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a cintilografia pode evidenciar uma captação normal ou aumentada no

epidídimo acometido, principalmente nas fases mais iniciais e o ecodoppler


demonstrará também, fluxo preservado, a menos que exista grande edema
levando à compressão da vascularização.

tratamento

pacientes com corrimento uretral devem ser tratados com antibióticos


contra gonococo e chlamydia. um esquema inicial recomendado é o de 250
mg de ceftriaxona, intramuscular, em dose única, mais doxiciclina 100 mg,
via oral, a cada 12 horas, por 10 a 15 dias, com boa eficácia contra o
gonococo e chlamydia, respectivamente. em nossa experiência a
ciprofloxacina se tem mostrado uma alternativa eficaz, para tratamento de
epididimite. como segunda escolha no combate à chlamydia temos a
tetraciclina, na dose de 500 mg, a cada seis horas, por 10 a 15 dias, ou a
eritromicina (apesar da baixa concentração tecidual nestes casos). a
azitromicina em dose única, v.o, de 1 g, tem-se mostrado eficaz contra este
patógeno, mas sua utilização em epididimites ainda não está estabelecida.

uma maneira prática para instituirmos a antibioticoterapia é basearmo-nos


no gram de swab uretral e eas (fluxograma 1). na suspeita de infecção
urinária, como causa da epididimite, poderemos utilizar terapia oral com
sulfametoxazol-trimetoprima ou fluoroquinolona, para casos mais leves,
enquanto aguardamos o resultado da urinocultura. para pacientes sépticos,
damos preferência à terapia parenteral com quinolonas fluoradas, que
apresentam uma maior concentração tecidual que as cefalosporinas de
primeira geração, nos casos de epidídimo-orquites, ou um esquema com
cefalosporinas e/ou aminoglicosídeos ou mesmo uma cefalosporina de
terceira geração. é importante o uso de analgésicos-antiinflamatórios não
esteróides para o alívio da dor. como medidas gerais, repouso e suspensório
escrotal melhoram a drenagem linfática, diminuindo o edema. compressas
frias no escroto também ajudam a diminuir a inflamação e o quadro álgico.
a não melhora do processo leva-nos a reavaliar o quadro e a pensarmos em
outra etiologia, como por exemplo, um câncer testicular, epidídimo-orquite
tuberculosa ou fúngica.

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