dos homens. »
« Rota do Escravo » (Resolução 27 Unidas. 2WUiÀFRGHHVFUDYRVSHORVXIRFDQWH
& 2SURMHWRIRLRÀFLDOPHQWH De fato, símbolo da negação silêncio universal, a violência extrema
lançado em 1994 no Benin, em dos direitos humanos mais que o acompanhou, a consciência
Ouida. elementares, esta tragédia pertubadora provocada nos discursos
Consciente do fato de que deveria ser lembrada pela TXHRMXVWLÀFDPHWDPEpPSHORV
ignorar ou ocultar eventos consciência humana. Ela se sistemas paradoxais dos quais foi
históricos de grande importância jacta do preâmbulo do Ato a causa, interpela as sociedades
constitui em si um obstáculo Constitutivo da UNESCO, que contemporâneas. Levanta algumas
à compreensão mútua, à reconhece que horrores tais das questões mais polêmicas do
reconciliação internacional como os da última Guerra mundo atual, como a dos direitos
e à estabilidade, a UNESCO Mundial aconteceram em humanos, da construção de
virtude da « negação do ideal identidades, da cidadania, da divisão
democrático de dignidade, dos recursos e do pluralismo cultural.
Considerado a maior tragédia da história tocadas pela escravatura um campo excepcional
humana, por sua duração e sua amplitude, e, do diálogo intercultural, cujas problemáticas são de
também, uma estranha forma de globalização, uma importância considerável para as sociedades
RWUiÀFRGHHVFUDYRVSURYRFRXHPQtYHOJOREDO modernas. Assim, o projeto não se caracteriza
profundas transformações que explicam, em por uma posição retrógrada, pois, ao contrário,
SDUWHDVFRQÀJXUDo}HVJHRSROtWLFDVHVRFLR tenta explicar de maneira mais clara o presente e
econômicas do mundo contemporâneo. FRQWULEXLUDRIXWXURGDVVRFLHGDGHVPXOWLpWQLFDVH
A necessidade de tratar de forma holística e multiculturais.
metódica este capítulo doloroso da história
GDKXPDQLGDGHWRUQRXVHDLQGDPDLVXUJHQWH
perante o debate sobre o impacto de fatores
históricos no desenvolvimento dos países da
ÉIULFDHVREUHDVFRQGLo}HVVRFLRHFRQ{PLFDV
e culturais das populações de ascendência
africana no resto do mundo.
$OpPGDGLPHQVmRHFRQ{PLFDRWUiÀFRGRV
escravos provocou igualmente interações
VLJQLÀFDWLYDVHQWUHRVSRYRVGDÉIULFDGD
Europa, das Américas, e do Oceano Índico,
GRPXQGRÉUDEH0XoXOPDQRHGDÉVLDTXH
transformaram profunda e duravelmente
suas culturas, seus conhecimentos, suas
crenças, e seus comportamentos. O processo
de interculturalidade que começou com o
WUiÀFRFRQWLQXDDLQGDKRMHDWUDQVIRUPDUD
humanidade.
O conceito de « rota » foi escolhido para ilustrar
o movimento de trocas entre os povos, culturas
HFLYLOL]Do}HVTXHÀ]HUDPGDViUHDVJHRJUiÀFDV
II. Objetivos
• Quebrar o silêncio sobre a tragédia do tráfico
de escravos e contribuir, através da realização
de trabalhos científicos multidisciplinares,
para uma melhor compreensão dessa tragédia,
suas causas profundas, suas problemáticas e
suas modalidades de operação.

• Enfocar • Contribuir com


objetivamente as a cultura da paz
consequências do e a coexistência
tráfico de escravos pacífica dos povos,
nas sociedades promovendo a
modernas, reflexão sobre o
principalmente nas pluralismo cultural,
transformações a construção de
globais e nas novas identidades e
interações culturais cidadanias e o diálogo
dos povos. intercultural.
III. Estrutura
O projeto « Rota do Escravo » é um projeto intersetorial e transdisciplinar da UNESCO, o qual está
ligado a todos os domínios de competência da Organização. Para atender a esta característica
particular do projeto, o Diretor Geral da UNESCO compôs uma equipe especial, envolvida em
DWLYLGDGHVGD81(6&2UHODWLYDVDRHVWXGRGRWUiÀFRQHJUHLURHVXDVLPSOLFDo}HV$FRRUGHQDomR
e o controle das atividades do projeto são asseguradas pela Divisão das Políticas Culturais e do
Diálogo Intercultural. A estrutura do projeto está assim, nos seguintes órgãos :

Comitê Científico Internacional Os Comitês Nacionais


Composto de vinte membros Para mobilizar e instigar a participação
designados pelo Diretor Geral no projeto Rota do Escravo das
da UNESCO com base nas populações, de seus atores envolvidos
suas competências pessoais, o (intelectuais, pesquisadores, artistas,
Comitê, que foi reestruturado educadores, jornalistas, líderes
em 2006, está encarregado comunitários, etc), os comitês nacionais
de garantir a abordagem foram criados em varios países. Sua
objetiva e, se possível, missão é suscitar, a nível nacional,
consensual das problemáticas a conscientização necessária,
da Rota do Escravo, como promover o debate e contribuir na
também aconselhar a UNESCO busca do consenso no tratamento
na orientação do Projeto. GDTXHVWmRGRWUiÀFRQHJUHLURHGD
Multidisciplinar e Multicultural. escravatura. O comitê é geralmente
O Comitê é formado de composto de especialistas destas
especialistas de diferentes questões, de representantes das
GLVFLSOLQDVFLHQWtÀFDVHGH Comissões Nacionais para a UNESCO
diferentes regiões do mundo e de outros membros da sociedade
(Africa, Américas, Caribe, Europa, civil, das instituições acadêmicas e
Ásia, Oceano Indico, e Mundo dos ministérios relacionados com a
ÉUDEH0XoXOPDQR  questão.
IV. Os Diferentes Programas do Projeto
O projeto está estruturado em torno de cinco programas intrinsecamente ligados :
• 8PSURJUDPDGHSHVTXLVDFLHQWtÀFDTXHVHEDVHLDHPXPDJUDQGHUHGHGHLQVWLWXWLo}HVHGHHVSHFLDOLVWDVGRPXQGR
• Um programa pedagógico e educativo que se apoia principalmente na rede de 7.000 escolas associadas da UNESCO no
PXQGRDVTXDLVEXVFDPHQFRUDMDUDLQWHJUDomRGRHQVLQRGHVWDWUDJpGLDQRVSURJUDPDVHVFRODUHVHSDUDHVFRODUHV
• Um programa sobre a contribuição da diáspora de ascendência africana e a promoção de culturas vivas e expressões
DUWtVWLFDVHHVSLULWXDLVRULXQGDVGDVLQWHUDo}HVGHFRUUHQWHVGRWUiÀFRQHJUHLURHGDHVFUDYDWXUD
• 8PSURJUDPDVREUHDFROHWDHDSUHVHUYDomRGHDUTXLYRVHVFULWRVHGHWUDGLo}HVRUDLVOLJDGDVDRWUiÀFRQHJUHLUR
• Um programa sobre o inventário e a preservação de lugares e edifícios de memória ligados à esta tragédia e sua
promoção através do turismo cultural.

V. As realizações do projeto
&RPEDVHQDVUHFRPHQGDo}HVHRULHQWDo}HVGHÀQLGDVSHOR&RPLWr&LHQWtÀFR,QWHUQDFLRQDORSURMHWRFRQFUHWL]RXRV
seguintes tipos de atividade :
• 5HDOL]DomRGHHVWXGRVHWUDEDOKRVGHSHVTXLVDVREUHDVGLPHQV}HVHVVHQFLDLVGRWUiÀFRQHJUHLURDVVLPFRPRVXDV
consequências culturais, econômicas e políticas ;
• Organização de colóquios, seminários e outros encontros técnicos importantes;
• Organização de exposições, festivais e concertos ;
• Elaboração de materiais pedagógicos e de informação ;
• 5HDOL]DomRGHÀOPHVGRFXPHQWiULRV
• Inventário de lugares de memória para o desenvolvimento de um turismo de memória ;
• Coleta de dados sobre a tradição oral ;
• Apoio à criação e à promoção de museus sobre a escravatura ;
• ,GHQWLÀFDomRHDUPD]HQDPHQWRGHLQIRUPDo}HVVREUHRWUDÀFRH[SORUDomRGHDUTXLYRV
• ,PSOHPHQWDomRGHUHGHVGHLQVWLWXLo}HVFLHQWtÀFDV
• 3XEOLFDomRGHOLYURVFLHQWtÀFRVHGHGRFXPHQWRVGHVWLQDGRVDRJUDQGHSXEOLFR
• Implementação de um site Internet : http://www.unesco.org/culture/slaveroute ;
• Celebração do Ano Internacional da comemoração da luta contra a escravatura
e sua abolição, assim como as jornadas internacionais de comemoração.
VI. As Publicações do Projeto
O projeto criou uma Coleção UNESCO intitulada Memória dos Povos- A rota do Escravo, destinada a publicar
os resultados dos trabalhos iniciados pela UNESCO e pelas diferentes redes de parceiros. Estas publicações
SHUPLWHPWDPEpPGLYXOJDURVGHEDWHVHQWUHHVSHFLDOLVWDVVREUHDVTXHVW}HVGRWUiÀFRQHJUHLURHGHVXDV
consequências. Assim, quinze livros foram publicados ; seus títulos estão indicados no site internet do projeto :
http://www.unesco.org/culture/slaveroute.
O projeto publica um Boletim Informativo, que editou um número especial consagrado à celebração do Ano
Internacional de comemoração da luta contra a escravatura e de sua abolição.

&ULDomRJUiÀFD6ROHGDG0XQR]*RXHW²)RWRJUDÀDV‹81(6&2
VII. Nova Fase do Projeto
Apos dez anos de existência, o projeto é hoje objeto de uma avaliação externa, que colocou em realce seu
impacto considerável nas diferentes regiões do mundo e as importantes esperanças e expectativas que ele
VXVFLWD$VFRQFOXV}HVGHVVDDYDOLDomRQRUWHDUDPDUHÁH[mRHDGHÀQLomRGHQRYDRULHQWDomR
SDUDRSURMHWR$VVLPRSURMHWRGHYHUiGLUHFLRQDUVHSULQFLSDOPHQWHSDUD
• O aumento de atividades do projeto, e o encorajamento, nas regiões pouco cobertas até
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• O desenvolvimento de temáticas pouco exploradas, como : as consequências de
ORQJRSUD]RGRWUiÀFRHGDHVFUDYDWXUDDWUDQVIHUrQFLDGHFRQKHFLPHQWRVGHknow-
how, da Africa para o resto do mundo ; a luta contra os preconceitos raciais e o racismo
herdado desta tragédia.

Para obter informações favor contatar :


Seção de Historia e Cultura,
Divisão das politicas culturais e do dialogo intercultural
1, rue Miollis, 75015 Paris, FRANCE
Tel. : (33) 1.45.68.49.45
Fax : (33) 1.45.68.57.51
Site Web : http://www.unesco.org/ulture/slaveroute
(CLT-2006/WS/8)

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