Você está na página 1de 27
lluminisme e Historicisme: premissas histéricas e ongées da didatica da historia “Para onde? De volta? A Idade da Pedra e das peles. De volta? Aos incertox dias onde ay mulheres colliam frutay e os homens precisavam cacar De volta? ds cavernas onde a tibo intetra precisava dormir: (Ou para frente! Para onde? Para as casas de barro e de palha onde tudo € escuro, Para frente! Para onde? Na terva onde voee precisa semear em una tinica tinha infimita”? O que € a didética da historia? Nao podemos responder a essa pergunta sem olhar para a histdria da ciéncia da Historia, Pois a historia da ciéncia é um meio da autoafismagao da didética da hist6ria, A autoafirmagio de uma diseiplina, mediante ‘historia da cigncia, n3o € incomum. A historia da historiografia sempre teve - a0 lado da teoria da Histéria como reflexao sistematica ~ uma fungd0 de esclarec' to de posigdcs na historia da ciéacia da Historia’. O que se deve levar em conside- agio, quando a didtica da historia se preocupa consigo mesma, mediante a hist6- tia da cigncia da Historia? Quais sto seus problemas? Se ela se volta meramente sobre si enquanto instincia transmissora do saber historicos e se sua relagao a cién: 9 tema: Cntomio de curas entre w Palelition © 6 Nooitie, anos 80. Ese ado pelo poems "Par onde?” de Michael Francs Dei Aang (ia: Stock, oda csperanca, Bishlches Hithwerk Mises. Materia e Histon Fendaents Historica, ol 3, Statin 81, p47 (Ce Ver Blak, Horst Walle: Histviogaphegeahih Bad Canait, 199. a Ji Ric cia da Histéria & dofinida apenas pelo conceito de “referéncia externa” Pode levar em conta dela mesma, de ses pricipios intros pris? Pode v6 drgumentay que una mudsaga na cigacia ds Histria, como a recente preterm Pele bistra cultural, leve a novos problemas de trarsmista, bem como aoe ne respectivosdesafos didéticos, Uma reconstrugdo desss ruangas pode levar eve ft, uma definiedo das tarefas da dition da histéta, Bu nio negaria que, cen isso, um aspecto da diditia da histéria vria &tona, No entanto, dento dessa orn de anise, a cincia da Histéiae a didtica do hstéiateriam um rlacionameng ‘apenas superficial. A didtica da histéia aparece como uma varidvel dependente da rocesso de desenvolvimento histrico da ciénca da histéria, Ao oeupatccomsigg mesma, dessa forma, dentro da historia da historiogratin, ela acaba por relevaraeg um segundo plano © que se A didética da histria, no entanto, ganha uma visto totalmente diferente de si mesina, se perguntar diretamente pelos fatores histérico-didsticos no processo co conhecimento na cigncia da Histéria e se buscar descobrir o papel desses fatores na, hist6ria da cigneia, Somente desse modo ela estabelece uma relagto direta com a ‘encia da historia © a histbria da ciéneia da historia - ao menos impliitamente - 6 informagOes sobre o que a didtia da histia como diseiptina é, em sie por st A diditica da historia se situa nessa telago dineta com a ciéncia da histotia, na ‘medida em que se coneebe como cigncia do aprendizado histérico e nio como cien- cia da transmissto do conhecimento histirica produzido pela cigncia da historie No que segue, entende-se “aprendizad histdrico” como o processo de formegao da identidade ¢ orientaeao historioas mediante as opecagdes da conscigneia histériea Onde se pode discernir uma conexdio direta da histiria, coma ciéncia, com a didat £2 da histéria, como ciéncia do aprendizado bistérica? Essa pergunta é mais bern respondida quando se recorre & matriz disciplinat como modelo estrutural da hist, "ia como ciéneia®. Essa matriz apresenta os fatores mentais essenciais que definem ‘thistéria como eigncia. Eles determinam o que realmente constitu’ a centificidade dda produgtio cognitiva da eigncia da historia Sao cinco os fatores que se constituem como referéacias determinantes essen- iis da matriz disciplinar da cigneia da histiria, Sistematicamente, pode-se descrevé. los de seguinte maneira: ™ caréacias de orientagto ao longo das mudangas na vida humana; Wain siecil Pent Hans Ingen: tok urd dai. Das Problem hisriograpisch ecegten [isso in der detache Geseiciowstnschaf von der Spaauiltung rom Fetharsreens Tee tor (FustanentsHisores,vol3), Statger ad Cuamist, 190 “Bae concity de marc siplins €apesntdo de firma is completa er: Ris, om. rz st "eo: Teoria da hs osHadamenics ca cencia Bis, role Ua, Deol nso : v “piyrie —Pancomentos Parades wctivas da interpretagio do passado como historia; ns da pesauiens funedes da orientagio cultural “jr menos do que ts dessesftores correspondem genuinamente as questtes o for das caréncas de orentagio (ou dos interesses cogntives); ho as foes isringrfns de restate quis gr fom a ‘elagdo do conhecimento historico com seus destinatirios;e, por fim, so ator das fanpSes de orientagoexistencal, gue leva em conta o saber histé- rico na vida humana pritica; uma das mais importantes dessas fangies 6 formagio da identidade histdrica, Fa fae dese ts iors fandamentasdoconkecmeato histo cinco sipovlnd, no fe wnt alg iar de una rego extinee neces stress ain Es are en gu ober Dat dss fates pes. egal ei ang {a pes do tuminmn a issn, sea pape ser caster, em esto, modernize do pensament strc. “Modemizarae™ poss di stalin on Go dmnione donna hanes, so quatre 8 lage da laa humena com o pasado, Os modelos mais artigos de fomando cepa de sid do pensarato hist sl sabstudos por modelo genet co-dndmicos? Reinhart Koselck desreven brihantemene este pss, mace eum epos ahs da cul, como a super do topos "stra magia com a dinamizagao, significa também a cicntificizagao do pensamento histérico. © iumnime itoduiv no pensamento histori o principio fndamental dain a ci da itil sos deforma {0 cone ie uj a wi inet dean ocd te da ist a tn conpicts eve Rosen, Yoder Aun um Haas Reyhete Perpeie es stew Refine dior. Seno en Wc Fenton (85, $2808 Sut esr i i Ro, Tr. Kl mah Si Onieserargsrobnteswisben Genin sad Morgen. Coli: Bails, 206, p. 125128. tke ise, Jon Diszipsice Mai, om Toda, Sttan (rp), Lenkon Gesthichonsseuoha. Hone Grandbegie. Satin Ream 200, p. 1-4 se model de forma de ei nt dsr aa ain, 8s "Nei Nth Nata ie nds oo in eo set, inc Fora Passo: couse 4 seins dos tempos Wscos i lac EE PUCRo, 208 1-0, ciai @ racionalidade metédica. 0 historicistno com nalidede metédica, que tinka como pressuposto, © da especializarao diseiplinar pletou esse principio da rac. + com outro prinetpio fundamental, (© que significa essa modemizagto pare processo ue significa a modemnizacio do pensamento historic como 0 local no pens do aprendizado histiriea? ¢, 0 para a didatica da histiig izado historico ¢ tematizaco ¢ A situagdes concre. Us A historiografia ndo é mais vinae magisira. A expetiéncia histones no & mais uulizada como meio de ineremento da competéneis de Tegrar 0 compertamento adequado; i consttuigto exeraplar de sentido sucede a genciiea O que interessa, to Peréneis histérca, pelo aprendizado, em capacidade interpretaive 3 brSpria vida pritica, ndo é mais a vatidade atemporal de regras de cendvien eno BER a capscidade de ajuizar como aplcaressas regres abseame s ceenponal ge itusses concretas da vida humana. Ao invés diss, a propia mudanga dade raanba Brande relevinca na orientaco histirica ena formardo da ident ade storia: @ eapacidade de mudar toma-se condivao necessiria para a autoafirmagio e durapo da subjetividade humana Modemizagao do pensamento h ‘emporalizagao da identidade histor histotica. As categorias de interpretag So: progresso © desenvolvimento, A dticas com as quais a experiéncia hi ‘manana quais, por eonseguinte ica, Sio clas: aperfeigoamento de orienta: historico significa, histérico-didaticamente, a ‘a apropriagao interpretativa da experigncia '4o da experiéacia historica comespondentes ¢ssas categorias comrespondem categorias di istirica € relacionada & autocompreensiio hu. © conhecimento histérico obtém sua valencia dida- « formas, Em ambos os casos, trata-se de deter, ide, que cor & apresentada como valida em toda a historia uni. dimensto histérica, o horizonte temporal da responde a essas categorias, Ela versal, 0 que viabiliza a getais da socializago po Irumanidade, se toma visivel - inclusive Schlvzer se referia mo um processo histérico abrangente August Ludwig ‘# este processso como uma comunidade de co municagao eres ww race Fundamentos ¢ Parstignos 41.0 Histricismo dota ests concept do coteida oes ae wanidade. A definigao dehistria de Droysen, come es smo” da humanidade, exprime essa ide enda Se to ao ilurainismo, o historicismo inverte a perspectiva Sy seidade © vominismo generalizava a particlriade das deena Se eta ideal ilidade do ser humano. Ao revés, Beanie ca dentade nv universal do ser 7 individualizou a universalidade do ser humano, einer ~ if ue de cada grupo de referéncia da identidade histé i - a0 da consciéncia histérica, que comega com o pensamento histori- : Se irdio possui, pois, um aspecto didatico fundamental: diz respeito ee nova logica da formagio historiea de sentido. Com isso, a ec ES i ensio empirica da experiéncia historica, Naga pera ctegéccn como exreal da sobetivaiade moderna tem sua dimentio {Eire morsinems, pode ser conebido como ua egrague manta sei tctveral se case emporamen somo cn, ah condes dive ‘ agit "Nagdo" fo, para o hstoricism clisico, uma earacterizagao especi ea da take humana anil o proceso tempore Rane tin Tome Para soroximar diets nates os indie da iia de mandade ede cute "Bo progresso€ndspensi " een © proceso de inion do pensameno Msc peruse ci U dls € ds insues, ds universes acdc, sgt cpa iviad toes eta érics aprender ¢ ensinar historia, desenolvidas nova formas de essa hstriea ede spend sigs, 172 (lo mre “Sake: Nee hav og cr aoa tn, 72 6 cnn Comena Hn er Ve aa 90) Pei tan ; roa Coa Historik. Historisch-tritisehe Ausgabe, Ed. Peter Leyh, vol. L. Srutgar, 1977, "Dewsen, Joann st pd "Raaks, Lop von: Ober de Epon de nearer Gesciee (As Week und Nichi, vol 2} Machen, 197,280, ‘Theodr Schiele ¢ Heim Being

Você também pode gostar