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2) Ângulo (2000)
3) Ângulo (2000)
4) Ângulo (2000)
5) Ângulo (2000)
6) Lovato (2007)
Os resíduos gerados nas construções são provenientes das perdas físicas nos canteiros
de obras (ANGULO, 2000). Os resíduos de demolição são constituídos principalmente
por concretos e tijolos, e em menores quantidades, por aço, plástico e madeira. Esses
resíduos podem incluir diversas substâncias tóxicas em sua composição, como fenóis,
sulfatos e metais pesados, constituindo em torno de 1% da massa de resíduo.
7) Lovato (2007)
Os RCD podem ser constituídos por diferentes materiais, como solos, rochas naturais,
concreto, argamassas (de assentamento e revestimento), cerâmica vermelha (tijolos e
telhas), cerâmicas para revestimento, cimento-amianto, gesso, vidro, aço, chapas de aço
galvanizado, madeira, plásticos, materiais betuminosos, tintas, papel de embalagem e
restos de vegetais. A composição desses resíduos depende da fonte que o originou, do
momento em que a amostra foi coletada e do tipo de obra em construção.
8) Lovato (2007)
9) Pinto (1999)
A composição dos RCD originados em cada uma dessas atividades é diferente em cada país,
em função da diversidade de tecnologias construtivas utilizadas. A madeira é muito presente na
construção americana e japonesa, tendo 16 presença menos significativa na construção
européia e na brasileira; o gesso é fartamente encontrado na construção americana e européia
e só recentemente vem sendo utilizado de forma mais significativa nos maiores centros urbanos
brasileiros. Da mesma forma acontece com as obras de infra-estrutura viária, havendo
preponderância do uso de pavimentos rígidos em concreto nas regiões de clima frio.
Como pode ser observado através dos gráficos das figuras, a quantidade de concreto nos resíduos de
demolição é muito maior, pois trata-se da demolição das estruturas, enquanto nos resíduos de
construção esse percentual é muito menor, pois é proveniente apenas de sobras existentes, ou da
eventual demolição de alguns pontos de passagem de condutores, entre outros. Diferente da madeira,
que está muito mais presente na fase de construção, devido à utilização de fôrmas para execução das
estruturas de concreto, por exemplo. Mas como foi mencionado anteriormente, tais índices estão muito
atrelados ao tipo de construção, técnicas e insumos construtivos utilizados no setor.
A composição dos RCD está estritamente ligada às diversas características de sua fonte
geradora e do momento de coleta da amostra. Dessa forma, há uma gama muito grande de
aspectos que interferem na quantidade, composição e características desse resíduo. Entre
esses
aspectos, destacam-se:
o nível de desenvolvimento da indústria da construção local:
- qualidade e treinamento da mão-de-obra disponível;
- técnicas de construção e demolição empregadas;
- adoção de programas de qualidade e de redução de perdas;
- adoção de processos de reciclagem e reutilização no canteiro;
os tipos de materiais predominantes e/ou disponíveis na região;
o desenvolvimento de obras especiais na região (metrô, esgotamento sanitário,
restauração de centros históricos, entre outros);
o desenvolvimento econômico da região;
a demanda por novas construções.
Essa variabilidade na sua composição faz com que os RCD tenham características
diferentes
para cada país, estado, cidade e, em alguns casos específicos, até para bairros de uma
mesma
cidade, o que justifica seu caráter extremamente heterogêneo. De acordo com ZORDAN
(2000), é importante ressaltar que o resíduo de construção e demolição talvez seja o mais
heterogêneo de todos os resíduos industriais e, ainda, que a sua composição química está
relacionada com a composição dos materiais que o compõe.
19) Carneiro (2005)
Na construção de edifícios por exemplo, nos países desenvolvidos, geram-se altos percentuais
de papel e plástico, provenientes das embalagens dos materiais. No mesmo tipo de obra, nos
países em desenvolvimento, gera-se grande quantidade de resíduos de concreto, argamassa,
blocos, entre outros, devido às altas perdas do processo (EDUFBA, 2001).
Muitas pesquisas têm estudado a composição dos RCD em diferentes cidades brasileiras e
também em outros países, comprovando através destas sua alta variabilidade. A Tabela 3
apresenta os resultados encontrados por diversas pesquisas para algumas cidades brasileiras.
Em todas as cidades pesquisadas verificou-se que os materiais cimentícios (concreto e
argamassa) foram os que apresentaram maior participação na composição dos RCD,
chegando a representar na cidade de São Carlos/SP, por exemplo, aproximadamente 70% do
RCD gerado na região.
Os dados disponíveis a cerca da composição média dos RCD em outros países, demonstra
que a realidade encontrada varia bastante. No caso de Toronto, por exemplo, segundo
SWANA (1993) citado por PINTO (1999), cerca de 35% dos resíduos de construção e/ou
demolição gerados são de madeira, o que pode ser explicado pela tradição construtiva da
região. Já na Bélgica, resíduos de concreto e alvenaria juntos são responsáveis por
aproximadamente 83% do total de RCD gerado, sendo a madeira responsável apenas por 2%.