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ogo Eads Dargie por} Guinsburg Johan Huizinga HOMO LUDENS (0.JOGO COMO ELEMENTO DA CULTURA Seat ran ein: ity ams | Zp PERSPECTIVA ‘Lei de Barros; Produ: Ricudo W. Neves © Ragiel Fermndes Abrncies, ‘on Lakns~ vom Ungrarg der Kult im Spel Copyright © by Fan Hung Dados Iterations de Casio na Pubticnto (CIP) (Cémara Brasov, SP Bail) Hulzeg, Johan, 1872-194, Homo dens: 0 ogo emo clement d ultra! Johan Huiing [adoro ua Paulo Monti). ‘io Pal: Peripectva, 2007 (Estudon/ Aig por. Guntur) ‘Tuli: Homo Lads: Vom Unprung der Karin Spe ‘trekmpr dS. 2001 Bibiograti. ISBN 978-45.273-0075.9 |. Civilizyto -Flosofa 2. Cau 3, Jogo Filosofia. Gulsbary, I. Tito. See 105.5170 cbb.306.481 Indios pura catdlogo sistent 1 Jogo Elemente cual: Soctologia 306.481 edit relnpresso Direiosesrvados em lingua portauess & EDITORA FERSPECTIVA S.A ‘Av. Brigade Las Anni, 3025 (1401-000 Sto Paslo SP Bail “Telefax: (011) 3485-4388 -worwedlonpespstva. come 2007 Prefacio Em época mais otimista que a atual, nossa espécie rece beu a desigmagio de Homo sapiens. Com 0 passar do tempo, scabamos por compreender que afinal de contas no somos ‘do racionais quanto a ingenuidade eo culto da razao. do séeulo XVIMI nos fzeram supor, e passou a ser de moda designar nossa espécie como Homo faber. Embora faber nao seja uma definigéo do ser humano to inadequada como sapiens, ela & contudo, ainda menos apropriada do que esta, visto poder servir para designar grande mimero de animas, Mas existe uma teresa fungao, que se verifica tanto na vida humana como na arimal, e'€ to importante como 0 racio- cinio € 0 fabrico de objetos: 0 jogo. Creio que, depois de Homo faber e talvex. ao mesmo nivel de Homo’ sapiens, a expressio Homo ludens merece um lugar em nossa nomen- ‘latura Seria_mais ou menos ébvio, mas também um pouco ‘cil, considerar “jogo” toda e qualquer atividade humans, ‘Aqueles que preferirem contentar-se com uma conclusfo met fisca deste genero fario melhor ndo lerem este livro. NBO ‘sjo, todavia, razZo alguma para abandonar a nogio de jogo como um faior distinto ¢ findamental, presente em tudo 0 due acontece no mundo, J4 hé muitos anos que vem eres endo em mim a convigdo de que € no jogo € pelo jogo que 1 civilzagdo surge e se desenvolve. —E possivel encontrar in- ‘icios desse opiniéo em minhas obras desde 1903. Foi ela 1. Natureza e Significado do Jogo como Fenémeno Cultural © jogo ¢ fato mais antigo que a cultura, pois esta, mes ‘mo em suas definigGes menos rigorosas, pressupde sempre & sociedade humana; mas, os animais néo esperarem que os hhomens os iniciassem na atividade Iidica, E-nos possivel afir- mar com seguranga que a civilizagdo humana néo acrescen. tou caracteristica essencial alguma a idéia geral de jogo. Os animais brincam tal como os homens". Bastaré que observe: mos 0s cachorrinhos para constatar que, em suas alegres evo- lugdes, encontramse presentes todos os elementos essenciais do jogo humano. Convidam-se uns aos outros para brincar mediante um certo ritual de atitudes e gestos. Respeitam regra que 0s proibe morderem, ou pelo menos com violencia, a oretha do proximo. Fingem ficar zangados ¢, 0 que € mais importante, eles, em tudo isto, experimentam evidentemente imenso prazer ¢ divertimento. Essas brincadeiras dos ca- chorrinhos constituem apenas uma das formas meis simples de jogo entre os animais. Existem outras formas mt mais complexas, verdadei E uma fungdo significant, isto 6, encerra opis onde sien, 10 hee SS ee Se Se eS Ser cn ated ss een ttaed

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