Você está na página 1de 39
pig 307 Le Ls Bo a pri» pee al upc ee png por retin ok manor nn deine onto gs ve ‘eae nina Gath Sb te ‘in Pal R. Dare ee inc DCE Ediew ie alo nnn de Copa Pb (IP) 2S Ane can Mn La Pag Baton, ‘nes “oti wae’ Le Le e207 mp SinePon ie Liber Livro Eatitora Lida | Sumario Introdugio Capitulo 1 [Algumas ida sobre as bases tecas da Anilise de Conte Capiculo2 Carcteristias defo Capitulo 3 (Os campos dx Andis de Conteido Capitulo 4 ‘As Unidades de Andie Capitulo 7 ‘Um Exemplo da ulizacio da Anilse de Conteido na reaiaso {de oma Pesquia rs Eeacio 0 Referéncia.. 9 Introdugao preocupagio cam 2 Andlse do Conteido as mensagens dos enunciados do dscur- 50 € das informa € mito mas ani {do que a tellexdo que se ocupa da formalizasio de seas pressopostosepistemoléicos,edscos ede seus procedimentos opericonas, [A defnigho dos simbolos,sinaise “mensagens de Deas” marca a primeira tentatva de eesponder “questo “o que essa mensagem sigifix?”, que tee ‘como foco a exegese dos textos hblices pra que Fosse possivel compreendereinerprear as metifo- sas eas paribolas ara alm desta manciza de itespeetar as mens gens contdas no textos, cua tag € oogingss, fais recente, mas snda 0 séulodezenove, 0 Francés Bourbon (1889-1892) entou capa expres: so das emogies ed tendéncis ds linguagem. Para iso, tabalhow sobre wma paste da Biblia, o Exod, de tuna maneia rigor valendo-e inlsive, d elas Ficagio tenia ede sa especva quanta. [Estava, eato, sherto 0 campo da sstematzagio a anise do conteido das mensagens, de seus ‘nunca de evs locuroesede seus intedocuores. Essa aberuts, que reconhece 0 poder da “fh” humana, coincide, inicio do séeulo pasado, como desenvolvimento da Psicologia e seu desdobrtmento pnadtea da Psicologia da Edeago, enguanto Ciencia tiuonoma ¢ desmembada da Filosofia, Dene as maniferagdes do comportamento hnuman, a expresso verbal, cus enunciados © suas rensagens, pas a ser vistos como indieadores Indipensivess para 4 compreensio dos problemas ligados is prteaseducativas ex seus componentes pco-toc , portant, para o desenvolvimento da propria Picologia da Eduardo, Essa aova Ciincia em ascensio, que ji ganha ‘xpago desde osidos de 1915, define em princpi, seu Pripti objeto de estado: o comportanento humnano Deswinesase, poi, da antgn tadigio floss gue le atbui componente esis e regiosos (como 0 “estudo da alma”) e rejeta a abordagem ficio de uma sbordagem objetva contentalizada Emsosorigem,adstingio entre a radio los fica ea traicio psicolégic, se deu baseads nos ctitéios de centieidadeaplciveisscéncias mauris, londe a abservacio, a venfcagiae a experimentagio "So das como condig Ses indepensives para aria de principio, ese rons. Ei termos metodoldgicos, 0 lero orientador sssentavase ot postulades tedricos dt matin potitista, no dimbito da qual todo eforgo era irecionado para eonstrie um método part as (Céncias Socials (neluindo Psicologia), segundo 0 modelo dae Ciéaias da naturesa, com at mesmas tenicas de pesquisa e sobretndo, com a mesma caracteiica de uma abservapio “nent”, objetira deaigaa dos fendmenos. [Embors o est das condi © econ nics, infuenciando oindvidon ose tribe fren deinterene par opesqusador,o pinepal foro de preneupagio extava centrado nas mudangas com porumentas que podessem set “tien bservadase, tmpre qu possivel, quanificedas. 4 esti, a “anise de conteido” que chega rm década de 7, raza « marca dos poe tulados postvitas pars 08 quais 0 rigor cientfica jnvocado é o da media, objetwidade, netrldade cequanticagio [No que diz respeito a relia de pesquists, um dos fatores idenifeadoe como uma posivel smeaga sun valida diva resp elaboragio dos instrumentos para coleta de dados: Mulpicavam se, poi exforgos par a construgio de intrumentos de “quests fechadas" exclas de stitode, estes de Sdedignidede, de valdade, de acordo entre juizos € de corelages posiias, jf que o importane seis ser para prever Paraiso precoaizaa-seaconstrugiodetsbahonos manuals de regras, operaconmente defini, pa aque se padeste claesiear um determinado texto em creegoras prevamene extabeecids. Diantedesse quadto, anise de conteido pasos ‘a rersstematcamenterejetad, por parte da maria dos pesquisadores injustamente vista como um ‘conjunto de regrasextreis que, em ges consuria fo tempo, na busca de consent, mas que 20 final exibia um produto Fagmentado, mediante a qsantfcaio insti de um diversocareate de msioe significado social [No mes entender, «se fato decorre da confsio conceiualqueseestabeeceentrequestbesdemétodo, metodologi eprocedimentos metodolgicos Sto perfciamente possives enecessitios o hecimentoe 2 utlizagzo da anise de comes, enquanto procedimento de pesquisa, no inbite de uma abordagem metodoligiea citca e episte mologicamente apoiada numa concepeio de ci ncia que alee © papel ativo do sujeito aa produsio do conheciment Tsso no significa deveartar os sequistos de qualidade € de sstematizasio, 0 que, 20 contri, ddevem ser resguardads para garantr a possibiidade de generalizasio dos dadosinterpetados mediante a andlise de conte. Ais como oportanamentelmbea Darwin PCat ‘wright, em 1993, dente as quldades que um bom siodlogo socal deve post, colons, em prmcio Jugs agacls que o capaci a ansar convenien temente um mates verbal (CARTWRIGHT, 1963) Eridentemente, so também se api & piclog, « [tdings edocacionais a sailogos ea educadores E,o que estamos entendendo por analsae conve nietemeate um material vba, sed seroma ot en subsequentes. Antes, porém, vamos delinee ourto aspect, ‘também impregnido de compreensdes paciais, Por volts de 1930, uma nova pressio se exerce sobre 0s estudiosos em metadologia de andlve de ‘onteido, por um ada, devido ao progres da do ‘cumenagioe, por outa lado, devdo a0 desenvolv smento da ngilsicaapliac Trata-se de uma contravérsin que permanece AE hoje € que indies inconpreensoes seen dos dliferentes limites dos campos do saber € que se osu pla diseussSo de anise de contd recs snllise do diseurso, anise da nactatva. Eas por dant Em 1981, Serge Moscovch tent explicar os fandamentos esa consovérsa, Disse le “am ot mires obec reid, jtament fae de que a sad dese de cot 1 sna ta ents res knlisa Paialae Sal Eta a dpa, om sera 0 dio is ets. Os iis rin om tide ris 0 pala « opie aula Sigg como cinta de dre defor ns agin A Pala Sols inte, iment an de sigs gis mi ped wa trio cman No nts, ns medida om gut «aii cone intra mae ois redo wnto” (MOSCOVICI, 1981.p172). Nao pretendemos entrar no imbito dessa problemites 0 que nos leva a dsc 0 confito entre ingists ¢pscSlogos Porém, a este respeto cae sinalizar um breve coment, CConcordamos com Maurice Pécheux, quando dir que uma imporente disingio merece et consietads "Obi da ining, ure ap eee ote pals ie 0 xe ide tal fae) da nal de bgp, equate geo deel gon. Opal do pia remedies ib sis dead emit, 3 doi defame de ‘gu, pre olin der aie indies on sai tas ule pangs Ja, anikn de contd tabla & als, gar eis nga reader esos iow A i eso ara dre a fina and de coi proc cberaguile ue ti por tie da alors gai deg” (PECHEUX, 1973 p43) (© ponto de para da Anise de Conteido €a ‘mensagem, sa ela verbal (orl ou exe), gestual, silencio, figurcva, doeumental ou diccamente provocada _Asmensagens expressam as representagbessocs ‘aa qualidade de caboragSes mentis conseruias socnkmente, 2 patie da dinisica que se estabelece entre 2 atvidade psiguica do sete 0 objeto do ‘conbecimenta, Relagio que se dia priticn soci f histética da humanidade © que se generaliza vin inguagem. Sendo consituilas por procesos sociocognitvs, tém implragdee oa vida eotdans, influeniando no apenas comunicisio acxpressio. das mensagens, mas tmbém os camporamenton Porém, ‘ars cmpreai mar a ral geek nto camporanet lots a reso, decnot rr a ene do oti des prt cnn, ‘opment 05 ft tombs, ms como oars ec cmpariban ergs ral pes fiers ¢ ‘spent fis eas” (MOSCOVICI, 20, p86) Alm dss, torn-sindapensivel considera ques ‘miso das mensagng, sam cas verbaissleniosas fu simbsliea, est) necesniamente vinculada condigdes contextuais de seus produtors, Condes concextuais que envoivem a evolugio histériea da humanidade; as situagdes econémicas « sécioculturas nas quais os emistores esto ins Fidos, 0 aces a0s cédigos ingistcos, o grau de competéncia para saber decodifcilos 0 que resulta ‘em exptesses verbas (ou mensagens)casepadas de componeniescopnitvossubjtvos,afevoy, valor, tivos ehistoricamente mative [esse sentido, a Andie de Conteido,assentase nos pressupostosdeuma concep erin edinimien alingoager,Lingsagem, aqui ented, como ua ‘onstrug real de toda a sociedad e como exprestio (de exséncin humana que, em diferentes momentoe istéicos cabora edesenvolerepresentgdessociais ‘0 diamismo interacional que se etabelee ent linguagem, pensament € a0, Pressupostos, estes, que se afistam de uma concepsioformalistadalinguagem nobojadaqualee acai um valor exagerado ao conteido observivl, sem levar em conta 0 latent, a hermenéuca¢tods 4 complendace que acompanha a diferenga que se tstabelece entre dened sete significado de um objeto pode ser abso, compreendido egeneazado a parc de suas crac ‘tins definidoras pelo seu pus de sgicagia Joo senso implica 2 atsbuico de wn sido pessoal objetvado que se concresza a pita soci e que se manifesta a pare das Represents Soca, cog nitras,subjeds,valravs eemoconas, necessata mente contextual Por exempl, a pla “vo” sesume um deermi- nado sentido por parte deletore lfsbetiadoeei- plea, gualment, graduaces de sentido difeenciadas feng osleores igamor “erator” cos ktores “co ‘mane. J quando traneportadaparindividuos on gr os ndo-alfabeizados, a mesma palavea “Ivo” pode Si ser compreendida mediante o mesmo significado oe the € arbi unwvesalment,porém seu sentido assume uma conotagio completamente diferenciada Ds mesms form, independentemente de ser 3 ‘abetiad, ou a2, outa condigdes familiares, dus eemocionaisinfuenciam os diferentes sentido aque se atbuem & propria familia, 3 socedade, 20 cess, a0 fracas, 20 sor e& morte, 13 Assim, concordamos com Mucehiell quando, sn «ano séeuo passdo, ji nos alerva. ‘Ne bisce ‘radon, a condeaco de ae rer a ete das mem genx a palace ue des omponete iene ‘i porated gsr sete om ai daiso das tater dana" (MUCCHIELLI, 1997, p12), NNo entanto o sentido decorrente da smn sim exluida ¢justamenteo pio cotdiano da anise de conteido. Seminvica, aqui entendilando spenas ‘como o estudo da lingua, em gera, mas, como ‘busca desetiva,analisa e interpretava do sentido que um individo (ou diferentes grupos) asibuem x _mensagens verbais ou simblicas. (op. ce) Exuapolando a andlse das mensagens que se fxpressam apenas por paliviis, € fundamental Perceber que a andlse de conteiclo nfo se resume este campo. Ao contrsia, indipensvel concer nova possibikadesdeidenfcagia ede uma andine consistent esubstantva do conteidodas mensagens {ue expressam cenga, valores e emogtesa pati de indiadoresfguratvos Na qualidade de um powsvelexemplo, vamos des ‘reve ina técnica wiizads por Beate Sco, em sas esquisi salen o valor de ur intrpeetagio dos simbolos, das figuras, da cenas eds palavess ued Fereoes sucks exprssam, quando tverem opors *idade de passa pel expesinca do “jogo dears 0 Ja te Ai & uma tei ive que oie inert penis para gu exes expres tat roe, sls estas ara denim tag feta om atti de vida “Tratse de meprpats de able om gue es pons meses cm mint ow axe ae gan ais poor frm aia dees. A dimene smb promte Jae de Arcs, « bra dew ea ee sb a cnt asa, (climes do fer stam ar meta ms ain (i sigs gue mdi reas do rate om sme rookie tna eterea ma das epuidaie de egy de Arca gat come dont fctadr pars a somproie ds tabjividade bits 6 mens do ft, Ele te eros pls ransom sel de mati: edna ai. Aline hyo taal com as ms, 20 prodir cmdi naa, te woul importante mre fay, 50 is ste sis ge mobo a enteritis fends om ut ame A igor dat miss come means tne 0 und incest mina, ete o mando Snare ei emer, tom sid meade des principio gu eta oJ de Aria De tnd ome ‘princi or mi diac a a fg glam at prone deals oma i «rab Aguas aspects que entio presentes 0 Jogo de ‘rein fantasia actividad, o descobrinento ea inovagiosiocaactessicaesencsisdacpistemolgia quiitaiva derante © processo de investigasio. da subjeidade. Assim, O Jogo de Arc, oferece ‘oportnidades para que oinvestigadorrompa com 0 Ihexmeisma epistemic apriorisicn ea ste na J intengio de descobrirspectos novos em sua tlio com os sues invesigados, defnindo diferentes _Gxos de construc de informatio, em um processo Permanente de formlsio de pdteses, “Jayde Aria canst, ps om am aie cna de frais pare aig a ita eee ar 9% mi oe se aides por pros eres de 1" SCO, 2004, ‘Um outro clement ser consierado éreconhe- et que a anise de contedo requer que as derco bertas tenharmreieviniaterica Uma informagio pporamente descriiva nfo eeacionada a outros at, butos ou is earacteristicas do emistor¢ de peqeno ‘alot. Um dio sobre oconteda de uma mensigern deve, necessariamente, estar relacionado, no miaimo ‘outro dado, O lame entre este tipo de tela deve ser repeesentado por alguma forma de teria, Ae toda a andlse de contesdo implica compara §8es contextai. Os tpos de comparages podem ser mulevariass. Mas, devem,obrgatoiamente, ser direcionadosa pact daseniblidad, da intencions lidade e da competéaci tebriea do pesquisador sso no significa, porém,descstar a possiiidade ese realizar uma Sli anise acerea do cone “ocalto” das mensagense de suas entcihas, 0 que ‘os encaminha para alén do que pode ser identfco « teorcamente relaconado, pata o que pode set ‘ecifado mediante cédigos especie simbelicos Ali esse procedimentotende a valotieat 0 ae ‘edal a ser analisado especialmente sea interpreta so do conteido“lateate” expla, como patie 205, 0s contextos individsi, socials e histdrcos os quas foram prodazidos Resumindor o que est eserit, falado, mapeado, Siguratvamente desenhado, e/ou simbolicamente ‘xpliciado sempre seri 0 ponto de partida para 2 Henifcagio do conto, sje ele exp e/ (8 latte. A anslie of latente. A anilise ea iterpretario dos conte ‘ios sio passos (ou procestos) a serem sepuidos B, para o efetivo caminhar neste processo, 4 com ‘extualzagio deve ser consierads eomo tim dos Dincpais requistos, e mesmo como a pano de fondo para garantie a selevincis dos senidosati= Dulas 4s mensagens. ‘Alem disso, pretendemos ampliae 2 dscussio acerca da Andlie de Conteida levando em conta soas bases tériase metodolégicas, a complenidade de sua manifestagio que eavove 4 ineraso entre Jnelocuror € locuror, © contexto sorial de sun prodagio, 2 jnfléncia manipaldora, ideolgica idelzada presentes em muitas mensagens, oF Jimpactos que provoeam, of efeitos que exentam ‘ferentes comporamentos © agdes a8 condigoes istricas soci e maives que in luenciam cengas, conceitos ¢ represeatages sociais claboradae © teansmitidns va mensagens,decaros e enuncados Finalmente preciso lear em conta que 08 sos iniiis da adlve de contedo exivram limitados, Princpaiment, « anise de dados “atu” ow "disponiveis” — isto € dados que exitem sem qualquer partipagio atva do investgador, coma, por exemplo otras, lirtos, dacumentos ofcis © Socumentos pesrosis Dados esses que se colocam 10 tpo de anilise documenta Cada vex mis, prim, a anise de conto passows ser tilizad para produzirinferéacin acerca de dados, verbs e/ou simbelicos, mas, obtidos a partir de perguntaseobservagdes de interesse dem eterminado pesquisalor Neste send, abistiada Anilse de Contcido tevela uma sre de tendéncias ‘coatinuas ¢ atselacionadas + Uso crescents da vlna de anise de conti, * Crescent insresse por ucts ics © mete dolégias 4 Apbeagio de andize de conteido um espect. is amplo de problenas especialmente ques ee tinos 205 antecedents eftios da comunias, das smensngen eds dacs + Uso crescemte pus tear hpitees em oposisio « Pesquisas meramene descrinas, 1 Mair divesidade no que se refee aot materi a secem estado, + Uso em coneso com outs tcnicas de pesges pcos * Uilzagto de eompuadores para ante de cont 4, prinaimente mediante © recurs xo programa ‘compatacional ALCESTE. Capitulo 1 Algumas idéias sobre as bases teéricas da Anilise de Contedido ppnto de paride da Andlse de Conte- do é a mensagem, sea ela verbal (ral a escrita),gestaa, seniors, figuiiva, ocumental ow direumente provacada, Necesst siamente, ela expressa um sigaifeado e um sentido, Sentido que no pode ser considerado um ato isle Ao, pois, dferter mad polo qai ocagatsincoe txt creping td 1 memo como suite + de cour gue tem dt proet dso exis com gue et Sided gus fl oe ‘noe’ YARLOTTA, 2002, Alien disso, commas indispensivel considera que 1 religdo que vincala a emisso das mensagens (Qe podem se ua pale, um texto im enna ou ate ‘mesmo um discurs}!eténeceeciamente atid 1s condigies conte de seus produores Conaigdes contestais que eavelvemn a evolusio histica dn humaniade, as sitagies ezonémicas {© sécio cukurais nas quais 05 emissores esto Inseridos, o aces aos cédigs lingitcos, 0 grat de competénca pasa saber decodific-los, 0 que resulta em expeesdes verbsie (ou mensagens) carregadas de componentes cognitvos, afeivas, valoratives ¢ historcamente mvs. Sem contar ‘com 0: componente idoligicos impregmas nas Imeneagent sociimente constuldas, via abtinaie do discurso, mas com a possbildade de serem luapassadas ou “desconstridas", mediante um rocessotabalhoso (mas, no impossivel edialéico, tendoem vista aexpiciago do processo de anagem « estabelecendo como meta final o desenvolvimento a conscncia. Reicerando,dxtamos que ess carctristia elimi ‘a, clatamene anes ons que apenas os materials que apsiem at hipsceses da ivestigudoesejm ad mitidas como evidéncias. Todos 0s enunciados que suportem a tee da desiguldade dever set analsa- dos, mesmo que cotroboratvos de tess conte [Além diso, a ane de conteido requet que 3 escoberasteahamrelevincatebrca Umaitormasion puramentedesrvanio relacionadas a ostos abuts fu as canctessieas do emisor & de pequeno valoe ‘Um dado sobre o conreido de uma mensiger deve, necesariamente, estar relaionado, 0 minima, 3 eiro dado, O lame ent este po de reagio deve set representado por alguma forma de toi. Assim, oda amis de cme implcacomparagbes conte. (Os tpos de comparagbes podem set mulation Mas, ever, cbigatoments, ser dieconados patie a ensbdade, da imencionalidae eda competncia eden do pesquisdos, As operages de comparagio de cassifeasion Implicam o entendimeato de semelhangat¢ dif rengas, Quanco mais simples, como, por exemplo, clastfearobjetos geomezicose de diferentes co. ‘es, por parte de crangas dat primeinasvéree do ensino, podem sex coasideradas como sprendiza- fens condicionadas e transformadas em hibitos 2» cotdianos (ORELON, 1974), Ji, quando se trata Ale mividade de clasifcar objets male complexos {por exemplo, of enuneiados verbs), esta stivida- de extapola um simples condicionamento © nfo pose mais ser considerads como a expressio de urn Comporcamento habit. Ito porque el exige ui Suleman comparative “ema amet ie jah met, Ems baer campers des ender 2 tir cafes, abt do igifeade edo sextids ks mensagens inferno (on nu) dos etoras desiatinas” (MUCCHIBLLI, 1974), ‘A operasio cassfcairia, pra Piaget (1967), pressupe,necesaramente umaatvidadeintletal ‘desbrragioeagrapamento que pode erconsdersds foto um corokirin da atvdede intlecoal dos homens. Vejamos, dix ele, quanas questoes se olocam 0 momento em que estamos tentndo lastfea,objetivare orgaicar um discarso” Sem Alvida ests empreitada € epicamente intelectual” Ea pari dessas coloapesexempliia sua posigio colocando-nosslgumas provocasdesindagitva: ‘Vejanos © conan de problemas courts gue 2 alam, som sar, mo dmb do ent dete monet: (gue i? E, é mais on mes? Onde Onan? Por gue ‘maoe? Cam gue bon? Cams. ec Ni eanttanes (ene dts gues pra tr riparia de am ‘rapamenle ri determinads ou frelon et ‘ripamenes declare epart dar meg ddr paradameny de modo que fos mg sua ‘hear de mat Kite. ee @ a mania de cmb ‘fimente 9 atinde do anata wo sented saber a eee omprende arama aii da hts, de rr na teak de erg” (p 4), Capitulo 2 Caracteristicas definidoras le das consierge ft stladas e que podem conti para wa eos cot reeneo do que € Andlse de Contes Guvas dever ser scecenadase expla pts fam entendimento mais efetivo de suas carne cas deinidonss. Figura I: Caraccisticas definidoras da Andlse de Conteido Como se observa na igus I, sands deconteido um procedimento de pesquisa ques situa em um delinetmento mais amplo ds tora da comnicasso f tem como ponta de parsda x mensigem. 2 Com base na meneagem, que responde is perguntas ‘que se fal? O ques ecreve Com qu intense? Com qu requénia? Que po de sinbolosfguativos ‘So utlaados para express ia? E os sno? Eas fncknha? F assim por dante, a andise de eonteddo ett ao pesqutadrfizerinferéndas sobre qualquer {om dos elementos da comenicaio, [Ness sentido, concordamos com Bardi quando ig, ‘A ended conti ade ser coir como we tone detent de anes de emma, ge proses «aja de dr do code asm. Aine ani ect iii! mbes eat mde de prado ed res dy msgs, infra xe gue roy indies (qvontiains, ni” (BARDIN, 1977, p- 38) Todacomunicasioécompostaporcincoclementos Disicos: wna fonte ou enissio; um procesto ccodlficador que teuka em uma mensagem cs tslza de um eanal de tanemissio; um receptor, fetecor da mensager, e se respecivo processo ‘decodificador (ver Fira 1). A.clissica formulas dessas quests “quem diz qesaquem,comoecom quefeo””acrecentariaos timaamais"Porqué?” Cada uma dessasquestdes pode ser considera, em termes de uma pesquisa planjads, puta tis diferentes propéstos. O investigador pode (e muitas vees deve) anal mensagens 2 fim. de pred inferénas sobre: + As carcrersicas do texto, + as cauas e/ou atecedentes das mensagens; + e.08 efeitos da comunicario. By Apesarde muita dfandss em anise deconteid, mera descigi das cazacterisca das mensagens Contribui mito poseo pura 2 compreensio. das ancersticas de seus produtotes Por outro lado, quando diecionad @indagasio sobre as ensss ou 08 efeitos da mensagem, a anlse tke conteido cresce em significado e exige maior bagagem teésia do anata ‘Ji quando, parindo de uma mensagem, pro cutamos indagagdes acerea de “quem” « acerea flo “por que" de determinado conteido, estamos ttabalhando com 0 ponto de vista do produtot. , neste cato eds pressupostos bisicos garantem relevncia a ese enfogue 1. Toda mensigem falda, escrits ov sensorial contém, potencalmene, ua grande quantidale ‘de informagaes sobre sx autor: swat Sagbes tedrieae, concepgbes de mundo, intresses de Clase tapos prcolgicos,represenagées soca, tmotivagaes,expecaias, ct 2.0 prodtor/autor € antes de tudo um feleconador e ess slegio no € arbitra. Da Iulia de manifestagBes da vida humana, felecona o que considers mais importante past “dar o seu tecado” e as interpreta de acowdo com seo quadeo de referencia. Obviamente ss felegio € precooesbida. Sendo o produto, ele proprio, um produto socal, esti condcionado pelos interesses de sua época, ov da clase 2 fe perteace.E, principulmente, ele €formado fo espn de ua teria da qual passa a ser 0 ‘exporttr Teota que ndo significa “sabereruito” fem se conteapée 20 “saber pope” mas que teanaforma evr divelgadores muito mais em texecutores de detezminadas concepeaes do que ‘de seas prdpios senor, Ey 3. “teoria” da qual o autor é0 expostr orienta soa concepgao da reiidade, Tal concepgio (consiente ov ideooginada)€ fieada mediante sea dsearso eres em implcisies ecremariente limpoctanes, para quem se prope faze anise de conteida, For onto ind, exes proces em infer foe oedema esse ct te pre cua crams dono noses do pono devia do espe ‘A cto “com qe eto" & condemn axon exntions como un dot pers cme imporanes do parti da coma cx, eet ofa fon ingcioqu ee mids menage cs spon, no io, mo corn c em drei someon Se
  • Você também pode gostar