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Análise Termoacustico em Queimador Pulsante para Redução Da Emissão de Fuligem
Análise Termoacustico em Queimador Pulsante para Redução Da Emissão de Fuligem
SÃO LUÍS
2017
Silva, Antonio Marcos Feitosa da.
Análise termoacústico em queimador pulsante para redução da emissão
de fuligem. / Antonio Marcos Feitosa da Silva. – São Luís, 2017.
96f.
CDU 621.43
ANÁLISE TERMOACUSTICO EM QUEIMADOR PULSANTE PARA REDUÇÃO DA
EMISSÃO DE FULIGEM
_____________________________________________
Prof. Dr. Fernando Lima de Oliveira.
(Orientador)
_____________________________________________
Prof. Me. Flavio Nunes Pereira.
(Membro da Banca Examinadora)
_____________________________________________
Prof. Dr. Lourival Matos de Sousa Filho.
(Membro da Banca Examinadora)
A meus pais Raimunda e Domingos, a
esposa Michely Soares, meus irmãos Marcos
Antonio e Flavio Henrique.
AGRADECIMENTOS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14
5. CONCLUSÃO ................................................................................................... 91
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 93
14
1. INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
1.2 Objetivos
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O fenômeno foi observado pela primeira vez por Byron Higgins em 1777
(Higgins, 1802), onde foi verificado que a queima difusiva de hidrogênio dentro de um
tubo com extremidade inferior aberta ou fechada produzia som, denominado “singing
flame”. O resultado demonstrou que a excitação do modo acústico do tubo ocorre na
frequência fundamental, ou um de seus harmônicos.
No decorrer do tempo, a combustão pulsante tem-se mostrado como uma
área de pesquisa e desenvolvimento promissora, pois pode ser encarada como uma
ferramenta na geração de energia térmica que oferece algumas vantagens sobre o
processo de combustão convencional. Devido à sua maior taxa de mistura entre o
combustível e o oxidante a combustão torna-se mais eficiente e consequentemente,
há uma redução na quantidade de combustível utilizado. Entre outras vantagens
apresentadas, pode-se citar a diminuição nas emissões de poluentes gasosos de
oxidação parcial e particulados, o aumento da transferência de calor convectiva no
combustor e a exigência de uma menor demanda de investimento capital para esse
processo, se comparado a outras tecnologias inovadoras (Carvalho et al., 1987). No
entanto, a combustão pulsante pode proporcionar a instabilidades de combustão nas
baixas e altas frequências. Estas instabilidades resultam em maior emissão acústica
no ambiente e até mesmo em danos estruturais ao sistema (Pritz, 2009).
20
(b)
(a)
𝑣𝑣 𝑛𝑛𝑛𝑛
𝑓𝑓𝑛𝑛 = = = 𝑛𝑛𝑛𝑛; onde 𝑛𝑛 =1,3,5... (2.1)
𝜆𝜆𝑛𝑛 4𝐿𝐿
𝑣𝑣 𝑛𝑛𝑛𝑛
𝑓𝑓𝑛𝑛 = = = 𝑛𝑛𝑛𝑛; onde 𝑛𝑛=1,2,3... (2.2)
𝜆𝜆𝑛𝑛 2𝐿𝐿
𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾
𝑣𝑣 = � (2.3)
𝑀𝑀
• Equação de estado
Para equação de estado de um gás perfeito descreve o comportamento
termodinâmico através das três variáveis de estado que é definida como: pressão,
densidade e temperatura conforme as equações 2.4 e 2.5.
𝑃𝑃 = 𝜌𝜌𝜌𝜌𝜌𝜌 (2.4)
30
P 𝜌𝜌 γ
= RT � � (2.5)
Po 𝜌𝜌𝑜𝑜
𝜕𝜕𝜕𝜕
𝑃𝑃 = δ𝑃𝑃 = � � 𝛿𝛿𝛿𝛿 (2.6)
𝜕𝜕𝜕𝜕 0
𝛿𝛿𝛿𝛿 𝛿𝛿𝛿𝛿
= (2.8)
𝑉𝑉 𝜌𝜌
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝛿𝛿𝛿𝛿
p = −𝜌𝜌 � � � � (2.9)
𝜕𝜕𝜕𝜕 0 𝑉𝑉
𝜕𝜕𝜕𝜕
Onde, −𝜌𝜌 � � representa o módulo compressibilidade 𝛽𝛽. No caso do
𝜕𝜕𝜕𝜕 0
𝜕𝜕𝜕𝜕
processo adiabático, 𝑃𝑃/𝜌𝜌 𝛾𝛾 é constante; por conseguinte −𝜌𝜌 � � = γP0 logo, tem-se
𝜕𝜕𝜕𝜕 0
a equação 2.10 que expressa de formar linear a lei de estado em meio fluido.
(𝜌𝜌−𝜌𝜌0 )
𝑃𝑃 = 𝛾𝛾𝑃𝑃0 𝜌𝜌0
(2.10)
• Equação de Euler
Na Equação de Euler será desconsiderado os efeitos da viscosidade e o
fluido será tratado como sendo invíscido. Considerando um elemento do fluido 𝑑𝑑𝑑𝑑 =
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑, que se move com o fluido de massa 𝑑𝑑𝑑𝑑 terá a força líquida 𝑑𝑑𝑭𝑭 no elemento,
que será acelerado de acordo com a segunda lei de Newton 𝑑𝑑𝑭𝑭 = 𝒂𝒂𝑑𝑑𝑑𝑑.
𝑑𝑑𝑭𝑭 = 𝒂𝒂𝑑𝑑𝑑𝑑
𝜕𝜕𝜕𝜕
𝑝𝑝 𝑝𝑝 + 𝑑𝑑𝑑𝑑
𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝑑𝑑𝑭𝑭𝒙𝒙 = �𝑝𝑝 − �𝑝𝑝 + 𝑑𝑑𝑑𝑑�� 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 = − 𝑑𝑑𝑑𝑑 (2.13)
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜕𝜕𝒗𝒗
𝜌𝜌0 = −∇𝑝𝑝 (2.15)
𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜌𝜌0 ∇ = −∇�∇𝑝𝑝 � = −∇2 𝑝𝑝 (2.16)
𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜕𝜕 2 𝜌𝜌 𝜕𝜕𝜕𝜕
+ 𝜌𝜌0 ∇ =0 (2.17)
𝜕𝜕𝑡𝑡 2 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜕𝜕𝜌𝜌 2
∇2 𝑝𝑝 = (2.18)
𝜕𝜕𝑡𝑡 2
1 𝜕𝜕 2 𝑝𝑝
− ∇2 𝑃𝑃 = 0 (2.19)
𝑐𝑐 2 𝜕𝜕𝑡𝑡 2
34
𝜕𝜕 𝜕𝜕
(𝜌𝜌𝜌𝜌) + (𝜌𝜌𝜌𝜌 ) = 0 (2.22)
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
𝑒𝑒 𝑛𝑛 𝜕𝜕 𝜕𝜕
∫𝑤𝑤 ∫𝑠𝑠 �𝜕𝜕𝜕𝜕 (𝜌𝜌𝜌𝜌) + 𝜕𝜕𝜕𝜕 (𝜌𝜌𝜌𝜌 )� 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 = 0 (2.23)
𝑛𝑛 𝑒𝑒
∫𝑠𝑠 [𝜌𝜌𝜌𝜌|𝑒𝑒 − 𝜌𝜌𝜌𝜌|𝑤𝑤 ]𝑑𝑑𝑑𝑑 + ∫𝑤𝑤[𝜌𝜌𝜌𝜌 |𝑛𝑛 − 𝜌𝜌𝜌𝜌 |𝑠𝑠 ]𝑑𝑑𝑑𝑑 = 0 (2.24)
a) b)
maior do que células tetraédricas. O uso de uma razão de aspecto elevada em uma
célula tetraédrica afeta a simetria da célula, o que pode levar a problemas de
imprecisão e convergência. Assim, a célula hexaédrica é indicada para uma geometria
relativamente simples em que o escoamento se adapta bem a forma da geometria, tal
como o escoamento em um duto longo (Reis, 2013).
∇ ∙ (𝜌𝜌𝜌𝜌 ) = 0 (2.26)
∑𝑁𝑁
𝐾𝐾=1 𝑌𝑌𝐾𝐾 𝜓𝜓𝐾𝐾 = 0 (2.28)
46
∑𝑁𝑁
𝐾𝐾=1 𝜔𝜔𝐾𝐾 = 0 (2.29)
direção Y;
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑥𝑥𝑥𝑥 𝑦𝑦
∇(𝜌𝜌𝜌𝜌𝜌𝜌 ) = − + + + 𝜌𝜌 ∑𝑁𝑁
𝐾𝐾=1 𝑌𝑌𝐾𝐾 𝑓𝑓𝐾𝐾𝐾𝐾 (2.31)
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
• Conservação de energia
A equação de energia foi derivada baseada em Poinsot et al. (2005) e
Peters (2004).
ℎ
∇�𝑉𝑉 (𝜌𝜌𝜌𝜌 + 𝑝𝑝)� = ∇(𝑘𝑘𝑒𝑒 ∇𝑇𝑇 − ∑𝑁𝑁 𝑁𝑁
𝑘𝑘=1 ℎ𝑘𝑘 𝜓𝜓𝑘𝑘 + (𝜏𝜏̿𝑉𝑉 )) + ∑𝐾𝐾=1 𝑀𝑀 𝜔𝜔𝐾𝐾
𝑘𝑘
(2.32)
𝑘𝑘
Sendo:
𝑝𝑝 𝑉𝑉 2
𝐸𝐸 = ℎ − + (2.33)
𝜌𝜌 2
𝑇𝑇
ℎ = ∑𝑁𝑁 2
𝐾𝐾=1 𝑌𝑌𝐾𝐾 ∫𝑇𝑇 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐾𝐾 𝑑𝑑𝑑𝑑 (2.34)
1
2
𝜏𝜏̿ = 𝜇𝜇 �2𝑆𝑆 − 𝛿𝛿∇∇� (2.35)
3
1
𝑆𝑆 = (∇V + ∇𝑉𝑉 𝑇𝑇 ) (2.36)
2
47
∂
(𝜌𝜌∅) + 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 (𝜌𝜌𝜌𝜌∅) = 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑(Γ𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔∅) + 𝑆𝑆 (2.37)
∂x
• Modelos de turbulência
O modelo standard 𝑘𝑘 − 𝜖𝜖, proposto por Launder (1972). Para as aplicações
do presente estudo, escoamento turbulento em orifícios e combustão turbulenta,
também tem sido o mais utilizado. É um modelo semi empírico, pois para a derivação
das equações foi levado em conta, considerações empíricas e fenomenológicas. Tem
como premissa que o escoamento deve ser plenamente turbulento e que os efeitos
da viscosidade molecular são desprezíveis. Portanto, é válido somente para
escoamentos plenamente turbulentos.
Escoamentos turbulentos são caracterizados por flutuações na velocidade,
que promovem mistura e flutuações em grandezas como energia, quantidade de
48
u𝑖𝑖 = u
� 𝑖𝑖 + u′𝑖𝑖 (2.38)
Onde, u
� 𝑖𝑖 a componente de valor médio; u′𝑖𝑖 é flutuante para 𝑖𝑖 = 1,2,3.
Variáveis escalares equação 2.39.
�𝚤𝚤 + 𝜙𝜙 ′
𝜙𝜙𝑖𝑖 = 𝜙𝜙 (2.39)
𝑖𝑖
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜌𝜌
+ (𝜌𝜌𝑢𝑢𝑖𝑖 ) = 0 (2.40)
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥𝑖𝑖
𝜕𝜕
+ �− 𝜌𝜌u′ 𝑙𝑙 u′𝑗𝑗 � (2.41)
𝜕𝜕𝑥𝑥𝑖𝑖
Como descrito por Hinze (1975), Boussinesq relacionou o termo − 𝜌𝜌u′ 𝑙𝑙 u′𝑗𝑗
com os gradientes de velocidade média da seguinte maneira, assumindo isotropia.
1º 2º 3º
𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕
� 𝜌𝜌𝑢𝑢′𝑙𝑙 𝑢𝑢′𝑗𝑗 � + �𝜌𝜌𝑢𝑢𝑘𝑘 𝑢𝑢′ 𝑙𝑙 𝑢𝑢′𝑗𝑗 � = − �𝜌𝜌𝑢𝑢′𝑙𝑙 𝑢𝑢′𝑗𝑗 𝑢𝑢′ 𝑘𝑘 + 𝑝𝑝(𝛿𝛿𝑘𝑘𝑘𝑘 𝑢𝑢′ 𝑙𝑙 + 𝛿𝛿𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑢𝑢′𝑗𝑗 �
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥𝑘𝑘 𝜕𝜕𝑥𝑥𝑘𝑘
4º 5º 6º
𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑢𝑢𝑗𝑗 𝜕𝜕𝑢𝑢
+ �𝜇𝜇 � 𝑢𝑢′𝑙𝑙 𝑢𝑢′𝑗𝑗 �� − 𝜌𝜌(𝑢𝑢′ 𝑙𝑙 𝑢𝑢′𝑘𝑘 + 𝑢𝑢′𝑗𝑗 𝑢𝑢′ 𝑘𝑘 𝜕𝜕𝑥𝑥 𝑖𝑖 − 𝜌𝜌𝜌𝜌(𝑔𝑔𝑖𝑖 𝑢𝑢′𝑗𝑗 𝜃𝜃 )+ (𝑔𝑔𝑗𝑗 𝑢𝑢′ 𝑙𝑙 𝜃𝜃 )
𝜕𝜕𝑥𝑥𝑘𝑘 𝜕𝜕𝑥𝑥𝑘𝑘 𝜕𝜕𝑥𝑥𝑘𝑘 𝑘𝑘
7º 8º 9º 10º
1
𝑈𝑈 ∗ = ln(𝐸𝐸𝑦𝑦∗ ) (2.44)
𝑘𝑘
Na qual;
1 1
𝑈𝑈𝑝𝑝 𝐶𝐶𝜇𝜇4 𝑘𝑘𝑝𝑝
2
∗
𝑈𝑈 ≡ 𝜏𝜏𝑤𝑤 (2.45)
𝜌𝜌
é a velocidade adimensional.
1 1
𝜌𝜌𝐶𝐶𝜇𝜇4 𝑘𝑘𝑝𝑝
2
𝑦𝑦 ∗ ≡ (2.46)
𝜇𝜇
• Modelo de combustão
O modelo baseia-se no princípio de que a reação é controlada pela mistura
de combustível e oxidante. No caso de chamas por difusão, a combustão ocorre na
interface entre o combustível e o oxidante. Por esta razão, a taxa de mistura depende
fortemente da turbulência que controla a reação química. É um modelo importante
para o uso na indústria, onde recursos de supercomputadores e software de cinética
química detalhada não estão disponíveis, pois em alguns problemas de engenharia
não são requeridos. O EDM é também uma grande ferramenta para investigar os
efeitos da turbulência diretamente na reação química. Por isto, este modelo de
combustão é largamente utilizado e está disponível nos principais códigos comerciais
de CFD, como Fluent, CFX.
O efeito da intensidade da turbulência em chamas e a formação de NOx e
fuligem pode ser estimada pelo EDM, condição limitada em outros modelos (Kassem,
2011). Modelagem de efeitos rotacionais, o swirl, tem utilizado o EDM para investigar
o efeito do de injeção de ar com movimento rotacional no jato de combustível.
Quando modelos de turbulência baseados no conceito eddy-viscosity são
considerados, o que afetará significativamente o resultado é a equação 𝜖𝜖 do modelo
de turbulência, já que todos os modelos eddy-viscosity têm equações similares para
𝑘𝑘, que é derivada da equação de tensões de Reynolds Stress Equation. Outro
importante fator que implicitamente afeta o cálculo da escala de tempo da reação
turbulenta é o método de cálculo da viscosidade turbulenta. Portanto, passa a ser
52
Magnussen et al.,1976).
𝜖𝜖 𝑦𝑦𝑅𝑅
𝑤𝑤𝑖𝑖,𝑟𝑟 = 𝑣𝑣 ′𝑖𝑖,𝑟𝑟 𝑀𝑀𝑤𝑤,𝑖𝑖 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 �𝑣𝑣′ � (2.47)
𝑘𝑘 𝑅𝑅,𝑟𝑟 𝑀𝑀𝑤𝑤,𝑅𝑅
𝜖𝜖 ∑𝑝𝑝 𝑦𝑦
𝑝𝑝
𝑤𝑤𝑖𝑖,𝑟𝑟 = 𝑣𝑣 ′𝑖𝑖,𝑟𝑟 𝑀𝑀𝑤𝑤,𝑖𝑖 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 �∑𝑁𝑁 ′′
� (2.48)
𝑘𝑘 𝐽𝐽 𝑣𝑣 𝑗𝑗,𝑟𝑟 𝑀𝑀𝑤𝑤,𝑅𝑅
Onde, 𝑦𝑦𝑃𝑃 a fração mássica de qualquer espécie dos produtos; 𝑦𝑦𝑅𝑅 fração
mássica de um dos reagentes; 𝐴𝐴 constante empírica de valor 4; 𝐵𝐵 constante empírica
de valor 0,5. (Reis 2013)
∂ 𝜇𝜇𝑡𝑡 ∂M
(𝜌𝜌𝑌𝑌𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ) + ∇(𝜌𝜌𝑣𝑣⃑𝑌𝑌𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ) = ∇ � ∇𝑌𝑌𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 � + (2.49)
∂t 𝜎𝜎𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ∂t
∂ ∗ ) ∗ ) 𝜇𝜇𝑡𝑡 ∗ 1 ∂M
(𝜌𝜌𝑏𝑏𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 + ∇(𝜌𝜌𝑣𝑣⃑𝑏𝑏𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 = ∇� ∇𝑏𝑏𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 �+ (2.50)
∂t 𝜎𝜎𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑁𝑁𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 ∂t
53
1 1
𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑋𝑋𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑃𝑃 𝑙𝑙 𝑇𝑇𝛼𝛼 24𝑅𝑅𝑅𝑅 2
= 𝐶𝐶𝛼𝛼 𝑁𝑁𝐴𝐴 � � 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 �− 𝑇𝑇 � − 𝐶𝐶𝛽𝛽 � � 𝑑𝑑𝑝𝑝2 𝑁𝑁 2 (2.51)
𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑅𝑅𝑅𝑅 𝜌𝜌𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑁𝑁𝐴𝐴
2 𝑛𝑛
𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑋𝑋𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑃𝑃 𝑙𝑙 𝑋𝑋𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑃𝑃 𝑚𝑚 𝑇𝑇𝛾𝛾 1 6𝑀𝑀 3
= 𝑀𝑀𝑝𝑝 𝐶𝐶𝛼𝛼 � � 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 + 𝐶𝐶𝛾𝛾 � � 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 �− � � (𝜋𝜋𝜋𝜋)3 � � � −
𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑇𝑇 𝜌𝜌𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
2
1
𝑋𝑋𝑂𝑂𝑂𝑂 𝑃𝑃 6𝑀𝑀 3
𝐶𝐶𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝐶𝐶𝑤𝑤 𝜂𝜂𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 � � √𝑇𝑇(𝜋𝜋𝜋𝜋) � 3 � (2.52)
𝑅𝑅𝑅𝑅 𝜌𝜌 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
3. MATERIAIS E MÉTODOS
(b)
(d)
(c)
(a)
Figura 18 – Queimador pulsante
a) entrada de gás GLP, b) alto falante, c) saída de gás GLP, d) disco de
ancoragem
Fonte: autor
(a)
(b) (c)
𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾
𝑣𝑣 = � (3.1)
𝑀𝑀
1 2
𝜕𝜕𝜕𝜕 2 1 𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾𝛾 −2 𝛾𝛾𝛾𝛾
𝜎𝜎𝑣𝑣2 =� � 𝜎𝜎𝑇𝑇2 =� � � � � 𝜎𝜎𝜎𝜎� (3.2)
𝜕𝜕𝜕𝜕 2 𝑀𝑀 𝑀𝑀
Onde, 𝜎𝜎𝜎𝜎 o desvio padrão relativo a velocidade [m/s]; 𝜎𝜎𝜎𝜎 o desvio padrão
relativo a temperatura [K].
A velocidade de propagação da onda sonora foi determinada substituindo
o valor medido da temperatura na equação 3.1 e corrigidos na equação 3.2 as
incertezas. Os resultados das velocidades e os erros relativos estão apresentados na
tabela 4.
Tabela 4 – Velocidade do som e erros relativos
Incerteza da Velocidade Incerteza da
Medições Temperatura
temperatura do som velocidade do
temperatura [k]
(± k) [m/s] som (± m/s)
1 302,0 1,0 348,2 0,6
2 302,0 1,0 348,2 0,6
3 297,0 1,0 345,3 0,6
4 296,0 1,0 344,7 0,6
Média 299,3 1,0 346,6 0,6
Fonte: dados da pesquisa
57
𝑣𝑣 𝑛𝑛𝑛𝑛
𝑓𝑓𝑛𝑛 = = = 𝑛𝑛𝑛𝑛; onde 𝑛𝑛 =1,3,5... (3.3)
𝜆𝜆𝑛𝑛 4𝐿𝐿
𝑣𝑣 𝑛𝑛𝑛𝑛
𝑓𝑓𝑛𝑛 = = = 𝑛𝑛𝑛𝑛; onde n =1,2,3... (3.4)
𝜆𝜆𝑛𝑛 2𝐿𝐿
De posse dos valores das velocidades determinadas pela equação 3.1, foi
calculada analiticamente as frequências de ressonância do corpo do queimador em
seguida, foi inserido o erro relativo da velocidade, utilizando na equação 3.5, onde; 𝜎𝜎
é a propagação de erros.
𝜕𝜕𝜕𝜕 2 𝜕𝜕𝑓𝑓 2
𝜎𝜎𝑓𝑓𝑛𝑛2 = � 𝜎𝜎𝜎𝜎� + � 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑛𝑛 𝜎𝜎𝜎𝜎� (3.5)
𝜕𝜕𝜕𝜕
(b)
(d)
(c)
𝑥𝑥 = X ∗ sin(ω ∗ t + ϕ) (3.7)
ω = 2∗π∗f (3.8)
𝑑𝑑𝑑𝑑
= 𝑣𝑣 (3.9)
𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑑𝑑𝑑𝑑
= 𝑋𝑋 ∗ sin(ω ∗ t + ϕ) ⸫ 𝑉𝑉 = 𝑋𝑋 ∗ ω ∗ cos(ω ∗ t + ϕ) ⸫ 𝑉𝑉 = 𝑋𝑋 ∗ ω
𝑑𝑑𝑑𝑑
(3.10)
(e)
(g) (a)
(b)
(d)
(c)
Incerteza velocidade
Velocidade angular
Erro deslocamento
Deslocamento
Erro Tensão
Frequência
Velocidade
Nº Medições
Tensão
[mm] [± mm] [V CA] [± AC] [Hz] [rad/s] [mm/s] [ ± mm/s]
1 3,43 2,70 100 628,32 2.154,50
2 3,56 2,80 100 628,32 2.234,30
3 3,81 2,80 100 628,32 2.393,89
0,01 0,2 6,28
4 3,45 2,70 100 628,32 2.170,46
5 3,81 2,80 100 628,32 2.393,89
Média 3,61 2,76 100 628,32 2.269,41
Fonte: dados da pesquisa
(a) (b)
butano (C4H10 ) em seu volume, liquefaz a pressões na faixa de 600 kPa a 1200 kPa,
(3) (4)
(2)
(1)
(5)
Figura 25 – Sistema de alimentação do queimador
1) cilindro gás GLP pressurizado 2 kg-P2, 2) válvula reguladora de pressão, 3)
válvula corta chama, 4) conexão flexível 3/8”, 5) medidor de vazão
Fonte: autor ,2017
𝑚𝑚
𝑚𝑚̇ = (3.11)
𝑡𝑡
𝜕𝜕𝑚𝑚̇ 2 𝜕𝜕𝑚𝑚̇ 2
𝜎𝜎𝑚𝑚̇2 = � 𝜎𝜎𝜎𝜎� + � 𝜎𝜎𝜎𝜎� (3.12)
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕
Onde; 𝑚𝑚̇ a vazão mássica em função do tempo [g/s]; 𝑡𝑡 o tempo [s]; 𝜎𝜎𝑚𝑚̇ o
desvio padrão relativo a vazão [g/s]; 𝜎𝜎𝜎𝜎 o desvio padrão relativo a massa [g]; 𝜎𝜎𝜎𝜎 o
desvio padrão relativo ao tempo [s].
cronometro
Consumo
Consumo
Incerteza
Nº de Medições
Tempo
Tempo
Vazão
médio
médio
média
vazão
Inicial
Final
Erro
x102 x102
[g] [g] [s] [s] [±s] [g/s] [±g/s]
[g] [g]
1 2,78 2,97 19,10 59,84
2 2,97 3,09 11,50 60,42
3 3,09 3,22 13,50 60,32
4 3,22 3,33 10,75 13,34 60,36 60,19 0,16 0,22 0,08
5 3,33 3,47 14,00 60,74
6 3,47 3,58 11,00 60,04
7 3,58 3,72 13,50 59,58
Fonte: dados da pesquisa
0,2
0,3
Figura 26 – Curva de vazão x erro
Fonte: LAO, 2017
(c)
(a)
(b)
(b)
(c)
(a)
(c) Interface
queimador
câmara: general
connection
Corpo da câmara de
combustão: condição de
parede sem deslizamento
𝑈𝑈 = 0
Interface queimador
câmara: general
connection
Pressão estática: 0 Pa
Thermal energy
Entrada de ar Entrada de combustível
a) Condições de contorno: Opening a) Tipo condições de contorno: Inlet
b) Fração de massa: O2 = 0,232 0,22 g/s de gás GLP
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
[kgf/cm2 ]
Pressão
falante
Vazão
[g/s]
[V]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Cofiguração 1
130,0
120,0
Amplitude [DB]
110,0
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
0,0 500,0 1000,0 1500,0 2000,0 2500,0 3000,0
Frequência [Hz]
Analitico_Sem_Correção Analitico_Com_Correção
Ansys_Numerico Método Experimental
Figura 32 – Frequência x amplitude configuração 1
Fonte: autor
Cofiguração 2
130,0
120,0
110,0
Amplitude [DB]
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
0,0 500,0 1000,0 1500,0 2000,0 2500,0 3000,0
Frequência [Hz]
Analitico_Sem_Correção Analitico_Com_Correção
Ansys_Numerico Método Experimental
Figura 33 – Frequência x amplitude configuração 2
Fonte: autor
77
Configuração 3
130,0
120,0
110,0
Amplitude [DB]
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
0,0 500,0 1000,0 1500,0 2000,0 2500,0 3000,0
Frequência [Hz]
Analitico_Sem_Correção Analitico_Com_Correção
Ansys_Numerico Método Experimental
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
3,8mm
[mm]
3,8mm
Título do Gráfico
60,00%
50,00%
40,00%
Consumo %
C3H8
30,00% C4H10
20,00% CO
CO2
10,00%
O2
0,00%
-8,00E-03
-7,76E-03
-7,52E-03
-7,28E-03
-7,04E-03
-6,80E-03
-6,56E-03
-6,31E-03
-6,07E-03
-5,83E-03
-5,59E-03
-5,35E-03
-5,11E-03
-4,87E-03
-4,63E-03
-4,39E-03
-4,15E-03
-3,91E-03
-3,67E-03
-3,42E-03
-3,18E-03
-2,94E-03
-2,70E-03
-2,46E-03
-2,22E-03
-1,98E-03
-1,74E-03
-1,50E-03
-1,26E-03
-1,02E-03
-7,76E-04
-5,35E-04
-2,94E-04
-5,35E-05
[mm]
3,8mm
FULIGEM
0,06%
Emissão de fuligem %
0,05%
0,04%
0,03%
0,02%
0,01% FULIGEM
0,00%
-8,00E-03
-7,65E-03
-7,30E-03
-6,96E-03
-6,61E-03
-6,26E-03
-5,91E-03
-5,57E-03
-5,22E-03
-4,87E-03
-4,52E-03
-4,17E-03
-3,83E-03
-3,48E-03
-3,13E-03
-2,78E-03
-2,43E-03
-2,09E-03
-1,74E-03
-1,39E-03
-1,04E-03
-6,96E-04
-3,48E-04
2,50E-08
[mm]
(b)
(a)
3,8 mm
Sem atuação
Vazão [g/s]
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
acústica
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
1 % abertura da válvula
0,05
0,25
Fonte: autor
0
(a)
acústica 0 Sem atuação
(a) acústica
Frequências
Frequências
(b)
370
[Hz]
(b)
370
[Hz]
Frequências
Frequências
(c)
690
[Hz]
(c)
690
[Hz]
Frequências
Frequências
(d)
[Hz]
1135
(d)
[Hz]
1135
Fonte: autor
Fonte: autor
Frequências
Frequências
(e)
[Hz]
1585
(e)
[Hz]
1585
Frequências
Frequências
(f)
[Hz]
1910
(f)
[Hz]
1910
Com atuação acústica
Frequências
Tabela 20 – Análise visual sem e com atuação acústica
Tabela 19 – Análise visual sem e com atuação acústica
Frequências
(g)
[Hz]
2445
(g)
[Hz]
2445
Frequências
Frequências
(h)
[Hz]
(h)
2605
[Hz]
2605
rica, ou seja, com o maior percentual de gás GLP, produziu uma maior taxa de fuligem.
A configuração da tabela 21 apresentou o pior resultado onde uma mistura
89
90
Pressão [kgf/cm2]
Tensão AC [V ]
Sem atuação
Vazão [g/s]
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
acústica
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
0
4 % abertura da válvula
0,22
1,00
Fonte: autor
Sem atuação
Vazão [g/s]
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
Frequências
acústica
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
[Hz]
1 % abertura da válvula
0,05
0,25
Fonte: autor
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BASTOS, V.H. Investigação de chamas pulsantes difusivas livres. São José dos
Campos. Dissertação (Mestrado em Combustão e Propulsão) - Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais, 2001. No prelo.
CARVALHO, Jr., J.A.; MILLER, N.; DANIEL B.R.; Zinn B.T. Combustion
characteristics of unpulverized coal under pulsating and non-pulsating
conditions. Fuel, v. 66, n. 1, 1987.
GASSOUIMI, T.; GUEDRI, K.; SAID, R. Numerical study of the swirl effect on a
coaxial jet combustion flame including radiative heat transfer. Numerical Heat
Transfer, Part A, v. 56, p. 897-913, 2009.
LACAVA, P.T.; FERREIRA, D.S.; CARVALHO JR., J.A.; Caldeiras Pires, A. Efeito
da frequência e amplitude de oscilação no formato de chamas pré- misturadas
pulsadas. [CDROM]. In: Congresso Brasileiro de Engenharia Mecânica - COBEM,
15., Águas de Lindóia, nov. 1999. Anais. Rio de Janeiro: ABCM, 1999.
LIBBY, P.A.; WILLIAMS, F.A., 1994. Turbulent Reacting Flows Academic Press,
New York.
TYNDALL, J. “On Sounding and Sensitive Flames”, Physical Sciences, The Royal
Institution Library of Science, Vol. 2, 1970.
ZINN, B.T. Pulsating combustion. In: Advanced Combustion Methods, ed. F.J.
Weinberg, Academic Press. 1986.