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O QUE TU INDICAS?

Música potiguar

O cenário para produção musical no Rio Grande do Norte não é nada fácil. Para citar algumas
dificuldades, inexistem políticas públicas consistentes, faltam locais para realização de
apresentações musicais e há uma estratósférica desvalorização no que se refere a remuneração
dos profissionais. Todavia, a cena musical potiguar tem resistido bravamente a esse cenário de
escassíssimos incentivos e produzido nos últimos anos uma grande variedade de estilos
musicais. Caso você nunca tenha escutado um álbum, te faço um convite para abrir a tela do seu
computador agora e pesquisar o que tem sido feito no nosso estado. Gostaria de indicar alguns
álbuns lançados nos últimos cinco anos para tocar na sua playlist.

O rock sertanista de Eliano no “Ecdomania” e da Acruviana na “Primavera do Sertão”, rock com


pinceladas eletrônicas de Simona Talma em “Ficção”, passeando pelas excelentes composições
de Luiz Gadelha e os Suculentos no álbum “Sufocante”. A experimentação interessante de Luísa
e os Alquimistas em “Cobra Coral”, da Potyguara Bardo no “Simulacre” e do Igapó das Almas
com seu “Laborioso Vinho”. Também tem samba com Debinha Ramos no “Lugar Comum” e o
primoroso “Mirá” de Valéria Oliveira. Por fim, menciono os extraordinários compositores(as),
Khrystal e seu belo disco “Não deixe pra amanhã o que pode deixar pra lá”, o “Eu e a Máquina”
de Yrahn Barreto, e o recém lançado “Idiocracia” de Júlio Lima.

A lista é extensa e caberia muita gente nessa lista, todavia é um ótimo começo de conversa, não
acha? O Rio Grande do Norte tem produzido excelentes álbuns nos últimos anos e não deve
parar. Muita coisa está para ser lançada ainda esse ano. Mesmo com escassos investimentos
por parte dos gestores públicos (espero que isso mude em breve!) a música potiguar resiste e
produz uma ótima discografia. Todas as indicações estão disponíveis gratuitamente na internet.
Escute, compartilhe, consuma a música potiguar.

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