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BOLETIM INFOC 1R/Contabilidade e Direito Comercial - Leia-se: Meda | Origa Histérieo Cenmete ‘codigo | RR, |featmena to mpono de fonda aevn no mts de eont02. | cag cry | Gumio | soe ace Stas penne Some | Pe . [imposToDERENDA. S| CONTABILIDADE Pessoa Fisica e Fonte - Rendimentos recebidos em moeda estrangeira em” setembro/2002 ~- Taxas de conversio Os rendimentos percebidos no exterior por contribuintes domiciliados no Brasil, bem como as dedugées na base de calcul do Imposto de Ren- da incidente na fonte e o Imposto pago no exterior © compensavel com 0 devido no Brasil, em setem- bro/2002, deverdo ser convertidos em reais com a utilizagao das seguintes taxas do dolar dos Esta- dos Unidos da América (Ato Declaratorio Executivo n? 29/2002, da Coordenagéo-Geral de Tributagao, publicado nesta Edico, Cademo Legisiagao Fe- doral) a) na conversao dos rendimentos recebidos & do imposto pago no exterior sera utilizado 0 valor do délar fixado para compra no dia 16.08.2002 de R$ 3,1904; b) as dedugses permitidas na base de calcul do imposto incidente na fonte (penséo alimen- ticla, contribuigdes previdenciarias e contri. buigdes para entidades de previdéncia priva- da domiciliadas no Pais) seréo convertidas pelo valor do délar fixado para venda no dia 15.08.2002 de RS 3,1912, Avaliagao de investimentos pelo valor do patriménio liquido (método da equivaléncia patrimonial) ‘SUMARIO 4. Introdugao 2. Investimentos sujeitos & avaliagao pela equivaléncia patrimonial 3, Critrios gerais de calcule da equivaléncia patrimonial 4, Coligadas ou controladas com patriménio liquide negative 5, Balxa do invastimento - Tratemento fiscal 6 Exemplo 7. Outras participagdes societérias - Avaliagdo pelo método de custo 1. INTRODUCAO Vamos abordar neste trabalho os principais aspectos, inclusive fiscais, relativos a avaliagao de investimentos (participagSes societarias) pelo valor do patriménio liquido da sociedade investida - 0 ‘chamado “metodo da equivaléncia patrimonial’. Sublinhe-se que esse método de avaliagao 6 obrigatério, nas hipéteses citadas no item 2 a seguir, para todas as pessoas juridicas tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro real, independentemente da forma juridica (sociedade por ages, sociedade por quotas ou de qualquer INFOC-- 12 decindio de setembro - 22/2002 m7 BOLETIM INFOC IR/Contabilidade e Direito Comercial outro tipo ou firma individual) segundo a qual este- ja organizada a investidora e as coligadas ou con- troladas (PN CST n® 107/78), Do outro lado, cabe observar que a avaliacao pelo método da equivaléncia patrimonial nao se aplica aos investimentos permanentes que nao se ‘enquadrem nas hipoteses citadas no item 2, os quais devem ser avaliados pelo custo de aquisi¢éo (corr- gido monetariamente até 31.12.95, se adquiridos até essa data). 1.1 Companhias abertas e instituigdes financeiras ~ normas especificas Tratando-se de companhias abertas 0 do insti- tuig6es financeiras, além das normas mencionadas 0 longo deste texto, deve ser observada, também, a disciplina normativa baixada, respectvamente, pela CComisso de Valores Mobilérios (CVM) e pelo Banco Central do Brasil (Bacen). 2, INVESTIMENTOS SUJEITOS A AVALIAGAO PELA EQUIVALENCIA PATRIMONIAL Dever ser avaliados pelo valor de patriménio liquido os investimentos relevantes da pessoa juridi- ca! a) em sociedades controladas; 'b) em sociedades coligadas sobre cuja admi- nistragao tenha influéncia, ou de que partcipe com 20% ou mais do capital social (Caput e incisos | I do art. 384 do RIRI99 @ caput do an. 248 da Lei ri 6404/76) 2.1 Conceito de investimento relevante Considera-se relevante o investimento’ a) om cada sociedade coligada ou controlada, se 0 valor contabil for igual ou superior a 10% do valor do patriménio Iquido da pessoa jurf- dica investidora; ou b) no conjunto das sociedades coligadas & controladas, se 0 valor contabil for igual ou superior a 15% do valor do patriménio liquid da pessoa juridica investidora, Nota No caso invastora consttulda sao a forma do socledice or ag6es (SA, para fins do determina relevance do mvestmento Sever ser computados como custo de aqusigao os sales de crits 68 compantis con 2 colgadas e contoadss. (Paragrato Unico do art. 247 @ § 18 do art, 248 da Le 6.40476 6 § 3 do art. 384 do RIR!99) 2.2 Sociedades coligadas, controladas € controladoras - Conceituagao 2.2.1 Sociedades coligadas Sao coligadas as sociedades quanda uma participa com 10% au mais do capital de outra, sem controlée-la. Exemplo: Se @ empresa “A” detiver 20% do capital da empresa “B", as empresas "A e “B” serao coliga- das. Se, no entanto, essa participagao for de 5%, nao estaré caracterizada @ coligacao. Not A referencia co “eesite” sbrange tanto © “cerita votent’ quanto © “capital no votante”, ou et, 9 18! Ge sees ou cuOtES Imtegratzadss. (6 18 do art. 243 da Lel nt 6 404/76 © § 1° do art 984 0 FIR) 2.2.2 Sociedades controladas e controladoras Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou por intermédia de outras controladas, é titular de direitos de s6cio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderan- cla nas deliveragoes socials e pader de eleger a maioria dos administradores. Observarse, assim, que o controle pode ser direto ou indireto (por meio de outras controledas) & se refere & parlicipagao no capital votante Exemplo: Se a empresa “A” participa com mais de 60% do capital votante da empresa “8”, contigura-se 0 controle, ou seja, a empresa “A” contiola a empresa bt INFOG- 1° decéndio de setembro - 22/2002 BOLETIM INFOC IR/Contabilidade e Direito Comercial Consideremos, ainda, que a) a empresa “A” detém 15% do capital votan- te da empresa *C’ b) a empresa *B" (que, como vimos, & contro- lada por "A”) participa com 40% do capital vo- tante da empresa °C” Nesse caso, a empresa “A’ 6 controladora também da empresa *C" porque a soma das partici- pagoes (15% propria e 40% de sua controlada "B") ultrapassa a 50% do capital votante. (§ 22 co art. 243 da Leir® 6 404/76 © § 2 do art. 384 do FINS) 2.3 Momento em que deve ser feita a equivaléneia patrimonial De acordo com a legislagao do Imposto de Renda, a avaliagao de investimentos pela equivalén- cia patrimonial deve ser efetuada: a) na aquisicao do investimento, momento em que deverd ser desdobrado 0 custo de aqui sigdo em valor da equivaléncia. patrimonial (contorme explanado no item 8) em valor do gio ou desdgio na aquisigao (diferenca entre © custo de aquisigao eo valor da equivaléncia patrimonial - veja subitem 3.2); b) em cada balango de encerramento do pe- rfodo-base de apurag30 do lucro real, momen- to em que o ajuste do valor do investimento a0, valor de patriménio liquido da coligada ou controlada devera ser registrado como indi- cado no subitem 3.1; ©) por ocasido da alienagao do investimento. (Arts. 985, 987 0 427 do RIR/99) 3, CRITERIOS GERAIS DE CALCULO DA. EQUIVALENCIA PATRIMONIAL Em cada balango, os investimentos relevan- tes, em sociedades coligadas sobre cuja administra- cao @ investidora tenha influéncia, ou de que Participe com 20% ou mais do capital social, e em sociedades controladas, devem ser avaliados pelo valor de patrimonio iquido de acordo com as seguin tes normas gerais: a) 0 valor do patrimdnio liquide da coligada ou controlada sera determinado com base em. balango patrimanial ou balancete de verifica- (980 levantado na mesma data do balanco da empresa, ou até 2 meses no maximo antes dessa data, com observancia da legisiag2o comercial, Inclusive quanto @ dedugao das, participagoes nos resultados e da provis8o para o Imposto de Renda; Nota Nos texmos do art. 248 da Lal das SIA, po valor do patio quid a solgage cu conrlada nao devern ser computados 108 resultados n60realiados decorrentes de nogécios com a Companhia wostiaora ou com outas sociededes coigadas 3 carpanhia ou por ela controled. ') se 08 critérios contabeis adotados pela co- ligada ou controlada e pela empresa investi- dora ndo forem uniformes, esta devera fazer, no balango ou balancete da coligade ou con- trolada, os ajustes necessérios para elirinar as diferencas relevantes decorrentes da di- versidade de critérios; ©) 0 balango ou balancete da coligada ou controlada levantado em dala anterior a do balango da empresa investidora devera ser ajustado para registrar os efeitos relevantes, de fatos extraordinarios ocorridos no periodo, d) 0 prazo de 2 meses mencionado na letra “a” aplica-se aos balangos ou balancetes de verificagao das sociedades de que a coli- gada ou controlada participe, direta ou indi- Telamente, com investimentos ‘elevantes que devam ser avaliados pela valor do pa- triménio liquido, para efeito de determinar 0 valor de patrimOnio quide da coligada ou controlada: e) 0 valor do investimento sera detarminado mediante a aplicagao, sobre o valor do pa- triménio liquido ajustado conforme as letras, ‘a’ a "d", do percontual de participagao da investidora no capital da coligada ou contro- Jada (Art 987 do RIR)89 @ caput e incisos |e II do art. 248 dda Lei n® 8404/76) INFOC- 12 decindio de setembro - 22/2002

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