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2 – PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DOS ÍNDIOS

O processo de incorporação dos índios a sociedade não é uma novidade do século XIX
durante o século XVIII foram aplicadas a partir dos aldeamentos meios de controlar socialmente
e de miscigenar os índios, de modo que esses perdessem as características físicas e culturais
que os identificava enquanto índios. Entretanto a relação dos índios com o governo e a
sociedade portuguesa não se desenvolveu verticalmente, os índios utilizaram de sua condição
de aldeados para garantirem seus interesses e ressignificar suas práticas culturais. A criação dos
aldeamentos no Piauí foi marcada por essas questões culturais, pela relação de negociação dos
índios com os brancos e também pelas bandeiras de apresamento dos índios e de conquista de
áreas ainda habitadas por índios. Nesse sentido, coexistiam nesse momento as tentativas de
reduzir os índios para ocupar seus territórios e a tentativa de civiliza-los e incorporá-los a
sociedade.
De acordo com Maria Regina Celestino:

Na segunda metade do século XVIII, a política de aldeamentos da coroa


portuguesa teve seu ponto de inflexão com as reformas pombalinas, a expulsão
dos jesuítas e o estabelecimento dos Diretórios dos Índios. Esta legislação
criada inicialmente para a Amazônia e depois estendia às demais regiões da
América portuguesa, lançou as bases da política assimilacionista com a
intenção de transformar as aldeias em vilas e lugares portugueses e índios em
vassalos dos rei. (ALMEIDA, 2005, p. 237)

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