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Lei N 9394 96
Lei N 9394 96
Presidente
Rodrigo Maia
1º Vice-Presidente
Waldir Maranhão
2º Vice-Presidente
Giacobo
1º Secretário
Beto Mansur
2º Secretário
Felipe Bornier
3º Secretário
Mara Gabrilli
4º Secretário
Alex Canziani
Suplentes de Secretário
1º Suplente
Mandetta
2º Suplente
Gilberto Nascimento
3º Suplente
Luiza Erundina
4º Suplente
Ricardo Izar
Diretor-Geral
Lucio Henrique Xavier Lopes
Secretário-Geral da Mesa
Wagner Soares Padilha
Câmara dos
Deputados
1997, 1ª edição; 2001, 2ª edição; 2006, 3ª edição; 2007, 4ª edição; 2010, 5ª edição; 2011, 6ª edição; 2012, 7ª edição; 2013,
8ª edição; 2014, 9ª edição e 10ª edição; 2015, 11ª edição; 2016, 12ª edição.
SÉRIE
Legislação
n. 263 PDF
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.
Versão PDF.
Modo de acesso: livraria.camara.leg.br
Disponível, também, em formato impresso e digital (EPUB).
ISBN 978-85-402-0568-0
1. Educação, legislação, Brasil. 2. Educação e Estado, legislação, Brasil. 3. Política educacional, Brasil. I. Título. II. Série.
CDU 37(81)(094)
SUMÁRIO DE ARTIGOS�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 6
APRESENTAÇÃO�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 7
1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 26-A,
27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 36-A, 36-B, 36-C, 36-D, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47,
48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 59-A, 60, 61, 62, 62-A, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72,
73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 79-A, 79-B, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 87-A, 88, 89, 90, 91, 92
6
LDB – 13ª EDIÇÃO
APRESENTAÇÃO
Este livro da Série Legislação, da Edições Câmara, traz o texto atualizado da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Com a publicação da legislação federal brasileira em vigor, a Câmara dos Deputados vai além da
função de criar normas: colabora também para o seu efetivo cumprimento ao torná-las conhecidas e
acessíveis a toda a população.
Os textos legais compilados nesta edição são resultado do trabalho dos parlamentares, que represen-
tam a diversidade do povo brasileiro. Da apresentação até a aprovação de um projeto de lei, há um
extenso caminho de consultas, estudos e debates com os variados segmentos sociais. Após criadas,
as leis fornecem um arcabouço jurídico que permite a boa convivência em sociedade.
A Câmara dos Deputados disponibiliza suas publicações na Livraria da Câmara (livraria.camara.leg.br) e na
Biblioteca Digital (bd.camara.leg.br/bd). Alguns títulos também são produzidos em formato audiolivro e EPUB.
O objetivo é democratizar o acesso a informação e estimular o pleno exercício da cidadania.
Dessa forma, a Câmara dos Deputados contribui para levar informação sobre direitos e deveres aos
principais interessados no assunto: os cidadãos.
Deputado Rodrigo Maia
Presidente da Câmara dos Deputados
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LDB – 13ª EDIÇÃO
3. Incisos I a IV e VIII com nova redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013, que também
acrescentou as alíneas a, b e c ao inciso I e o inciso X.
1. Publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 23-12-1996. 4. Caput do artigo e caput e inciso I do § 1º com nova redação dada pela Lei nº 12.796,
2. Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013. de 4-4-2013.
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LDB – 13ª EDIÇÃO
ainda, o Ministério Público, acionar o poder público § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organi-
para exigi-lo. zação nos termos desta lei.
§ 1º O poder público, na esfera de sua competência
Art. 9º A União incumbir-se-á de:
federativa, deverá:
I – elaborar o Plano Nacional de Educação, em colabora-
I – recensear anualmente as crianças e adolescentes
ção com os estados, o Distrito Federal e os municípios;
em idade escolar, bem como os jovens e adultos que
II – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições
não concluíram a educação básica;
oficiais do sistema federal de ensino e o dos territórios;
II – fazer-lhes a chamada pública;
III – prestar assistência técnica e financeira aos estados,
III – zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela fre-
ao Distrito Federal e aos municípios para o desenvol-
quência à escola.
vimento de seus sistemas de ensino e o atendimento
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o poder pú-
prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua
blico assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino
função redistributiva e supletiva;
obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando
IV – estabelecer, em colaboração com os estados, o
em seguida os demais níveis e modalidades de ensino,
Distrito Federal e os municípios, competências e dire-
conforme as prioridades constitucionais e legais.
trizes para a educação infantil, o ensino fundamental
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste
e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus
artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judi-
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação
ciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição
básica comum;
Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial 6
IV-A – estabelecer, em colaboração com os estados, o
correspondente.
Distrito Federal e os municípios, diretrizes e procedimen-
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competen-
tos para identificação, cadastramento e atendimento,
te para garantir o oferecimento do ensino obrigatório,
na educação básica e na educação superior, de alunos
poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade.
com altas habilidades ou superdotação;
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade
V – coletar, analisar e disseminar informações sobre
de ensino, o poder público criará formas alternativas
a educação;
de acesso aos diferentes níveis de ensino, independen- 7
VI – assegurar processo nacional de avaliação do
temente da escolarização anterior.
rendimento escolar no ensino fundamental, médio e
5
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a superior, em colaboração com os sistemas de ensino,
matrícula das crianças na educação básica a partir dos objetivando a definição de prioridades e a melhoria da
4 (quatro) anos de idade. qualidade do ensino;
VII – baixar normas gerais sobre cursos de graduação
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas
e pós-graduação;
as seguintes condições: 8
VIII – assegurar processo nacional de avaliação das
I – cumprimento das normas gerais da educação nacional
instituições de educação superior, com a cooperação
e do respectivo sistema de ensino;
dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este
II – autorização de funcionamento e avaliação de qua-
nível de ensino;
lidade pelo poder público; 9
IX – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar
III – capacidade de autofinanciamento, ressalvado o
e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições
previsto no art. 213 da Constituição Federal.
de educação superior e os estabelecimentos do seu
TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL sistema de ensino.
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho
Art. 8º A União, os estados, o Distrito Federal e os
Nacional de Educação, com funções normativas e de
municípios organizarão, em regime de colaboração, os
supervisão e atividade permanente, criado por lei.
respectivos sistemas de ensino.
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional 6. Inciso IV-A acrescido pela Lei nº 13.234, de 29-12-2015.
de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas 7. Inciso regulamentado pelo Decreto nº 5.773, de 9-5-2006.
e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva 8. Idem.
9. Inciso regulamentado pelo Decreto nº 5.773, de 9-5-2006. A Lei nº 10.870, de 19-5-2004,
em relação às demais instâncias educacionais. instituiu Taxa de Avaliação in loco, em favor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelas avaliações periódicas que realizar, quando
formulada solicitação de credenciamento ou renovação de credenciamento de instituição
de educação superior e solicitação de autorização, reconhecimento ou renovação de
5. Artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013. reconhecimento de cursos de graduação.
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LDB – 13ª EDIÇÃO
§ 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V a sua área de competência e com recursos acima dos
IX, a União terá acesso a todos os dados e informações percentuais mínimos vinculados pela Constituição
necessários de todos os estabelecimentos e órgãos Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino;
educacionais. 11
VI – assumir o transporte escolar dos alunos da rede
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser municipal.
delegadas aos estados e ao Distrito Federal, desde que Parágrafo único. Os municípios poderão optar, ainda, por
mantenham instituições de educação superior. se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor
com ele um sistema único de educação básica.
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Art. 10. Os estados incumbir-se-ão de:
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e insti- 12
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas
tuições oficiais dos seus sistemas de ensino; as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão
II – definir, com os municípios, formas de colaboração na a incumbência de:
oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;
a distribuição proporcional das responsabilidades, de II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais
acordo com a população a ser atendida e os recursos e financeiros;
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-
do poder público; -aula estabelecidas;
III – elaborar e executar políticas e planos educacionais, IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de
em consonância com as diretrizes e planos nacionais cada docente;
de educação, integrando e coordenando as suas ações V – prover meios para a recuperação dos alunos de
e as dos seus municípios; menor rendimento;
IV – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando
e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições processos de integração da sociedade com a escola;
de educação superior e os estabelecimentos do seu VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus
sistema de ensino; filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a
V – baixar normas complementares para o seu sistema frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre
de ensino; a execução da proposta pedagógica da escola;
VI – assegurar o ensino fundamental e oferecer, com VIII – notificar ao conselho tutelar do município, ao juiz
prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, competente da comarca e ao respectivo representante
respeitado o disposto no art. 38 desta lei; do Ministério Público a relação dos alunos que apre-
VII – assumir o transporte escolar dos alunos da rede sentem quantidade de faltas acima de 50% (cinquenta
estadual. por cento) do percentual permitido em lei.
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
competências referentes aos estados e aos municípios.
I – participar da elaboração da proposta pedagógica
Art. 11. Os municípios incumbir-se-ão de: do estabelecimento de ensino;
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e insti- II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
tuições oficiais dos seus sistemas de ensino, integran- proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
do-os às políticas e planos educacionais da União e III – zelar pela aprendizagem dos alunos;
dos estados; IV – estabelecer estratégias de recuperação para os
II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; alunos de menor rendimento;
III – baixar normas complementares para o seu sistema V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabeleci-
de ensino; dos, além de participar integralmente dos períodos
IV – autorizar, credenciar e supervisionar os estabele- dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desen-
cimentos do seu sistema de ensino; volvimento profissional;
V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, VI – colaborar com as atividades de articulação da
e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a escola com as famílias e a comunidade.
atuação em outros níveis de ensino somente quando
estiverem atendidas plenamente as necessidades de
11. Inciso acrescido pela Lei nº 10.709, de 31-7-2003.
10. Inciso VII acrescido pela Lei nº 10.709, de 31-7-2003; inciso VI com nova redação dada 12. Inciso VIII acrescido pela Lei nº 10.287, de 10-9-2001; inciso VII com nova redação
pela Lei nº 12.061, de 27-10-2009. dada pela Lei nº 12.013, de 6-8-2009.
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LDB – 13ª EDIÇÃO
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que
gestão democrática do ensino público na educação bá- não apresentem as características dos incisos abaixo;
sica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme 13
II – comunitárias, assim entendidas as que são instituí-
os seguintes princípios: das por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais
I – participação dos profissionais da educação na ela- pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais,
boração do projeto pedagógico da escola; sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade man-
II – participação das comunidades escolar e local em tenedora representantes da comunidade;
conselhos escolares ou equivalentes. III – confessionais, assim entendidas as que são ins-
tituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades
ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação
escolares públicas de educação básica que os inte-
confessional e ideologia específicas e ao disposto no
gram progressivos graus de autonomia pedagógica e
inciso anterior;
administrativa e de gestão financeira, observadas as
IV – filantrópicas, na forma da lei.
normas gerais de direito financeiro público.
TÍTULO V – DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende:
DE EDUCAÇÃO E ENSINO
I – as instituições de ensino mantidas pela União;
II – as instituições de educação superior criadas e CAPÍTULO I – DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES
mantidas pela iniciativa privada;
Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
III – os órgãos federais de educação.
I – educação básica, formada pela educação infantil,
Art. 17. Os sistemas de ensino dos estados e do Distrito ensino fundamental e ensino médio;
Federal compreendem: II – educação superior.
I – as instituições de ensino mantidas, respectivamente,
CAPÍTULO II – DA EDUCAÇÃO BÁSICA
pelo poder público estadual e pelo Distrito Federal;
II – as instituições de educação superior mantidas pelo Seção I – Das Disposições Gerais
poder público municipal;
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver
III – as instituições de ensino fundamental e médio
o educando, assegurar-lhe a formação comum indispen-
criadas e mantidas pela iniciativa privada;
sável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
IV – os órgãos de educação estaduais e do Distrito
para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Federal, respectivamente.
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries
educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular
privada, integram seu sistema de ensino. de períodos de estudos, grupos não seriados, com base
na idade, na competência e em outros critérios, ou por
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:
forma diversa de organização, sempre que o interesse
I – as instituições do ensino fundamental, médio e de
do processo de aprendizagem assim o recomendar.
educação infantil mantidas pelo poder público municipal;
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive
II – as instituições de educação infantil criadas e man-
quando se tratar de transferências entre estabeleci-
tidas pela iniciativa privada;
mentos situados no país e no exterior, tendo como base
III – os órgãos municipais de educação.
as normas curriculares gerais.
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às pecu-
classificam-se nas seguintes categorias administrativas: liaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a
I – públicas, assim entendidas as criadas ou incorpo- critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso
radas, mantidas e administradas pelo poder público; reduzir o número de horas letivas previsto nesta lei.
II – privadas, assim entendidas as mantidas e adminis-
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e
tradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
médio, será organizada de acordo com as seguintes
Art. 20. As instituições privadas de ensino se enqua- regras comuns:
drarão nas seguintes categorias: I – a carga horária mínima anual será de 800 (oitocentas)
I – particulares em sentido estrito, assim entendidas horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos)
as que são instituídas e mantidas por uma ou mais
13. Inciso com redação dada pela Lei nº 12.020, de 27-8-2009.
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LDB – 13ª EDIÇÃO
dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo re- Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades res-
servado aos exames finais, quando houver; ponsáveis alcançar relação adequada entre o número
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto de alunos e o professor, a carga horária e as condições
a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: materiais do estabelecimento.
a) por promoção, para alunos que cursaram, com Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino,
aproveitamento, a série ou fase anterior, na à vista das condições disponíveis e das características
própria escola; regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendi-
b) por transferência, para candidatos procedentes mento do disposto neste artigo.
de outras escolas; 14
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino
c) independentemente de escolarização anterior,
fundamental e do ensino médio devem ter base nacio-
mediante avaliação feita pela escola, que defi-
nal comum, a ser complementada, em cada sistema de
na o grau de desenvolvimento e experiência do
ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma
candidato e permita sua inscrição na série ou
parte diversificada, exigida pelas características re-
etapa adequada, conforme regulamentação do
gionais e locais da sociedade, da cultura, da economia
respectivo sistema de ensino;
e dos educandos.
III – nos estabelecimentos que adotam a progressão
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abran-
regular por série, o regimento escolar pode admitir
ger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa
formas de progressão parcial, desde que preservada
e da matemática, o conhecimento do mundo físico e
a sequência do currículo, observadas as normas do
natural e da realidade social e política, especialmente
respectivo sistema de ensino;
do Brasil.
IV – poderão organizar-se classes, ou turmas, com
§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões
alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de
regionais, constituirá componente curricular obrigatório
adiantamento na matéria, para o ensino de línguas es-
nos diversos níveis da educação básica15, de forma a
trangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
V – a verificação do rendimento escolar observará os
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagó-
seguintes critérios:
gica da escola, é componente curricular obrigatório da
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo
a 6 (seis) horas;
do período sobre os de eventuais provas finais;
II – maior de 30 (trinta) anos de idade;
b) possibilidade de aceleração de estudos para
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou
alunos com atraso escolar;
que, em situação similar, estiver obrigado à prática da
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries
educação física;
mediante verificação do aprendizado;
IV – amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
outubro de 1969;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de
V – (vetado);
preferência paralelos ao período letivo, para
VI – que tenha prole.
os casos de baixo rendimento escolar, a serem
§ 4º O ensino da história do Brasil levará em conta as
disciplinados pelas instituições de ensino em
contribuições das diferentes culturas e etnias para a
seus regimentos;
formação do povo brasileiro, especialmente das ma-
VI – o controle de frequência fica a cargo da escola,
trizes indígena, africana e europeia.
conforme o disposto no seu regimento e nas normas
§ 5º Na parte diversificada do currículo será incluído,
do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência
obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de
mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de
pelo menos 1 (uma) língua estrangeira moderna, cuja
horas letivas para aprovação;
VII – cabe a cada instituição de ensino expedir histó- 14. § 2º com nova redação dada pela Lei nº 12.287, de 13-7-2010; § 3º com nova redação dada
ricos escolares, declarações de conclusão de série e pela Lei nº 10.793, de 1-12-2003; caput do artigo com nova redação dada pela Lei nº 12.796, de
4-4-2013; § 7º acrescido pela Lei nº 12.608, de 10-4-2012; § 8º acrescido pela Lei nº 13.006, de
diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com 26-6-2014; § 9º acrescido pela Lei nº 13.010, de 26-6-2014; § 6º acrescido pela lei nº 11.769,
de 18-8-2008, e com nova redação dada pela Lei nº 13.278, de 2-5-2016.
as especificações cabíveis.
15. O art. 2º da Lei nº 13.278, de 2-5-2016, estableceu o prazo de cinco anos para que os
sistemas de ensino implantem as mudanças, incluindo a necessária e adequada forma-
ção dos respectivos professores em número suficiente para atuar na educação básica.
12
LDB – 13ª EDIÇÃO
escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro IV – promoção do desporto educacional e apoio às
das possibilidades da instituição. práticas desportivas não formais.
§ 6º As artes visuais, a dança, a música e o teatro são
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população
as linguagens que constituirão o componente curricular
rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações
de que trata o § 2º deste artigo.
necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida
§ 7º Os currículos do ensino fundamental e médio devem
rural e de cada região, especialmente:
incluir os princípios da proteção e defesa civil e a educação
I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às
ambiental de forma integrada aos conteúdos obrigatórios.
reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional consti-
II – organização escolar própria, incluindo adequação
tuirá componente curricular complementar integrado à
do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às
proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição
condições climáticas;
obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais.
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.
§ 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à 17
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo,
prevenção de todas as formas de violência contra a
indígenas e quilombolas será precedido de manifestação
criança e o adolescente serão incluídos, como temas
do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que
transversais, nos currículos escolares de que trata o
considerará a justificativa apresentada pela Secretaria
caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei nº 8.069,
de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Ado-
ação e a manifestação da comunidade escolar.
lescente), observada a produção e distribuição de
material didático adequado. Seção II – Da Educação Infantil
16
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação
18
e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obri- básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral
gatório o estudo da história e cultura afro-brasileira da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físi-
e indígena. co, psicológico, intelectual e social, complementando
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este ar- a ação da família e da comunidade.
tigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
que caracterizam a formação da população brasileira,
I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças
a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo
de até 3 (três) anos de idade;
da história da África e dos africanos, a luta dos negros 19
II – pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco)
e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e in-
anos de idade.
dígena brasileira e o negro e o índio na formação da
sociedade nacional, resgatando as suas contribuições 20
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo
nas áreas social, econômica e política, pertinentes à com as seguintes regras comuns:
história do Brasil. I – avaliação mediante acompanhamento e registro do
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro- desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de pro-
-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão moção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em II – carga horária mínima anual de 800 (oitocentas)
especial nas áreas de educação artística e de literatura horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos)
e história brasileiras. dias de trabalho educacional;
III – atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro)
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica
horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas
observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
para a jornada integral;
I – a difusão de valores fundamentais ao interesse so-
IV – controle de frequência pela instituição de educa-
cial, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito
ção pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60%
ao bem comum e à ordem democrática;
(sessenta por cento) do total de horas;
II – consideração das condições de escolaridade dos
alunos em cada estabelecimento;
17. Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.960, de 27-3-2014.
III – orientação para o trabalho;
18. Artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
19. Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
16. Artigo acrescido pela Lei nº 10.639, de 9-1-2003, e com nova redação dada pela Lei 20. Caput do artigo com nova redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013, que também
nº 11.645, de 10-3-2008. acrescentou os incisos I a V.
13
LDB – 13ª EDIÇÃO
V – expedição de documentação que permita atestar públicas de ensino fundamental, assegurado o respei-
os processos de desenvolvimento e aprendizagem to à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas
da criança. quaisquer formas de proselitismo.
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os proce-
Seção III – Do Ensino Fundamental
dimentos para a definição dos conteúdos do ensino
21
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração religioso e estabelecerão as normas para a habilitação
de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se e admissão dos professores.
aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil,
básica do cidadão, mediante: constituída pelas diferentes denominações religiosas,
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura,
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental in-
da escrita e do cálculo;
cluirá pelo menos 4 (quatro) horas de trabalho efetivo
II – a compreensão do ambiente natural e social, do
em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores
período de permanência na escola.
em que se fundamenta a sociedade;
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendiza-
formas alternativas de organização autorizadas nesta lei.
gem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progres-
habilidades e a formação de atitudes e valores;
sivamente em tempo integral, a critério dos sistemas
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços
de ensino.
de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
que se assenta a vida social. Seção IV – Do Ensino Médio
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação bá-
ensino fundamental em ciclos.
sica, com duração mínima de 3 (três) anos, terá como
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão re-
finalidades:
gular por série podem adotar no ensino fundamental
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimen-
o regime de progressão continuada, sem prejuízo da
tos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando
avaliação do processo de ensino-aprendizagem, ob-
o prosseguimento de estudos;
servadas as normas do respectivo sistema de ensino.
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em
do educando, para continuar aprendendo, de modo a
língua portuguesa, assegurada às comunidades indíge-
ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas con-
nas a utilização de suas línguas maternas e processos
dições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
próprios de aprendizagem.
III – o aprimoramento do educando como pessoa hu-
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o
mana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento
ensino a distância utilizado como complementação da
da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
aprendizagem ou em situações emergenciais.
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecno-
§ 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obri-
lógicos dos processos produtivos, relacionando a teoria
gatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das
com a prática, no ensino de cada disciplina.
crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto 23
Art. 36. O currículo do ensino médio observará o dis-
da Criança e do Adolescente, observada a produção e posto na Seção I deste capítulo e as seguintes diretrizes:
distribuição de material didático adequado. I – destacará a educação tecnológica básica, a compreensão
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluí- do significado da ciência, das letras e das artes; o processo
do como tema transversal nos currículos do ensino histórico de transformação da sociedade e da cultura; a
fundamental. língua portuguesa como instrumento de comunicação,
acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa,
22
II – adotará metodologias de ensino e de avaliação que
é parte integrante da formação básica do cidadão e
estimulem a iniciativa dos estudantes;
constitui disciplina dos horários normais das escolas
21. Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 11.274, de 7-2-2006; § 5º acrescido pela
Lei nº 11.525, de 25-9-2007; § 6º acrescido pela Lei nº 12.472, de 1-9-2011. 23. Inciso IV do caput do artigo acrescido pela Lei nº 11.684, de 2-6-2008, que também
22. Artigo com redação dada pela Lei nº 9.475, de 22-7-1997. revogou o inciso III do § 1º; §§ 2º e 4º revogados pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
14
LDB – 13ª EDIÇÃO
III – será incluída uma língua estrangeira moderna, I – integrada, oferecida somente a quem já tenha con-
como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade cluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado
escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional
das disponibilidades da instituição; técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino,
IV – serão incluídas a filosofia e a sociologia como disci- efetuando-se matrícula única para cada aluno;
plinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio. II – concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino
§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas
avaliação serão organizados de tal forma que ao final distintas para cada curso, e podendo ocorrer:
do ensino médio o educando demonstre: a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se
I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos as oportunidades educacionais disponíveis;
que presidem a produção moderna; b) em instituições de ensino distintas, aproveitan-
II – conhecimento das formas contemporâneas de do-se as oportunidades educacionais disponíveis;
linguagem; c) em instituições de ensino distintas, mediante
III – (revogado). convênios de intercomplementaridade, visando
§ 2º (Revogado.) ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto
§ 3º Os cursos do ensino médio terão equivalência legal pedagógico unificado.
e habilitarão ao prosseguimento de estudos.
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profissio-
§ 4º (Revogado.)
nal técnica de nível médio, quando registrados, terão
24
Seção IV-A – Da Educação Profissional validade nacional e habilitarão ao prosseguimento de
Técnica de Nível Médio estudos na educação superior.
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional téc-
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste
nica de nível médio, nas formas articulada concomitante
capítulo, o ensino médio, atendida a formação geral
e subsequente, quando estruturados e organizados em
do educando, poderá prepará-lo para o exercício de
etapas com terminalidade, possibilitarão a obtenção
profissões técnicas.
de certificados de qualificação para o trabalho após
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e,
a conclusão, com aproveitamento, de cada etapa que
facultativamente, a habilitação profissional poderão
caracterize uma qualificação para o trabalho.
ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de
ensino médio ou em cooperação com instituições es- Seção V – Da Educação de Jovens e Adultos
pecializadas em educação profissional.
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de
será desenvolvida nas seguintes formas: estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
I – articulada com o ensino médio; § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente
II – subsequente, em cursos destinados a quem já tenha aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os
concluído o ensino médio. estudos na idade regular, oportunidades educacionais
Parágrafo único. A educação profissional técnica de apropriadas, consideradas as características do aluna-
nível médio deverá observar: do, seus interesses, condições de vida e de trabalho,
I – os objetivos e definições contidos nas diretrizes mediante cursos e exames.
curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho § 2º O poder público viabilizará e estimulará o acesso
Nacional de Educação; e a permanência do trabalhador na escola, mediante
II – as normas complementares dos respectivos siste- ações integradas e complementares entre si.
mas de ensino; 25
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-
III – as exigências de cada instituição de ensino, nos -se, preferencialmente, com a educação profissional,
termos de seu projeto pedagógico. na forma do regulamento.
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exa-
articulada, prevista no inciso I do caput do art. 36-B mes supletivos, que compreenderão a base nacional
desta lei, será desenvolvida de forma: comum do currículo, habilitando ao prosseguimento
de estudos em caráter regular.
24. Seção acrescida pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008. 25. Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
15
LDB – 13ª EDIÇÃO
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada
I – no nível de conclusão do ensino fundamental, para a matrícula à capacidade de aproveitamento e não
os maiores de 15 (quinze) anos; necessariamente ao nível de escolaridade.
II – no nível de conclusão do ensino médio, para os
CAPÍTULO IV – DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
maiores de 18 (dezoito) anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
educandos por meios informais serão aferidos e reco- I – estimular a criação cultural e o desenvolvimento do
nhecidos mediante exames. espírito científico e do pensamento reflexivo;
II – formar diplomados nas diferentes áreas de conheci-
CAPÍTULO III – DA EDUCAÇÃO
26
mento, aptos para a inserção em setores profissionais e
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
para a participação no desenvolvimento da sociedade
27
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cum- brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
primento dos objetivos da educação nacional, integra-se III – incentivar o trabalho de pesquisa e investigação
aos diferentes níveis e modalidades de educação e às científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da
dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse
§ 1º Os cursos de educação profissional e tecnológi- modo, desenvolver o entendimento do homem e do
ca poderão ser organizados por eixos tecnológicos, meio em que vive;
possibilitando a construção de diferentes itinerários IV – promover a divulgação de conhecimentos culturais,
formativos, observadas as normas do respectivo sis- científicos e técnicos que constituem patrimônio da
tema e nível de ensino. humanidade e comunicar o saber através do ensino,
§ 2º A educação profissional e tecnológica abrangerá de publicações ou de outras formas de comunicação;
os seguintes cursos: V – suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento
I – de formação inicial e continuada ou qualificação cultural e profissional e possibilitar a correspondente
profissional; concretização, integrando os conhecimentos que vão
II – de educação profissional técnica de nível médio; sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistema-
III – de educação profissional tecnológica de graduação tizadora do conhecimento de cada geração;
e pós-graduação. VI – estimular o conhecimento dos problemas do mundo
§ 3º Os cursos de educação profissional tecnológica presente, em particular os nacionais e regionais, prestar
de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no serviços especializados à comunidade e estabelecer
que concerne a objetivos, características e duração, com esta uma relação de reciprocidade;
de acordo com as diretrizes curriculares nacionais VII – promover a extensão, aberta à participação da po-
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação. pulação, visando à difusão das conquistas e benefícios
resultantes da criação cultural e da pesquisa científica
Art. 40. A educação profissional será desenvolvida
28
e tecnológica geradas na instituição.
em articulação com o ensino regular ou por diferentes 31
VIII – atuar em favor da universalização e do aprimo-
estratégias de educação continuada, em instituições
ramento da educação básica, mediante a formação e a
especializadas ou no ambiente de trabalho.
capacitação de profissionais, a realização de pesquisas
29
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação pro- pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de
fissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá extensão que aproximem os dois níveis escolares.
ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação 32
Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes
para prosseguimento ou conclusão de estudos.
cursos e programas:
Parágrafo único. (Revogado.)
I – cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes
30
Art. 42. As instituições de educação profissional e níveis de abrangência, abertos a candidatos que aten-
tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão dam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de
ensino, desde que tenham concluído o ensino médio
26. Denominação do capítulo com redação dada pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008. ou equivalente;
27. Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.154, de 23-7-2004, e com nova redação dada
pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
28. Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.154, de 23-7-2004. 31. Inciso VIII acrescido pela Lei nº 13.174, de 21-10-2015.
29. Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.154, de 23-7-2004, e com nova redação dada 32. Inciso I do caput do artigo com nova redação dada pela Lei nº 11.632, de 27-12-2007;
pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008. parágrafo único acrescido pela Lei nº 11.331, de 25-7-2006, e renumerado para § 1º pela
30. Artigo com nova redação dada pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008. Lei nº 13.184, de 4-11-2015, que também acrescentou o § 2º.
16
LDB – 13ª EDIÇÃO
II – de graduação, abertos a candidatos que tenham Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, inde-
concluído o ensino médio ou equivalente e tenham pendente do ano civil, tem, no mínimo, 200 (duzentos)
sido classificados em processo seletivo; dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo
III – de pós-graduação, compreendendo programas de reservado aos exames finais, quando houver.
mestrado e doutorado, cursos de especialização, aper- 35
§ 1º As instituições informarão aos interessados, an-
feiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados tes de cada período letivo, os programas dos cursos e
em cursos de graduação e que atendam às exigências demais componentes curriculares, sua duração, requisi-
das instituições de ensino; tos, qualificação dos professores, recursos disponíveis
IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as
aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas ins- respectivas condições, e a publicação deve ser feita,
tituições de ensino. sendo as 3 (três) primeiras formas concomitantemente:
§ 1º Os resultados do processo seletivo referido no I – em página específica na internet no sítio eletrônico
inciso II do caput deste artigo serão tornados públicos oficial da instituição de ensino superior, obedecido o
pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória seguinte:
a divulgação da relação nominal dos classificados, a a) toda publicação a que se refere esta lei deve ter
respectiva ordem de classificação, bem como do cro- como título “Grade e Corpo Docente”;
nograma das chamadas para matrícula, de acordo com b) a página principal da instituição de ensino supe-
os critérios para preenchimento das vagas constantes rior, bem como a página da oferta de seus cursos
do respectivo edital. aos ingressantes sob a forma de vestibulares,
§ 2º No caso de empate no processo seletivo, as insti- processo seletivo e outras com a mesma finali-
tuições públicas de ensino superior darão prioridade de dade, deve conter a ligação desta com a página
matrícula ao candidato que comprove ter renda familiar específica prevista neste inciso;
inferior a dez salários mínimos, ou ao de menor renda c) caso a instituição de ensino superior não possua
familiar, quando mais de um candidato preencher o sítio eletrônico, deve criar página específica para
critério inicial. divulgação das informações de que trata esta lei;
d) a página específica deve conter a data completa
Art. 45. A educação superior será ministrada em insti-
de sua última atualização;
tuições de ensino superior, públicas ou privadas, com
II – em toda propaganda eletrônica da instituição de
variados graus de abrangência ou especialização.
ensino superior, por meio de ligação para a página
33
Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, referida no inciso I;
bem como o credenciamento de instituições de educa- III – em local visível da instituição de ensino superior
ção superior, terão prazos limitados, sendo renovados, e de fácil acesso ao público;
periodicamente, após processo regular de avaliação. IV – deve ser atualizada semestralmente ou anualmente,
34
§ 1º Após um prazo para saneamento de deficiências de acordo com a duração das disciplinas de cada curso
eventualmente identificadas pela avaliação a que se oferecido, observando o seguinte:
refere este artigo, haverá reavaliação, que poderá a) caso o curso mantenha disciplinas com duração
resultar, conforme o caso, em desativação de cursos diferenciada, a publicação deve ser semestral;
e habilitações, em intervenção na instituição, em sus- b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes
pensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou do início das aulas;
em descredenciamento. c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo
§ 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo docente até o início das aulas, os alunos devem
responsável por sua manutenção acompanhará o pro- ser comunicados sobre as alterações;
cesso de saneamento e fornecerá recursos adicionais, V – deve conter as seguintes informações:
se necessários, para a superação das deficiências. a) a lista de todos os cursos oferecidos pela insti-
tuição de ensino superior;
33. Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.773, de 9-5-2006. A Lei nº 10.870, de 19-5-2004, b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular
instituiu a Taxa de Avaliação in loco, em favor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas de cada curso e as respectivas cargas horárias;
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelas avaliações periódicas que realizar, quando formulada
solicitação de credenciamento ou renovação de credenciamento de instituição de educação
superior e solicitação de autorização, reconhecimento ou renovação de reconhecimento de
cursos de graduação.
34. A Taxa de Avaliação in loco, de que trata a Lei nº 10.870, de 19-5-2004, será também 35. § 1º com nova redação dada pela Lei nº 13.168, de 6-10-2015, que também acrescentou
devida no caso da reavaliação de que trata esse parágrafo. os incisos de I a V e suas respectivas alíneas.
17
LDB – 13ª EDIÇÃO
c) a identificação dos docentes que ministrarão as capacidade de cursá-las com proveito, mediante pro-
aulas em cada curso, as disciplinas que efetiva- cesso seletivo prévio.
mente ministrará naquele curso ou cursos, sua
Art. 51. As instituições de educação superior credencia-
titulação, abrangendo a qualificação profissional
das como universidades, ao deliberar sobre critérios e
do docente e o tempo de casa do docente, de
normas de seleção e admissão de estudantes, levarão
forma total, contínua ou intermitente.
em conta os efeitos desses critérios sobre a orientação
§ 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveita-
do ensino médio, articulando-se com os órgãos nor-
mento nos estudos, demonstrado por meio de provas e
mativos dos sistemas de ensino.
outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados
por banca examinadora especial, poderão ter abreviada Art. 52. As universidades são instituições pluridisci-
a duração dos seus cursos, de acordo com as normas plinares de formação dos quadros profissionais de
dos sistemas de ensino. nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio
§ 3º É obrigatória a frequência de alunos e professores, e cultivo do saber humano, que se caracterizam por:
salvo nos programas de educação a distância. I – produção intelectual institucionalizada mediante
§ 4º As instituições de educação superior oferecerão, o estudo sistemático dos temas e problemas mais re-
no período noturno, cursos de graduação nos mesmos levantes, tanto do ponto de vista científico e cultural,
padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo quanto regional e nacional;
obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, II – 1/3 (um terço) do corpo docente, pelo menos, com
garantida a necessária previsão orçamentária. titulação acadêmica de mestrado ou doutorado;
III – 1/3 (um terço) do corpo docente em regime de
Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos,
tempo integral.
quando registrados, terão validade nacional como prova
Parágrafo único. É facultada a criação de universidades
da formação recebida por seu titular.
especializadas por campo do saber.
§ 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão
por elas próprias registrados, e aqueles conferidos Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas
por instituições não universitárias serão registrados às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes
em universidades indicadas pelo Conselho Nacional atribuições:
de Educação. I – criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e
§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por universi- programas de educação superior previstos nesta lei,
dades estrangeiras serão revalidados por universidades obedecendo às normas gerais da União e, quando for
públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou o caso, do respectivo sistema de ensino;
equivalente, respeitando-se os acordos internacionais II – fixar os currículos dos seus cursos e programas,
de reciprocidade ou equiparação. observadas as diretrizes gerais pertinentes;
§ 3º Os diplomas de mestrado e de doutorado expe- III – estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa
didos por universidades estrangeiras só poderão ser científica, produção artística e atividades de extensão;
reconhecidos por universidades que possuam cursos de IV – fixar o número de vagas de acordo com a capacidade
pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área institucional e as exigências do seu meio;
de conhecimento e em nível equivalente ou superior. V – elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos
em consonância com as normas gerais atinentes;
Art. 49. As instituições de educação superior aceita-
VI – conferir graus, diplomas e outros títulos;
rão a transferência de alunos regulares, para cursos
VII – firmar contratos, acordos e convênios;
afins, na hipótese de existência de vagas, e mediante
VIII – aprovar e executar planos, programas e projetos
processo seletivo.
de investimentos referentes a obras, serviços e aqui-
36
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão
sições em geral, bem como administrar rendimentos
na forma da lei.
conforme dispositivos institucionais;
Art. 50. As instituições de educação superior, quando da IX – administrar os rendimentos e deles dispor na
ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas de forma prevista no ato de constituição, nas leis e nos
seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem respectivos estatutos;
X – receber subvenções, doações, heranças, legados
e cooperação financeira resultante de convênios com
36. Parágrafo regulamentado pela Lei nº 9.536, de 11-12-1997. entidades públicas e privadas.
18
LDB – 13ª EDIÇÃO
Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático- assegurada a existência de órgãos colegiados delibera-
-científica das universidades, caberá aos seus colegia- tivos, de que participarão os segmentos da comunidade
dos de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos institucional, local e regional.
orçamentários disponíveis, sobre: Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão
I – criação, expansão, modificação e extinção de cursos; 70% (setenta por cento) dos assentos em cada órgão
II – ampliação e diminuição de vagas; colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da
III – elaboração da programação dos cursos; elaboração e modificações estatutárias e regimentais,
IV – programação das pesquisas e das atividades de bem como da escolha de dirigentes.
extensão;
Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior,
37
V – contratação e dispensa de professores;
o professor ficará obrigado ao mínimo de 8 (oito) horas
VI – planos de carreira docente.
semanais de aulas.
Art. 54. As universidades mantidas pelo poder público
CAPÍTULO V – DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial
para atender às peculiaridades de sua estrutura, or- 38
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os
ganização e financiamento pelo poder público, assim efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar
como dos seus planos de carreira e do regime jurídico oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
do seu pessoal. para educandos com deficiência, transtornos globais do
§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribui- desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
ções asseguradas pelo artigo anterior, as universidades § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio
públicas poderão: especializado, na escola regular, para atender às pe-
I – propor o seu quadro de pessoal docente, técnico culiaridades da clientela de educação especial.
e administrativo, assim como um plano de cargos e § 2º O atendimento educacional será feito em clas-
salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os ses, escolas ou serviços especializados, sempre que,
recursos disponíveis; em função das condições específicas dos alunos, não
II – elaborar o regulamento de seu pessoal em confor- for possível a sua integração nas classes comuns de
midade com as normas gerais concernentes; ensino regular.
III – aprovar e executar planos, programas e projetos § 3º A oferta de educação especial, dever constitucional
de investimentos referentes a obras, serviços e aqui- do Estado, tem início na faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis)
sições em geral, de acordo com os recursos alocados anos, durante a educação infantil.
pelo respectivo Poder mantenedor; 39
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos edu-
IV – elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;
candos com deficiência, transtornos globais do de-
V – adotar regime financeiro e contábil que atenda às
senvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
suas peculiaridades de organização e funcionamento;
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educati-
VI – realizar operações de crédito ou de financiamento,
vos e organização específicos, para atender às suas
com aprovação do Poder competente, para aquisição
necessidades;
de bens imóveis, instalações e equipamentos;
II – terminalidade específica para aqueles que não
VII – efetuar transferências, quitações e tomar outras
puderem atingir o nível exigido para a conclusão do
providências de ordem orçamentária, financeira e pa-
ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
trimonial necessárias ao seu bom desempenho.
aceleração para concluir em menor tempo o programa
§ 2º Atribuições de autonomia universitária poderão
escolar para os superdotados:
ser estendidas a instituições que comprovem alta qua-
III – professores com especialização adequada em nível
lificação para o ensino ou para a pesquisa, com base
médio ou superior, para atendimento especializado, bem
em avaliação realizada pelo poder público.
como professores do ensino regular capacitados para
Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu a integração desses educandos nas classes comuns;
orçamento geral, recursos suficientes para manuten- IV – educação especial para o trabalho, visando a sua
ção e desenvolvimento das instituições de educação efetiva integração na vida em sociedade, inclusive
superior por ela mantidas.
37. Conforme o art. 3º do Decreto nº 2.668, de 13-7-1998, aos docentes servidores ocu-
pantes de cargo em comissão e função de confiança não se aplica o disposto nesse artigo.
Art. 56. As instituições públicas de educação supe- 38. Caput com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
rior obedecerão ao princípio da gestão democrática, 39. Idem.
19
LDB – 13ª EDIÇÃO
condições adequadas para os que não revelarem capa- III – trabalhadores em educação, portadores de diploma
cidade de inserção no trabalho competitivo, mediante de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.
articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para Parágrafo único. A formação dos profissionais da edu-
aqueles que apresentam uma habilidade superior nas cação, de modo a atender às especificidades do exer-
áreas artística, intelectual ou psicomotora; cício de suas atividades, bem como aos objetivos das
V – acesso igualitário aos benefícios dos programas diferentes etapas e modalidades da educação básica,
sociais suplementares disponíveis para o respectivo terá como fundamentos:
nível do ensino regular. I – a presença de sólida formação básica, que propicie
o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais
40
Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro
de suas competências de trabalho;
nacional de alunos com altas habilidades ou superdo-
II – a associação entre teorias e práticas, mediante
tação matriculados na educação básica e na educação
estágios supervisionados e capacitação em serviço;
superior, a fim de fomentar a execução de políticas
III – o aproveitamento da formação e experiências ante-
públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das
riores, em instituições de ensino e em outras atividades.
potencialidades desse alunado.
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos 43
Art. 62. A formação de docentes para atuar na edu-
com altas habilidades ou superdotação, os critérios cação básica far-se-á em nível superior, em curso de
e procedimentos para inclusão no cadastro referido licenciatura, de graduação plena, em universidades
no caput deste artigo, as entidades responsáveis pelo e institutos superiores de educação, admitida, como
cadastramento, os mecanismos de acesso aos dados formação mínima para o exercício do magistério na
do cadastro e as políticas de desenvolvimento das educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do
potencialidades do alunado de que trata o caput serão ensino fundamental, a oferecida em nível médio na
definidos em regulamento. modalidade normal.
§ 1º A União, o Distrito Federal, os estados e os muni-
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino
cípios, em regime de colaboração, deverão promover
estabelecerão critérios de caracterização das institui-
a formação inicial, a continuada e a capacitação dos
ções privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
profissionais de magistério.
atuação exclusiva em educação especial, para fins de
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos pro-
apoio técnico e financeiro pelo poder público.
fissionais de magistério poderão utilizar recursos e
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Parágrafo único. O poder público adotará, como al-
tecnologias de educação a distância.
ternativa preferencial, a ampliação do atendimento
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério
aos educandos com deficiência, transtornos globais do
dará preferência ao ensino presencial, subsidiariamente
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
fazendo uso de recursos e tecnologias de educação
na própria rede pública regular de ensino, independen-
a distância.
temente do apoio às instituições previstas neste artigo.
§ 4º A União, o Distrito Federal, os estados e os muni-
TÍTULO VI – DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO cípios adotarão mecanismos facilitadores de acesso e
permanência em cursos de formação de docentes em
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Art. 61. Consideram-se profissionais da educação es-
nível superior para atuar na educação básica pública.
colar básica os que, nela estando em efetivo exercício
§ 5º A União, o Distrito Federal, os estados e os mu-
e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:
nicípios incentivarão a formação de profissionais do
I – professores habilitados em nível médio ou superior
magistério para atuar na educação básica pública
para a docência na educação infantil e nos ensinos
mediante programa institucional de bolsa de iniciação
fundamental e médio;
à docência a estudantes matriculados em cursos de
II – trabalhadores em educação portadores de diploma
licenciatura, de graduação plena, nas instituições de
de pedagogia, com habilitação em administração, plane-
educação superior.
jamento, supervisão, inspeção e orientação educacional,
§ 6º O Ministério da Educação poderá estabelecer nota
bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas
mínima em exame nacional aplicado aos concluintes
mesmas áreas;
do ensino médio como pré-requisito para o ingresso
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§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impos- Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e
tos mencionadas neste artigo as operações de crédito desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:
por antecipação de receita orçamentária de impostos. I – pesquisa, quando não vinculada às instituições de
§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de en-
mínimos estatuídos neste artigo, será considerada a receita sino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento
estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando de sua qualidade ou à sua expansão;
for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos II – subvenção a instituições públicas ou privadas de
adicionais, com base no eventual excesso de arrecadação. caráter assistencial, desportivo ou cultural;
§ 4º As diferenças entre a receita e a despesa previs- III – formação de quadros especiais para a administração
tas e as efetivamente realizadas, que resultem no não pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos;
atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios, IV – programas suplementares de alimentação, assis-
serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exer- tência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica,
cício financeiro. e outras formas de assistência social;
§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do V – obras de infraestrutura, ainda que realizadas para
caixa da União, dos estados, do Distrito Federal e dos beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar;
municípios ocorrerá imediatamente ao órgão respon- VI – pessoal docente e demais trabalhadores da edu-
sável pela educação, observados os seguintes prazos: cação, quando em desvio de função ou em atividade
I – recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.
cada mês, até o vigésimo dia;
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desen-
II – recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigé-
volvimento do ensino serão apuradas e publicadas nos
simo dia de cada mês, até o trigésimo dia;
balanços do poder público, assim como nos relatórios a
III – recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao
que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.
final de cada mês, até o décimo dia do mês subsequente.
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a cor- Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, priorita-
reção monetária e à responsabilização civil e criminal riamente, na prestação de contas de recursos públicos,
das autoridades competentes. o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição
Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucio-
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e de-
nais Transitórias e na legislação concernente.
senvolvimento do ensino as despesas realizadas com
vistas à consecução dos objetivos básicos das institui- Art. 74. A União, em colaboração com os estados, o
ções educacionais de todos os níveis, compreendendo Distrito Federal e os municípios, estabelecerá padrão
as que se destinam a: mínimo de oportunidades educacionais para o ensino
I – remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por
e demais profissionais da educação; aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade.
II – aquisição, manutenção, construção e conservação Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este
de instalações e equipamentos necessários ao ensino; artigo será calculado pela União ao final de cada ano,
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados com validade para o ano subsequente, considerando
ao ensino; variações regionais no custo dos insumos e as diversas
IV – levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas modalidades de ensino.
visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos
e à expansão do ensino;
estados será exercida de modo a corrigir, progressiva-
V – realização de atividades-meio necessárias ao fun-
mente, as disparidades de acesso e garantir o padrão
cionamento dos sistemas de ensino;
mínimo de qualidade de ensino.
VI – concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas
§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a
públicas e privadas;
fórmula de domínio público que inclua a capacidade de
VII – amortização e custeio de operações de crédito des-
atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo
tinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;
estado, do Distrito Federal ou do município em favor da
VIII – aquisição de material didático-escolar e manu-
manutenção e do desenvolvimento do ensino.
tenção de programas de transporte escolar.
§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo
será definida pela razão entre os recursos de uso
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§ 2º A União regulamentará os requisitos para a rea- TÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
lização de exames e registro de diploma relativos a 51
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se
cursos de educação a distância.
um ano a partir da publicação desta lei.
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de
§ 1º A União, no prazo de 1 (um) ano a partir da publi-
programas de educação a distância e a autorização para
cação desta lei, encaminhará, ao Congresso Nacional,
sua implementação, caberão aos respectivos sistemas
o Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas
de ensino, podendo haver cooperação e integração
para os 10 (dez) anos seguintes, em sintonia com a
entre os diferentes sistemas.
Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento di-
§ 2º (Revogado.)
ferenciado, que incluirá:
§ 3º O Distrito Federal, cada estado e município, e,
I – custos de transmissão reduzidos em canais comer-
supletivamente, a União, devem:
ciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens e em
I – (revogado);
outros meios de comunicação que sejam explorados
a) (revogada);
mediante autorização, concessão ou permissão do
b) (revogada); e
poder público;
c) (revogada);
II – concessão de canais com finalidades exclusiva-
II – prover cursos presenciais ou a distância aos jovens
mente educativas;
e adultos insuficientemente escolarizados;
III – reserva de tempo mínimo, sem ônus para o poder
III – realizar programas de capacitação para todos os
público, pelos concessionários de canais comerciais.
professores em exercício, utilizando também, para isto,
Art. 81. É permitida a organização de cursos ou institui- os recursos da educação a distância;
ções de ensino experimentais, desde que obedecidas IV – integrar todos os estabelecimentos de ensino
as disposições desta lei. fundamental do seu território ao sistema nacional de
avaliação do rendimento escolar.
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas
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§ 4º (Revogado.)
de realização de estágio em sua jurisdição, observada
§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando
a lei federal sobre a matéria.
a progressão das redes escolares públicas urbanas
Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, de ensino fundamental para o regime de escolas de
admitida a equivalência de estudos, de acordo com as tempo integral.
normas fixadas pelos sistemas de ensino. § 6º A assistência financeira da União aos estados,
ao Distrito Federal e aos municípios, bem como a dos
Art. 84. Os discentes da educação superior poderão
estados aos seus municípios, ficam condicionadas ao
ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa
cumprimento do art. 212 da Constituição Federal e dis-
pelas respectivas instituições, exercendo funções de
positivos legais pertinentes pelos governos beneficiados.
monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano
de estudos. 52
Art. 87-A. (Vetado.)
Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação Art. 88. A União, os estados, o Distrito Federal e os muni-
própria poderá exigir a abertura de concurso público cípios adaptarão sua legislação educacional e de ensino
de provas e títulos para cargo de docente de institui- às disposições desta lei no prazo máximo de 1 (um) ano,
ção pública de ensino que estiver sendo ocupado por a partir da data de sua publicação.
professor não concursado, por mais de 6 (seis) anos, § 1º As instituições educacionais adaptarão seus es-
ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 tatutos e regimentos aos dispositivos desta lei e às
da Constituição Federal e 19 do Ato das Disposições normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos
Constitucionais Transitórias. por estes estabelecidos.
§ 2º O prazo para que as universidades cumpram o
Art. 86. As instituições de educação superior consti-
disposto nos incisos II e III do art. 52 é de 8 (oito) anos.
tuídas como universidades integrar-se-ão, também, na
sua condição de instituições de pesquisa, ao Sistema
Nacional de Ciência e Tecnologia, nos termos da legis-
51. Alíneas a, b e c do inciso I do § 3º revogadas pela Lei nº 11.274, de 7-2-2006; § 3º com
lação específica. nova redação dada pela Lei nº 11.330, de 25-7-2006; § 2º e caput do inciso I do § 3º revogados
pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
50. Artigo com redação dada pela Lei nº 11.788, de 25-9-2008. 52. Artigo proposto e vetado no projeto que foi transformado na Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
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