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Estima-se que mais de 90% do comércio mundial transporta-se pelo mar, e por esse
motivo, a segurança da indústria marítima é vital para o dinamismo da economia (Kidston
& Chamberlain, 2015). Os avanços tecnológicos e o fortalecimento do ambiente
regulatório tem se manifestado na diminuição de 50% das perdas totais de embarcações
na última década (Kidston & Chamberlain, 2015), diminuição que se tem apresentado não
somente em termos absolutos, pois em 2014 registrou-se a menor frequência de sinistros
(porcentagem sobre o total da frota mundial) desde 2005.
A pirataria não tem causado perdas totais de embarcações desde 2009, e ainda que a
perda parcial de mercadorias devido a esses ataques tenha diminuído, o risco ainda está
latente. Durante 2014 cometeram-se 245 ataques, 7% menos que em 2013 e 45% inferior
desde 2010, sendo Bangladesh a zona com maior número de casos relatados no decorrer
do ano (Kidston & Chamberlain, 2015).
Estas são situações conhecidas e a indústria conta com mecanismos para fazer frente,
entretanto, sob o atual cenário de desvalorização, o aumento do valor dos sinistros sai do
controle das seguradoras e converte-se em um dos principais desafios que, junto às
embarcações não tripuladas, os riscos de ataques cibernéticos, o tráfico de pessoas e as
embarcações cada vez maiores, deverão ser incluídos nos cálculos da cadeia de
comércio mundial.