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D'.RETOR—J. Teixeira
Propriedade
EDITOR1—A. T a v a r e s X
A D M I N I S T R A D O R —» D SILVA
áa â l l i s n g a » Â n a r p s í i
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cv
COMUNISTA
REQAÇÂO E ADMINISTRAÇÃO
uma fabrica e não me deram. próprias energias, para que seus atos e suas provem d'eles serem f o r ç a d o s a
— Olha, á tarde vai a minha casa, que se- obras sejam produto da sua expontaneidade, produzir para uma multidão de
rá bom para ti e para teus pais. em vez de ser o fruto da escravidão, como p a r a z i t a s , que tem sabido roubar A politica é um dos maiores ini» |
E o burguepensativo lá foi andando... acontece na atual sociedade, E mais que a melhor parte, do que e s t e s pro- migos dos trabalhadores.
tudo, para respeitar * liberdade do individuo, duzem. E s c r a v o s do capitalismo, ius-
(CASERIO.) para não violar as suas i n t e n ç õ e s e as suas 3ean eraoe. trui-vos s e quereis s e r f o r t e s .
A RIVOLTA
A um camponez tores de outras classes, parece incompreen- influencia de educação moral superior á que
sível. poderia fazer um século duma dolente tran-
Os tormentos de uma pessoa só, injusta- quilidade.
mente condenada, podem alarmar uma ci- Os nossos austeros corporatistas são, em-
E:riancipa-tc a ti mesmo; conquista com Extraímos d'um diário burguez espa- dade, acender a Revolução n'um paiz e até bora afirmem o contrario, reformistas lega-
os teus esforços, com a tua energia e com
a tua inteligência tudo o que contem as tuas nhol : escitar o mundo inteiro: a morte violenta listas, querendo avançar passo a passo, cahin-
aspirações e serás coroádo com o bom êxito. « U m francez r e s i d e n t e e m Biarritz, de tantos desgraçados, quantos caem sobas caha, rolando sobre o passeio que corre ao
Quando entre ti aparecer qualquer politico r e c e b e u uma carta de um irmão s e u q u e balas dos exercitos, ou sob a pata dos seus
s e e n c o n t r a nas fileiras militares ao Nor- longo da estrada do parlamentarismo sindica-
a falar-te ao coração com promessas, nas te da França, em q u e diz q u e milhares cavalos em correrias guerreiras, não só não lista. Porque, com efeito, ele ha um parla-
quaes se encerre todos os teus desejos, es- de c a d a v e r e s s e encontram e s p a l h a d o s Í ncomoda, mas c hsg&- &-Constituir motivo
sa- aça-o, elimi,na-o do teu seio por-vip <»l« oocnpo da K-»trilha W -u.JiV Oli wlíU- mentarismo sindicalista, como h a ' j m parla-
intfúfa-te, elé simplesmente quer governar- uos não d i s p õ e m de t e m p o para o s en- para glorificar os que diiigiram tão horrível mentarismo politico. Basta observar com
terrar, dá logar a q u e e l e s d e i t e m u m atrocidade !
te, quer lançar sobre ti as enormes contri- c h e i r o horrível, c h e g a n d o ás v e z e s a fa- atenção como se constitue uma maioria n'um
buições que sustentam essa numerosa cáfila zer e s m o r e c e r o s c o m b a t e n t e s . Algu- A perseguição de DreyfFus, considerado congresso.
de Militares, de Padres, de Magistrados, mas v e z e s — d i z — , t e m o s q u e dormir quasi por toda a gente um inocente, fez vi-
de Patrões, de Empregados 'Públicos e de sobre o s c o r p o s putrefactos. E s t e s en Os ultimamente realisados são duma elo-
Deputados. contram-se debaixo dos colxóes, e n t r e brar de indignação quasi todos os corações.
m o n t õ e s d e palha e dentro das c a s a s Quem não olhasse com desprezo os tribu- quente revelação.
q u e foram abandonadas d e p o i s d o s a q u e Resulta pois do que procede:
a q u e se entregaram os alemães. naes militares francezes, era incapaz de sen-
Conta contigo, unicamente contigo e com N u n s p e q u e n o s b o s q u e s q u e t e e m u n s tir o culto intimo da Justiça. 1.°— Que os anarquistas individualistas,
os teus camaradas para conquistar a Terra, 120 m e t r o s quadrados, as tropas france- não admitindo a Revolução Social feita pelo
para a cultivar livremente e para distribuir zas, no dia em q u e e s c r e v e a carta a s e u As vitimas da guerra contam-se por mi-
irmão, realizaram 35o e n t e r r a m e n t o s d e povo nada teem de comum comnosco.
as colheitas por os trabalhadores da cidade c a d a v e r e s já em estado de d e c o m p o s i -
lhões, por milhões as famílias atormentadas,
que em troca te darão calçado, fato, casa, 2.°—Que os sindicalistas corporatistas res-
por milhares de milhões os flagícios que á
mobiliário, emfim tudo o que necessites, tringindo-se cada vez mais na estreiteza duma
Humanidade .tem trazido tão medonho fla-
sem que o expendio das tuas forças seja E é para estas e tantas outras barba- concepção dum ideal gasto, fazem subsistir
exorbitante. gelo !
ridades que os assassinos agaloados arran- as mesquinhezas, as rivalidadís entre as
Queres saber como o poderás fazer ? E ha-de bemdi ier-se a guerra, e ha quem
cam os filhos ao lár materno, e nós, os a defenda sinceramente ! . . . classes mais ou menos qualificadas.
Aàsocia-te com os outros trabalhadores;
combina com eles nunca mais pagarem im- Por outro lado: perdendo de vistao carater
anarquistas que lutamos para que o povo Porque provocou a questão DreyfFus ta-
postos; nunca mais entregarem as colheitas integralista que deve ter a Revolução Social
aos vossos amos e não se sujeitarem ás educando-se extirpe esse cancro social, manha indignação? Porque a mentira, a per-
e a necessidade de conformar os meios de
ordens riranicas da autoridade. o Militarismo, geradôr de todas as cruéis versidade, a podridão e o crime deram-se propaganda com o fim em vista, eles, despre-
Converte, depois em factos as combina- carnificinas guerreiras, é que sôraos per- as mãos, e envergando as vestes augustas da zando o espirito de revolta, factor poderoso
ções r verás como a felicidade entra no teu justiça, e invocando refalsadamente os sa-
wi ao eífíu sb rnTk i versos e criminosos. de reivindicações, encaminhando se infali-
grados interesses da patria, pronunciaram
Mães, os anarquistas querem a paz, velmente á imobilisação das forças operarias,
contra o inocente uma sentença infamante.
o militarismo quer a guerra, pois essa é pelas enganosas ilusões de consideráveis
Reconhece-te um homem cóm direito a Pois quando um governo, invocando fal- efetivas ou de avultadas somas.
viver na paz tranquila d'um trabalho livre e a sua razão de sêr. Guerra contra os de
recompensado. samente o nome da patria, obriga milhões
fóra e contra os de dentro, os trabalha- 3.° — Que de todas as tendencias a dos
Reconhece-te com o natural direito de sa- de inocentes a por-se á frente das balas, que
dores. A n a r q u i s t a s - C o mti n i s t a s«
tisfazeres (odas as necessidades da vida. milhões de outros, que eles vão espingar-
Revolucionários e' a única que as-
E açir.js de tudo educa-te para conheceres Os anarquistas procuram com a sua de^r, lhe hão de disparar, resultando d'esta
o devei sacratíssimo de nunca seres nocivo senta sobre o verdadeiro terreno da luta
i aos teus semelhantes.
propaganda levarem os homens a ama- ordem homicida, centenas de milhares de
rem-se como irmãos, o militarismo tem mortos, não constituirá isto uma das maio- que sofrem moral e materialmente as insti-
sindicalista, chamando a si todos os seres
Se dormes desperta e ouve. por missão levar os homens a odiarem-se res iniquidades que se podem cometer? tuições criminosas que nos dominam e de-
E o c'arim da Revolta repercutindo de canibalescamente. O anarquismo quer a Não é um homem o soldado ? Não tem monstrando que a Insurreição Expropriadora
vai em vai as vibrações sugestivas da Soli- vida, mas a vida livre, o militarismo quer tanto direito á vida como os outros ? Não é é o principal factor de transformação social.
darie-dadc Operaria. tão sagrada a vida d'ele, como a de qual-
Desperta! a morte e a escravidão.
quer? PIERRE MARTIN.
Ergue a fronte e com arreigadas convic- Mães, para vós apelamos.
ções ou por instinto natural, d'uma necessi- O ' monstro da guerra, que te alimentas
Ensinae do berço vossos filhos a amal- com a carne dos corpos dos nossos paes,
dade insatisfeita, conquista o teu bem-estar
que con iste n'esta sublime trindade : diçoar o militarismo e a guerra, como é dos nossos filhos, dos nossos irmãos; que Aos e a m a p a d a s
Pito? Terra- e Liberdade !
vosso dever, para que eles mais tarde, não só vives de matar, mas matas por
O nosso jornal, como sabem, para se pu-
quando homens e os queiram arrastar á gosto, pois que a morte é atua vida, os tor- blicar exije despezas constantes e regulares.
UM ANARQUISTA. caserna, á guerra gritem junto comnosco: mentos a tua alegria, o sangue derramado o E se o auxilio monetário não fôr por igual
liiuido que te dessedenta; haverá horror
Abaixo a Guerra! constante e regular, a suspensão torna-se
mais profundo, que o que tu inspiras, ó
Viva a Anarquia! inevitável, mais tarde ou mais cedo.
monstro da guerra!?
Aos Grupos REVOLTADO.
CEZAR DO INSO.
Para evitar que tal aconteça, rogamos um
pouco de bôa vontade da parte dos nossos
A t S' P
><'<>!-, «s Grupos e camaradas agentes,"enviando-nos ate'á próxima segun-
ti tjitM nu « iiviamos p a c o t e s d'A R S * da feira o produto da venda. A todos os ca-
V O L T A para procederem A, sua A. Sacristia, a Bolsa e a Caser-
v « n t i a , pedimos caso o não qnei- na, sàotrez antros associados pa-
ra vomitar sobre as nações a s O militarismo é o mais perigoso maradas a quem enviamos também listas de
ram faseei de nos devolverem os trevas, a miséria e a morte. inimigo da Humanidade. subscrição voluntaria, pedimos que. assim
resj.etÍT08 pacotes antes da saí- A. sua disciplina é a negação que arranjem donativos nos enviem na vol-
<3a tio p -oximo numero.
BJanqui. completa cHa liberdade. ta do correio.
A RIVOLTA
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k \ \ K Si X V * \
-63ín)
Assim continuaremos pregando
O PRIMEIRO DE MAIO Á REUOLrn a extinção das guerras com urpa
ultima : — A guerra contra o domí-
Hoje que o sangue serpenteia nio e exploração capitalista que faz
O te do ser livre um ilota, a revolta
E* uma luta de trabalhadora; contra os capitalistas nos campos d a batalha em holo-
contra as Leis, Religião, Militaris-
GUI causto ás ambições dos, vampiros
da alta finança, que piras, de cada- mo, Patrias, tudo enfim, quanto
No numero das grandes roz, pratica então a mais hor- veres se decompõem em oblação á oprime e avilta os povos.
lutas operarias, conta-se o 1.° rosa carnificina que a|historia cubiça enfréne dos piratas do gro-
so comercialismo, nós volvemóá a 333KX
de Maio de 1886, data inolvi- regista cheio, de vergonhosas
trazer o verbo candente da revolta
dável de rei vindit a e, de pro- paginas sanguinolentas; carre-
testo, que o Congresso Socia- gando sobre os grevistas inde-
contra esses sanguisedentos psico-
patas e senhores por cujo capricho Presos por psis sodaes
lista realisado em Paris no ano fesos, do qual resultou a morte se veria o sangue generoso dos po-
de 1880, na ancia de deturpar de desenas de trabalhadores. vos miseráveis ; voltamos a pregar As associações operarias de
esta revolta que é a santa, dignifi- Lisboa e os comités pró-presos por
o grandioso movimento dos Mas não finalisou aqui o questões sociais resolveram levar
cadora e bela:
trabalhadores norte - america- instintoperverso dos governan- A dos sem p ã o con- a efeito em todo o país um forte
nos, consagrou-o á Festa do tes, pois que em seguida eram t r a o s açambarcádô- movimento de agitação em favor
Trabalho,. • g(V , .;' j presos os trabalhadores que r e s ; a dós sem patria dos nossos camaradas, que se en-
Porem, a historia dos factos mais se salientaram no oomi- contra o p a t r i o t i s m o ; contram entre ferros da republica
a dos e s c r a v o s contra por delitps sociaes e que a ultima
tém-se vulgarisado e os ingé- ció, Eúyél, Spies, Fischer, Ling amnistia dada a confessos conspi-
os senhcres; a d a s vi-
nuos que festejavam esse dia, eParsons, conhecidos pelas siias timas contra o s car- radoras monárquicos, não abran-
Vão caminhando para o campo ideias anarquistas, send-o con- rascos. . X i geu.
^do.,prot,est.o ã d a açâo cons- d e n a d o s A. m o r t e . Xte»nftwo vim o a a. digar—qnp riS.n Em Lisboa projéta-se à realisa-
. c i e n t e «te* -uxj- ,oii-jijb itèa ioq Esta monstruosa infamia é justo, não é digno, nem é razoá- ção dum grande- comicio no qual
vel que os povos esgotem as suas se,resolverá o caminho a seguir em
0 1.° de Maio teve o seu foi consumada no dia 11 de face da atitude dos governantes.
-Novembro desse ano e prepa- -forças para forjar novas e de cada
preludio em 1882, quando as vez mais possantes cadeias que os Urge que um grandioso protes-
Organísações operarias deNow rada segundo depois se de- prendam ao carro ignóbil da escra- to se levante em todo o país afim
York e Filadélfia reivindica- monstrou, com o fito de afo- vidão secular; que são iuhumanas de arrancar ás garras da tirania
vam o dia normal de 10 horas gar em sange a ideia liberta- e cruéis essas guerras que enlutam capitalista os nossos queridos ca-
maradas de luta pela emancipação
<ie trabalho, sendo este horário dora a fhiarquia. a Humanidade inteira para satisfa-
proletaria.
ção única das tiranias dos autocra-
considerado legal somente pa- Todavia, ainda hoje a bur- tas, dos senhores. Liberdade aos presos sociaes!
r a QS trabalhadores nas cons- guesia ouve, cada vez cOm
truções da armada. Até ao ano mais energia, a voz cios. povos
de 1884. j á se tinham formado famintos, que,, prosélitos d a SOLIDARIEDADE DOS POVOS
várias ássfaciáçõek que propa- mesma ideia que ela procurou
O 1.° de Maio é, para aqueles E' mesmo uma anomalia esse
gavam a necessidade da jorna- esmagar, passando juntos dos patriotismo armado que faz revol-
que querem a emancipação humana
da normal das 8 horas de tra- seus palácios^á vão, entoando um meio de afirmar a sua solidarie- tar os povos uns contra os outros.
balho tais como a poderosa o cantigo de revolta, provar- dade com todos os que sofrem a O inimigo daquele que é oprimido
Li£a á a ? 8 h o r a ; , de Bos- lhe e demonstrar-lhe assim a exploração, cpm todos os que es- e explorado, é aquele quq o opri-
ton, fundada em 1860 e a locura dos que pensam aniqui- tão impacientes por sacudir o jngo me e explora.
politico e economico, que peza so- São aqueles da sua própria pa-
9?$ociação da? 8 horas, lar a ideia com o assassinato bre os seus hombros. tria que detem a riqueza e o po-
de Chicago. dos seus propagandistas. E' para lamentar que, para ser- der.
E s t a s d u a s organisaçõesin- • Trabalhadores! Homens li- vir ambições politicai, se tenha ti- J á não é em nações que a hu-
temeratas e potentes, prontas vres de todo o mundo! Lem- rado desta data, que primeiro fôra manidade se divide. Os indivíduos
a entar n a peleja contra os considerada como uma .jiata de variam segundo o seu temperamen-
brai-vos que a melhor forma to, a sua educação, as suas ten-
protesto, o seu caracter ativo de
gananciosos capitalistas e a de comemorar o 1.° de Maio revolta. dências e seguundo meio pelo qual
lutar até á mcrte, impulsiona- é proseguirmos com amor e No priucipio, porem, do século se desenvolveram; podem possuir
ram todas as outras associa- abnegação na propaganda do XX, em que se resuscita o espirito qualidades e conceções diferentes,
ções proletarias que em 1895 sublime ideal pelo qual mor- militarista, que parecia ag~nisar, mas teem todos um direito egual á
organisaram em Chicago uma ó conveniente afirmar, atravez de vida e ao desenvolvimento livre
reram os nossos irmãos de integral, em toda a virtualidade do
reunião magna de delega- Chicago.' tudo e por toda a par^e, que os
povos não tem senão um inimigo : seu ser.
dos, n a qual se acordou em Empreguemos os necessa- — seus senhores. Todo o nosso passado historico
proclamar no dia 1.° de Maio ssarios esforços para que em O exercito, ao mes$io ,tempo nos demonstra que o estado de luta
de 1886 a Greve Geral pelas breve se possa ver raiar- a au- q u e j e uma escola de desmoralisa- é tão sensível ao vencedor como ao
8 horas. rora dum brilhante futuro, pre- ção é uma barreira levantada entre vencido. Os seus esforços devem,
Os exploradores contra as recla- pois, tender para uma inteligência
Chegou, emfim, o dia l.°de parando assim a derrocada da harmónica, para uma solidariedade
mações possíveis dos explorados.
Maio. A Greve Geral era um sociedade capitalista, com o A guerra é uma coisa absurda internacional.
facto. Mais de 50:000 traba- advento da Anarquia! e imoral que não é reclamada se- E, por isso aqueles que se fize-
lhadores se reuniram num .co- não por aqueles cujos interesses ram seus senhores, procuram sus-
m i d o monstro. pôde favorecer, e esses não são tentar o seu domínio , e eternisar
Então, como sempre, o go- senão uma minaria infima de polí- entre nós as guerras. E' pelo desa-
A n a r q u i s t a : ê por, definição, ticos e financeiros de grande vôo, parecimento dos senhores — ou an-
verno, fiel servidor dos capi- que fazem o seu regebófe dos de- tes das instituições que permitem
aquole que não quer ser oprimido
talistas, ordenam aos esbirros sastres que organisa. que haja senhores — que devem
nem quer ser opressor; aqneJe que
policiais, para dissolver vio- Hoje os povos tem todos, mais voltar, os esforços de todos aque-
quer o máximo bern-estar, a maxi- les que querem emancipar-se, qual-
lentamente o comicio para os menos, necessidade uns dos ou-
ma liberdade, o máximo desenvol- tros. As suas relações comerciais, quer que seja o epíteto geográfico
assim fazer abortar esse gran-
vimento de todos os seres humanos. industriais, intelectuais e cientifi- que lhes impoz o acaso do nasci-
diosa parada de torças. cas, são as mais completas e as mento.
A policia sãnguinaria e fe- E N K Í P O MALATESTA mais numerosas, JEAN GRAVE.
A RIVOLTA
05 ANARQUISTAS E A GUERRA
V
\ Perante a opinião de Pedro XSropotkine
Nôs, sabemos ifHiito bem que a panhia de Arízin ou do Santíssimo Civilisação, o Direito, a Liberdade! os revolucionários russos venl
patria portuguesa, que reinos dizer, Baiico Cátolico de Roma. E afirma-se ai pelo mundo em / luntariamente' ao centro da Europa,
os governos, o capitalismo e a alta fi- 1:' esta -ainda hoje a nossa opi- fóra, este estupendo . paradoxo !/.'./ bater-se pel%Civilisação e contra» o
nança deste país, não necessitam da nião. Emudêça a .voz do coração e y ' barbarísmaMiiàgdp no seu pais há
nossa Opinião SQbfe a GueVra nem E por isso perguntamos: que cul- • fale a razão fria"e desassombrada. / degredos éomo far' Síbérfa para os
se preocupam nunca, como nunca pa temòs nós e os trabalhadores de: A França combate pela Justiça que ,-gritam. L i b e r d a d e Am
se preocuparam qs governos dás de-, qualquer pais que se estivesse arrui- - porque quer reaver a Alsacia-Lorena senhor que manda fusilar os ho
mais nações, de consultar os povos, nando Schneider ou qualquer outro;; . -diz-se. Em 1870, quem declarou a conscientes; companhias ás ordens
porque, — como disse algures um que tenham . diminuído os interesses > guerra? A França. A Alemanha ven- de qtíem ós soldados espingardeam
grande escritor; — beira poucas guer- dos ladrões do alto comercio de uma i cedora exigiu compensações. em massa os trabalhadorc-?, co
ras se travariam se antes de empreen- naçao em proveito de quaisqúar o u - A conquista está no direito de em L ê n a ; ukases deroj,. ...
de-las se consultasse de bôa fé aos tros. guerra que ambos os paízes admitem. mínimos'direi tos e cerceiam as tnais
que em elas hão de perder a vida. A Inglaterra que com o seu p o - Foi uma pesada indemnisação. Nós o parcas liberdades.
Compete-nos porém, como anar- derio procurou sempre sustentar ai temos dito. 0 da mesma forma não concebe-
quistas, perante a carta de Pedro supremacia na exportação, de hai Mas todos nós sabemos a quem mos que o trabalhador português se
Kropotkine a Steffen, inserta no Free- muito .que vem guerreando sucessi- pertenceriam hoje as margens do lance, de arma na mão, a centenares
dom, de Londres, e logo traduzida em vamente Os seus concorrentes. Rheno, etc. se os papeis se tivessem de léguas de distancia para combater
varias línguas pára aparecer nos jor- Foi ela que, para esmagar a i n - invertido; se em vez de vencida fos- a tirania teutonica, deixando, mui-
nais de burguezes e militares como dustria e o comercio francez, em finss se a França vencedora. to tranquilos e satisfeitos os tirinos
$endo doutrina que todo o povo tra- do século xviii, com o aucilio daa As duas províncias são etnica- que pelo mais insignificante delito de
balhador e q'ne tódofe Os anarquistas Prússia, da Áustria e da Rússia fezz mente francezas, pertencem de direito opinião os metem durante longos
devessem acatar, expôr o que enten- à França,, uma serie de guerras terrí- á França . . . De acordo. Mas por. mezes.em ergástulos onde se arruint
demos e o que é nossa opinião sobre veis, durante um quarto de século;; ventura não são também étnica e ge- a saúde, os barbaros que á menor
o1 assunto que está merecendo a dis- foi ela quem, nos meados do séculos nuinamente italianas as províncias de tentativa de reivindicação ou protesto
cussão dos revolucionários' sociais de xix, para detêr o desenvolvimento doa Niza e Sabóia. Que se importou corri os mandam espadeirar é fúsilnr nas
todos os paizes. molossorusso, lhe pôz á face a Fran-- isso a França ? Ora não pode haver ruas.
Kropotkine, dá-nos assim, em sín- ça e a Turquia provocando a guerra a duas lógicas, — uma para servir a Com respeito a combatei pela
tese, a sua opinião no segundo pe- da Cri meia, vol tando ainda a reno-i- França outra para uso da- Alemá- Liberdade e pelo Direito será bom
ríodo da carta: var o bóte no principio deste seculoo ílUM^Hitiá^ y p p uni:ifiiín/Si) í;8ÕT que aos que batalham imbuídos dessa
Penso que o dever de todos aqúe- (1900 }; í atiçando-lhe o Japão; e té Que lute portanto na reconquista mentira não sucêda o que ac<.
leMite av^iT^ tan^o oj ideaes conto o agora essn mesma potencia que, ass- quem nisso tiver interesses. Mas nã,o a muitos dos que, em 4 de O:
progse&fo ,Iiúvidnojí e éspèciitiv^mte sustada pela extraordmaria produtivi-i- afirmem que se batem pela Justiça. dc 1910 lutaram pela Liberdade Re-
àqueles que estavhm >imcr%tos como dade industrial da Alemanha, pro->- A Inglaterra pelejá pela Civifisa- publicana. Dai a poucos mezeá .. .
proletários europeus na bandeira da cura na guerra a maneira de alçapre-;- ç®0 — áfirma-se: e é pela Civilisação vam rta cadeia J • i
Associação Internacional dos Traba- ' mar o seu comercio destroçando o daa quê nós devemos ir em seu aucilio, Combater pela Liberdade e pelo
lhadores é Còinbater a invasão dos sua mortal concorrente, enquantoo acrescenta-se. Í'Í . Direito!... Grosseira rnistifiçacão.
ateiiiãês na Europa Ocidental. que, por sua vez, a Alemanha temn Nós sabemos muito bem o que Nenhumas liberdades existem neste
Eguàlmenté em síntese nós expô- -interessado no caso a sua! Industria. tem sido a decantada ação cívilisa- pais que tenhamos de travar
mós, de entrada, a nossa opinião. Gomo podemos- pois, - nós, apeianr dora dos inglezes, mas Ouçamos o para mantel-as.
Perante a mostruosa guerra de essa tése; de Kropotkine? que, a seu proposito, escreveu um E Direitos, a nós trabalhadoras,
' hoje preparada como todas as outras , ; <>. Não! Nós não estamos dispostoas dos mais eminentes-filhos de Albion, só um nos conferem': o de ^mo»
realisada em exclusivo beneficio das a esmigalhar a-cabeça para interes-s- ilerbejt Spencer, no, s.eu livro Tilo- ignobilmente explorados por .
castas militarista e burgueza. nós não •sar a uns quantos nossos' verdadeiroos joifa Âofiyflioii oâifiruí) v ,'\ 3 ]»elos p a t r õ e s , p e l o s c o -
'dizemos âò proletário que tome a es- -irtimigosr-0 ««*;»âio*> ciai i i «Nunca, com mais propriedade, merciantes, pelos agio-
pingarda e corra á fronteira a fazer- Os bandidos da grande índustriáa os inglezes mereceram o nome de tas, pelo íisco.
se'matar e á matrir o proletário dc alemã que Sc batam com o^pirafans aves de rapina com que os mtmosca- Ha qué batalhar, sim. Ma-
outro pais para horira e gloria da Pa- da alta finança ingleza. Não pertem- va Burke, quando cometiam toda a por este direito, por esta liberdade,
tria e da Burgueziá. Nòs, pelo con- darn uns e outros, que nos matemoos casta de atrocidades na índia, pois por esta justiça, pôr esta civilisação,
trario, voltamos hoje a afirmar o que para os enriquecer, porque entendee- generalizam cada- vez mais o seu sis- falsas e hipócritas.
sempre mantivemos: mos qne os trabalhadores nãodevefim tema de açambarcamento sem escrú- Hemos de lutar; sim. Ma; para
O s parias, os miàera- fogar a vida para defender os iuteres-s- pulos. Por toda a parte empregam o implantar o Direito puro a Lib< rdade
véis, os e í p l o r á d o s s a o ses capitalistas. mesmo proeesso de politica colonial; de facto, a Justiça a Liberdade de
internacionalistas, nao primeiro enviam missionários: de- facto, a Justiça sã, a Civilização per-
p o d e m sêr inimigos. * 4 pois. delegados com o encargo de feita, isto t i - r - A i A - n a r c p - x i a l
O s e u imimig o é o s e u Oil propor certas j condições recíprocas
tiramfo, é O s e n e i p l o r a - Não podemos- nós; deixar de réé- aos chefes das regiões que eles cubi-
dor. .w , conhecer que foi a Alemanha,. com ; a çam. Quando julgam ter de seu lado
Fazer a guerra entre si é pois um politica ferrea de Bismarck, querim as aparências do direito, não pare-
crime por que é mktat-se èm defc'za inaugurou na Europa a èra dos aar- cendo preocupár-se senão com iim
dos interesses de seus inimigos. mamentos indefinidos, sendo portaan- fim ciivlisador e humanitario, susci-
Assim, mantendo naturalmente a to esse pais a fóco do miíitarismno tam um conflito, mero pretexto para
nossa antiga opinião livramo-nos — cujo é necessrrio fazer ruir. se apoderarem de mais um territorio.
como disse «Volontá» —de fazer a Mas derrotada a Alemanha nãão <Por conseguinte: primeiro uma
triste figura do ateu e do anti-clerical termina ainda o poderio da casta rtini- missão de ministro de Deus, para Promovidos p e l a
que durante a vida -troçam dó padre litar porque hão de, infélizmenbte, corivertêr as tribus selvagens ao cris- An ar qu i sta-C omnn i st a ,
a negam a existencia de Dfeus e subsistir as razões das guerras.- i A tianismo; depois uma missão de giao do Sul, realisa-se 1
quando se veem no extrêmo da vida, Rússia ha de querer novamente ees- soldados cristãos, para. a tiros de pé
pérante o problema da morte, na an- tender os tentaculos e empurrar pàara ça, subjugar estes mesmos selva-
de Maio, em Setúbal, nn
gustia dô momento misterioso; se Asia a Sublime Porta, repetir 187? 6; gens. > de comício de protesto c.o itra
sentem arrependidos de tudo, e, te- os Estados Unidos, intranquilos pééla A politica ingleza, é poiá, sobre- a folia sanguinaria dos gover-
merosos do ignoto, na incerteza do concorrência. dí>B amarelos hão ode maneira nitida. Primeiramente a Bi- n a n t e s e eiri faVòr da paiz
além se reconciliam com Deus e com . querer esmagàl-os ; os mastins gueer- blia: seguidamente, as granadas de
o padre! reiros da França e da Inglaterra, ssa-
A m a n h a , domingo, reaK-
artilharia. sar-sò-ha èm Lisboa um comi-
Ao contrario de Kropotkine nós çiados pela avultada prêsa que essta igualmente bem conhecida a
crêmos que o deter de todos aqueles guerra lhes trará ( ? ) adormecerrão açao civilisadora das tropas france- cio contra a g u e r r a q n e ' p r o -
que amam tanto Os1 Tdècies como o pro- por. espaço de tempo mas logo vcol- zas no.Tonkin e em Madagascar, dos mete ser imponentissimo.
gresso humano é precisamente mos- verao a ranger os dêntes. belgas no Gongos, e dos russos P a r a estes comicic , féíaiÉ
trar aos, trabalhadores que não teem E isto porque, derrotada a Ale- na China e no -Turquesthan. profusamente dístribuidi) m n
'que pegítr em armas para defender a manha ou veneida a França não diei- E é a todos estes hefois do exer-
burgueziá e o capitalismo fraricez
manifesto, que constítúe uni
xarà, por essa razão, de haver comeer- cito. anglo-franco, russo-belga que em
das investidas da burgueziá e do ca- ciantes, sindicáteiros, agiotas e (ju- todas essas partes deram provas do gritò vibrante de p r o t e s t o con-
pitalismo alemão; porque os miserá- deu que numa parte ou noutra, miais que eram que está entregue de no- t r a a Conflagração Europeia.
veis, os que não teem nada de seu,
marchando para a guerra não fazem
cedo ou mais tarde, hão de infalivel- vo/ a defeza da civilisação ! . . . Nes- Trabalhadores! Compa-
mente impelir os países á çonquista ta guerra as hostes do Kaiser teem recendo nos comicios que h o j e
mais que ir defender a casta milita- de novos mercados, à guerra. praticado revoltantes crimes. E' um
rista e Consolidar o previlegio écono- Que interesse teem portanto os facto. Mas, por outrp lado, não é con-
se realisam, euniprirer
mico e politico da burgueziá, sacrifi- trabálhadores em semelhante luta? testável a afirmação que os alemães alto dever de solidariedade
cando-se para engrossar ainda mais Para quê pegar em armas e ir- fazem atribuindo âs tropas dos alia- interernaciorial e de rej - •
a cadeia da sua -ptopriá escravidão. ão centro da Europa morrer e matar dos idênticas selvagerias. chacina Europeia.
Kropotkine escreveu' em I ^ a trabalhadores como nós, e qde como Isto prova tão sómente que to- A União Anarquista- Cotnuní ia
G r i x e r r e i : 'São sempre" HtfcMda- rios nerihuma culpa teérft que os sin- dos os soldados, quando em guerra,
des em tornei de mercad&s e do direito dicatos burguezes alerilães prejudi- não são mais que uma sucia de bar- ÍXX>0<><>€>0-0<>0-0<><><>0<>CKX><>00<><XX.
é explorarão das nações atYazadhx quem OS trusts inglezes ou que os bares, sejam eles dum páls- dèrnocra-
tm industria que causam as guerras a r g e n t a f i o s franco-russos queiram tico OU duma naçãa reacionaria. 2TA ZTAZÍZA
modernas. 'Na Europa, já ninguém se alargar o raio do seu dominio? Não é portanto (a nosso vêr) cor-
batè pela honra dos reis lànçám-se Mas e a Civilisação que se destroe, rendo pela Europa de espingarda nas Os socialistas fieis aos
os exércitos uns contra os outros pela a Liberdade que sé afoga, clamam mãos, feitos assassinos, que os que princípios infcemacionalistas jreafl-
integridáde dos rendimentos dós Mui- indignados os escrivãs peniculiarios amám os ideaes e o prog esso humano sam hoje, 1," de Maio, em todo o
Poderosos Senhores Rothschild ou da burgueziá; pelejando contra a salvam a Civilisação. jjaie Eftanífestaç.ões e çomicios da
Schneider, da Mui-Respeitavel Com- a Alemanha defende-se a Justiça,1 a Nós não podemas conceber que protesto contra a guerra.
A RIVOLTA
TRAÇOS DE FOGO
Da resignação de Cristo i : òe maio A d u p l i c a c í d a d e d a s leis
" A V O Z DA R A Z Ã O "
Quasi morto o catolicismo ante 3STO B R A S I L C o m o hão ser a n a r q u i s t a ?
os ataques de reformistas e liberais, 1 Periodico anarquista
subsistem, no .entanto, estas ...£éas. A Confederação Operariia Bra- A todos os camaradas que nos
Órgão da Juventude Libertaria teem dirigido pedidos deste magnifi-
virtudes trasladas;; às leis- fiivis— sileira e o Centro EstudosSoociais'do
Resig-iiaçào! Mansi. rio de Janeiro, organisa hsioja um Aparece hoje co folheto de propaganda somos a.di-
KKKAÇÃO zer que a sua publicacãa prepara-se
d ã o ! H u m i l d a d e ! . -- comício pro-paz, em que*usaaráo da
Eu ; ainda não vi nado tão baixo., palavra ativos militantes ,dâo movi- Travessa Agua da Flor, 55-1.° para breve. Os pedidos podem con-
tão covardc, tão objecto como esta mento operário e anarqtiisfeaa. LISBOA tinuar a ser feitos á nossa redação.
à j x p I—-Num. 30 C o i m b r a 3 ds sâtembro de 1918 raço 1 centavo
as
«a
•o
s
A aliança internacional dos explo- | ambiosos fracassados podem enear- Os R o d r i g u e s . . biologicos | gastulos da inquisição vermelha, os
rados e dos oprimidos de todas as niçar-se contra elas e contra - v paladinos, cujo crime é sonharem com
patrias, em aberta rebeldia contra a seus defensores; mas hoj>- o caminho Definição d o Rebite ; a sociedade feliz onde ha-de haver
coligação dos governantes e do capi- * Biologia » — de bios, vida e logos,
está aberto e jamais se poderá im- ! r a l a d o — q u a r dizer ciência da vida; e Pão, Terra e Liberdade para todos.
talismo, derrocará toda a velha ordem pedir de continuar, de se tornar o Píoiogtsta^ aquele que t r a t a da vida. Se os homens, emudecerem, vamos
social, o vetusto organismo baseado Ideal dos deserdados, dos sem pão, Assim, o ministro do Interior, sr. dr. nós mulheres, perante os mandantes
na opressão, no previlegia e na tira- o molôr das suas tentativas d"eman- P idrigo Rodrigues e respeitáveis i mãos, deste infeliz paiz, entregar o nosso
nia, instaurando em toda a terra uma cipação. o u secretario Fui uno Rodrigues e o
protesto contra tanta infâmia e ti-
nova era de amor e bem estar para governador s r . dr. Daniel Rodrigues, vi-
A sociedade capitalista é tão mes- vendo t o d o s tres em republica na Peni- rania !
todos os homens iguaes e livres. quinha, tão estreita que, em vão, t e n c i a r i a , " nstituem uma distintíssima Mulheres, acordai! E que o nosso
E por estas razões nós, os anar- tenta comprimir asjargas aspira- família biológica, por saberem - como clamór, chegue até junto do trôno
quistas, somos inter nacionalistas. ções, aniquilar ns boas vontades, p o u c o s — tratar da vida » ensanguentado dos nossos verdugos 1
Que admiração I Pois se isto é deles !
esmagar e assassinar todas as indi-
En-so par., que aderiram á republica?
vidualidades que não podem cingir- Para se anicharem e encherem a bar-
se á sua estreiteza de vistas, Porem, riga.
Toda esta renovação substancial e
essa opressão embora chegue a so~ E tem o dr. Sertnga a pelulancia de
profunda da sociedade humana só é
porem possivel mercê duma violenta
fucar a voz dos anarquistas atuaes, diz r que o nosso camarada Baitolomeu Porqne sou anarquista
é sapateiro sem oficio I
ela fará swgir cutros não menos
insurreição do povo contra a violência Tartufos,..
legal dos atuaes previlégiadus econo- r**--^*—Ss—— T --HfcfS' - -r •
Sou anáfquista. porque, desejando,
raicos e políticos. E d'aqui parte a Jean Grave. O p ã o barato I
uma nova organisação social, sinto na
necessidade duma revolução social. alma um odio imenso a esta sociedade
O s n o s s o s leitores lembram-se do ba-
E também por isto nós somos unH-lega- rulho que se fez por c usa do pão ? minada pela podridão e corrompida
liímos revolucionários, Lembram se das reclamações do gover- pela mais vil e imunda lama. Todo o
E lú, velho povo trabalhador,ajuda- ECOS a OPINIÕES no de atender a essas declarações po- homem em cujo peito pulsa um cora-
nos na nossa humilde e solitaria obra, pulares ?
ção d'onde emanam torrentes de amôr
dando o rugido do leão que afia as Socialistas )is o pão agora em Lisboa, depois
do decreto burla é mais inferior e o e generosidade, ha-de, forçosamente,
garras para entrar na peleja; que p o v o grama o sem protesto.. sentir-se repugnado quando olhar
Aproveitando-se da perseguição feita
ainda no furor da bitalha sangrenta pelo governo aos anarquistas e sindica- O r a v á lá ser prior duma freguezia para o nogento monturo da sociedade
ouvirás, como ferindo o espaço, sur- listas, os socialistas mercê duma exceção destas. vigente. È, qual não será a Revolta
gido dos peitos dos lutadores, este odiosa que lhes devia repugnar, andam fer- Bolas para tal p o v o ! . . . que surge na alma daquele que vê,
grito que é um sinal de fraternidade renhamente por entre as classes traba-
lhadoras lançando o seu verbo emanci- pensa e espera ?!
e de amor: O medo...
pador de reformismo parlamentar. Vê que assim a vida é amarga e
Chama se a isto querer fazer partido O Intransigente de quinta feira 21 torturante, pensa que ela deve ser
YIYA A HUMANIDADE LIVRE I sobre as suposta ruinas do anarquismo p. .). depois de se referir á prisão do mais dulcificante e bela, e espera pela
Aproveitem emquanto é t e m p o . . . a camarada que é empregado no semana- doçura e pela belesa
benevolencia governamental. rio Terra Livre, ia havido pelo /rancef,
concluiu com esta tirada : Por isso eu sinto a cada instante a
Revolta levantar-se no meu espirito
A IS Um b u f o . . . « Então já sabemos o motivo porque
as oficinas do zMunio teem estado de como a lava chamejante que brota
Cantam vitoria os socialistas de L i s - taipais corridos. do vulcão.
Os mortos, os prisioneiros, os des- boa, porque um Oliveira, ex-sindicalista, Em cheirando a e s t u r r o . . . cautela e S i m . . eu revolto-me e sinto que
terrados, vitimas emoladas pela so- se filiou no seu partido. Que. lhe faça caldos de galinha, que nunca fizeram
mal a doentes. »
sou anarquista Penso no E s t a d o . . .
ciedude em holocausto á Anarquia, bom proveito. Depois dos S a n t a n a s . . .
dos Saras . . dos S o b e r a i s . . . só falta- Pois é p a r a admirar que o Imundo Ele é para mim tão odioso como o
só teem contribuído para que o su- ria o Oliveira, membro da privada. tenha naêJo com o Vale e o Borges a cínico, o canalha parasita que vive á
blime Ideal se torne cada vêz mais E ' para aparelhar com o Pereira, g u a r d a r - i b e a porta l custa da miséria de milhões e milhões
forte e vivificador, e o numero de agente amador t de trabalhadores.
seus propagandistas aumenta sem Fazem do partido socialista, o n d e b « Invalido v Sou inimigo do Estado, da Lei, do
cessar. muita gente seria, sorvedouro de t o d a a
imundice... ia, do preconceito, emfim, da
Propagandistas conscientes dos. Do Corticeiro:
Chama-se a isto socialisar tirania e da mentira.
seus aios,'jforque teem compreendido pa!" - - C o t o f r a n q u e z a o dizemos. Andam O Estado representa a exploração
todas as belezas da Ideia, propa- "positivamente a mangar com a tropa.
Q<iem conhece João Carlos Cbaby,
e o roubo porque, privando a maior
gandistas acidentaes os que lançam Canalha... parte da Humanidade, das regalias
como nós o conhecemos, não passai á
o seu grito d odio contra as institui- sew soltar uma enorme gargalhada, da vida, é a causa da outra parte, a
ções que lhes esmagam os senti- A proposito dos 4 contos de reis que * proposiío da sua prisão.
o nosso camarada Bartolomeu, auda gas- — burguezia, — viver á custa daquilo
mentos intimus ou os instintos de Esta só não lembrava aos policias que produzem os deserdados, os mi-
tando por terras de Hespanha, ainda o amadores. Um homem aleijado das per-
justiça e verdade. socialista Carmo Barão não úgiu nem seráveis. . .
nas e das mãos tido como perigoso I
A ideia*anarquista pela sua am- mogiu. Mas que redicula e imfame é esta merda. Como é triste, como é revoltante,
plidão ucolheu e chamou a si todos Então emerito caluniador, quando veem Que grande fantocharfa. O Chaby peri- pensar em tanta iniquidade que existe
os que teem o sentimento da digni- as provas da infâmia vomUada apóz tal- goso I ah 1 ah 1 ha! ha ! Ora os patuscos.
vez dalguma patuscada no Triagem ? pelo mundo além I
dade pessoal, a sêde de Justiça, Que reles são os tiranetes dagora.»
Canalha! Sou anarquista porque sinto a toda
Beleza e Verdade. Depois do Chaby, do homem do cani-
vete e do marujo, falta >ó um ergo que a hora, que os gritos dos famintos,
Pois qual será o Leal do homem Os s i n d i c a l i s t a s e a s e l e i ç õ e s já vem do Japão a caminbi para atentar acordes cheios de emoção e sen-
senão vêr-se livre ae todos os entra- contra a vidb do g r a n d e . . . Liborio! timento nas córdas vibrantes da minha
ves, de toda e coação ? Não tem sido Como se sabe quando foi d o movi- Ridículo e nojento . . alma dolorida . . E eu então canto,
esse o fim de todas as revoluções ? mento de protesto por se d e s d o b r a r a
numa emoção de Dór e sofrimento o
faculdade de direito, foi nomeado u m
Se o homem sofre ainda a auto- comité de defeza da cidade de C o i m b r a , poema da vida livre e fecunda — A
ridade dos seus esploradores, se o ANARQUIA 1
espirito humano ainaa se debate na
da qual fazem parte sindicalista c o m o
representantes da União dos t r a b a l h a d o -
ÁS MULHERES
Sou anarquista porque sou inimigo
prisãfr das vulgaridades da socie- res. Agora esse comité apresenta p o r da farda que simbolisa o crime, a
Coimbra a candidatura do adesivo José A União das mulheres anarquistas,
dade capitalista, è porque as ideias tortura e a morte.
de Alpoim. perante a tirania governativa, em
predominantes, a rotina, os precon- Sou anarquista, porque odeio a
Como até hoje não vimos sobre este conservar presos camaradas, sem cul-
ceitos e a ignorancia teem sido até facto qualquer declaração estamos inde- divisão da Terra em Pátrias, pelas
pa formada o que representa um
agora, mais fortes que os seus so- cisos se os sin licalistas também aceitam fronteiras, o que converte os homens
atentado coníra a liberdade indivi-
nhos e desejos d'emancipação, ar- essa candidatura. em verdadeiras féras, causando a des-
Bom será que alguém faça luz sobre dual, trabalha para que as mulheres
rastando-o, depois de ter espulsado armonia deste grande mecanismo que
os senhores primitivos, a submeter- um ponto que reputamos de grave para qu> s entem germinar-lhes nos cere-
os princípios. bros princípios de justiça, se ergam fornia a Humanidade.
8e a outros, quando julgam ter al-
a protestar contra essa tirania! Sou anarquista, emfim, porque
cançuao a liberdade. Dô I n t r a n s i g e n t e : Cada preso tem uma esposa, uma anbélo que o mal e a tirania sejam
,
stiâe, asna liliia, pois juntemo-nos to- banidos da Terra como a nuvem sa-
As ideias anarquistas vieram tra- E continua... cudida pelo sopro forte da rajada tem-
«O ar que se respira atualmente em as unidas pelo mesmo elos de soli-
zer luz aos cerebros, não só dos dariedade, pois que a todas marcou o pestuosa.
Lisboa já se encontrava envenenado p e l o
trabalhadores, mus de todos os pen- cheiro nauseabundo dessa nova e s p e c i e ferrete i^nominoso da tirania demo- José Figueiredo.
sadores, ensmando-os a analisar zoologica de configuração humana q u e crática, e vamos serenas mas altivas
bem os seus proprws sentimentos e recebeu a designação «genérica d e — bu-
cumprir u:n dever; protestar em no- O D e s t i n o i n v e n t o u h o m e n s que
pondo a uú u veraadeiru causa da fos. Mas entendeu-se — e muito b e m , vá
de o dizer com a pié-sa do gato q u e me das nossas lagrimas e das nossas teem á s ordena milhares de K n u t s
miseiia e os meios ae a destruir;
passa pelas brazas — q u e e s s í mestri a dóres contn os que calcando a pés a e a quem o s g ê l o s e as m a s m o r r a s
mostrando o caminho a seguir e o obedeoem c e g a m e n t e , m a s i n v e n -
atomosfera estava pouco viciada; e emão Constituição do paiz, mantêem nas
fim a atingir; e explicando a razão inaugurou-se a série das p e r s e g u i ç õ e s tou t a m b é m o punhal de Oaserio
prisões os nossos camaradas, pais e
porque abortaram as revoluções pas- ancien regime, a caça, a batida diréta, e a bomba de Ravachol.
ti!Lios, vitimas do odio do mais eze-
sadas. pessoal a adversarios incomodas o u m e -
nos reverentes. Por vezes mais c u m p r i - crando dos homens políticos deste (De < A L u t a » )
F esta estreita relação com o dores, mesmo, dos seus deveres, m a i s paiz. ('Diário republicano de i3 de oAgosto
sentimento intimo dos indivíduos ciosos da honra das suas fnnções b u r o - Mulheres! Vós que sabeis subir ao de 1909.
que esplica a sua rapida extensão, cráticas, Pois venha mais, que a e f o r a calvário do sacrifício e d a abnegação,
que faz a sua força e as torna com- ainda dista um bocadinho. *
cujo coração é feito de miríades d e
Veja o sinhor Mchado dos Santos, Quanto m a i s o M l i s a d o s f o r e m
patíveis. Osfutóres youernumentaes, se mereceu apenas ser o beroi a« Ro- esperanças, acordái e vinde como a s
o s p o v o s tanto mais d e p r e s s a 86
as meuiUus ojjraxuórus, a ruma dos tunda ! a n t i p s heroinas, arrancando dos er- fará a R e v o l u ç ã o Seoittf,
4 A R E V O L T A
Construção Civil
HONTEM E HOJ E
os e s c r a v o s m o d e r n o s se e r g u e m
a proclamar o seu direito á v i d a !
por
A Federação d'esta classe, que acerca
A imprensa, farol l u m i n o s o , de cjnco meses conseguiu vêr atendida 0 qoc devemos
H a na historia dos povos épocas criada para e n c a m i n h a r os expolia- uma sua reclamação sobre o horário de
De ha tempos que a esta data, isto é,
q u e se a s s e m e l h a m . dos á conquista de melhores dias, trabalho; vai convidar todos os operários
apóz a subida do grande estadista ao
O que se está p a s s a n d o e m Por- é amordaçada e apreendida por das quatro classes da construção civil a
tr<ino português, a classe operaria tem
tugal, na regencia de A í o n s o VII, uma grande reunião magna para resolver
m ã o s brutaes d e esbirros d o n o v o sofrido uma interminável serie de vexa-
sobre a atitude de alguus mestres, que
é a repetição ezata se n ã o a u m e n - santo o f i c i o ! mes de tal maueira vomitados que, se
pretendem modificar o dito horário, o
tada do. q u e se p a s s o u na regencia não fosse conhecido já o fim que visam
N ã o existe autonomia social representa uma infamia só digna de
estas torpes insidias, talvez hoje as or-
de J o ã o F r a n c o I. n e m • garantia individual, associa- crealuras que ridiculamente não pessuem
ganisações obreiras não fossem mais
Q u a n d o c o m p u l s a m o s a historia noção de carater.
ç õ e s e seres h u m a n o s estão sugei- que a palida sombra do que teem sido,
da c h a m a d a putna luzitnna, e l ê m o s tos a desaparecer ao m a i s débil ou antes, um cadáver em estado de
Fabricantes de Ca'çado putrefição.
nas suas paginas todo u m p a s s a d o gesto d o ditador, que nos áureos
de sangtfe, l a m a e tirania, atribuia- E c l a s s e v»i reclamar perante o Mas, mercê da própria propaganda
t e m p o s d o s c o m i c i o s pregavam li-
patronato, aumento cio preço da obra, contra o movimento associativo, adulada
mosagsftgs a t r o p e l o s , c r i m e s e v i o - berdade a o p o v o , para a e s m a g a r
por intermédio da respetiva associação cão só pela imprensa burguesa, como
l e f t í ^ ^ ^ ^ o r i g e m de r e g i m e n s p r e - agora c o m o o mais vil d o s Dracons pelos indivíduos que formam o governo
de c asse.
viligiaOTt — as m o n a r q u i a s . d o ocidente. atual e seus sequazes, a quantidade de
F - s e m o s votos p a r a q u e o consiguiam
Hoje porém, que vivemos em O povo que trabalha, paga e d e paais q u e é u m a d a 3 c l a s s e s , q u e adeptos tem tanto mais engrossado,
plena d e m o c r a c i a , presenciamos sca! p a g a é, e b a s t a n t e Dumeroza. quanto maior é a raiva com que 0$ go-
stffre q u e se r e v e j a n a s u a o b r a . vernantes tratam o sindicalismo e seus
factos idênticos aos que a historia Q u e m e d i t e se lhe v a l e u j o g a r a propagandistas.
dus. t a m p o s id >s n o s d e s c r e v e .
P r o v a - s e que a p e z a r dos i n ú m e -
vida n u m a bromosa m a n h ã de O u -
t u b r o d e r r u b a n d o a tirania de co-
Congresso Anarquista E, realmente assim é, pois, quantos e
quantos indivíduos não sairam ja da
ros sacrifícios populares derra- rôa p a r a a s u b s t i t u i r p e l a d e b a r - neutralidade em que teem vivido, para
m a n d o o seu jeneroso s a n g u e e m F la-se entre nós na realisação do desejosos por compreender a r a s ã j das
r e t e frigio. prisões que se teem realisado nos últi-
defeza do progresso e da liberdade, 2.' congresso anarquista. Nunca como
N ã o ! porque a tirania ezistira mos tempos, andarem em busca de quem
o s t e m p o s s ã o o s m e s m o s , pois agora, se fez sentir a necessidade da
e m q u a n t o o h o m e m fôr o m a n d a - lhes indique as causas que levam o go-
subsiste o m e s m o crime d o s regi- sua realisação. verno a roubar á liberdade, entes que
tario do h o m e m ; e m q u a n t o a pro-
mens monárquicos sob a forma D. j sse congresso deve sair mai3 so- desinteressadamente se prestam a culti-
priedade privada e o salariato fô-
republicana. lidificada a nossa organisaçâo, apro- var os cerebros obscuros, metenuo-os
rem a b a z e da sociedade indivi- numa lúgubre prisão, como sucede com
O p o v o que produz a riqueza vada no primeiro congresso.
dualista que agora péza com t o d o s Cai los Kates, Antonio Henriques e tan-
para o s fartos e felizes, continua o s s e u s c o d i g o s sobre as m a s s a s Mostremos ao governo e aos seus tos outros camaradas ?
adstrito, à terra curtindo f o m e e produtoras. ajentes, de que as perseguições só A provai o poder-se hia dar bastantes
misérias. servem para dar novas forças ao mo- exemplos, se assim fosse preciso, mas
C h a m a m - l h e republica o u m o -
A o feudalismo antigo s o b r e v e i o vimento libertadôr das classes explo- escusado será, pois que os propiios re-
narquia : — hoje c o m o h o n t e m volucionários de hontem, Ue sobejo o
o feudalismo moderno. Hoje n ã o é radas.
subsistirá a mizeria, a exploração, devem saber.
esplorado pelo nobre» senhor de Parár é morrer. Que a Federação
o roubo e a tirania I Assim, apesar da Casa Sindical de
baraço e cutelo, m a s sim pelo bur- do Norte qu ldnç«'U a ideia do con- Lisboa ser arbitrariamente dissolvida, as
A verdadeira liberdade q u e inte-
guez, e s c u d a d o n o sabre policial. gresso, não afrouxe para que a reu- associações ue classe vigoram Corno até
gra o h o m e m e m si proprio, s ó
N ã o é azorragado, fuzilam-no e m nião magna dos anarquistas na região aqu>; apesar das associações dos ruraes
virá q u a n d o f a z e n d o taboa-râza da stiem fechadas ás ordens cios tartufos e
plena praça publica. O operariado portugueza seja um f icto em breve.
iniquidade social presente, o s p o - os seus membros encarcerados nas di-
d'hoje é c o m p e q u e n a s variantes o v o s e d u c a d o s nas m e s m a s afinida- versas cadeias do paiz, elas teem fun-
e s c r a v o antigo. des e t e m p e r a m e n t o s se u n a m cionado regularmente; apesar emnm da
Deram-lhe pela constituição po- constituindo u m a s ó familia, e m - I m i u m grande quantidade de revolucionários
piesos, a avalanche tem aumentado con-
litica de 1789, o direito de c i d a d ã o ; plantando sobre a terra — o ComQ- MMaKHUlH SI ••••••••••«••«BI»
sideravelmente e com esta a foiça, a
pela constituição e c o n o m i c a , m a n - nismo-Anarquista í Federação Anarquista na Região do Sol vontade e a eueigia que a leva a i «cor-
t ê e m - l h e a s e i v i J ã o pela existencia rer aos aios 1 evolucionai los, única ma-
d o salariato. E s p a n h a , Agosto de 1 9 1 3 . penúltima reun>ã<> federal, foi re- neira ue fazer senur o protesto coutra as
resfclvido aceitar o alvitr dos camaradas iut«mias ultimamente praticadas coutra
O s trabalhadores, factores de
BartolomeuConstantltU). de 'Coimbra para A Revolta se fundir os .nossos, camaradas.
toda a riqúeza social, f o m e n t a m o com o jornal /I Anarquia, orgão do Nas associações tem aumentado o nú-
progresso e d e s e n v o l v e m os inven- grupo Juventude Anarquista, passando mero de associados que ali vão beber a
tos cientificos pelo s e u trabalho, c 4 Revolta a publicar-se temporaria- seiva da instrução necessaria, para re-
n ã o têem de todo esse titânico la- Nas Bastilhas democráticas mente em Coimbra, motivado pelas per- sistir ás opressões do patronato e do
seguições governamentaes. Estado.
bôr, mais de q u e a mizeria n o seu
Mtffs foi resolvido nomear o camarada Os grupos revolucionários multipli-
pobre lugurio, o n d e em dias s e m
Bernardino dos Santos, secretario geral, cam se uia a dia. fc, tudo isto p o r q u ê ?
sol e noites s e m lume, sofrem toda E' tenebroso, é horripilante o que se lê por estar ausente o camarada secretario
nos jornaes não vendidos ao governo, Uuicamente pelas perseguições de
u m a vida de s o f r i m e n t o s ; u m a e não poder estar parado o expediente. que tem sido vitimas os piopagandistas
sobre as torturas porque passou os pri-
epopeia de-lagrimas e dôrl F i a u também assente que QA Re- operários, que se encontram em grande
sioneiros do Castelo maldito de Angra
N a antiguidade apezar de n ã o volta tenha dois corpos de redução um parte presi-s, isto e, impossibilitados de
do H roismo.
em Coiabra e outro em Lisboa. defender as ideias que todo» nós, anar-
t e i e m creado u m m e i o social seu, A Espanha, tem o seu Monljnit em quistas precomsamos.
porque n ã o tinham educação, já Barcelona ; Portugal, tem no nas Ilhas.
0 poderoso senhor de todos nós, en- Aos grupos federados lembra-se o Pois bem, se as associações estão en-
e m seus rudes cerebros jerminavam pagamento das quotas federaes, posto grossadas, multiplicados os giupos li-
cerram além mar as suas vitimas para
frémitos de revolta q u e irrompiam lhe não ouvir os seus lacinantes gritos que sem dinheiro se não pode fazer pro- berianos, iniciemos uma lula, mas uma
c o m o catadupas perante a tirania de dor e desespero. paganda. lula tenaz e altiva, contra o procedi-
mento ridículo dos tiranetes. Mostre-
dos senhores, l e v a n d o - o s á InSQFrei- Nada conseguiu com isso porque nem
Os anarquistas de Coimbra progetam mos-lhes, que sabemos ter força para
ÇãO a r m a d a , depois s o f u c a d a e m san- toda a imprensa se transformou em ban-
a publicação dum manifesto anti eleitoral. faser frente ás suas violências despóti-
gue pelos p o d e r o s o s possuidores cai, onde se defenlem as violências do
cas, mas sem hesiiações, sem receio de
governo capitaniado pelo Judas.
da terra que n ã o r e c o n h e c i a m a o s vinganças, pois que não podemos por
seus e s c r a v o s o direito á vida, ao
Que no estrangeiro se levantem os ho- Prò-presos por questões sociaes mais lempo, consentir as aibitranedades
mens de coração a protestar contra a que se estão praticando, prendendo a
g o s o e á liberdade. nefanla Inquisição estabelecida em An- Desenha-se jà, embora que tardia- êsiuo para conservar nas pútridas mas-
Hoje sucede o m e s m o . . . gra e de qu« é inquisidor-mór Harbués mente, o movimento de protesto contra mo ras condenando os á morte lenia, os
Afonso da Costa. a prisão dos nossos camaradas que en- nossos camaradas que, traiçoeiramente
As classes operarias crearam já
Protestamos contra as torturas de que chem as prisões da republica. Em Lis- são roubados aos entes queridos.
p e l o influxo da e d u c a ç ã o moderna, têem sido vitimas e continuarão a se-los, e Porto deviam-se ter realisado varias
u m a vida própria, u m ambiente os presos no Castelo de Angra, por de- sessões, Em Coimbra trabalha-se para E' preciso que um grandioso protesto
social proprio, que doutrinaria- litos politicos. secundar esse movimento o que já não se levante por todo o paiz, çara fazer
é sem tempo. vencer as nossas pretenções.
m e n t e se desenha n u m futuro pró- Que clamor das vitimas e o protesto
dos homens livres cheguem até junto Em Coimbra, Porto, belubal e tantas
x i m o c o m o o c o m p l e m e n t o da sor- Urge que as organisações anarquistas
do mnito poderosj Afonso VII!! outras localidades, ainda os trabalhadores
e sindicalistas quebiem o mutismo em
ridente aspiração de sonhadores nao fiseram sentir o seu clamor de re-
que teem estado e se maiiifesitm ade-
utopistas de tempos, idos que a n u n - volta, contra o que em Lisboa se tem
rindo ao comiié do norte, ou consiiiuindo pa&sauo.
c i a v a m a Resurreição do Homem livre, novos comités para kvar por diante o
E' duma extrema necessidade convocar
que a lei e a servidão i g n o m i n o s a protesto. comicios, explicando o seu fim e qual o
havia tornado a besta d o p a s - caminho a seguir, para libertar os que
sado ! injustamente estão prisioneiros, ás or-
União Geral dos Trabalhadores
E q u a n d o o p o v o desperta da
A comissão Administrativa desta união
Apelo aos amigos do Ideal dens dum ministro.
Façamos a greve geral, com o assento
letarjia e m que v i v e u , eis que o s se- e ponderação devidos, emfim caminhe-
na sua ultima sessão resolveu os seguin- Não vamos solicitar esmola porque se-
guidores de Caligula, N e r o , T h i e r s , tes assuntos: ria empropio de anarquistas, para sus- mos paia a lula, que ela é necessaria
M a u r a e J o ã o Franco, se e r g u e m Enviar a quantia de seis escudos aos tentar a publicação d\4 Revolta. pois que só pela revulta poderemos nesta
c o m o seu gesto tigrino de feroz presos por questões sociais, produio de Quando muito solicitaremos a solida- ocasiao ganhar a partida, que é : a l i -
ditador a proclamar d o alto d o uma subvenção aberta por a mesma riedade dos camaradas, mas agi.ra tra- bertação dos presos por questões
união, para esse fim; ta se apenas de apelar para o» corres- sooiae.*.
s e u olímpico t r o n o :
Auxiliar a publicação do futuro quin- pondentes e assinantes para qu- pagu m Luiz da Silva
 Constituição soa ea 1 sinario a < Batalha Sindicalista » e reco- os jornaes em divida, visto que nã • ha
D e b a i x o deste regimen d e c h u m - menda-lo aos sindicatos profecionais nela outra receita senão o proviuiente da sua
unificados; venda. Trabalhadores 1
bo, — n e g a ç ã o da democracia, —
Q u e seja constituído um grupo dra- Que nos des ulpem, mas assim é ne- o r g a u i s a i v o s n o s v o s s o s sindi-
fecham-se associações, prendem-se c a t o s t> g r u p o s r e v o l u c i o n á r i o s ,
matico para dar uma serie de espetacn- cessário desde que ha quem leia e não
operários por agitadores, fuzila-se los no teatro que tem na sua hè<ie, re- pague, prejudicando e dbseuvi>liimeua> c o n s a t u i n d o a s f e d e r a ç õ e s regio-
e m m a s s a , faz-se montaria a o s ru- vertendo o seu produto em favor do co- da propaganda. jiaes para sôrdes forte na luta
façs como se fossem lobos, porque jro da mesma união. A administração. contra a sociedade capitalista,
P r e ç o 1 c e : a í a v o A
Seria isso o mal, as fezes que infil- á téla da discussão com a frase os catos não pode ter sido -- ,usr.c,
1
do l de fevereiro, prostrara as regias ' tigos de fucdo o s esp;õ ;s. Tal qual c o m o Claro está, poreia, qus o direito á vida
o poder, que se trata de despedaçar, o regime republicano aumerttóft j s f P
pessoas fa/áa, ao mesmo tempo, csír o lio tempo da ditadura franquista, o s ope- acima de tudo. apossar-se do Estado, que se trata dê 12:000 c o n t o s . . . !
ditador. corri.Io nelos próprios monár- rários das Obras do Estado, são despe- suprimir; acha necessário abolir todas
quicos que, jà ha muito, viam nrle o co- didos para equilíbrio das finanças. As 0 q u e n ó s somos as servidões politicas, económicas e mo- S e r v e isto para que e veja o que
veiro da Monarquia, perseguições são ainda maiores de que rais, para que, socialmente emancipados, é a tão falada obra d o gr ande finan-
no tempo da monarquia. As prisões 8.° Finalmente, o Congresso declara todos os indivíduos, desembaraçados da
A nuvem negra desapareceu . . As que: ceiro A f o n s o Costa.
cadeias abrem-^e numa ampla anistia, regorgitam de indivíduos, c u j o único cri- Autoridade politica que oprime e da ti-
Comunista, mira ao desaparecimento rania económica que esfomeia, possam, Pois todo esse dinheiro se e s -
t?j necessaiia niquele momento, para me é o de pensarem livremente... Os
presos politicos de 27 de abril são, longe do regime capitalista baseado na pro- física, intelectual e moralmente, expan- banjou só para nutrir os n s a d a v e i s
salvar um regime que se afundava no priedade individual, para se porem em dir-se no vigor, no saber e na bondade. H
da familia e dos amigos, encarcerados parasitas d o Poder e a enorme le- À
arbítrio e para não deix ir ruir um trono comum todas as riquezas e todos os «V •
que a carabina de Buiça e a pistola do em uma fortaleza de Angra do Heroísmo. gião de e s p i õ e s que Afcnso Costa \
meios de produção; Camaradas ; A.'
Costa haviam feito oscilar nos seus pô Emfim o paiz atravessa a mesma si- assoldadou para si- r•:•-•>''• a. N a d a
"UTBS alicerces,. Revolucionário, só espera uma trans- Ta!s são, fiel e lialmente expostos, os
tuação anormalissima que em 1908, e s e tem feito a b e m do p o v o que
Mas já e'r'a tarde.. • formação social de um movimento de seutimentos que animaram os comunis-
as alençõís do estrangeiro são egual- v i v e cada v e z mais expoliado por *v
O sangue dos mártires havia feito re- conjunto: preparado por uma educação tas reunidos em Congresso a 15, 16 e
mente chamadas sobre o que em Portu-
juvenescer a sementeira revolucionária e sem astúcia nem compromissos, apoiado 47 de agosto de 1913. capitalistas e governantes. A vida
gal atualmente se passa.
três anos depois, em 5 de ouiubro, o numa organisação poderosa, facilitado Tal é o terreno de luta no qual eles é cada v e z mais caro pois que o s
E para maisfiel ser a compnrsção o dita- por um treinameuto matódico, determi- se colocaram.
povo derrubava de vez, o regime mo do rde 1913, como o seu antecessor João generos de primeira necessidade e
narquico. nado pelas circunstâncias e realizado por Tal é o magnifico ideal que, com toda
Franco, afirma que governa com a opi- as rendas de casa atingem uni pre -
#
minorias actuantes em contacto com a a força da sua rasão e do seu coração,
# #
nião publica e que o movimento de 20 multidão dos deserdados e capazes de, êles decidiram levar a cabo. ç o exorbitante. A f o n s o Cosia ainda
de julho (o 28 de janeiro deste periodo) pela sua clareza de vistas, pela sua ener- para conseguir maior aumento d e
Se vos convém este terreno de luta, se
não passou de um movimento de mal- jia e pelo seu exemplo, arrastar esta pe- vos seduz este ideal, vinde engrossar as receitas, necessarias para manter a
Vão passados quasi seis anos sobre a
feitores a quem o povo deepresa e con- los rubros caminhos da revolta;
data do regicídio que nos livrou de João nossas fileiras; aderi á nossas Federação sua policia reservada e quantos e s -
dena.
Franco. • E hoje que vemos ? oAnarquista, não pretende conquistar Comunista, Anarquista, Revolucionária p i õ e s lhe aplanam as dificuldades
- Um ditador esmagando o povo com governativas, diminuiu os salarios
todo o peso da sua tirania. Espesinharia . O zMundo, orgão do governo, de 4
e pôz á margem grande numero d e
! a liberdade - de pensamento. Estrangu- de Setembro de 1913 diz que « a casta
1
lada a liberdade de imprensa. Encerra- dos Buiças ainda não acabou em Por- A SITUAÇÃO EM PORTUGAL operários das obras do Estado. Por
das as associações operarias. Não se tugal !» este facto e ainda porque o
póie reunir. Não se pôde Falar. Tudo cio e a industria atravessam neste
inspira desconfiança. O orgão do governo Pois nós afirmamos que a casta dos
m o m e n t o u m a extraordinaria crise,
rende cullo á delação, elogiando em ar- Buiças acabou em Portugal. t A anedota dos superavit não dis- H a mais d e trez m e z e s que se
trai nem alegra o paiz. Ela pode ser e n o r m e legião de desocupados peja
encontram na cadeia central de Lis-
interessante para aqueles que o nosso as ruas das cidades. Fugindo ás
boa, o s militantes sindicalistas e
regime arrancou das garras da misé- perseguições e á miséria que lhe
ria para os lançar na opulência doi- anarquistas presos após a e x p l o s ã o
CONGRESSO I l f f l N PARS
I
avassála os lares, o s camponezes
rada, e agora se divertem tecendo a d u m a b o m b a lançada sobre u m
lá marcham aos montes, a c a m i n h o
sua t e i a . . . cortejo de operários portadores
das tórridas regiões do Brazil, fura-
O paiz sente-se mal, cada vez pior. d u m estandarte c o m o distico Pão
Porque o dinheiro que o estado vai jidos á onda demagógica, ao tufão
TJJVX M A N I F E S T O ou Trabalho! De dia para dia o nu-
sugando, dispondo da força das ar- das violências que perpassando so-
mas, não beneficia a economia cole- mero de presos é s e m p r e cada v e z
bre as cabeças dos portuguezes, se-
A o s trabalhadores das cidades e dos campos tiva nem a economia particular. Ele maior, principalmente d e p o i s da
m e i a e m toda a parte a desgraça,
vai nutrindo só os parasitas, do po- malograda tentativa revolucionaria
der. Os câmbios sobem, a emigração a fome, a d ô r . . .
«Pela primeira vez celebraram um deve, pois, ser igualmente incessante. de 2 0 de Julho.
Congresso os comunistas revolucionários Era cada localidade ou região, os anar- é pavorosa, o comercio e a industria C o m o c o n h e c i m e n t o da s i t u s T ã o
estão em crise, a exportação parali- As cadeias regorgitam.
anarquistas de lingu) francês?. quistas decidirão se convêm aproveitar e m Portugal os b a n c o s extrangeiros
— e de que forma — os períodos eleito- sada ; a agricultura a braços com di- C o m o elucidativa amostra bas-
• Esse"'congresso tinha por fira; subme- retraem-se, a circulação fidúciaria
ter os nossos principios e os nossos mé- raes para intensificar a propaganda abs- ficuldades tremendas; os serviços ca- tará dizer-se q u e na cadeia de
todos de. propaganda e de acção á prova tencionista. da vez mais desorganizados; a vida Lisboa, cuja lotação é d e 8 o o , en- a u m e n t a pavorosamente, — atinge
necèssáfla dos acontecimentos ; lançar as Contra o m i l i t a r i s m o caríssima. A situação em cáos, o c o n t r a m - s e atualmente cerca de a o presente 8 3 : 6 2 1 contos — s o
t n s e a % m â organização fl.xivel, larga e exercito e a marinha em perfeita dis- agio d o ouro s ó b e , sóbe, cada v e z
4.° Mais do qua nunca, deve activar- solução, o operariado em luta com a i : 3 o o presos, grande n u m e r o dos
sólida; : 'capaz de agrupar os elementos quais ali encerrados ás ordens do m a i s ! . . . E c o m o tudo isto a f é t i o
se a luta contra o militarismo. crise de trabalho; o paiz sético, disi-
anarquistas, coordenar os seus esforços c o m e r c i o , a industria, a agricultura,
Os anarquistas tomarão parte com ar- ludido, cada vez mais divorciado da marechal de ferro. C o m o s e g u n d o
e tirar fio seu movimento o máximo efeito que se têem a braços com dific
dor em todas as agitações contra o furor ação do Estado, que por sua vez o e x e m p l o assentuaremos o facto de
atil; precisar a nossa atitude e fixar a repele e dispensa de coloborar com
a nóssa >cçno quanto aos g-aves proble- nacionalista que se afirma presentemente n o grupo E da cadeia do Limoeiro, dades tremendas, o operário sofr-
pela loucura dos armamentos, pelas ex- ele. e a d a v e z m a i s . . . M a s não ha o
mas que justamente apaixonam as gera- o n d e estào c a m a r a d a s n o s s o s , s e
citações â guerra, pelo serviço de três Impera o arbítrio; a.Constituição encontrarem a o presente 7 4 pes- direito de protestar contra a grande
çC;s atuais. . . .
anos, pelas retraiíes militares, pela re- está reduzida a traposV não ha di :
Mi.» costumada' os jor- obra do*«r. A f o n s o Costzr.
pressão selvagem ê pela abjecta espicàaà- reitos -neto» Ief; toda a vida da nação soas quandtrtfff"não ha logar n e m jsí .*vH
f<& i: ultiplicaram »s mei> gem nis quartéis. Ele é'tudo, tè c o m o tem a se
é tumultuaria, incerta; e o governo c a m a s para m a i s de 3 5 .
uras. ' firmado na violência caprichosa, não pés, s u b m i s s o e tasteiramente cur-
T o d o s estes indivíduos ali se e n -
Este manifesto mostrará a sua des- 0 sindicalismo e os anarquistas vê o abismo que ele mesmo está ca- contram pelo horrendo aime de n ã o v a d o , todo u m parlamento, c o m o
lialdade. vando, dentro e fóra da terra por-
Ás oòssas discussõjs foram quen es, 5.° Convencidos de que o sindicalismo, bajularem o tirano que hoje chico- tem e m suas m ã o s todos os p o d t
não bastando embora para tudo, conti- tugueza.»
apaixonados os nossos debates, e isso teia o p o v o c o m a mais feroz o p r e s - res, de q u e d i s p õ e a seu talento,
prova as convicções ardentes qui nos nua a ser apesar de tudo o mais pode- (Do Rebate de 2 de Setembro) ele encarcera e mantém infinita-
s ã o q u e é dado imaginar.
apiuiam; mas alcançámos o tríplice fim roso meio de emancipação que possue a
Por toda a parte idêntica repres- m e n t e presos o s q u e tentarem m o s -
acima.|adicado e convencidos estamos de classe operária, os Comunistas Bevolu- Eis aqui e m sintese o que é
ciouarios Anarquistas incitam a calorosa- são. Esse Pombal-Madero que hoje trar ao p o v o a sua miserável situa-
que deste Congresso hão de sair resul- atualmente a situação politica de
tados Tecuntfos. meutes lodos os trabalhadores a entrar impera sobre os destinos deste d e s - ção, o abismo para o n d e o atiraram
nos sindicatos filiados na C. G. T. P o r t u g a l . Eis aqui duma forma c o n - aqueles que ele julgava seriam o s
Camaradas: liai e francamente, á vos- graçado p o v o , na sua setario into-
sa apreciação os submetemos. Convidam os seus amigos a tomar cisa a situação a que c h e g o u este lerância, na sua d e m e n t a d a c o n - Messias, o s l i b e r t a d o r e s . . .
parte cada vez mais activa na vida sin- paiz a p ó s n o v e m e z e s d e cinica di- c e s s ã o de exterminar e m Porlu-
Repudiamos o Individualismo dical, afim de ahi avivara chama revolu-
tadura d o charlatanesco fazedor d e gal os anarquistas e sindicalistas,
cionária e propagar o espirito de revolta.
1.» 0 Congresso separou nitidamente Aconselham-lhes que trabalhem ahi no equilíbrios financeiros A f o n s o C o s - estende a toda a parte, leva a t o d o
o movimento comunista revolucionário aumento constante dos salários, na redu- ta. A Revolução Social 00 México
o paiz a perseguição violenta, bru-
anarquista das teorias erróneas e das ção progressiva das horas de trabalho, N ã o s o m o s n ó s q u e o afirma- tal e cruel.
práticas enganadoras do individualismo. O povo mexicano é infeliz.
numa organisação cada vez mais sã e m o s , h o m e m de prestigio do pro-
Nunca pôde haver, nunca houve a me- forte do organismo operário; mas tem- M a n d a meter nas casa-matas dos Sempre a braços com aventureiros
nor solidariedade entre o comuaismo re- prio partido republicano, h o m e n s audazes, postos a ferro e fogo no po-
bram-lhes que essas realizações não são fortes o u n o s i m u n d o s c a l a b o u ç o s
volucionário anarquista e o individualis- os fins do sindicalismo e que se não de- de envergadura moral c o m o M a - der, o operariado sofre horrivelmente
desta inquisição democratica, todos
mo.. Foram sempre profundos e irredu- vem considerar senão como conquistas c h a d o S a n t o s e Alfredo d e M a g a - a miséria e tortura dos seus carras-
tíveis os antagonismos que os opôjm. morais e melhoramentos provisórios e aqueles, q u e m quer que sejam, que
lhães, e x p õ e m n o s seus jornaes as cos.
Mas actos recentes e sensacionais, bem de espectativa, obtidos pela acção di- se n ã o c u r v e m reverentes perante
infamias da tirania afonsina. E m Após a subida ao poder do bamdi-
erradamente qualificados de anarquistas, recta e pela pressão violeuta dos salaria- a sua gran ie obra politica e finan-
delèrminaram fatalmente uma confusão todo o paiz s ó ha p e r s e g u i ç õ e s , ti- do Huerta a revolução social que á
dos sôbre o patronato; que constituem ceira. N a sua cegueira, o s proprios
que> o Congresso teve empenho em dis- sobretudo uma ginástica revolucionária ranias, violências. Por toda a parte muito se desenvolve naquele paiz tem
que lhe fizeram a Republica de que
sipar. Assim .fez. indispensável e são destinadas a fazer sal- a miséria, a f o m e , a d e s o l a ç ã o ; e m continuado empavida contra a ganân-
D'óra avante, ninguém poderá, sem tar aos olhos de todos, pela sua própria ele é senhor a b s o l u t o n ã o e s c a p a m .
todos o s lares a desgraça, o mal, o cia dos negreiros capitalistas de que
se tornar culpado de insigne má fé, ali- insuficiência, a necessidade duma Revo- Quem quer q u e n ã o prove a s suas
pavor... Huerta é fiel servidor.
mentar êsse detestável equivoco; nin- lução profunda, integral, que liberte o tranquibernias, o s dislates legisfe-
guém poderá, sem dar prova de d plo- E m q u a n t o a s turbas g o v e r n a m e n - Os revolucionários sociaes, segando
mundo trabalhador. ros; q u e m quer que n ã o aplauda as
rável ignorância, confundir as duas dou- tais t o c a m hinos de gloria a o acro- o nosso denodado camarada Regeu».a-
s u a s trampolinices de reles panta-
trinas ; ninguém poderá, a não ser que A greve geral bático equilibrista; e m q u a n t o os CÍon, continuam lutando titanicamente
seja ignaro e desonesto negar o abismo lão de feira, c o m que ele ainda lu-
grandes jornais da i m p r e n s a espa- pela conquista da triologia: Pão, Tífra
intransponível que as separa. 6.° O Congrèsso afirma o valor revo- dibria as m a s s a ignara e inculta;
lucionário da Greve geral, violenta, de nhola, franceza e ingleza inserem e Liberdade para todos.
q u e m quer q u e se n ã o c u r v e r e v e -
& nossa organisaçío curta duração e expropriadora. Em todas colunas d e prosa landatória, paga a Avante revolucionários Mexicanos!
as circunstancia, em todos os ambientes rente perante o s seus acrobatismos
tanto por linha, a peitender de- Já se ouvem ao longe os rumôres
2.' £ ' fundada a Federação Comunis e sobretudo no seio das organizações financeiros c o m que i m b e c i l m e n t e
monstar e c o n v e n c e r o s leitores que da Anarquia esse ideal sublime que
ta Revolucionaria Anarquista de língua operárias, os anarquista se esforçarão por julga mistificar o extrangeiro, vai
francesa. preparar para ela os espíritos, p j r im- nesta republica o p o v o v i v e feliz e ha-de acabar com a luta de ciasses
infalivelmente bater c o m o s o s s o s
Fiel aos principios de liberdade e de pelir para ela as vontades, por lhe organi- satisfeito, a o p r e s s ã o c a m p e i a de- e que ha-de trazer a suprêma fele-
federalismo sobre os quais assenta o zaroselemento 0 ,por lhe garantir otriunfo. nas Bastilhas d o d e m o c r a t i s m o .
senfreada J g e m e m n o s cárceres o s cidade do genero humano.
Anarquismo, a sua carta respeita a in- que corajosamente verberaram a Perante isto t o d o o paiz se sente
dependencia dos indivíduos no seio dos 0 llegallsmo Viva a Revolução Mexicana!
infamia d o s g o v e r n a n t e s ; choram, constrangido, mal, cada v e z pior. O
grupos e a autonomia dos grupos no seio Viva a Anarquia!
7.° Alem disso, embora o Congresso não nos d e s a m p a r a d o s lares, c e n t e n a s grande financeiro querendo a todo o
da Federação. Ela já recolheu a adesão de
se julgue no direito de impor obrigações a d e e s p o s a s , m ã e s e filhos d o s q u e transe aumentar as receitas faz s u -
numerosos agrupamentos ede múltiplas in-
quem quer que seja, crê contudo nece-
dividualidades. Vive e está pronta para agir
sário declarar, no que se refere ao ile- e x p i a m n a s c a d e i a s o nefando delito bir os i m p o s t o s . S e g u n d o a nota d o
Somos a n t l - p a r l a m e n t a r e s galismo, ou para melhor precisar, á re-
tomada (reprise), que só o interessa á
de c o m b a t e r pela reivindicação dos cronista financeiro d o jornal « O
explorados, o odioso crime de pelejar Dia», durante o p e r i o d o d o g o v e r -
LEIAM E
3.° Os anarquistas continuam sendo acto executado num intuito de propagan-
adversários' determinados do parlamen- da ou de revolta revolucionaria porque,
pelo c o n s e g u i m e n t o da liberdade n o do s e n h o r A f o n s o Gosta, o p o v e
d o s s e u s irmãos encarcerados, es- pagou 6 : 4 8 6 c o n t o s de a u m e n t o d o
DIVULGUEM
tarismo. em razão do móbil altruísta que o de,-
m a g a d a peia tirania sangrenta d o i m p o s t o s ; e, s e g u n d o o m e s m e
A acção parlamentar grassa de modo terminou, em nada diminui o valor mo- cronista, a divida"1 flutuante duranto A R E V O L T a
cinico d i t a d o r A f o n s o C o s t a .
germaceate; s agitação anti-parlamentar ral de quem o realiza, ( I ) , '
1
M R E T O I L T A
^ —
cobardes que se esconderam fugindo no cé- sivos ijue levariun inevitavelmente á desa-
lebre coupé 4 4 ! ! parição da Confederação Geral do Traba- W M A 1 1 1 ( M l M l l
Apezar das arremetidas dos pudengos as- lho. E' possível que a nossa mentalidade de
salariados pela tirania vermêlha, a onda só- revoltados em perpetua luta não somente con-
be, o protesto fortifica se por todos os can- tra a autoridade patronal e governamental G r a n d e reunião de p r o t e s t o
tos do mundo, bem cbmo do paiz para hon- mas também contra a de certos militantes
ra da verdadeira Democracia ! na U n i ã o GJ-eral dos T r a -
que pretendem brincar aos patriarchas não
seja de natureza a agradar a estes últimos balhadores— O p o v o ope-
Mas o que ninguém pode negar sériamente, rário de Coimbra r e c l a m a
A Formiga B r a n c a amenos que seja duma insigne malvadez, é a liberdade dos seuss com-
que os anarquistas hão dado ao movimento panheiros presos* á s or-
Dizem-nos que chegaram a esta cidade sindicalista francez o belo ardor revolucio-
dens do ditadôr vermelho.
alguns carvoneiros vindos de Lisboa, cuja nário que, durante dois anos, fez a sua for-
missão é talvez espionar os elementos ope- ça e a sua originalidade. Não ezageramos se dissermos ter estado
rários. Nunca a C. G. T . esteve tão poderosa, longe de toda a nossa expetativa a impor-
Urge estar alerta ! Não vá por aí apare- nunca ela inspirou um tão grande receio tância que assumiu a grande reunião de pro-
cer alguma bomba para justificar as preme- aos seus adversai ios como durante o perio testo, realisada na noite da penúltima quinta
ditadas perseguições a União Geral dos do em que os nossos métodos de ação dí- feira, na União Geral dos Trabalhadores,
Trabalhadores. reta prevaleceram nos sindicatos. pela iniciativa do Grupo A Revolta em favôr
Cautela porque a formiga branca tem dos anarquistas e sindicalistas enclausurados
artes para tudo e malas p a r a . . . bombas. Eis justamente porque o nosso Congres-
so deve discutir sobre organisação dos anar- á vontadê suprema do tiranete Afonso-Maura.
quistas e suas relações com o sindicalismo; O nosso jornal, já pelo seu caracter, já
é nosso dever demonstrar que nós não so- muito principalmente pelo seu diminuto
Libertários : mos os adversarios das organizações opera- tamanho, não pôde dar uma informação am-
rias; que nós somos capazes de fazer uma pla do que foi a anunciada sessão, em que,
A arbitraria p r i s ã o (los n o s s o s obra de organisação talvez com tanto mé- o povo obreiro desta cidade, bem como
camaradas, ameaça-uos a nossa todo como as mais moderadas da C. G. T . gente de todas as classes sociaes, correu ao
liberdade. nosso chamamento lavrando assim o seu
Mas ao que nós estamos decididos tam-
Contra ê s s e arbitrio sem nome bém é a não abandonar o nosso carater ba- veemente protesto contra as prepotências
p r o t e s t a m o s v e e m e n t e m e n t e pa- talhador, o nosso método revolucionário; é do gorerno republicano democrático.
ra qne amanhã s e não r e p i t a m a s que nós queremos ver no sindicalismo, não A's 8 horas da noite, quando as salas da
infâmias. uma arma unicamente destinada a fazer União se encontravam completamente cheias
obter alguns melhoramentos 110 trabalho e de povo, o camarada João Antonio dos San-
no salario, mas uma alavanca poderosa para tos abre a sessão expondo o objetivo.
mudar a sociedade burgueza. Declaramos Usando em seguida da palavra o operário
R propaganda anarquista que não nos contentamos com organisações
possuidoras dum forte contingente de quo-
Arthur Figueira, que verbera com energia a
obra do franquismo vermelho.
tisantes sem iniciativas, obdecendo cega-
mente ás ordens dos chefes sindicaet, mas Jeremias Bartolo, socialista, aborda vá-
Durante trez dias, um grande numero de sim queremos fazer dia a dia a educação rios assuntos e com uma lealdade pouco
camaradas, individualmente uns, represen- desta massa para a tornar capaz de dirigir vulgar nesta epoci de embusteiros e mal
tando diferentes grupos anarquistas de Fran- os seus destinos. Queremos aproveitar-nos intencionados, declara-se ao lado dos liber-
ça, outros, discutiram em Paris sobre a or- de todos os incidentes para travar a bata- tários para a libertação dos presos por ques-
ganisação dos nossos agrupamentos e sobre lha contra o poder, considerando que a re- tões sociaes.
a tatica a seguir para intensificar a difusão volta e ação revolucionaria são ainda a me- Julia Cruz, delegada da União das Mu-
dos nossos idiaes. lhor forma de levar a classe trabalhadora á lheres Anarquistas de Lisboa, fala cheia de
Se os camaradas das diferentes tendencias justa concepção dos seus direitos. revolta contra o despotismo dos governos
souberem evitar os escolhos colocados no republicanos, e em especial contra o capita-
Nós mostraremos a esses adversarios, neado pelo verdugo Afonso Costa, defen-
caminho; se eles que pertendem demonstrar
que não teem coragem de se desmascar., dendo com entusiasmo as ideias anarquistas.
tolerancia e boa vontade se preocupassem
francamente, que a nossa tatica é a única Em seguida lê um protesto da União^das
unicamente em fazer obra util e aliás tão
que está em conformidade com a da antiga Mulheres Anarquistas para ser enviado ao
necessaria de organisação e de propaganda,
Associição Internacional dos Trabalhado- presidente do concelho.
é certo que o nosso Congresso está destina-
res, a única também capaz de dar resulta-
do a causar enorme resonancia no mundo João da Cruz, que com a facilidade que
dos fecundos. Uma vez mais nós afirmare-
do trabalho e a ser fecundo em resultados. lhe é peculiar arrastou pelas ruas da amar-
mos a nossa repulsa pela autoridade, em
Será doloroso que a presença de algumas todas as suas formas: Policia, Magistratu- gura a obra nefanda do João Franco Afonso
individualidades alvejadas pela hostilidade ra, Exercito e Parlamentarismo; uma vez Costa e seus defensores. No seu burilado
dum certo numero de anarquistas — e isto mais nós clamaremos a nossa revolta con- discurso mostrou o seu sentimento pelos
por.razÕes que não necessito expor aqui — tiranizados e a sua revolta contra os que,
tra todos os preconceitos sociaes, causas da
sejam o pretexto de divisões que enchem de miséria e da escravidão. Mas a nossa obra pertendem tiranizar todo um povo. Termina
alegria os nossos adversados comuns. não será somente negativa e nós temos por aconselhando o povo a resistir energicamente
dever agrupar nos solidamente, n'um bloco contra a violência do governo.
Uma coisa que nós não devemos esquecer
é que nós discutimos sobre o fogo do inimi- compacto onde os temperamentos e as ini- Os oradores foram por vezes interroói-
go1, e todos os nossos adversarios, conheci ciativas possam expandir se livremente, maspidos pelos gritos de protesto da assembléa,
dos ou desconhecidos lançam o olhar em onde todos trabalhem para a destruição da que se manifestava contra o governo que
torno de nós. tem coberto de oprobio o povo portuguez,
sociedade capitalista e sua substituição por
uma forma social destinada a trazer-nos dando assim largas ao seu entusiasmo e á
Nunca, salvo durante o periodo das bom-
mais bem estar e mais liberdade. sua revolta.
bas, a repressão governamental foi exercida
com tanta violência como no momento pre- E' esta, dirão, a divisa da Confederação Mais uma vez ficou demonstrado nesta
sente. Quasi todos os nossos militantes es- Geral do Trabalho. Mostremos que ela é importante reunião, que a repulsa do povo
tão nas prisões e quando de lá saiem outros também a nossa. é unanime contra o regimen que tiranica-
estão prestes a voltar para lá; e o governo mente impera sobre este desgraçado paiz.
EMILE AUBIN.
não tendo podido pela violência esmagar a
nossa propaganda ficará contentissimo com
o ver fazer nós mesmos a obra de desagre-
gação que os seus policias e os seus magis- Canvões S o c i a e s Aviso aos assinantes e ajenfes
trados foram incapazes de cumprir. N'estas
condições, a união de todos os anarquistas- Com este titulo recebemos um folheto de Avisamos os assinantes, que estão em de-
comunistas é necessaria e será um crime, 16 paginas, contendo 11 cantigas para se- bito ao jornal, que lhe será suspensa a re-
da nossa parte, dár aos nossos adversarios rem cantadas à guitarra, baseadas nos belos messa, desde que não liquidem até á saida
o espétaculo da nossa divisão. do proximo numero do jornal.
principios do anarquismo.
Emfim, não nos devemos esquecer nunca Aos ajentes que ainda não liquidaram con-
que não temos contra nós somente o odio O seu produto é destinado á cosinha co-
tas,pedimos paraqueo façam imediatamente.
claramente declarado dos politicantes, mas minista, que os nossos camaradas mantêem
que também um certo numero de militan- no Limoeiro.
tes sindicalistas nos veriam com alegria fa- As canções sociaes, são produto dum cer-
zer uma obra negativa.
Depois d'alguns mezes os homens que
tamen poético realisado na cadeia do Li-
moeiro pelos camaradas sindicalistas e anar-
O Congresso de Manchester
outrora não desdenhavam relacionar-se com
o ideal anarquista—quando se não declara- quistas que ali se encontram, e pena é que manifesta-se contra a Guerra
vam francamente libertários — entenderam no límpido ceu azul do génio poético de
No congresso dos trabalhadores celebrado
ser bom mudar de tatica, e tomaram póse que trata o folheto em questão, apareça
de homens ponderados, refletidos e inimi- em Manchester (Inglaterra) no passado mez
uma nuvem negra a impanar-lhe o brilho...
gos da violência; e decidiram-se a aplicar foram tomadas por unanimidade as seguin-
ao nosso Proletariado os milagrosos méto- O seu custo é de 3o reis, e encontra-se á tes resoluções :
dos dos sindicatos alemães. Pretenderam venda na nossa redação. O congresso compromete-se a fazer quan-
desqualificamos aos olhos do mundo ope-
rário dizendo que nós éramos incapazes de Aos nossos camaradas aconselhamo-os a to esteja em suas posses para que a Guerra
participar num trabalho de organisação me- fazerem a aquisição do folheto, pois cum- se torne impossível.
tódica é que seguindo a nossa tatica os tra- prem um duplo dever: fazer propaganda e Serão dadas instruções ao Comité Central
balhadores se expunham a desastres suces- s auxiliar os camaradas presos. para entender-se com a Federação Nacional
A REVOLTA
CezaF Pap^ot
A PR0P05IÍ0 D'Unq ATENTADO
De Cezar Parrot um dos mais ativos pro-
O despotismo infréne, a tirania sangren- massa, é uma fome injusta, iniqua, que re- pagandistas do movimento comunista-liber-
ta, a opressão canalha duma oligarquia ha- volta e fomenta o desespero». tario do Sul, sobre o qual pésa a monstruo-
;via com os seus aulicos galfarros aviltado O povo queria justiça; e que justiça lhe sa e iniqua acusacão de ter tomado parte no
um povo e lançado na penúria uma nação, foi feita ? atentado da Rua Nova do Carmo ainda hoje
para sustentar a magnificência, os fastígios Nenhuma. Pelo contrario, protelaram, envolto no mais profundo mistério, recebe-
da corte. abafaram a voz das suas reivindicações. mos a carta que abaixo inserimos para a
Reprim:u-se ferozmente todas as parcas qual chamamos atenção de toda a imprensa
O povo impulsionado pela oração rubra, anarquista.
pelo verbo candente dos apostolos da repu- liberdades, amordaçou-se a ancia de justi-
blica saiu á rua, e de armas na mão lançou ça, amarrou-se a imprensa livre ao pelouri- Camaradas d'«A Revolta»
por terra os plintos em que assentava o nho da estupenda venalidade. Ha 4 longos mezes que me encontro aqui
vetusto edificio oligarquico onde o tempo, A critica, o livre exame, o sagrado encerrado com uma acusação tão ridícula e
oito séculos de edade, havia aberto já nu- t n m do povo foram miseravelmente ao mesmo tempo infame e ainda não houve
merosas fendas. desrespeitados. um camarada, um companheiro de luta que
O estandarte rubro verde foi desfraldado Impediu-se por todas as maneiras a livre se lembrasse da minha defeza, que se con-
aos quatro ventos. expansão das teorias anarquistas, procu- doece da minha situação.
A Republica foi.proclamada. E hoje, de- rou-se por todas as formas obstar a propa- Como sempre fui um sincero, um mártir
corridos tres anos, os antigos apostolos de ganda dos generosos princípios da emanci- do ideal, espondo muitas vezes o que tinha
verbo candente, barrete frigio na cabeça, pação humana.
em beneficio da causa e até a vida em cer-
entreteem-se a atirar ao alvo—a triade em- Coartou-se até ao maximum a liberdade
tas ocasiões, sou agora lançado á margem
blemática da Republica — os pelouros do de reunião, reprimiu-se até ao absoluto a
liberdade de pensar e o direito de escrever. como um ser desprezível, inútil ao ideal.
vitupério e da infamia.
Acaso, neste periodo, se deu ao povo al- A opressão mais violenta se desencadeou E' sempre assim! O s sinceros, aqueles
guma coisa do tanto que lhe foi prometido? contra o povo que em 4 de outubro expoz que professam o ideal, não por diletantis-
Não? o peito de seus filhos ás balas defensoras mo, mas sim conscienciosamente, que se
Qual era, afinal, o nosso clamor? da monarquia. teem sacrificado em prol da causa são sem-
Que pedíamos nós, que reclamavamos Na fúria das perseguições nem os pro- pre os mais desprezados.
nós, em 5 d'outubro, pela boca das espin- prios republicanos escaparam. E' raro, não sair á luz da publicidade nos
gardas ? As cadeias regorgitam. jornaes operários, 8 nomes de camaradas
Pão, instrução, justiça ! E os indivíduos presos pelo crime de como se fossem esses as vitimas da tirania
O fundamento positivo, essencialissimo, tentar a reivindicação de justos direitos do burgueza.
dentro dum ideal, de todas as revoluções, é povo ahi estão, aos centenares, na cadeia, Quando se fala no atentado da Rua Nova
sempre, pois não e ? — de natureza econo- jazendo ha longos mezes, sem julgamento e do Carmo lá aparecem só os 8 nomes, dan-
mica. muitos deles ou quasi todos até sem culpa do a impressão para quem lê, de que os ou-
E' inimiga da virtude a fome, diz o vul- formada ! tros 10 estão verdadeiramente implicados
go, e com a fome'é incompatível a ordem. Contra este estado de coisas ergueuse no caso, ou que são criminosos reconheci-
A fome conduz totalmente á revolta, é a indignado, protestando o operariado con- dos. Isto não se faz!
lição da historia, foi o que sucedeu em ciente de Espanha, Italia, Cuba, França, Não basta a nossa situação, para que um
i Lisboa, ao cabo de trinta anos de propa- Inglaterra, Brazil e Argentina. Os seus jor- silencio prejudicial ainda envolva a perse-
ganda acesa, de, luta sem tréguas, contaa naes inseriram artigos cheios de justa indi- guição de que fomos vitimas; foi assim e
as desigualdades incomportáveis e contra gnação. As suas coletividades protestaram pelo criminoso silencio de alguns elementos
os arbítrios do poder. junto dos ministros ou cônsules represen operários que os nossos camaradas da Moi-
1
Mas quem saiu á rua de armas em pu- tantes de Portugal. ta foram condenados a penas barbaras sem
nho ? E perante isto que fez o governo? uma acusação que merecesse pelos codigos
Ah! não foram as classes ricas, nem os Ficou surdo a todos esses protestos. penaes a condenação d'um mez de prisão
doutores, os evangelistas, tão pouco, da As perseguições continuam e as violên- correcional. Se nos querem fazer o mesmo,
ideia nova. Estes quem os viu ? cias são de cada vez mais desenfreadas. se desejam só que meia dúzia de camara-
Foi sim, o eterno escravo, foi o povo Não se repara sequer que a opressão é o das possam regressar aos lares de suas fa-
simples e miserável, que afeito ás inclemên- foco gerador das Revoluções e que a vio- mílias, continuem só punindo por eles e dei-
cias duras da fortuna, tem menos apego á lência atrai a justa violência como o abismo xem lá vontade os outros mártires que as
vida. invoca o abisrro. garras sanguinarias da tirania desejam es-
Habituado a morrer devagar, não lhe Por isso, como sempre, a tirania armou trangular.
custa morrer depressa, varado por uma o braço dos tiranicidas.
bala... Vosso camarada
O povo tinha fome, e a fome que persis- As aspirações da humanidade ham-de CEZAR PARROT.
te em definha-lo, diminuindo lhe a virtuali- triunfar — mas ao troar do canhão, ao cre-
de creadora da riqueza e a capacidade de pitar da metralhadora, ao reflexo dos in- Cadeia do Limoeiro
resistencia, que lhe reduz a duração media cêndios.
da vida, que o obriga a expatriar-se em PEDRO KROPATKINE.
Emprazamento
a que funcionará o mais possível dentro da A Comuna, encontra-se á venda na nossa redação nidade que fazem profissão da politiquice,
tublime e emancipadôra ideia libertaria, que ao preço de 10 reis. que o s camaradas serralheiros pódem
O O u r i v e s — C o m este titulo iniciou a sua
virá dár ao sêr humano uma ideia de quan- publicação no Porto, um novo colega de luta pelas
ta felicidade e harmonia reinará entre os reivindicações dos trabalhadores, de orientação sin- ser zoilos, o que estão é dentro dos seus
homens desde que se associem e vivam con dicalista-revolucionario. princípios o que muito os honra!
forme o Ideal Anarquista que tão. firme- Apresenta-se bem redigido e com uma feição
mente defendemos, mostrando á burguezia bastante educativa.
E' orgão da Associação de Classe dos oficiaes de
e aos fanaticos políticos que tanto nos per- ourives do Porto.
seguem e temem, que nós não queremos Ao novéí colégá desejamos um risonho futuro e EftSlfe pira Q pw@
destruir, mas sim edificar, e edificar sobre energia para combater os satrápas defensores da or-
bases que são as mais fortes no Amor e na dem capitalista. Os'povos que querem a liberdade conquis-
Libertação do homem, livrando o assim da tam-na. Nada se consegue sem luta, por ve-
sinistra Autoridade, que ha séculos cobre a ies violenta, feró\, mas sempre purificadora.
humanidade de ruinas e de sangue.
Segue a circular que acaba de ser dirigi-
Os da "Humanidade,, e o (Da Revolta, folha republicana
clandestina).
da á imprensa anarquista do paiz.
CAMARADA:
Partido do Trabaltio Condenar a bomba na mão de um revo-
lucionário e dár ra;ão á lantérnêta na mão
Levados pela convicção nas edeias anarquistas,
empenhamos nossas forças numa obra grandiosa, pa- de um artilheiro não pode admitir-se sem
ra a qual pedimos a vossa cooperação, certos de que A proposito d'uma moção votada pe- ofensa do bom senso.
compreendereis o grande alcance que dela virá para lo sindicato dos serralheiros de Coimbra, (D'0 Século de 26-9 gio).
a difusão dos princípios que defendemos.
Os grupos libertários A n d a c i a e A v a n t e em que declara deitar ao despreso o tal
de Chaves e A v a n t e pelo F u t u r o de Vi- partido do trabalho, o que em matéria Nós somos justamente essa entidade anó-
dago, esperançados no auxilio que de vós esperam,
sindicalista é estar dentro dos princí- nima, trabalhadora, produtora, de quem
resolveram fundar uma colonia agrícola livre, para os poderes públicos escarnecem e a quem as
onde nós, os trabalhadores conscientes, livres de per- pios, vem um jornal local A H u m a n i -
conceitos e de vaidades tôlas, iremos pôr em pratica classes burguesas negam os instrumentos de
os princípios das nossas doutrinas, provando assim dade quebrar lanças pelo nosso partia trabalho; somos os explorados de todos os
que elas não são um sonho e que com vontade, estu- do, largando larachadas que s ó prova tempos e de todos os togares; os persegui-
do e perseverança se pódem transpor os grandes obs-
táculos que nos impedem o caminho para o Bem. . no fundo d e tanta verborreia que da dos de todos os governos e de todos os dés-
Animados desta edeia, convencidos como estamos questão social não percebe patavina!
potas. Por isso nós sómos a Revolta.
que a sua realisação será a melhor propaganda que
O movimento operário em Portugal Magalhães Lima.
podemos fazer da anarquia, provando pelo exemplo,
o contrario do que dizem os defensores desta iniqua "tem já a organisação revolucionaria que
organisação social e politica—que a anarquia é a de- Na iniciação da «carbonaria» eram re-
sordem, que as suas teorias dissolvem e não organi- lhe é necessaria, o que necessita é in- jeitados in-limini todos aqueles que se con-
zam—nós empregaremos todos os esforços para nos gressar nessas organisações segundo as fessaram incapazes de pegar numa arma :
conservarmos, tanto quanto possível, dentro dos prin- carabina, punhal, revolver ou bomba, espe-
cípios, demonstrando claramente a falsidade de taes suas tendencias e afinidades. Para a
afirmações. realisação das reivindicações mínimas e rar onde quer que fosse um tirano do povo
O nosso plano vae mais longe, não se limita ape- trabalhar ao lado da burguezia, existe o para executar n'e!e uma justiça sumaria.
nas á colonia. Sindicar os trabalhadores, fundar (Hermano Neves—Como se im-
uma cooperativa que funcionará conjuntamente com velho partido socialista, cuja tendencia plantou a Repubica).
a colonia e sindicato e uma cosinha comunista, são é reformista parlamentar.
assuntos que nos tem preocupado e que andam liga-
dos á fundação da colonia. Para esta, os trabalhado- Para que pois, outro partido do tra- E' preciso que fique bem acentuado isto:
res das duas localidades que já abriram os olhos, que Os anarquistas luciliaram os republicanos
se interessam pela sua situação e a quem isto mere- balho ?
ce simpatias, cotisár-se-hão com a quantia mínima O que se quiz fazer foi uma sucurssal a provocar a derrocada do regimen monár-
de vinte réis por semana. Esta cotisação já começou quico, mas aderiram a eles apenas proviso-
e o dinheiro assim junto empregamo-lo em animais do grande Afonso Ligorio, c o m séde no riamente, dispostos a continuar pugnando
domésticos que creamos e desenvolvemos, adquirin- Imundo, para desarmar as tendencias contra a burguesia e os seus privilégios,
do assim conhecimentos indispensáveis para a colonia
e aumentando os seus fundos. mais ou menos revolucionarias do ope- apenas o trono tivesse deixado de existir
Compreendeis muito bem que esta cotisação é rariado portuguez. Mas não péga. em Portugal.
pouco para uma obra desta natureza e que se torna (Hermano Neves—Como triumfou
necessário o auxilio moral e material de todos os ca- Os argumentos apresentados a pro-
a Republica). ^
maradas para dar principio á vida da colonia. posito dos socialistas francezes aucilia-
Por isso vos enviamos esta circular conscios de que
estareis comnosco ao lado da grande causa. rem Combres, bem como a atitude dos
socialistas parlamentares italianos, nada
OS GRUPOS.
justifica a creação dum novo partido,
Correio da Revolta
N O T A — T o d a a correspondência e donativos deve s e r
dirigida a o camarada Antonio A. Castro Lopo, pois que o partido socialista portuguez, Setúbal—José Quaresma—Pedimos-
Rua Direita n . ° 1 3 5 — C H A Y E S , o u a José Au- tem prestado optimos serviços ao gover- te que liquides os jornaes enviados já que
gusto Ferreira—VIDAGO. no republicano, desde a gréve dos car- te não dignas responder aos postaes te es-
crevemos.
roceiros até ás declarações dum dos
Vilar Pinheiro—Grupo Mocida-
membros do Conselho Central, em que de Libertaria—Recebemos 4 6 0 réis de jor-
Homens :
faz fé publica de policia amador para naes vendidos e 4 0 reis do camarada Pe-
A culpa, tio t i r â n i c o abuso dos
g o v e r n a n t e s c a b e à q u e l e s que o s denunciar movimentos revolucionários reira.
r e c e b e m s e m p r o t e s t a r e m ener- contra o governo republicano. Serpa,— Celestino— Remetemos os jor-
gicamente. naes pedidos. A liquidação é feita oito dias
Protestandoeinsurreeionando, Ora aqui tem o s da Humanidade o depois de receberes os exemplares.
é a única maneira cie e v i t a r m o s que o Dr. Afonso Ligorio desejava c o m
e s s e s abusos. Vidago—José Augusto Pereira —Re-
a formação do novo partido. cebemos 1:200 réis para auxilio do jornal e
Tudo se arranja, entenda-se o gran- 3oo reis do assinante. E' assim que se co-
Jorna es Novos de Superavit, com os diretores socialis- nhecem os amigos da nossa obra.
Liiasboa — Bernardino dos Santos —
O Gr ri to Social—Visitou-nos um novo
tas, prometa-lhe uma dúzia d e deputados Bem sabemos que os últimos do jornal che-
quinzenário que com este titulo iniciou a sua publi- para entreter o s ingénuos e terá retar- garam aí tarde.
cação em Aveiro, dedicando-se a dèfeza da causa dada a marcha revolucionaria do opera- Vamos anarquisar o serviço de redação
social.
Publica bons artigos de propaganda libertaria. riado portuguez. Para deitar leivos dou- para tudo entrar na ordem. Associação dos
As nossas saudações. toraes fala-nos em congressos socialistas. Construtores de Macadam — O que envia-
A . C o m u n a — O s camaradas do Porto que ram vem no proximo numero.
compõem o Grupo Mocidade Anarquista acabam de Parece q u e não leu o que resolveu Faro—José Fnnco—Recebido o que
dar á luz da publicidade um periodico quinzenal com o ultimo congresso socialista da Holan-
o titulo que nos serve d'epigrafe. mandas-tes. Manda a continuação dos arti-
Do seu editorial, recortamos os seguintes períodos, da, votando contra a pretensão dos che- gos.
que bem demonstram a energia que os impele para fes que queriam ser ministros num go- P o r t o — G. Moreira Alves — Recebe-
a luta e a profunda convicção que os anima a pro- mos 7 0 0 réis dos jornaes vendidos pela Fe-
pagandear os sãos princípios Anarquistas: verno liberal.
deração e 25o réis do camarada J. M. Souza.
«A ignorancia e o fanatismo, contrariando o pro-
Mas, o novo partido não vinha preen- É v o r a — A. José Dini\ — Remetemos
gresso das ideias e sufocando a voz da Razão encon- cher uma lacuna, mas para estiolar o i5 exemplares do nosso jornal; e, desenvol-
trarão em nós os mais encarniçados e iiredutivéís sindicalismo revolucionário, visto que ve por aí a sua propaganda.
inimigos.
Aos fracos, aos velhos e ás creanças, vitimas das com o s velhos elementos socialistas, o
prepotências dos senhores, defende-los-hemos com governo não pode contar pois que são
o carinho e abnegação que nos inspiram todos os Pequenas Notas
perseguidos, quando impotentes. demasiadamente conhecidos pela sua be-
nevolencia para com a monarquia, e de Aos nossos colaboradores lembramos a
Não é só para demolir, que criamos A Comuna; a conveniência, em virtuds do joraal ser mais
par da sua tarefa demolidora, outra lhe surge mais guerra acintosa contra o movimento re-
grandiosa mais humana, talvez: a constantiva. volucionário republicano; só gente nova pequeno, de explicarem em poucas palavras
Cabe-nos lançar sobre os escombros da sociedade o muito que tenham a dizer.
burgueza, os alicerces inabalaveis de uma outra so- e honrada poderia levantar a nova bar- Mais um sacrifício, mas é preciso, deve-
ciedade onde todos os indivíduos tenham plenamente reira—o (Partido do Trabalho—pois nem se fazer.
assegurada a satisfação de todas as necessidades—
fisiológicas, morais e intelectuaes. nisso o grande Afonso, foi feliz. Para regularisar a sua publicação A Re-
E' para essa sociedade—a sociedade Comunista- Todos conhecem o José do Vale e su- volta começará no proximo mez de novem-
Anarquista—que vão todos os nossos esforços, toda bro a sair no dia 1 e i5 de cada mez. Quem
a nossa ação.u cios trabalhistas, transfugas e venaes,
tiver interesse em ler o nosso periodico de-
vendidos pelas lentilhas do biblico Judas! ve procura-lo nesses dias nos locaes de
O restante da colaboração é de propaganda retin-
tamente anarquista. Terminando diremos aos da Huma- venda.
Coimbra, 30 de Novembro de 1913 P r e ç o I O réis
A REVOLTA
Quinzenário orgão da Federação Anarquista na Região do Sul
REDACÇAO E ADMINISTRAÇÃO Propriedade do GRUPO ANARQUISTA Composição e impressão
Rua Sá Bandeira, -1 1 — 2.° DIRETOB—Augusto Quintas Tip. MINERVA CÍENTRAL
COIMBRA—Portugal EDITOB J o s é de Azevedo Rua Tenente Rezende — Á-Vêiro
• ii i ' . ' . ' • '
fio Povo j soberania, mas ao mesmo tempo pe- i exortações, de abraçar esses conse-
j dom- vos para vulunt riaraente vos lhos falaciosos, de vos prestardes a
privardes nem mais nem menos de ! ossa pérfida mistificação, so tendes
Considerações a proposito
todos esses direitos, conoedendo-lhe j a cobardia de consentir ein desem-
a ele delegação para vos represen- ponhar o vosso papel nesta indigna
tar no parlamento. E uma vez ali,' comedia do voto, aviltai-vos; dei-
[
esse homem que na tribuna vos xaes de ser um individuo livre pa- flo meu caro amigo Bar-
da comedia eleitoral prometeu obrar segundo uma de- ra vos enterrardes voluntariamente
tolomeu Constantino
Uma vez mais o povo foi cha- terminada o exposta forma, como na escravatura, e tereis tanto me-
mado a escolher os seus deputados procedeu ? nos coragem de romper as vossas
os seus seahores; os que no parla Tendes o exemplo assáz frisan- correntes e a sensação das feridas
Dezenas de camaradas nossos,
mento ou no governo do paiz ado- te em todos os deputados. Todos por elas produzidas, quanto mais audaciosos revolucionários, inteme-
ptarão sempre as medidas necessá- eles falseiam as suas promessas, to- diretamente sereis vós quem as for- ratos e ferverosos apostolos e evan-
rias a impedil-o de reclamar os seus dos vos burlam. Mas se no futuro ijam, a essas correntes, a quem es- gelisadores duma Sociedade Nova o
direitos. não quereis receber os exemplos, tendeu os braços para que vos car
se tendes o fraco de atendera essas regassem com elas! resplandecente de justiça; por aqui
Quaesquer que fossem os esco- passaram neste tão formoso e sorri-
lhidos o resultado será fatalmente dente Algarve, com seus campos
o mesmo. O povo não foi fazer mais
que escolher os que o hão-de azor-
ragar.
A Revolução Comunista no México floridos de bolas vinhas doiradas,
com ranchos de alfarrobeiras com
suas folhas denegridas e, seus ca-
Também uma vez mais os que chos pendentes; onde o sol ó mais
se proposeram, mediante uns «mo-
dicos» 3$33, a reger os destinos des-
Prisão em Texas de ferverosos fibertsrios—Importantes detalhes brilhante e abrasador; no espaço in-
finito bandos alegres de aves trinam
te malfadado paiz, do alto das tri do movimento aqui inos de amôr ensinando-nos a
bunas afirmaram que o eleitor, ao proclamar a
fazer uso do voto, se torna sobe- O rubro estandarte dos compa- ao cárcere do eondado Peanall, Te-
nheiros mexicanos que ha tanto tem- xas. Liberdade Humana! Por aqui
rano. lançaram a semente das mais belas
Bem fictícia é essa soberania! po pelejam para conseguir para to- — No México preparam-se os
dos Terra e Liberdade, cleva-se revolucionários para tomar o estado o sublimes ideias de emancipação
E sucede até quando ele ing social.
nuamente usou do voto que lhe hoje em vários estados. de Guarnajuato, a primeira incursão
Joaquim C. Supias, o bondoso
confiaram não fez senão atar grilhe- Noutros a voz da rebeldia ruge neste estado foi dirigida pelos com-
contra os tiranos e da mesma forma panheiros de Guerrero, que consti- apostolo da Anarquia, foi aqui um
tas aos seus pés, pois foi conceder dos mais estimados o queridos dos
aos outros o direito de se tornarem ameaça despedaça-los dentro em tuíam um núcleo de mais de sete- camaradas; Bartolomeu [Constanti-
seus senhores, seus amos; de pensar breve. centos homens.
a seu talante, de obrar e proceder A terra e os utensílios de traba- Ao entrar tomaram e incendia- no, em todo o Algarve o mais co-
nhecido pelas classes trabalhadoras,
sempre como lhe aprouver, ainda lho vão emfim pertencer aos que em ram os povos de San Pedro, La como o maior e mais audaz o dece-
que esse proceder seja contra ele, o verdade dela devem ser possuidores. Quesera, Los Otates, El Paraíso, dido propagandista da organisação
eleitor. Não mais amos, não mais Paloma, Quitrue'o, S. Rafael e mui-
senhores—eis o lema. Grandes e tos outros. Operaria. Como agitador da Anar-
Assim, o povo crendo-se sobe- quia, não houve outro que o egua-
rano, tornou-se escravo. numerosos núcleos de rebeldes, es- Na sua maioria os administrado- lasse.
Os Spartanos e todos os homens galhados pelos estados mexicanos vão res foram fuzilados.
luta pela consucção das nossas — Os revolucionários comunis- 0 mais robusto e forte tempera-
escravos da antiguidade só tinham mento revolucionário, orador infla-
uma paixão: a liberdade; um odio: aspirações. A terra a quem a tas esperam poder dentro em breve mável que ardentemente arrebatava
a servidão; uma aspiração: sêr cultiva; para todos eguaes di- tomar a importante praça de Zaca-
livre. Torna-se caricato que hoje reitos, eguaes deveres. ticas. São dirigidos por Tomaz Uri- as assembleias até ao delirio, loucas
n'este século das grandes descober- E de armas na mão, pelejando le, que manda um grupo superior a de entusiasmo.
ardorosamente, eles vão conquistan- mil homens. Foi também aqui no Algarve o
tas cientificas, nascendo os homens mais perseguido pela canalha capi-
todos livres, estes só tenham uma do, palmo a palmo as generosas — Um grupo de 5oo rebeldes
talista e torpes autoridades, que o
paixão no peito: arranjar senho- aspirações dos libertários. Já nos tomou de assalto a importante Vila levaram perante um tribunal fran-
' Pi I I ' M i m i r n não baftando iá o ser ao.ou- atados de Durango, Morelos c Guer- de S. Inácio, no estado de Linaloa. ista, sendo
tado, eles fornecem aifída i í r T f o ^ U ^ u b ^ V l ^ U J u U H >cetim--
L d a as vvaras ^ k? notteia t h
infame • -J—
cie - decondenado
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3 „,com
Fevereiro.• - ...a lei
com que os carrascos os hão-de nidades livres, cultivando a terra e tomada, pelos mesmos revolucioná- Caldeira Feio, Outro mártir da
azorragar. evantando as colheitas em comum rios, da praça de Tuxpan, a qual foi
redentora ideia anarquista, vitima
Nestes últimos anos tem o povo para a sua alimentação, emquanto o saqueada sendo destruídas todas as também da lei celerada, aqui esteve
adquirido um sem numero de exem- núcleo da sociedade futura é implan- linhas telegráficas.
plos do que são os homens em que tado ate no ultimo rincão da Repu- — No estado de Tabasco tam- slguin tempo refugiado, e quando
veio a Faro o despresivol João Fran-
votou. O periodo do inandarinismo blica Mexicana, por agitadores e edu- bém os rebeldes, orientados por ca- co, aquele nosso camarada, teve a
republicano mostrou bem que o po- cadores de todas as partes do mundo. maradas, tomaram fazendas, povos,
vo, ao votar nos que hoje imperam A' luta ! Pela extinção do Estado, vilas e cidades, aproveitando-se das mais arrojada coragem de se lançar
á carruagem, da tigrina féra, gri-
sobre nós, julgando buscar os seus da Propriedade! Pela afirmação da forças que as autoridades ali dispõem. tando bem alto a defeza das viti-
salvadores não fez mais que mudar iustiça, pela egualdade! — Para se verificar da intensi-
mas, que em Timor e Bazaruto, ja-
o azorrague para as mãos de novos dade e importancia do movimento
ziam por terem propalado ideias de
carrascos. Uma falange de libertários cum- revolucionário mexicano, bastará di- Justiça e Liberdade.
Assim foi e assim será sempre prindo a sua missão na luta pela zer-se que no dia 10 de Outubro, os Em Vila Real de Santo, no rio
em todos os períodos eleitoraes. iberdade economica do proletariado comunistas tomaram a importante Guadiana, Caldeira movido pelo seu
Hoje o mal-estar ó grande, é o mexicano, foram, segundo as ultimas praça de Torreon. Os federaes na
grande espirito altruísta lança-se ao
protesto freme em todas as almas. nformações, presos em Texas, de- retirada, tiveram de queimar 1:200 mar e salva uma mulher e uma
As perseguições aos que pensam li- x>is de uma luta sustentada contra espingardas. A imprensa burgueza
vremente encheram as cadeias do os esbirros do poder. diz que 7S burguezes foram justiça- criança!
A propaganda das soas ideias
paiz e as casas-matas dos fortes. Tentavam passar a fronteira do dos. eram destruidoras mas, no fundo do
Os salvadores desejados conver- estado de Texas. Segundo diz El seu intimo, nutria um grande amor
teram-se como todos os outros em Tribuno, jornal governamental, eram Pão, Terra e Liberdade! tem sido pela humanidade sofredora, sempre
tiranos do povo. Porque ha-de este, pottadores duma bandeira rôxa com o lema dos trabalhadores conscientes possuído dum humano coração e du-
pois, indicar os que o hão-de encer- lema Tierra y Libertad. que de todo o mundo ali foram to- ma alma propensa ao sacrifício.
rar nas prisões, os que hão-de coibir Também, segundo diz o mesmo mar parte no sublime movimento. Agostinho Alves, um dos mais
as liberdades de pensar, de reunir, irnal, os revolucionários haviam No México luta-se pela redenção valentes camaradas da visinha Es-
de dizer. artido de «Los Angeles», e tinham do povo. Os trabalhadores teem nas panha, também esteve aqui em Fa-
Os carneiros vão para o ma- sido dirigidos pelo valoroso camara- mãos as armas e no peito convicções. ro refujiado durante duas semanas,
tadouro; não dizem nada, es- da Antonio de P. Araujo, redactor Sejam eles os vencedores e terá era um dos maiores campiões do
ses, e não jnutrem nenhumas da Regeneràcion, orgão anarquis- raiado no mundo a era de verdadei- nosso grande Ideal, partidario da
esperanças. Alas pelo menos ta. ra liberdade! pan-destruição; dizia: é necessário
não votam a favor do maga- Um telegrama de Springs para incendiar toda a sociedade burgueza
réfe que os ha-de matar, do mesmo jornal, diz o seguinte:— Para sair da sua situação rni- até pulverisa-la.
burguez que os ha-de comer. As autoridades militares de Engle >
Em Faro num dos mais formo-
Nas tribunas esses que se pro- Pars, Texas, no controle da fron- seràvel, o povo só tem tres meios. sos arrabaldes da cidade, em pleno
põem a todo o transe subir ás vos- teira descobriram a pista de um Os dois primeiros são deixar a ta- campo, onde a natureza é pródiga
sas espaldas, fazendo plinto da vos- extenso movimento para proclamar berna e a igreja, o terceiro é fazer em benefícios, teve logar uma das'
sa miséria e da vossa ignorancia, uma nova revolução em favor dos a Revolução Social. mais belas conferencias de propa-
dizem-vos que sois iguaes a todos «socialistas» de Flot-es Magon que ganda retintamente anarquista até
e a cada um, que tendes o direito teem o seu quartel general em Los Miguel Bakounime. hoje aqui realisada.
de tomar livremente parto nas dis- Angeles. Eram duas horas da tarde, es-
cussões que teem por objeto inves- Entre os nossos camaradas pre- Libertários! tando prevenidos com um delicioso
tigar sobre o melhor moio de viver sos encontram-se J. M. Rangel, „D .7, Le- Organisae os vossos gru- balde de fresca agua duma fonte
feliz na sociedade; proclama que a d r o R R s a s próxima para combater os ardores
sois cidadãos eleitores, aptos para " u - r ° p , ' Luiz Mendonza, p o s e a d e r j á s federações re- tropicaes quando o nosso camarada
gerir os vossos proprios interesses Abraham Cisnei os, Pedro Perales e • - . • r
e a obrar segundo as vossas facul- quasi todos os valentes que forma-! St e s n a ®l u tpara
lonae
seraes mais ror- Acracio (pseudonimo) principiou a
dades, proclamam emfim a vossa am o grupo Regeneràcion. R a n - j
a
contra a socieda- sua conferencia desenvolvendo o te-
gel e outros camaradas recolheram de autoritaria—capitalista. ma A União e a Vida.
4 A REVOLTA
Conseguimos fixar de memoria
alguns dos períodos da brilhante
conferencia, entre os quaes os se-
guintes: d. falta de qualquer dos
i Revolução Social ó m produto cia antropologica; cada aplica-
ção p r a t i c a dos princípios i n u -
m e r a d o s são o u t r a s t a n t a s ma-
membros do corpo humano produz em Já o dissémos: A revolução eco- ma a fraternidade universal. Foram c h a d a d a s aplicadas ao velho edi-
nós uma vida vil, rasteira e abjecta; nomica é um principio de mecanica a alquimia e a teologia as duas sci- fício religioso que principia a
a falta do funcionamento das molé- social; não pôde impedir-se, não encias mais importantes da sciencia derruir.
culas tira-nos a vida; para que haja pôde deter-se. Para ela contribue dos nobres. São a fisica e as mate P a r a a igreja e os seus dou-
vida épreciso que as moléculas fun- todo o mundo, inclusive seus pro- maticas as sciencias mais elevadas
cionem agregadas entre si; o mesmo prios inimigos. dos burguezes. Serão a química e a tores n a d a existe que n ã o esteja
se dá entre a familia trabalhadora, O naturalista que, estudando as sociologia a sciencia do mundo re- s u b m e t i d o á influencia divina;
para que haja vida é preciso a união plantas e os animaes, os fóseis e as clamado pelo trabalhador. A nobre- e, no e n t a n t o , p a r a que se tives-
de todos. Na sociedade presente, vil petrificações, estende a ideia da za acreditou na extinção das pai- se u m a ideia precisa do movi-
e corruta, não se vive, vejeta-se, de- increabilidade do mundo, demons- xões e propôz-se afoga-las; dahi tan mento dos corpos celestes foi
finha-se, morre-se; para haver vida trando que este existia antes de que tos iluminados e loucos como pro-
é preciso união 6 luta. Deus tomasse fórma na mentalidade duto. A burguezia teme as paixões necessário a observação, a geo-
Combateu energicamente — com humana, contribue á revolução fu- e crê que educando-as logrará con metria (Pithagoras, Euclides), a
a energia que caraterisa os nossos ca- tura. O astronomo que descortinan- tê-las, a só as exaspera. Nós, os anar- sciencia dos pesos especificos, a
maradas d'além fronteiras—a egre- do o universo nota a existencia de quistas, queremos a satisfação das mecanica (Arcliimedes), a scien-
ja e a taberna. A egreja, diz, atro milhares de mandos, cuja presença paixões, considerando-as uma ne- cia da q u e d a dos graves (Gali-
fia-nos o cerébro com as suas prati- não está consignada em livros que cessidade do organismo, como a sêde
pretenderam ser a fonte da sabedo- e a fóme. Uma mulher, uma honra leu), a aplicação das secções có-
cas, as suas mistificações, as suas in-
famias; não faz homens, faz inver- ria, quasi todos mais antigos que o e um amor para cada classe, para nicas (Keppler), a aplicação da
tidos, maníacos e brutos. que nós habitamos, apezar de ser cada especie evolutiva. E todos os algebra á geometria (Descartes),
A taberna tira-nos a faculdade de uma antiguidade que confunde, conceitos vão caindo, os do céu co- ojcalculo diferencial (Fermat,Lei-
de pensar; quem frequenta a taberna concorre também ao advento da no- mo os da terra, vencendo distancias bnitz, Newton), a analise f E u l e r ,
é impotente para a luta social e tor- va sociedade. O filosofo que, tirando e elementos, vencendo constituições
consequências das investigações sci- e queimando codigos. A rebelião Lagrange), a óptica (Newton), o
na impotentes os seus filhos,- porque
os filhos d"um alcoolisado nunca são entificas, do modo de ser do homem em pó, sempre e sempre avançando, telescopio (Galileu), a dinamica,
sãos, mas sim raquíticos, anêmicos e, e da natureza, defende o predomí- sempre indomável. Como ha-de ser a sciencia do movimento (La-
na maior parte dos casos, doidos. nio da razão sobro a fé; o pensador vencido o espirito de rebeldia, se é place) a metereologia.
Combateu também o parlamen- que, utilisando os conhecimentos do a ele que devemos tudo; se mercê
fisiólogo e do anatómico, diz que dêle o mundo marcha á perfeição, á Eis a l g u m a s das inúmeras
tarismo e referiu-se com calor e en-
tusiasmo aos presos por questões não ha imortalidade da alma por- perfeição infinita ? sciencias que foi Ipreciso inven-
sociaes que jaziam em diversos cár- que não ha alma; o filosofo que se Para que narrar a revolução dos tar umas após outras, para, em
ceres de Espanha, e terminou di- aproveita dos descobrimentos do escravos contra os seus donos, a dos seguida e ao mesmo tempo ser
zendo : No dia em que todos nos fisico para negar a providencia e servos contra os seus senhores, a aplicadas, afim de nos elevarmos
unirmos, como um só corpo, com um para dizer q ue toda a matéria, mes- dos obreiros contra os seus amos ?
mo a que compõe o homem, obedece ao conhecimento do m u n d o fisi-
só pensamento, ai dos tiranos! Erga-se a manada ! Acima a ple-
ai dos exploradores! Só assim ás mesmas leis, ao modo de ser de co; mas se a p e n a s u m a fosse in-
be ! Levante-se o povo! E o objéto
poderemos chegar á conquista da fe- cada sistoma do mundo, de cada de tanta luta, qual é ? A liberdade. ventada, seria impotente p a r a
licidade e só na Anarquia ha a fe- planeta, de cada homem, de cada Historia humana, evolução, progres- resolver o «como» e explicar o
licidade ! animal, de cada planta, de cada coi- so: liberdade, sempre liberdade.
sa, contribue também ao advento «porquê» de t a n t o s fenomenos
A conferencia, alongou-se até ás Valeria a pena que o homem da n a t u r e z a que aos olhos dos
5 horas da tarde, sendo o conferen- da anarquia. Tudo, emfim, concorre
para a formação da sociedade igua- fosse o ser mais perfeito da nature- nossos a n t e p a s s a d o s passavam
te muito aplaudido e felicitado pe- za se não pudesse ser livre, se ti-
la numerosa assistência, que deban- litaria e libertadora. por ser cóleras divinas provoca-
vesse de viver sempre sujeito a re-
dou aos vivas a Anarquia e a Re- A forca organisada? As insti- deas, prohibições e ameaças ? Para das pelos pecados dos humanos.
volução Social! tuições armadas, a reunião dos po- que teríamos então pensamento? De P a r a nós, o universo, longe
Diversos grupos de camaradas derosos, a ignorancia dos pobres, que nos serviria fronte tão elevada de sei- obra do deus tealogico e
en-toavam o ino libertário pobsuidos não deterão, não poderão impedir o e rosto tão nobre?
duma fé ardente no luminoso Ideal que ha-de suceder necessariamente, fímfiin, leitor, inclina um pouco clerical, n ã o é mais do que a
de Redenção Humana. e hão-de vêr, se não impassíveis a tua cabeça para a terra e verás manifestação da matéria, única,
Acracio Progresso e João Batista impotentes, como se derruba o seu como esta instituição governativa eterna, indestrutível sem princi-
Otero dois destemidos combatentes mundo, como cáem em fanicos a re- que quiçá julgas indispensável á pio nem fim. A vida, no seu si-
do sindicalismo revolucionari > e da ligião, o poder, a propriedade. boa marcha da sociedade, não serve gnificado universal, não é mais
Anarquia, também aqui estiveram As monarquias hão-de vêr, im- mais que para colocar amigos dos
de passagem como prodigos somea- potentes, como em logar do rei da governantes exigindo-te contribui- que a evolução c o n t i n u a da m a -
dores do grande ideal de justiça on- teocracia se põe o rei da democracia, ções com o fim de mante-los sem téria, o eterno transformismo, n a
de realisaram algumas conferencias como onde antes estava o nobre se nada fazer. sua c o n s t a n t e dissolução e rein-
sobre o sindicalismo e comunismo colocou o burguez, como a classe Frederico Urales. tegração, onde n a d a se cria nem
anarquista. média ocupa o logar que antiga- se destrói.
A propaganda tem sido aqui no mente ocupou a classe alta.
Algarve mais ou menos intensa pe- A t r a v e z dos séculos, desde o
las conferencias, palestras, reuniões
de camaradas que difundem entre
Pois impotente também será a
burguezia, hoje detentora do poder
em monarquias e republicas, como
0 HOMEM EADIVINDAOE p i t e c a n t r o p o s aos nossos dias, o
cerebro h u m a n o , sempre insaciá-
os trabalhadores, os conhecimentos vão caindo todos os seus domínios vel n a descoberta da verdade,
da ideia; centenas de manifestos, Luz! Mais luz ainda!
e poderes para a revolução que leva levou-nos ao conhecimento da
folhetos, jornaes, revistas e livros em seu intimo um novo sistema de Goêthe.
também tem sido largamente distri- artes, de sciencia e de sociologia. «célula» que representa o primei-
buídos pelas massas proletarias da Q u a n d o nós afirmamos que ro m o m e n t o da vida animal, á
No reino social ha classe e espe-
região algarvia. cies, como no reino intelectual e no Deus não existe, e n t e n d e m o s que mais elevada expressão do gene-
Faro. JOSÉ FRANCO. animal. As classes representam sis- por esta fórma n e g a m o s a exis- ro h u m a n o : o homencu
(Continua).
temas de vida; como na natureza, tencia do deus pessoal da teo- Gulpilhares, 1913.
cada grupo uma classe; e em cada logia; do deus adorado pelos de-
especie um ser que apenas se dis- Giordano Bruno.
votos de todo o m u n d o sob vá-
Aos Libertários de Coimbra tingue das especies superiores da
evolução. rios aspectos e de diversas ma-
O mesmo acontece em politica. neiras; do deus oleiro que do na- A Anarquia perante os tribunaes
rti da cria o universo, do caos a
A ideia mais liberal que poude con- E d i t a d o pela Biblioteca «A
A F e d e r a ç ã o A n a r q u i s t a na ceber o grupo de nobres mais per- matéria; daquele deus absoluto Vida», acaba de ser posto á ven-
Região do Sul, convida todos os feito, serviu de enlace com o grupo bom e t i r a n o ao mesmo tempo,
mais conservador que formou a clas- da este magnifico folheto de pro-
a n a r q u i s t a s de Coimbra, a r e u - cujos a b s u r d o s a t r i b u t o s repu- p a g a n d a a n a r q u i s t a q u e consta
se média, e a ultima coneeção desta
nirem hoje, domingo, 30, pelas classe foi a primeira concebida pelo g n a m á consciência h u m a n a . do notável discurso do advoga-
12 h o r a s da tarde, na redacção primeiro grupo das especies politi- Bacon, Galileo, Cartesio, essa do Pedro Gori, p e r a n t e o t r i b u -
de «A Revolta» á r u a S á B a n - cas do mundo nascente. E se em sublime trindade que em F r a n - nal de G é n o v a , em defeza de 37
deira, 11—2.°, afim de t r a t a r cada grupo ha diferentes ideias, ha
também diferentes sentimentos, di- ça, Italia e I n g l a t e r r a iniciou a a n a r q u i s t a s a c u s a d o s de malfei-
d u m a s s u n t o de g r a n d e alcance filosofia e x p e r i m e n t a l — a scien- tores.
ferente arte, diferente sciencia. A
p a r a o desenvolvimento da p r o - nobreza com todas as suas especies cia p o s i t i v a , — d e u t a m a n h o re- Aconselhamos a sua leitura a
p a g a n d a e organisação anarquis- e derivações, sustinha a vassalagem, pelão na metafísica teologica q u e todos os estudiosos.
ta. a burguezia e o salario; o trabalha- abalou d n m ao outro extremo
dor pretende abolir toda a classe de O seu preço é de 60 reis, po-
N a reunião t o m a m p a r t e os do cosmos esse p a r t o m o n s t r u o -
escravidão. A nobreza alimentava o dendo os pedidos a c o m p a n h a d o s
c a m a r a d a s F e r n a n d o Gomes e so da ignorancia h u m a n a .
odio de povo a povo, de senhor a da respectiva irnportancia ser
A u g u s t o Q u i n t a s como delega- senhor; a burguezia mantém o odio C a d a descoberta da química, feitos á Biblioteca «A Vida»,
dos da Federação. ao estrangeiro; o proletário procla- da fisica, da biologia, da scien- rua Chã, 97—Porto.
4 A REVOLTA
\
Preço A O réis
A REVOLTA
Quinzenário orgão da Federação Anarquista na Região do Sul
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇAO Propriedade da FEDERAÇÃO ANARQUISTA Composição e impressão
Construccãs Civil de [vera d e s e n v o l t u r a que lhe é peculiar, deração roga a todos os camara-
A
Quinzenário orgão da Federação Anarquista na Região do Sul
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Propriedade da FEDERAÇÃO ANARQUISTA Composição e impressão
u
Rua Sá Bandeira, - I I — 2. DIRKTOB—Augusto Quintas Tip. MINERVA CENTRAL
COIMBRA— Portugal EDITOB — José de Azevedo Rua Tenente Rezende — A v e i r o
À
4 A REVOLTA
das de revolta, r u b r a s de indi-
A REVOLUÇÃO MEXICANA
Federação Anarquista do Sul
g n a ç ã o , a r d e n t e s n o desejo de Em 1.9 do corrente, reuni u n o
c o n q u i s t a r horisontes p u r o s de local do costume, esta federação, es-
felicidade e coloridas pelas tin tando, representantes dos grupos 26
tas frescas do arrebol, teem um Nas pitorescas campinas mexica- de Novembro, Sol Universal, Filhos
nas por tantos séculos regadas com O companheiro Jesus Gonzáles da Revolta, Rebeldes, Unido das Mu-
p o d e r expressivo que encoraja lheres Anarquistas, Cerébro e Braço
o generoso sangue e ardente suor foi condenado na pena de n o v e n t a
as convicções dúbias, e enterne- de Portalegre, e Juventude Liberta-
do camponez altruísta, o pavilhão e nove anos de prisão pelo de-
ce os espíritos ávidos dos futu rubro flameja aos quatro ventos. lito de ser um revolucionário mexica- ria de Coimbra. Entre outros as-
ros b o n s e generosos. A revolta dos que por tanto tem- no que lutava para abolir o presen- sumptos de caracter interno re^ol-
po hão sido ignobilmente explorados te sistema capitalista. veu-se nova organisação dos traba-
Admiro-lhe o seu tempera- lhos de redação e administração do
m e n t o b r u s c o de poeta, que can é hoje, nalguns estados daquele im- R a n g e l e seus companheiros
pério, um facto. responderão brevemente pelo mesmo seu orgão A R e v o l t a publicado
ta em estrofes coléricas, o velho Uma rajada bemdita de luz pu- em Coimbra, ficando assim dividi-
delito.
sofrimento d u m a h u m a n i d a d e rificante, eletrica, sonora, perpassa Damos a seguir mais amplas in- dos os trabalhos de redação em
c a l c a d a e oprimida. sobre o império da escravidão. formações sobre a prisão destes com- Coimbra: — José Figueiredo, Joa-
O camponez tomando conheci- panheiros: Constituíam eles uma ex- quim Carreira, José d'Almeida e
E n c a n t a - m e a sua feição acen- José d'Azevedo. Ern Lisboa: Ber-
t u a d a m e n t e esperançosa e idea- mento da burla secular de que foi pedição libertaria que no dia 11 de
vitima, vai á luta a trabalhar pelo Setembro seguia por Texas com nardino dos Santos, Augusto Quin-
lista, pela crença sincera e reso conseguimento do que é seu, mas rumo ao Rio Grande. Iam arma- tas e Henrique Figueiredo. Traba-
luta que alimenta, n u m a conce- que desde longas eras deteem os ex- dos para lutar ao lado do povo me- lhos de administração em Coimbra:
ç ã o social nova, resurgidora e ploradores, oferecendo a sua valiosa xicano pelos seus direitos sob o le- Alfredo da Silva e Oscar Mandes-
vida em holocausto á liberdade de ma da bandeira roxa P ã o , T e r r a lay. Em Lisboa: Joaquim Carreira
fecunda. e Carlos José de Sousa. Recebeu-se
todos. e L i b e r d a d e . Foram surpreendi-
S ã o a expressão nitida duma a adesão dos grupos Sol Universal e
Ali onde se queimam os arqui- do e um deles, Silvestre Lomas, ca-
consciência, c o m p l e t a m e n t e des- çado como um veado. Conseguem Juventude Libertaria de Coimbra.
vos, se fazem em cinzas os codigos, Foi lido um protesto do Grupo Sol
pida da fantasia doente do espi- se arrombam os cárceres, se destroem desarmar os seus assaltantes e obtém
uma promessa escrita pela qual se- Universal contra as perseguições
ritualismo, que sentimentalisa as egrejas e se eliminam as autori- movidas pelos estados norte-ameri-
m a s t a m b é m enerva os corações. dades a burguezia pode ver lavrada riam deixados em paz e que foi as-
sinada pelo chefe dos assaltantes J. canos sobre todos que professam
S ã o os desabafos expansivos de a sua sentença de morte. ideias emancipadôras.
J. Campbell. Dirigiram-se á frontei-
u m espirito, que descreve com a Noticias da revolução ra. Ao terceiro dia, i3 de setembro, O comité federal mais uma vez
transparência própria do natural, de novo foram atacados por uma convida todos os grupos que eram
Um telegrama dirigido ao The grande força de Texas, perto de federados e queiram continuar a
o m a r u l h a r rugidor das ondas
Angeles Record anuncia que a re- Carrizo Springs, travando-se comba- mandar as moradas dos seus secre-
e n c a p e l a d a s de rebeldia, ainda volução dos índios de Oaxaca se es- te ficando dois companheiros mor- tários para a troca de correspon-
levemente a d o r m e c i d a s no seio tende rapidamente por vários can- tos afora alguns dos esbirros. Não dência. A todos os outros grupos
das multidões, que tranquilamen- tões do Estado. podendo vencer tão elevado numero que concordem com a junção de
te suportam o peso b r u t a l das = Um grupo de 2 0 0 revolucio- de forças foram presos. E' por deli- nossas forças a procederem pela
atrocidades, e s p e r a n d o que o rá- nários dirigido por Hilário Salas, ca- to que estão presos. mesma forma enviando a sua ade-
pturou perto-de Tlacotalpan os indi- são ao
pido surgir duma faisca as de- víduos conhecidos como possuidores Os fundos para a defeza destes
valorosos camaradas podem ser di-, Secretario
s a b r o c h e e arraste a o terreno vi- de importantes fortunas, exigindo
rígidos a A. Hernandez, P. O. Sta- Bernardino dos Santos
vido da luta, á batalha finalisan- fortes sômas pelo seu resgate. R. S. Jeronimo, 58 q c —LISBOA
= Cincoenta dos chamados za- tion, A, Box 52, San Antonio, Te-
te de todas as tiranias.
patistas entraram em S. Jeronimo xas. Grupo Filhos da Revolta
Apesar da sua p e q u e n a obra do Estado de México e saquearam a LISBOA
f o r m a r um c o n j u n t o distinto de
sonetos, nós e n c o n t r a m o s a ele-
referida povoação.
= Caetano Rios, um dos revo-
lucionários que operava perto de
Movimento Anarquista Reuniu esta agrupação liberta-
ria em 21—12—913, resolvendo en-
tre outros assumptos de caracter
v a d a u m a certa unidade de
Malehua fui fusilado pelas, marcena-- novos Grupos interno protestar contra a fprma ar-
ideias e u m a certa Conformida- rios de Huerta. Foi capturado no in- bitraria como foi dissolvido o co-
d e de acção c o m b a t i v a . terior da cidade onde havia entrado Com o titulo Comunista Liber- mício de 14 do corrente e prisão
Uns, criticam esta decrepita e disfarçado a informar-se das posi- tário, acaba de se constituir, em Ode- d'alguns camaradas da construção
ções da força. mira, um grupo destinado a desen- civil por reclamarem pão ou traba-
viciosa sociedade nas s u a s v a -
r i a d a s instituições opressoras, = U m numeroso grupo de rebel- volver a propaganda anarquista por lho.
des aproveitando a falta de guarni- todos os meios ao seu alcance. Grupo Rebeldes
c o m b a t e m a falsa e prostituída ção na praça de Rayon, entrou ali, Direção: Josué Romão, Odemira.
moral estabelecida, as covençõ^s Os c o m u n i s t a s — E' o titulo Na sua ultima reunião resolveu
capturando C. Castro, comandante entre outros assumptos de caracter
ridículas e os preconceitos estú- da policia e todos os seus subalter- dum novo grupo anarquista que se reservado, protestar contra a proi-
pidos que inimizam os h o m e n s , nos. O comandante foi fuzilado ime- constituiu na cidade do Porto, comi bição do comicio de 14 do corrente
pintam a terra, com um c a l v a r i o diatamente e os policias detidos. De- o fim de continuar a obra de Edu-; em favor dos presos por questões
pois de executado o esbirro, o gru- cação Libertaria. sociaes e contra a forma canibales-
d o l o r o s o e t o r t u r a n t e de sofri- po saqueou os principais estabeleci- Direção: Jornal A Aurora, R.i
m e n t o , para a familia operaria, ca como a guarda pretoriana inter-
mentos, levando 32 espingardas, Captivo, 16 — 1.°. viu. Protestou também contra a
longe da ventura afastada d u m 4 0 0 0 cartuchos e grande quantidade Os S e m P a t r i a — Subordina- prisão d'alguns operários sem tra-
viver feliz. de dinheiro. A Camara municipal, do a este titulo constituiu-se nesta: balho, no momento em que se diri-
a administração e o arquivo da con- cidade mais um grupo que se pro- giam ao parlamento.
O u t r o s , l a n ç a m sobre este servatória foram incendiados; os pre- põe a difundir os sublimes ideaes A correspondência para este gru-
vasto lençol de desgraça e mi- sos foram postos em liberdade, en- anarquistas. po deve ser dirigida ao camarada
zeria u m a luz doce, suave, de grossando as fileiras dos libertado- Alfredo dos Santos, Travessa das
a c a l e n t a d o r a esperança, que di- res. Também os camaradas de Moita Almas, P. M., Cave, Lisboa.
Os mesmos revolucionários en- do Ribatejo ali constituíram um
m a n a dum ideal imenso de p a z
traram em Alequines e saquearam grupo libertário denominado Horas Grupo Libertário Sol Universal
e de conforto, luz subtil e pene- completamente esta povoação, de- de Luta que se destina a fazer a Reuniu este grupo na passada
trante que p e r f u m a o Porvir li- pois de haverem derrotado a guar- propaganda do nosso ideal quer pe- terça-feira, e mais uma vez apro-
b e r t a d o r que a m b i c i o n a m o s . nição. Aqui incendiaram os estabe- la força, quer pela palavra. vou a dissolução do antigo grupo
A Salvaterra Júnior a g r a d e ç o lecimentos mais importantes sendo Avante camaradas pela Anar- Sociedade Futura; passando a deno-
executadas as autoridades. Este gru- quia ! minar-se Sol Universal. Lamentou
em n o m e da r e d a c ç ã o o exem- a divergencia de alguns agrupados
po conta 5oo rebeldes todos perfei- Emancipação Humana
plar que nos enviou. tamente armados. que nada está em harmonia com os
= As forças americanas estacio- SACAVÉM princípios libertários.
J. Carreira. nadas em Yuma confiscaram 2 0 0 es- Nomeou delegado á Federação
Na ultima reunião deste grupo
pingardas destinadas aos rebeldes da ficou resolvido publicar n'A Auro- Anarquista do Sul o camarada A.
Baixa Califórnia. ra um balancete da quantia de Vasconcelos.
Aão ha tirania peor do que Amanhã segunda-feira ha nova
aquela que o ignorante tem dentro -= O jornal burguez The Times 7$010 reis enviada pelo grupo com
numa noticia sobre os acontecimen- destino aos presos por questões so- reunião para filiação de novos agru-
de si mesmo: envolto nas trevas da pados. Toda a correspondência rela-
ignorancia, não sabe comprazer tos do México diz: «Nos estados de ciaes. Resolveu mais, não entregar
Sinaloa, Durango e Sonora não qualquer quantia á Comissão pró- tiva a este grupo deve ser enviada
aos seus desejos, satisfazer as suas a A. Vasconcelos, Rua do Alvito,
h a lei. As condições ao largo da preso* por questões, por não concor-
necessidades, reger d sua vontade; costa do oeste até quatrocentas mi- dar com a forma como é feita a di- 83, loja—Alcantara, Lisboa.
e, guiado pela simples rotina, que
ouso afirmar ser inferior ao ins-
lhas para o interior do México es- j x ••••> dos donativos, pois que ao Grupo Revolta
tão peorando diariamente». Ter- passQ que alguns presos por movi- Resolveu realisar hoje, domin-
tinto dos animais, caminha âs cegas, mina a noticia dizendo que no nur-1 mentos de caracter politico e os sin-
sem evitar os perigos e estendendo go, juntamente com o Grupo Ju-
te «se os campos pertencem a um jj dicalis' as vciebem donativos, ha ca- ventude Libertaria, um comicio de
a mão a seus exploradores e ti- rico fazendeiro . são saqueados e í aaradas ui ar quis tas que os não re-
ranos para pedir protecção. protesto e publicar um manifesto
queimada a casa juntamente con 05 ob? 11n, auesar do seu reconhecido contra as prepotências governamea-
ANSELMO LOBENZO. que apanham». amor pela ideia. taes.